Tales of a Uchiha escrita por Saberus


Capítulo 9
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— Rin, me ajude. — Foram as únicas palavras de Li enquanto olhava para a espada atravessada no seu abdômen. Suas palavras não eram mais do que sussurros e gaguejos.

Ele sentiu o sangue escorrer por causa dos cortes que foram provocados pelas linhas controladas por Gluttony que já tinha se afastado. A Hyuga rangia os dentes e fechava os dedos em punho para evitar se lamuriar de dor. A situação de ambos era idêntica. O rosado em poucos passos ficou entre eles e olhou inicialmente para as espadas que atravessavam seus corpos e engoliu em seco enquanto sentia o suor escorrendo por seu rosto. Um suor frio. Ele olhou para Kira que havia se aproximado com o fim daquele combate e olhava perplexa para o resultado.

— Eu não sei o que fazer. — Rin murmurou sequer se importando que as duas pessoas que ele teria de ajudar estavam acordadas. — Quero dizer, eu sei o que fazer, mas eu não sei como fazer. —

"Ele está em pânico" a Hyuga pensou e moveu a cabeça o suficiente para que concentrasse seus olhos peroladas no rosado que perdia um pouco da compostura tradicional dele, ou seja, sua paciência, para pôr as mãos na cabeça e ficar de joelhos murmurava algumas coisas. "Aí está a fraqueza dele. A inexperiência de um combate real com a necessidade de ajudar seus companheiros próximos da morte" ela pensou ainda mantendo os olhos no ninja médico que se silenciava mordendo os lábios.

— Você sabe o que deve fazer. — Li sussurrou enquanto um pouco de sangue escorria pelo canto dos lábios e ele piscou algumas vezes como se sentisse a visão desfocada. — Você virou um aprendiz por isso. —

— Eu já disse. Eu sei o que fazer, mas não sei exatamente como. — Rin soltou depressa aquelas palavras e apertou algumas mechas de seu cabelo enquanto inspirava e expirava cada vez mais rápido.

A Hyuga estava para dizer algumas palavras, mas preferiu por seu silêncio quando Kira aproveitou a distração do parceiro de equipe para levantar o rosto dele com a mão esquerda e o estapeou uma única vez com a direita. O rosto de Rin virou para o lado enquanto a marca da mão da garota estava em sua bochecha. Ele voltou seus olhos esverdeados para os azuis da garota que tentava ao máximo demonstrar calma.

— Obrigada, Kira. — A Hyuga murmurou e depois de buscar um pouco de fôlego prosseguiu. — Acalme sua mente, Rin. Você recebeu o treinamento para esse tipo de acontecimento. — A Hyuga passou o indicador da mão direita pelo lábio para secar um pouco de sangue que escorria. — Se você não se acalmar, nós vamos morrer. E você… — A Hyuga não concluiu.

— Kira, obrigado. — O rosado murmurou e levou sua mão para onde tinha uma marca avermelhada ainda e expirou devagar antes de continuar a dizer com um olhar mais calmo. — Eu não vou pedir para que façam uma escolha de quem vai primeiro. Sei por quem começar. — Ele mirou seus olhos esverdeados na morena que só sorriu pelo canto dos lábios. — Nesse momento as espadas estão impedindo que sangrem até a morte e não tenho ideia de quais órgãos foram pegos, mas vou dar um jeito. Kira, vou precisar de seus braços. — 

— Como? — Kira perguntou e engoliu em seco.

— Vigor para eles. — O rosado a respondeu e olhou para o corpo da Hyuga que não abandonou aquele sorriso estranho. — E Chakra para mim. —

Kira ficou em silêncio, mas balançou a cabeça aceitando a ideia inicial do rosado e voltou sua atenção para os dois parceiros de equipe machucados. Ela estava para perguntar quem seria o primeiro, mas viu Rin se sentar do lado de Suitai e pôs sua mão direita no abdômen dela e imediatamente uma energia tomou aquela mão enquanto a esquerda ia direto para a espada e a puxou do corpo da mulher que gritou com todo fôlego dos pulmões. O rosado jogou a arma fora e pôs a segunda mão no abdômen da Hyuga que virou o rosto enquanto uma lágrima escorria pelo canto dos olhos e sangue do ferimento profundo. A Uzumaki levou sua mão esquerda para a boca da morena que a mordeu para que não desmaiasse, ou melhor, para que o enfraquecimento passasse. "Pegou o fígado" foi o primeiro pensamento do rosado enquanto concentrava-se no procedimento de curar o órgão danificado. 

— Li, está acordado? — Foram as únicas palavras do rosado ao espadachim. Ele não perdia por um único momento o foco na Hyuga. Ele sequer sabia quanto tempo se passou desde a pergunta e, por isso, a repetiu. — LI, CARALHO. ESTÁ ACORDADO? —

— Heh, calma. Ainda estou vivo. — Li sussurrou. Ele só prestava atenção no procedimento que o rosado fazia com a Hyuga. — Se essa espada sair, vou sangrar até a morte. Me deixe quieto um pouco. —

Rin desviou seu olhar por um momento para ver o espadachim e mordeu os lábios. O rosto do rapaz estava empalidecendo. Ele voltou sua atenção para Kira que havia entendido o olhar e, por isso, estendido a outra mão para que Li a mordesse e recuperasse um pouco de vigor. O espadachim só revirou os olhos, mas assim mesmo aceitou a mão e a mordeu por alguns segundos. O rosado sentia o suor ainda escorrer por seu rosto, mas continuou focado em cuidar do corpo da morena que sentia uma ardência bem suave no abdômen, mas a cicatrização de seu corpo devia, ou melhor, era a responsável por aquilo. O olhar de Rin tornou-se sério, concentrado e ele soltou devagar sua respiração assim que concluiu os cuidados com o órgão. "Agora o resto não é difícil" pensou e mordeu os lábios enquanto cuidava de toda a região em que a espada acertou e danificou. O sangue da Hyuga manchava seu próprio corpo e as roupas e o gramado em que a mulher estava deitada. Kira sentia a mordida gentil em sua mão e sabia, ou imaginava, que Suitai não queria machucá-la.

— Eu preciso de Chakra. Daqui a pouco vou estar vazio. — Rin murmurou depois de alguns minutos em silêncio e mirou seus olhos esverdeados na Uzumaki. 

— Certo. — Foram as únicas palavras da ruiva antes de curvar seu corpo na direção do rosado e mover o rosto para dar espaço ao seu pescoço.

Rin não pensou duas vezes. Ele levou os lábios para o pescoço de Kira e a mordeu sem muita força e sentiu seu corpo sendo preenchido por Chakra. O pouco Chakra que lhe sobrava — que usou desde o início da luta e agora curando a Hyuga — foi reabastecido. Ele parou de morder a ruiva depois de alguns segundos e voltou sua concentração, seu foco, na cura do corpo de Suitai e um brilho de alegria, felicidade, passou por seus olhos esverdeados quando fechou completamente o ferimento. Ele sentiu um peso deixando seus ombros e respirou um pouco mais aliviado, mas sabia que ainda não tinha acabado.

— Como você está, Li? — Rin perguntou e passou o antebraço direito pelo rosto para secar um pouco do suor. — Kira, leve-a para dentro da casa e deixe que descanse. —

— E o seu Chakra? — A Uzumaki perguntou e levou a mão vaga para a área em que recebeu a mordida do rosado. 

— Estou super abastecido. — Rin respondeu e levou uma das mãos ao cabelo da ruiva e sorriu enquanto um pouco de rubor chegava em suas bochechas. — Eu sempre gostei do seu cabelo. Vá de uma vez para dentro da cabana. E obrigado por me ajudar. —

Kira sentiu as bochechas ganharem mais calor com aquelas palavras gentis de Rin, mas não se permitiu sentir nada pelo mesmo já que conhecia, ou melhor, sabia os sentimentos dele por Li e por alguém que não conhecia na Vila da Folha, mas que acabava torcendo pela alegria dele. A ruiva só balançou sua cabeça e olhou para a mão direita estendida da Hyuga e depois para os olhos perolados dela.

— Tá começando a incomodar. — Li sussurrou enquanto sangue escorria ainda mais de sua boca e ele inspirou fundo antes de continuar. — Mas vai ser só outra cicatriz, né? —

— Sim. — Rin respondeu.

O rosado ignorou quando Kira pegou a mão de Suitai e a levantou, fechou seus olhos para tentar esquecer o gemido de dor que a Hyuga soltou por aquele esforço, mas ele mirou seus olhos na dupla por um momento para vê-las caminhando de encontro a casa do fazendeiro que já abrirá a porta para elas. A morena usava a ruiva como apoio para não cair. "Vão precisar de um descanso antes de continuarmos essa missão" o rosado pensou, mas sua expressão se tornou mais séria por um momento enquanto segurava a espada no abdômen de Li, puxava e jogava para outra direção e começava os cuidados. "Espera, vamos terminar essa missão? Já provamos que Gluttony está por perto. A Vila da Folha pode mandar ninjas mais experientes para o combate" ele continuou pensando enquanto suas mãos tremeluziam de energia e cuidava do corpo de Li.

— O que está pensando? — Li conseguiu dizer por mais que a dor fosse angustiante. 

— Que devia ficar quieto enquanto cuido de você. — Rin respondeu, mas se permitiu um sorriso pelo canto dos lábios e abaixou a cabeça um pouco, no entanto o suficiente para o cabelo esconder um pouco do rosto. — Devíamos acabar a missão por aqui e avisar a vila? O que acha? —

— É isso que está pensando? — Li perguntou, mas ao não obter uma resposta do rosado ele suspeitou que sim, que era o que ele pensava e, por isso, continuou. — Um erro. Fomos pegos desprevenidos, mas já temos a experiência de lutar contra ele. Sabemos do que é capaz. —

— Habilidoso em Taijutsu e Kugutsu. — Rin murmurou ao se lembrar de como Gluttony atacou e bloqueou na luta contra Suitai e das linhas de marionete que saiam dos dedos enluvados. — Ele cria lâminas com seu chakra, mas não vimos nenhum Ninjutsu dele. — O rosado não escondeu o desapontamento na expressão ou na voz quando soltou a última parte.

Ele devia agradecer ao espadachim por estar puxando assunto. Assim podia esconder sua preocupação com aquela conversa. Seus olhos continuavam concentrados no abdômen do rapaz e um sorriso breve tomou seus lábios quando o ferimento começou a se fechar.

— Como acha que controla os lobos? — Li perguntou e mirou seus olhos castanhos nos esverdeados do outro rapaz.

— Genjutsu? Não sei, Li. — Rin respondeu e mordeu os lábios antes de suspirar pesadamente. — Não tenho um grande conhecimento como você. Então, me diga como acha que ele controla os lobos. —

— Derrotou o alfa da matilha? — Li perguntou de um jeito brincalhão e levou a mão direita ao abdômen assim que as mãos do rosado deixaram a região. — Só uma cicatriz de recordação? Legal. —

— Sakura pode desaparecer com essa cicatriz se quiser. Ou me dê algumas horas para descansar e posso removê-la. — Rin murmurou e olhou para as mãos que estavam um pouco trêmulas. — Só preciso de tempo para organizar meus pensamentos. —

Era verdade. Não estava com falta de Chakra para remover aquela cicatriz no corpo do espadachim. Ele ficou em silêncio enquanto encarava suas mãos e sem reação quando as do espadachim ficaram por cima e ele se aproximou do rosado o suficiente para beijá-lo. Não um selinho de agradecimento, mas um beijo que prolongou por mais alguns segundos antes de Li abaixar o rosto por falta de ar, ou dor em seu abdômen, e sorrir depois que voltou seus olhos ao rosado que estava envergonhado.

— Obrigado por salvar a minha vida. — Li sussurrou.

— Ah. Não precisava me agradecer dessa forma. — Rin murmurou e sentiu as bochechas se esquentando mais ainda pela péssima escolha de palavras. 

— Tem outra forma de agradecer, Katsuryoku Rin? — Li perguntou com um pouco de malícia na voz, mas ao perceber a mudança na postura do rosado ele só riu. — É brincadeira. Vamos, me ajude aqui. —

Rin obedeceu e ficou em pé primeiro e depois estendeu sua mão para Li que agarrou e, com aquele apoio, se levantou. Daquela forma os dois fizeram o mesmo caminho que Kira e Suitai. Eles entraram na casa do fazendeiro e foram imediatamente atendidos pelo mesmo que os guiou por um corredor pequeno levando-os a um quarto de hóspedes. Não era nenhum pouco pequeno o cômodo e os quatro poderiam dormir ali com um bom espaço entre eles, colchões já estavam colocados no chão para cada um deles e Suitai já ocupava um e era auxiliada por Kira que a fazia comer uma sopa e alguns pães. 

— Já trago para ele também. — Foram as últimas palavras de Ishi antes de fechar a porta e seguir para outro lugar.

Rin pôs Li no primeiro colchão da direita e depois olhou para o que ficava ao lado. Um olhar que bastou para Kira entender que o rosado tinha intenção de dormir naquele lugar. Rin se sentou no colchão e cruzou as pernas enquanto olhava para a situação da equipe e suspirou novamente antes de coçar o cabelo.

— Diga o que pensa. — Suitai murmurou depois de molhar o pão na sopa e mirar seus olhos perolados no garoto.

— Devemos terminar. — Rin sussurrou e olhou para suas mãos e as fechou em punho antes de prosseguir. — Descansamos primeiro e atacamos depois, mas com alguma estratégia melhor do que "três contra um sem estratégia alguma". —

— Você está querendo uma revanche? Tá doido? — Kira perguntou e apontou para Li e depois para a Hyuga. — Os dois melhores da equipe quase morreram e você está querendo lutar de novo? Cadê a sua vontade de se afastar do perigo? —

— Está aqui. Berrando e opinando como minha ideia é a mais idiota possível e quase chego a concordar, mas não podemos deixar que acabe por aqui. — Rin sussurrou e moveu o rosto o suficiente para olhar Li e depois para a Hyuga. — Se criarmos alguma estratégia, sei que podemos vencer. —

— Como assim "acabe aqui"? — Kira perguntou.

— Gluttony está aqui, mas por quanto tempo? Uma mensagem para a vila pode demorar. — A Hyuga quem respondeu depois de engolir o pão molhado na sopa e ignorar os olhares. — Uma mensagem, a formação de uma equipe preparada para esse confronto, a chegada até aqui. Tudo pode demorar. E não sabemos o tempo que Gluttony ficará na região. — Suitai levou as mãos aos olhos e os coçou antes de dar continuidade. — Tô de acordo. —

— Eu também. — Li quem disse desta vez e olhou para a porta sendo aberta e o fazendeiro passando por ela com sopa e mais alguns pães. — Obrigado. —

— Ouvi a conversa. Sei onde essa floresta vai dar. — Foram as palavras de Ishi que num segundo rendeu a atenção de todos. — Alguém está com um mapa? —

— Minha mochila. — Li murmurou.

Rin quem se mexeu. Ele se aproximou da mochila do espadachim e abriu a mesma e puxou de dentro um mapa e o desdobrou e pôs no chão para que o fazendeiro pudesse fazer o que achava necessário.

— Estamos aqui. — Ele marcou com o indicador da mão esquerda um pedaço com uma linha azul. 

— Perto de um riacho? — Rin perguntou e levantou as sobrancelhas como se não tivesse entendido o raciocínio do fazendeiro.

— Não é um riacho. É melhor do que isso, Rin. — A Hyuga murmurou e abriu um sorriso sincero, mas também possuindo dúvida em seus olhos. — Esse caminho inteiro leva para o Vale do Fim. —

— E daí? — Rin perguntou novamente e sentado outra vez com as pernas cruzadas em seu colchão. 

— Você realmente não sabe a história. — Li sussurrou e pôs a mão direita no rosto como se sentisse vergonha do rosado.

— Mais importante que isso. — A Hyuga murmurou como se quisesse deixar aquele assunto histórico de lado e fez um movimento com o indicador. — Ficamos a quanto tempo da entrada dessa montanha? —

— Já estamos na entrada. — O fazendeiro a respondeu e cruzou os braços antes de inspirar profundamente. — A floresta se estende por mais dois quilômetros antes de começarem a subida, mas há muitas cavernas no caminho com… — O homem bagunçou o cabelo e depois engoliu em seco antes de olhar para o teto do cômodo. — …lobos. —

— Qual a altura dessa montanha? — Rin perguntou e abaixou o olhar para reparar que massageava a mão direita e parou imediatamente com aquilo. 

— Pequena, deve ter uns sessenta metros, mas embaixo tem um caminho que também para o Vale do Fim. — O fazendeiro respondeu e aproveitou para se levantar e pôs as mãos nas costas. — Vou deixar que descansem. Ah, garoto de cabelo rosa… — Ishi chamou por Rin e prosseguiu assim que os olhos esverdeados estavam centrados nele. —...vou precisar que tire os lobos mortos e coloque-os no celeiro. —

— Porque no celeiro? — Rin perguntou e levantou uma das sobrancelhas.

— Vou retirar as peles e aproveitar a carne deles. — O fazendeiro respondeu e fez um bico com seus lábios enquanto seguia para a porta. — Descansem primeiro. —

O quarteto observou o fazendeiro seguindo para a porta do cômodo e saindo pela mesma e a fechando. Rin voltou seus olhos para a Hyuga que massageava o abdômen enquanto olhava para o mapa.

— Eu também estou de acordo. — Rin murmurou retornando ao assunto principal e voltando sua atenção para a ruiva que mordia os lábios. — Kira? —

— Não dá para ser contra. — Kira sussurrou e abraçou as pernas enquanto olhava para os dois integrantes feridos da equipe. — Alguma estratégia? —

— Várias. — Rin a respondeu e bateu o punho direito na palma esquerda enquanto seu olhar ficava mais sério.

Então, a equipe passou as horas seguintes discutindo com mais precisão que estratégias deveriam ser usadas para lidar com aquele grande problema. Suitai e Li já estavam cansados demais e, por isso, foram deixados no quarto de hóspedes para se recuperarem. Rin já havia concluído a tarefa solicitada por Kofuku Ishi e agora estava no telhado do celeiro com as mãos servindo como travesseiro e os olhos fechados, mas qualquer um que se aproximasse veria que sua expressão não estava calma e sim sério, como se pensasse em alguma coisa e se aprofundando cada vez mais em sua mente. Ele sorriu pelo canto dos lábios quando ouviu passos no telhado e abriu devagar seus olhos.

— Oi, Kira. — Ele murmurou.

— Como está tão calmo depois de tudo que aconteceu? — A Uzumaki perguntou e se sentou ao lado do colega de equipe deitado e abraçou as pernas. 

— Não estou calmo. Eu gostaria de estar, mas não estou. — Rin respondeu e olhou para o céu azulado com poucas nuvens antes de prosseguir. — Só estou com a mente no lugar por sua causa. Posso até ter recebido treinamento, mas foi minha primeira vez com uma equipe em risco. —

— Está assustado? — A Uzumaki perguntou e levantou as sobrancelhas enquanto seus olhos azuis se concentravam nos olhos esverdeados do colega. 

— Um pouco, mas tenho que ignorar essa sensação para ser útil. — Rin respondeu e desistiu de ficar deitado e por isso se sentou e copiou a ruiva ao abraçar as pernas. — Você está com medo? —

— Demais. — Kira respondeu e abriu um sorriso antes de fechar os olhos para aproveitar uma brisa que mexeu com seu cabelo. 

"Eu não sei o que dizer" o rosado pensou e baixou o olhar um pouco, mas moveu o braço direito o colocando no ombro da ruiva que só o olhou com curiosidade e, assim como ele, em silêncio enquanto era puxada para mais perto dele e ficaram daquele jeito.


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