A Conselheira escrita por Julie Kress


Capítulo 3
Banho de loja


Notas iniciais do capítulo

Hey, pessoal!!!

Mais um capítulo.

Boa leitura!!!



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No dia seguinte...

1° dia: Dica preciosa e essencial, compras...

Los Angeles, Beverly Center, às 13h:40min...

— Compras no shopping não é para mulherzinha? Eu costumo comprar minhas roupas na loja do meu amigo, lá tem as melhores promoções. - Falei.

— Esse é o problema de vocês homens, tem peninha de abrir a carteira, aposto que você tem um cartão novinho que nunca usou. - Minha conselheira me puxou para dentro de uma loja de roupas masculinas.

— Não acho que seja necessário torrar meu precioso cartão com coisas fúteis, lá na loja do David você consegue levar 3 camisas por 50 dólares, e ele faz cada desconto bom, será que podemos...

— Não, não podemos! Faremos compras aqui mesmo. Você quer ou não quer andar no estilo e arrasar corações? Mulheres gostam de homens bem arrumados, e aqui no shopping tem as melhores lojas com setores de moda masculina. Estamos no lugar certo, pode confiar em mim! - Insistiu enquanto me empurrava para dentro da loja lotada de roupas caras.

— Boa tarde. Sejam bem-vindos. - Uma atendente veio nos recepcionar. - Em que posso ajudá-los? - Se prontificou.

— Boa tarde. - Sorri para a moça bonita.

— Onde ficam as camisetas com gola em V? - Jadelyn nem saudou a funcionária, agarrou meu pulso como se tivesse impendindo minha possível fuga e disparou a pergunta apressada.

— Ficam por aqui, por favor, me acompanhem. - Estava escrito Samara no seu crachá.

— Gostou dela? - Cochichou enquanto íamos andando atrás da moça simpática.

— O quê? - A olhei.

— Parece que ela te achou bonitinho. Vai lá e consiga o número dela. - Literalmente me empurrou em direção à Samara. — Por favor, ajude o meu primo aqui. Tô indo tomar uma água. - Saiu depressa, me deixando sob os cuidados da atendente da loja.

— Pensei que fosse sua namorada. - Paramos de frente para várias camisetas no mostruário.

— Ah, não... Ela é minha prima. - Menti.

— Tem alguma cor favorita? Fique à vontade para escolher. Sem pressa. - Samara tirou algumas camisetas do cabide.

Ela era uma morena muito bonita, tinha um olhar meigo e um sorriso com covinhas.

Minha conselheira havia mandado eu pegar o número dela e treinar minha paquera.

— Trabalha há muito tempo aqui? - Fingi analisar uma camiseta preta, tentei parecer bem natural.

Na verdade, eu estava ficando nervoso.

— Sou novata. Acabei de chegar na cidade, tive sorte de conseguir esse emprego. - Respondeu.

Samara era de Portland, ela estava em Los Angeles fazia poucas semanas, gostei dela e de sua simpatia contagiante.

No meio da conversa, acabei soltando uma piada boba, e mesmo assim a moça bonita acabou rindo e o flerte estava dando certo...

Do nada ouvimos seu nome ser chamado, era a gerente da loja, e pelo tom, a mulher parecia brava e muito severa pela postura.

[...]

Jade ria enquanto saíamos da loja, eu estava pasmo e me sentindo culpado pelo ocorrido.

O flerte fez a atendente perder o emprego, a culpa era minha.

Não só minha, a culpa era da minha conselheira.

Foi ela quem me jogou em cima da pobre moça.

— Coitada da moça... - Lamentei.

— Primeiro, se ela fosse profissional não teria dado mole pra você, estava toda sorridente e de conversinha, e segundo, ela parecia ser uma bobona do interior e terceiro, ela se chama Samara... Samara é nome de fantasma. - Zombou.

Revirei os olhos, nada daquilo fazia o menor sentido.

A moça não merecia ter perdido o emprego por culpa nossa.

— Foi você que mandou eu flertar e conseguir o número dela! - Falei.

— Pra você ver o seu fracasso, nem isso você conseguiu! - Jogou na minha cara.

Minutos depois...

— Que demora é essa? Ninguém merece! - Estava me apressando.

— Não gostei dessas camisetas. Tô me sentindo muito exposto. - Olhei para a gola em V.

— Peraí, deixa eu ver como ficou em você! - A maluca foi logo invadindo o provador.

— Ei! - Protestei.

Ela fechou a "cortina", o provador não tinha porta.

— Oh, nada mau... Nada mau mesmo. - Esticou a camiseta e arrumou a peça no meu corpo. - Ai, credo! - Se afastou fazendo careta.

— O que foi? - Não entendi sua reação.

— Você parece um animal todo peludo. Devia dar uma aparadinha nesse peito aí. - Bateu no meu peitoral.

— Pensei que mulheres gostavam de homens másculos que não depilam. - Arranquei a camiseta.

— Minha nossa! - Ela colocou a mão na boca, parecia horrorizada.

— O que foi dessa vez? Vai me dizer que eu...

— Olhe para isso! - Levantou meus braços. - Dá para fazer trancinhas no seu suvaco! - Examinou minhas axilas.

— Também não exagera, né? - Abaixei os braços, incomodado.

— Deve gastar muito desodorante, hein? Porque não adianta só tomar banho, imagina a catinga que isso exala e se...

— Ei, pode ir parando, ok? Eu sou todo limpinho! Cheira aqui! - Ergui o braço direito.

— Sai fora! Se já é todo peludo aí em cima, imagina aí embaixo... - Olhou para minha trilha de pêlos que ia do umbigo e descia até o meu companheiro... - Só Deus na causa... Depois do banho de loja, a gente vai dar um jeito na sua condição cabeluda. — Torceu o nariz.

Era só o que me faltava.

Além de me arrancar dinheiro, Jade queria arrancar todo o pêlo do meu corpo?

[...]

Deixamos mais uma loja, eu carregava uma tonelada de sacolas, parecia um daqueles motorista de patricinhas... Mas no meu caso, as compras eram minhas.

— Já acabamos? - Perguntei cansado.

Estava rezando para receber a resposta positiva.

— Você precisa de cuecas. - Falou checando algo no celular.

— Acabamos de comprar meias para os meus sapatos novos e eu estou exausto... Além do mais, tenho uma gaveta cheia de cuecas. - Avisei.

— Você acha mesmo que usar samba-canção é sexy? Cara, você tem sérios problemas. É tão broxante ver um homem usando uma coisa tão horrenda como essa! - Ela já estava sendo exigente demais.

Coitado do meu cartão, a fatura não ia para a conta dela mesmo...

Fomos comprar as cuecas que ela mesma fez questão de escolher. Eu quase infartei quando vi o preço de cada uma.

Quem dá 35 pratas numa boxer?

Banho de loja finalizado com sucesso.

— Agora vamos dar um jeito no seu cabelo e nesse seu corpo peludo? - Seu sorriso parecia até maldoso.

— O que tem de errado com o meu cabelo? Eu sempre cuidei muito bem dele. Não ouse falar mal do meu...

— Relaxa aí, meu caro, ele só precisa de uma aparadinha básica, só as pontinhas. - Explicou. - Agora fala quem é a especialista aqui? - Ela se achava muito.

— Você é conselheira amorosa e não consultora de moda... - Resmunguei.

— Meu filho, olha como fala comigo, sou eu que vou te tirar da fossa! - Que atrevida.

— Se eu fizer tudo que você está aconselhando e funcionar, irei ficar bem satisfeito. Mas se for trambicagem, juro que te processo por golpe. - Avisei logo.

— Sou aquela que mata a cobra e mostra o pau... Olha isso aqui. - Desbloqueou a tela do celular, mexeu no aparelho e virou a tela para mim, mostrando a imagem de um cara super esquisitão. - Esse é o Sinjin Van Cleef. - Contou. - Era um fracassado virgem que mal sabia bater punhetas. Transformei ele num Don Juan, agora ele namora uma super modelo italiana. Apesar de ter um trabalhão, valeu a pena. - Mostrou outra foto.

Era o antes e depois de Sinjin Van Cleef.

— Uau! Impressionante! Você dá conta do serviço. - Me surpreendi.

— A gatona aqui é a melhor. - Se gabou.

Jade West era mesmo boa em transformar caras normais em galãs.


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Notas finais do capítulo

E aí???

Gostaram da Jade levando o Oliver às compras???

Imaginem a fatura kkkkkkkkkkkk

Até o Sinjin passou pelas mãos dela e se deu bem.

Beck foi flertar com a atendente da loja e deu mega ruim...

Coitada da pobre moça tcs tcs

Ansiosos para essa transformação???

Até o próximo. Bjs



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