A Conselheira escrita por Julie Kress


Capítulo 5
Paquerando no parque


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo.

Espero que gostem.

Boa leitura!!!



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3° dia: Treinando a paquera...

— Não sei se é uma boa ideia. - Olhei ao nosso redor.

Jade me levou para o parque central.

— Existe local melhor para se colocar a paquera em prática? - Cruzou os braços.

Ela trajava roupas de ginástica e tênis de corrida, até prendeu o cabelo com uma faixa.

— Supermercado? - Chutei.

— Como você paquera no mercado? - Pareceu curiosa.

Esfreguei as mãos e me preparei, estava louco para soltar um pouco de lábia.

— Moça, você poderia me ajudar, por favor? - Fingi que estávamos no supermercado.

Eu também usava roupas próprias para exercícios.

— Oh, claro. Em que posso ajudá-lo? - Entrou no jogo.

— Qual é o melhor alvejante para tirar manchas? Acabei de me mudar, agora estou morando sozinho. - Me aproximei encenando.

Mostrei ambas as mãos fingindo mostrar os produtos de limpeza.

Ela entrou na minha, fingindo analisar os produtos.

— Esse com certeza é o melhor. É o que eu uso para lavar as roupas das minhas crianças. - Sorriu meiga.

— Você tem filhos? - Perguntei.

Mães sempre tem muita experiência e peitos incríveis.

— Sim, tenho dois. Sou mãe divorciada. - Ela era boa em inventar.

— Adoro crianças. - Falei. - Que tal me passar o seu número? Podemos marcar um jantar, você pode levar as crianças, meu apartamento é espaçoso. - Mostrei meu interesse.

Jade fechou o sorriso que exibia e logo senti o peso de sua mão na minha nuca.

Ela me deu um tapa dolorido.

— Ai! - Exclamei. - Isso doeu. - Massageei o local. - O que fiz de errado? - Estava confuso.

— Você é retardado ou quê? Não se convida uma mãe com seus filhos para jantar assim do nada. Ainda mais uma divorciada com duas crianças pequenas. E se o ex-marido dela ainda estiver na espreita? E se ele for louco e vingativo? Vai que o cara pense que você quer tomar o lugar dele como pai. - Vish, tenso. - Outra coisa, não se paquera olhando nos peitos de uma mulher! Ainda mais de uma mãe! Mulheres experientes gostam de homens que sejam respeitosos! E como assim você já chega sugerindo um jantar no seu apartamento? E se a mulher for perigosa? E se o papo de ser mãe for tudo uma farsa? Quando não é o cara que não presta, é a mulher que não presta! Sorte sua que isso tudo foi só uma encenação! - Ela conseguiu me deixar com medo.

Devo anotar: Nada de paquerar mães.

— Você realmente gosta de crianças ou fazia parte da mentira de quem quer trepar com uma mulher experiente? - Indagou.

— Gosto mesmo de crianças. - Confirmei.

— Namorar uma mãe com filhos pequenos é um saco. É só dor de cabeça. Você acaba ganhando uma mãe e não uma namorada! - Me aconselhou.

— Já entendi. Vou atrás de uma mulher livre. Nada de filhos. - Talvez ela tenha razão.

— Isso mesmo! Preparado? Olhe ao nosso redor, aqui está cheio de solteironas. Que tal aquela moça vestindo lycra? - Apontou para uma mulher que se alongava.

[...]

— Ai, ai, ai! - Tentei desviar dos seus tabefes.

Que tipo de conselheira amorosa agride os clientes?

Estava pagando para ser ajudado e não para apanhar por cada erro cometido...

— Fiz tudo que me pediu. Até mesmo ajudei a moça com os exercícios! - Me defendi.

— Você emprestou sua garrafinha de água para ela. - O que tinha demais nisso?

— E daí? - Não vi nenhum problema.

— Você nem a conhece. Não sabe onde aquela mulher anda colocando a boca! Isso é tão repugnante! Não se empresta objetos pessoais! - Quantas frescuras.

— Mas a coitada estava com sede. - Justifiquei.

— O problema é dela. Ela devia andar com a própria garrafinha. - Minha nossa.

Eu só fiz uma boa ação.

— Anda logo, já avistei uma outra moça. Acho que faz o seu tipo. Vai lá! - Me mostrou a próxima candidata.

Estava mais para a próxima vítima.

Eu tinha que conseguir um encontro.

[...]

— Foi um belo tapa. - Não era o rosto dela que ardia.

A moça que abordei era lésbica e não gostou nadinha das minhas investidas.

— Não tenho sorte... - Lamentei.

— Ainda são 15h. Temos até 18h para você descolar alguns encontros. - Avisou.

— Quer sorvete? - Avistei um senhor empurrando um carrinho.

— Claro. Que calor dos infernos! Ainda bem que não transpiro. - Sorte dela.

Eu estava pingando de suor.

— Quero de chocolate branco e com bastante cobertura. - Avisou.

Fiz careta... Que graça tem chocolate branco?

Fui comprar nossos sorvetes, pedi duas casquinhas duplas.

Voltei para o banco, ela estava ouvindo música no iPad.

— Chocomenta é tudo de bom. - Dei uma lambida no meu.

E sem delicadeza alguma, a Jade deu uma abocanhada no próprio sorvete, meus dentes até doeram com a cena...

Senti até calafrios.

A mulher devorou as duas bolas num piscar de olhos e jogou fora a casquinha crocante.

— NÃO! - Gritei alarmado.

Que tipo de ser humano joga fora a casquinha?

— O que foi? - Levantou me olhando como se eu fosse maluco.

— Por quê não me deu a casquinha do sorvete? - Poxa vida.

Ela deu ombros não dando à mínima e voltou a sentar no banco.

— Chupe logo essas bolas antes que eu as devore! - Ameaçou.

Virei para o lado e comecei a lamber meu sorvete depressa.

[...]

— CONSEGUI! - Quase esfreguei a tela com o contato salvo na cara dela.

Um número.

— Jessica. - Leu o nome. - Hum... É nome de vadia. - Constatou.

Ela tinha que botar defeito em tudo?

— Mas ela é muito, muito, muito gata! - Exibi a foto do perfil da moça.

— Qual lábia passou nessa infeliz? - Vish.

— Primeiro a elogiei. Depois puxei assunto. E ela caiu no papo. - Não entrei em detalhes.

— Ou ela é burra ou tá muito carente... - Qual é?

— Assim você me ofende. - Eu deveria me acostumar?

— Enfim, pelo menos agora você tem um encontro. - Deu um soquinho no meu ombro.

Um encontro com uma lindeza.

— Vai me ajudar? Preciso de você. Você tem aquelas paradas de ponto de escuta? - Me empolguei.

— Não... Faremos algo melhor. Estarei lá com meus olhos atentos e celular na mão, vou te instruir. Você só precisa seguir meus conselhos. - Me informou.

— Que irado! Você é a melhor, toca aqui! - Ergui a mão.

— Não me toque, você está fedido e suado! Eca! - Se afastou me deixando no vácuo.

Oh, mulherzinha osso-duro de roer.

Pelo menos consegui um encontro com a ajuda dela.

Com certeza vou me dar muito bem.


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Notas finais do capítulo

Cadê meus leitores fanáticos por Bade???

Apenas dois estão dando as caras.

Obrigada pelo carinho e apoio Ana e JP.

Ai, gente, assim eu desanimo.

Depois reclamam porque posto mais Fics Seddie.

Apareçam e deixem suas opiniões.

Quero saber se devo continuar ou não. Bjs



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