Harry Potter e Percy Jackson - O Ritual do escrita por Cupido Diabólico


Capítulo 8
Mandrágora




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Frank

— Bom, acho que é isso... - Disse a mim mesmo sobre tudo isso enquanto sobrevoava Nova Roma.

 

Sério, deuses? É pedir demais uns bons momentos em Londres com a minha noiva? Agora eu tenho que achar um lunático e deixar a minha casa, de novo?

 

Saí voando pelas florestas ao redor de Nova Roma, buscando pelo tal Alabaster, antes que sua aparência sumisse da minha mente. Enquanto voava, só pude pensar no que aguardava a minha Hazel em sua jornada para o Ministério da Magia. E se ela não conseguisse resolver o problema do irmão? E se ela fosse punida por ser da família? E se o julgamento envolvesse uma batalha? Os acampamentos estavam em paz há tanto tempo que começamos a baixar a frequência de treinos, então Hazel estaria menos preparada e...

 

Meu Deus, quanta paranóia! Acho que eu tô sendo pessimista demais.

 

Fui tirado dos meus pensamentos por um grito horrendo vindo de uma árvore estranha no meio da floresta. Era como se mil crianças gritassem no meu cérebro enquanto imitavam esquilos, numa frequência muito alta e nunca mais fossem parar.

 

Aos poucos, fui perdendo a audição e os outros sentidos conforme tentei pousar, mas retornei à forma humana em pleno céu, incapaz de registrar o pânico enquanto despencava ainda ouvindo crianças no meu cérebro, mas junto a uma doce voz pronunciando: Aresto Momentum!

 

Quando recuperei os sentidos, estava numa tenda gigante em tons pastel, com mobília e prataria, trajando camisa e bermuda brancas, vendo meu terno pendurado ao lado, com duas garotas inconscientes que pude reconhecer de imediato: Clarisse de La Rue, minha meio-irmã e Reyna Avila Ramírez-Arellano, minha amiga e também pretora do Acampamento Júpiter. Mas antes que eu tentasse acordá-las, fui interrompido pela mesma doce voz vinda de uma mulher da entrada da tenda.

 

— Deixe-as terem mais tempo para descansar. - a mulher, se aproximando de mim, me permitindo melhor visão sobre a sua aparência.

 

Ela tinha pele pálida, cabelos loiros curtos desgrenhados e olhos cinzentos e distraídos, diferentes dos olhos analíticos de Annabeth, minha amiga. Além disso, vestia um chapéu de explorador roxo, uma camisa similar a farda de um guarda florestal, mas lilás e com alguns pequenos bichinhos que eu nunca havia visto antes escondidos nos bolsos, um par de calças coladas roxas escuras com um cinto preto e botas pretas. Na mão direita, carregava uma varinha e na esquerda, um pequeno vaso com uma mudinha dentro.

 

— A minha pequena mandrágora estava sendo reenvasada quando você e as suas amigas passaram. - Ela me explicou, erguendo o vaso ao falar da Mandrágora. - Desculpe-me pelo incômodo nos ouvidos. Mesmo com o abafador, é bem irritante.

 

— Obrigado por me impedir de morrer lá no céu. - agradeci, constrangido. - Quem é você? Imagino que seja uma bruxa, pela varinha, mas porque está numa tenda no meio do mato?

 

— Me chamo Luna Lovegood, sou formada em Magizoologia e estudo as criaturas mágicas, motivo pelo qual estou na mata. - Ela se apresentou, deixando o  pequeno vaso de lado e sentando-se numa cadeira perto da cama onde eu estava. - Imagino que você seja um animago, certo senhor...?

 

— Frank Zhang, mas pode me chamar de Frank. - Me apresentei, apertando mãos com ela, enquanto endireitava minha postura, levantando aos poucos. - Eu nem mesmo sei o que é um animago, meus poderes vieram de Poseidon, deus dos mares - expliquei e ela manteve a expressão, não incomodada por meu parentesco divino. - Agora, como sabe que eu sou amigo delas? - Apontei para Reyna e Clarisse.

 

— Pela sua expressão. - Ela disse de modo tão simples que quase me pareceu uma telepata pela facilidade em ler-me. - Se me permite perguntar, o que fazem nessa floresta?

 

— Buscando um ex-prisioneiro que já viveu no mundo de bruxos e de semideuses.

 

— Então a mitologia grega nunca foi mito e existe até hoje... - ela com concluiu, aceitando tudo facilmente para uma não-semideusa.

 

— Sim. Ele pode ser nosso elo para descobrir como o meu cunhado filho de Hades foi parar no ministério da magia. - Lhe contei toda a história, surpreendido com a boa capacidade dela de prestar atenção sem interromper.

 

Assim que terminei, Reyna e Clarisse acordaram juntas, perguntando onde estávamos. Uma vez que Luna Lovegood e eu fizemos uma recapitulação da história e elas assimilaram tudo, lhes perguntei por que estavam na floresta. Elas me disseram que Calipso, Rachel e Piper estão recorrendo a pergaminhos antigos de magia do Chalé de Hécate para versar Piper em magia e tentar recuperar os poderes de Calipso. E um desses pergaminhos mostrava o mapa pra um arsenal de itens mágicos que semideuses e bruxos já compartilharam em outros tempos. Reyna e Clarisse foram mandadas para achá-lo e vieram parar aqui.

 

— Considerando que são necessários no mínimo três para sair numa missão, acho que foi necessário a gente se encontrar aqui para achar esse arsenal.

 

— Até porque, nós três somos filhos de deuses da guerra. - Reyna notou. Seu tom parecia mais abatido, provavelmente pelo ataque do tal dementador - Seríamos o trio certo para achar essas armas e...

 

— Só de falar em armas, já estamos cogitando guerra. - Luna interveio. - Até o presente momento, nada evidenciou uma guerra contra nada, então pra quê se arriscar?

 

O comentário da mais velha fazia sentido. O julgamento seria não-violento, não presenciamos nenhum inimigo até agora e com certeza não precisamos de uma guerra entre bruxos e semideuses. Mas antes que eu me manifesta-se, Clarisse se posicionou.

 

— Uma coisa que eu aprendi em anos como semideusa é estar alerta para um ataque. Não acho que seja bruxos contra semideuses, mas alguma coisa vem vindo, a profecia só prova isso.

 

— A profecia do Ritual do Apocalipse? - Luna perguntou.

 

— Foi chamado de Ritual do Renascimento na profecia, mas é por aí sim. - Reyna confirmou.

 

— Ela surgiu ano passado no ministério, motivo pelo qual até um simples caso de magia não-autorizada como o do seu amigo está indo a julgamento severo. - Luna explicou. - O mundo mágico está esperando a bomba estourar, com medo de um incidente mágico acontecer a qualquer momento.

 

— Então acho que é hora de preparar as armaduras, espadas e varinhas, senhoras e pretores! - Clarisse disse, com sua habitual empolgação. - Temos um arsenal pra achar!


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