Tales of a Uchiha escrita por Saberus


Capítulo 81
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Passaram dois dias desde que Rin adormeceu após cuidar de tantas pessoas, sobrecarregando-se física e mentalmente, mas para a alegria de alguns ele estava desperto um pouco depois do café da manhã do segundo dia, mantendo-se sentado na cama com as pernas cruzadas quando Doro o visitou naquela manhã, então em segundos muitas pessoas invadiram o quarto quando a ouviram gritar pelo nome do melhor amigo, e essas mesmas pessoas se sentiram aliviadas quando viram que a consciência do mesmo fora recobrada. O rosado recebia um termo abraço da kunoichi de Sunagakure, correspondendo ao afetuoso gesto até certo ponto, depois olhando para as pessoas que invadiram seu quarto. Lá estava Kanako Urai, Tsuko Katsuryoku, Fushin e Tsuyu Hyuga, além da própria Doro. Todas aquelas pessoas aguardavam pelas suas primeiras palavras em dias, por isso sentiu-se um pouco receoso com o que deveria ser dito.

— Posso dizer que descansei bem? Fazia um tempo que não cochilava sem interrupção. — Rin comentou e levou a mão direita para trás de sua cabeça, coçando-a e rindo baixo antes de dar continuidade. — O que perdi? Tô sentindo que dormi por um bom tempo… então, quantos dias foram? —

— Nada. — Tsuyu respondeu a pergunta do rosado e cruzou os braços, mantendo seus olhos nele antes de continuar. — Não há nenhum rastro da Shi no Hana desde o que aconteceu no Coliseu, Ashram está quieto depois do que aprontou. E você esteve assim por dois dias. Alguém traga comida e água para ele. —

— É pra já! — Fushin comentou com muita animação.

A especialista em Genjutsu afastou-se do grupo, aproximando-se da porta e saindo por ela. Nesse momento, a atenção do rosado retornou para o moreno e estava para dizer alguma coisa, mas outra pessoa falou em seu lugar.

— O que pretende fazer? — Tsuko perguntou e cruzou os braços abaixo dos seios, mantendo sua atenção no rosado ainda na cama.

Rin ficou em silêncio com aquela pergunta. E sentiu que a atenção mantinha-se, mas de uma forma ligeiramente diferente, entretanto não soube identificar qual era a diferença, mas ele sabia exatamente os passos que gostaria de seguir naquele momento. Ele fechou seus olhos, concentrando-se um pouco e facilmente visualizando as duas reservas de chakra que eram constantemente preenchidas e que agora possuíam o mesmo tamanho. Ele podia estar dormindo nos últimos dias, mas de forma inconsciente foi capaz de modificar a reserva secundária para se parecer com a primária, ou seja, não teria mais tanto problema com o constante uso de chakra nas batalhas. Ele abriu seus olhos, suspirando de forma preguiçosa, movendo seu rosto o suficiente para que sua atenção fosse para a ruiva que lhe fez aquela pergunta.

— Preciso de algumas horas… — Rin comentou com um tom gentil e calmo, dando continuidade depois de coçar seu cabelo. — ...quero estar bem alimentado e hidratado para quando começarmos. Meus músculos não se atrofiaram em apenas dois dias, mas gostaria de me exercitar por duas horas. —

— Começar o que? — Doro perguntou.

Rin olhou da ruiva para a kunoichi de Sunagakure, semicerrando seus olhos por um instante e olhando enfim para o moreno. Um sorriso escapou dos lábios de Tsuyu com aquela resposta parcial do rosado, sentindo-se aliviado por ele manter o acordo.

— Ela não sabe? — Rin perguntou.

— Um dos acordos… — Tsuyu começou a responder a pergunta da loira, mantendo-os ligeiramente distante dela, mas ainda sim próximo se fosse necessário protegê-la. — ...ele propôs desenvolver o próprio exército de ninjas médicos independentes da Shutsuen-sha, os membros são os sobreviventes do evento. — 

— Quando ia me contar? — Doro perguntou. Sua atenção se voltou para o rosado na cama e ela parecia um pouco emburrada por descobrir só naquele momento. 

— Quero que me escute um pouco antes de encher meu saco. — Rin comentou, tornando a se deitar na cama e suspirando outra vez antes de dar continuidade. — O que estamos fazendo aqui será o primeiro degrau para o objetivo que quero alcançar. —

— "Estamos"? — Doro perguntou.

— Sim. Cada um neste quarto está proporcionando o alcance desse objetivo. — Rin respondeu a pergunta da loira, mas deu continuidade enquanto olhava para o teto do cômodo. — Quero criar um grupo, ou melhor, uma organização de ninjas médicos que vagam por esse mundo usando Iryō Ninjutsu em quem precisa, sem cobrar nada. Há vilarejos que são afastados de grandes aldeias com ninjas e hospitais, muitas vezes as pessoas nesses vilarejos estão doentes demais para viajarem, então o pior geralmente acaba acontecendo, mas isso pode ser diferente com essa minha ideia. — 

— Isso você não me contou… — Tsuyu comentou, incapaz de esconder a surpresa por conta daquele sonho, ou melhor, objetivo do rosado. — Você acha que um grupo tão pequeno dará conta do mundo? —

— Não. Do mundo não. — Rin respondeu a pergunta do moreno, porém continuou assim que sentou-se na cama novamente. — Mas eu acho que se essas pessoas tiverem a motivação certa e a espalharem para outras pessoas, quem sabe o que poderá acontecer no futuro? —

Tsuyu ficou em silêncio até o momento em que abaixou sua cabeça, alargando um sorriso e gargalhando animadamente com aquela resposta. Kanako assistia em silêncio a conversa, por isso se surpreendeu quando seu líder gargalhou, mas também não escondeu a surpresa. O moreno só parou de rir quando percebeu a seriedade nos olhos esverdeados do rapaz ainda na cama.

— Espera, você tá falando sério? — Tsuyu perguntou, mas deu continuidade ao se aproximar um pouco mais da cama. — Você tem noção de como esse sonho pode ser difícil? —

— O grupo já tenho, posso dizer a mesma coisa a respeito do conhecimento do Iryō Ninjutsu. — Rin respondeu a pergunta do moreno, mas continuou aos sussurros depois de olhar para suas mãos. — Quero marcar meu nome em algum lugar. —

Tsuyu ficou em silêncio, mas olhou para Doro que sentava-se na cama e passava os braços em volta do corpo de seu amigo, então o puxou para um abraço caloroso e gentil. A kunoichi era a única que não parecia reagir com surpresa como os outros, talvez por ter se acostumado com a personalidade do salvador do rosado que o mesmo constantemente deixava em evidência.

— Tenho uma dívida por ter salvo a minha vida naquele dia. O ajudarei em tudo o que precisar. — Doro sussurrou, mas audível o suficiente para que o moreno também ouvisse, então continuou. — Mas vamos começar pequeno. O primeiro degrau ainda, querido. Comece por esse grupo e implante neles o ideal de ajudar o próximo. —

"Querido?" Tsuyu pensou ao ouvir aquela palavra que considerava íntima. Não era um "amor", mas não estava muito longe. O rosado sorriu pelo canto esquerdo dos lábios, passando também seus braços em volta da loira e abraçando-a, sentindo um pouco do agradável cheiro de sua amiga antes de terminar o abraço e por suas mãos no rosto dela, ou melhor, nas bochechas da kunoichi e beijar a testa dela, então aumentou um sorriso, sequer importando-se que eram vistos por mais três pessoas.

— Você vai me ajudar. Eu não dou conta de… quantas pessoas estamos falando? — Rin perguntou e olhou para a única ruiva do cômodo, aguardando que ela respondesse a sua dúvida.

— Cinquenta e cinco pessoas. — Tsuko respondeu a pergunta do rosado, levando a mão direita ao cabelo e esfregando-o. — Seus pais adotivos que tornam você um sonhador? —

— Acredite, mas até pouco tempo eu não era assim. Quando comecei a enxergar um pouco esse mundo e como as pessoas funcionam… — Rin não quis concluir sua resposta para a ruiva. Era óbvio o que diria. Então continuou com sua resposta para a kunoichi de Sunagakure. — Eu serei o líder desse esquadrão médico, então vou precisar de uma pessoa para ser a vice-líder. Conhece alguém com disposição? —

— Porque ela? — Tsuyu perguntou e semicerrou suas sobrancelhas. 

— Espera, você disse que todos neste quarto estão ajudando no alcance desse objetivo. No que estou ajudando? — Kanako perguntou.

— Porque ela foi a primeira pessoa que ensinei o Iryō Ninjutsu, está em constante progresso numa área que ganhou a admiração dela. — Rin respondeu a pergunta do moreno, então olhou para a musculosa adversária que enfrentou no primeiro dia. — Eu não acho que Ninjas Médicos devam agir apenas no suporte, mas no ataque também. Eu posso transmitir um conhecimento adicional, mas a arte da luta… que melhor pessoa do que você? O que me diz, Kanako-san? —

Kanako ficou em silêncio. Ensinar um grupo que especializa-se numa área oposta à sua? A ideia ganhou e muito o interesse dela, por isso que a mesma descruzou os braços e aproximou-se mais da cama, então levou seu braço direito à frente com a palma aberta. Cada movimento bem observado por aquelas pessoas no quarto. O rosado moveu sua mão esquerda e a levou para a mão direita da mulher. Então, os dois fazem o respectivo aperto de mão. Kanako era outra pessoa que devia sua vida para o rosado. Afinal, não escutaria aquela conversa se ele não tivesse aparecido antes da explosão de Hosen, por isso sentia-se em dívida. Doro, que havia se distanciado um pouco, assistia aquele "pacto" ou "acordo firmado" em silêncio, assim como Tsuyu e Tsuko.

— Tem algo que gostaria de pedir. — Rin comentou assim que parou com o aperto de mãos, voltando sua atenção para o moreno. — Musashi já está melhor? —

— Não. Estará de recuperação por duas semanas, mas o que você está querendo dele? — Tsuyu perguntou e levou a mão direita ao cabelo, coçando-o depois tantas coisas interessantes naquele momento.

— Que ele me ensine aquela técnica que usou. — Rin respondeu a pergunta do moreno, então levou a mão direita ao queixo e deu continuidade. — Se bem que… tem outra pessoa do seu grupo que vou precisar de alguns ensinamentos. —

— Quem? — Tsuyu perguntou.

Rin estava para responder a pergunta do moreno, mas as atenções se voltam para a porta que se abriu e deu passagem para a garota de alegria e energia ilimitadas. Fushin carregava uma bandeja com pães, pedaços de frutas, ovos mexidos e café. E parou na entrada do quarto quando sentiu-se observada, até mesmo inclinando ao lado esquerdo seu rosto. O rosado abraçava as próprias pernas enquanto olhava atentamente para a recém chegada.

— O que foi? É pouco para você, rosadinho? — Fushin perguntou depois de olhar para a bandeja e retornar sua atenção para o garoto na cama. — Eu posso buscar mais algumas coisas. —

— Não… — Rin comentou, mas deu continuidade depois de concentrar seus olhos esverdeados nos azuis da especialista em Genjutsu. — ...é perfeito. —

— Ah… — Fushin sussurrou. Ela sentia a atenção daqueles olhos esverdeados, por isso sentia-se ligeiramente intimidada, mas evitaria mostrar e levando a bandeja para a cama dele. — ...sobre o que estavam conversando? —

— No momento? Você. E como será perfeita para mim… — Rin respondeu a pergunta da mulher, mas desviou sua atenção para o líder da gangue. — ...se ele permitir. —

Obviamente que a garota teve um péssimo entendimento da resposta dada, por isso agitou-se por um instante. Parecendo mais como se não soubesse o que falar naquela ocasião. Ela realmente acreditava que sua vida pertenceria ao rosado, que seu líder a venderia e a partir daquele momento teria de satisfazer os desejos impróprios de alguém que pouco conhecia. Suas bochechas começaram a esquentar ao imaginar-se em todas aquelas ocasiões, servindo unicamente para saciá-lo, por isso que sua respiração ficou um pouco mais rápida. Tsuko semicerrou seus olhos, aproximou-se da garota e acertou o topo da cabeça dela com a bainha de sua espada, assim ganhando a atenção da especialista em Genjutsu. 

— Pervertida. Preste um pouco de atenção na conversa antes de tirar conclusões erradas. — Tsuko comentou com um tom ríspido, mas voltou sua atenção para o rosado na cama e deu continuidade. — Com essa daqui… tente não dar respostas vagas… ela é inteligente ao ponto de usar Genjutsu em muitas pessoas em simultâneo, mas tem um lado detestável. —

— Ah… entendi. — Rin comentou. Então olhou para Doro que parecia envergonhada pela reação de Fushin, por isso continuou. — Não sei porque está envergonhada. Você também é outra pervertida. Lembro que dormia seminua ao meu lado. —

Tsuyu olhou do rosado para a loira que engasgou com aquele comentário do ninja médico. "Que tipo de amizade esses dois têm?" pensou enquanto seus olhos amarelos se encontravam com os púrpuros da kunoichi, que imediatamente desviou sua atenção e as bochechas dela se esquentaram. O rosado percebeu aquela mudança, por isso levou a mão direita à bochecha da garota e a apertou um pouco.

— Porque está envergonhada? Lembro também que sentava em meu colo. — Rin comentou com um olhar sério, mas usando um tom calmo. 

Óbvio que não estava bravo com sua amiga. Havia se acostumado à maneira dela, além disso tinha uma namorada. Tsuyu suspirou, cansado de ouvir aquilo, por isso aproximou-se da ruiva e retirou de mão dela a bainha da espada, então andou até o rosado e acertou o cotovelo direito dele, assim fazendo-o soltar a bochecha da garota. O olhar do líder da Mangetsu era sério, mas dava para ver um pouco de ciúmes por mais que soubesse da relação entre os dois. A atenção de Doro e Rin se voltaram para o moreno que engoliu em seco.

— Ela está desconfortável. — Tsuyu disse com um tom áspero. E deu continuidade depois que apontou para Fushin. — Porque precisa dela? —

— Quero criar resistência com Genjutsu. — Rin respondeu a pergunta do moreno, mas deu continuidade assim que ativou seu Sharingan e sorriu pelo canto esquerdo dos lábios. — Mas também quero aprender. —

Fushin entendeu sua função. Ela seria uma professora para o rosado, servindo para que ele criasse resistência ao ponto de quebrar ilusões, mas também tinha a função de ensiná-lo sobre a criação daquelas técnicas, melhorá-lo em algo que o mesmo deveria ser bom considerando o sangue que corria em suas veias.

— Duas horas por dia. — Fushin comentou e mostrou sua palma direita e dois dedos levantados. — Faremos isso por no máximo duas horas diárias. —

— Maravilha. — Rin comentou.

Ele ainda teria de aprender uma técnica com Musashi, mas primeiro o especialista em Kenjutsu teria de recuperar-se para ensiná-lo. O rosado desviou sua atenção, retornando-a para o moreno que parecia ligeiramente interessado no desenvolvimento que acontecia naquele quarto, mas a atenção do rosado foi-se para a ruiva que levantou as sobrancelhas quando sentiu a atenção.

— Vou precisar que chame meus subordinados, Oba-san. — Rin disse, mas deu continuidade depois que coçou o cabelo. — O local de encontro será o Coliseu. —

— Certo… — Tsuko comentou. Ela se aproximou da porta, mas parou antes de sair e deu continuidade com uma pergunta. — Como pretende ensinar? —

— Porque o Coliseu? — Tsuyu perguntou.

Rin sorriu com divertimento e malícia ao receber aquela pergunta, por isso que apontou para Doro que estava um pouco mais constrangida. Quando toda a atenção do cômodo se voltou para a garota, o rosado deu continuidade.

— Trouxemos pergaminhos em nossas coisas de viagem. Há dezenas de livros sobre Doenças, Biologia, Anatomia Humana e Animal, Venenos, Antídotos, Medicamentos, Controle de chakra, Iryō Ninjutsu. — Rin respondeu a pergunta da ruiva, mas voltou sua atenção para Tsuyu antes de dar continuidade. — Lá tem espaço o suficiente, por isso vou usá-lo por enquanto. —

O rosado enfim se concentrou na bandeja de comida que nem ao menos tinha tocado. Estava faminto depois de passar dois dias sem se alimentar, por isso que levou uma fatia de pão para sua boca e comeu com muita vontade.

[ ۝ ]

O rosado estava no Coliseu. Poucas horas atrás fizera uma boa refeição e, por mais que seus músculos atrofiaram por causa da inconsistência, fez um pouco de exercício, então seguiu-se para aquele lugar. Naquele momento encontrava-se de frente a cinquenta e cinco pessoas que não tinham conhecimento do Iryō Ninjutsu, do seu lado direito encontrava-se Doro e logo na frente de ambos vários pergaminhos com os livros selados. O rosado levou a palma direita ao chão.

— Doton: Doryūheki. — Rin comentou.

Ele construiu uma parede de terra acima de seus pés, desta forma levando-o a cinco metros assim podendo enxergar as pessoas de cima e sabia que todos ali embaixo o enxergavam.

— Serei claro com vocês. Aprender sobre Iryō Ninjutsu é cansativo, mas recompensador. Terão de ter um preciso controle do chakra e conhecimento sobre várias áreas e doenças. — Rin disse e levou as mãos para os bolsos da bermuda antes de dar continuidade. — Vou falar apenas uma vez. Esse é o momento para quem estiver interessado em desistir. Não há vergonha na desistência, não ensinaremos aqueles que não tem interesse, que só vieram até aqui porque outra pessoa chamou. —

Conforme falava, uma pessoa saiu daquele aglomerado, depois outra e assim por diante. Ele não julgaria aquelas pessoas que desistiram, que fugiram do ensinamento que o mesmo estava propondo passar adiante.

Restavam sete pessoas. E nenhuma delas tinha qualquer intenção de afastar-se. O rosado se esforçou para não sorrir quando identificou que Ontake estava entre as sete pessoas. Ele levou o braço direito à frente do corpo com o punho quase todo fechado, exceto por três dedos à mostra.

— Antes de começarmos… há três regras que qualquer Ninja Médico deve conhecer. — Rin disse, continuando quando ganhou a curiosidade daquelas pessoas. — Primeira regra: Ninjas médicos não podem desistir de dar tratamento a seus companheiros enquanto respirarem… —

— Não importa se é companheiro.. Qualquer pessoa que precisar de tratamento, vocês ajudarão. — Doro disse e sentiu a atenção daquelas pessoas, mas não reagiu. 

— Segunda regra: Ninjas médicos não podem se envolver em batalhas. — Rin disse, mas acrescentou depois de sentar-se no muro de terra e sorrir pelo canto dos lábios. — Kanako Urai ensinará aqueles que tiverem interesse em confronto direto, por isso cabe a vocês ignorarem ou não essa regra. —

Apenas a menção do nome da especialista em Taijutsu fez com que as pessoas tremerem ao se lembrarem do que a mulher fez no primeiro dia. O rosado viu algumas reações, por isso mordeu seus lábios para evitar sorrir. "Ainda bem que ela vai pegar leve…" o rosado pensou.

— Terceira regra: Ninjas médicos devem ser os últimos do seu esquadrão a morrer. — Rin disse, mas deu continuidade depois de criar o bisturi de chakra na mão direita e mostrar o pulso esquerdo e fez um corte naquela região, certificando-se de acertar a artéria, mas nada acontecendo. — Aqueles que aprendem o In'yu Shōmetsu podem ignorar essa regra também. —

Doro levou suas mãos aos pergaminhos, desta forma desfazendo o selo e liberando os incontáveis livros selados em cada um deles. As pessoas que ali estavam ficaram surpresas pelo amontoado de literatura, então olharam para o rosado que suspirou.

— Terão duas semanas para lerem esses livros. Então… — Rin disse enquanto fechava as duas mãos em punhos, certificando-se de olhar para cada participante e memorizar seu rosto. O olhar do rosado era calmo, mas havia um divertimento profundo. — ...passaremos ao básico do Iryō Ninjutsu. —

[ ۝ ]

Enquanto isso em Konohagakure, nos portões da aldeia pelo menos. Os guardas olharam para uma conhecida garota conhecida por alguns que caminhava e passava tranquilamente por eles. Um deles reconheceu a garota como sendo Yamanaka Misa, que sentiu a atenção em si e, por isso, sorriu amigavelmente para os guardas, até mesmo acenando enquanto continuava sua caminhada, afastando-se do portão.

Misa caminhou por algum tempo. Não estava sem rumo. Seu objetivo principal era o escritório do Hokage, depois o reencontro familiar, mas admitia que a paisagem de Konoha era maravilhosa, por isso demorava-se em sua caminhada.

A jovem Yamanaka chegou uns quarenta minutos depois no escritório do Hokage, por sorte o loiro encontrava-se sozinho naquele momento e olhou interessado para a garota que parecia mais madura desde a última vez que a viram. Misa continuou sorrindo com gentileza. Sem dúvida a garota naquele meio tempo amadureceu, tornou-se confiante em suas antigas e novas técnicas, talvez até mesmo mais decidida.

— Então, como foi? — Naruto perguntou e levou os cotovelos à mesa de madeira e apoiou seu queixo nas palmas unidas. 

— Treinamento concluído. — Misa respondeu a pergunta do Uzumaki, aproximando-se da janela do escritório e observando a paisagem da aldeia. 

— O que foi? — Naruto perguntou.

— Estava pensando… será que o diretor da academia estaria ocupado para me receber? — Misa perguntou.

Naruto sorriu pelo canto dos lábios. Ele conhecia Iruka a bastante tempo, por isso imaginava que o mesmo arrumaria um tempo caso fosse necessário, mas também surgirá um interesse pelo comentário da Yamanaka.

— Porque? O que pretende com ele? — Naruto perguntou.

Misa se virou, desta forma olhando para o Uzumaki e cruzando os braços abaixo dos seios enquanto um vento fresco mexia com seu cabelo.

— Eu quero ser professora da academia. — Misa respondeu a pergunta do Uzumaki.


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