Tales of a Uchiha escrita por Saberus


Capítulo 79
S04Ch20;




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"Não tem como aprender uma técnica só porque jogou na minha mente uma demonstração" o moreno que pensou, tornando lentamente seu olhar mais carregado de ódio. Um ódio por Chinoike Ashram, não por parecer um fraco naquele momento, inocente por acreditar que aquela pessoa não invadiria o evento para aquele tipo de situação. Ele parou de correr, ofegante enquanto os gritos de medo e dor chegam até ele, baixando lentamente sua cabeça e olhando para os seus pés. 

— Eu sou mais fraco do que imaginava… — Tsuyu sussurrou dolorosamente. Suas mãos se fecharam em punho com muita força.

Ele não dava a mínima ao ser cercado por três homem-bomba. Aparentemente, iam explodir a qualquer momento. "Devia imaginar que isso poderia acontecer. Estão se machucando por um deslize meu" o moreno continuou pensando. Ele não sairia do lugar, e Rin percebeu que alguma coisa estava errada com o moreno, por isso avançou até ele enquanto mantinha o Raiton: Hageshi Senkō, segurou-lhe os braços e o girou, soltando-o e jogando-o para longe. O rosado preparou-se para correr, aproveitando-se da velocidade adicional, mas a técnica chegou em seu tempo limite, assim sendo cancelada. Ele engoliu em seco, mas não pensou em outra coisa senão em escapar. Viu como os três homem-bomba estavam, por isso concentrou chakra em toda parte da trás do corpo, então pulou na direção em que havia lançado o moreno. E houveram as explosões um segundo depois, acertando-o realmente nas costas e jogando-o mais longe do que pretendia.

— ARGH! — Rin gritou de dor.

Ele caiu de barriga para cima na arquibancada. Tsuyu tinha assistido o salvamento, ou melhor, tudo o que aconteceu naqueles três segundos, então soube exatamente onde o corpo do rosado cairá, por isso se dirigiu até onde o mesmo estava. E levou as mãos para frente da boca. As costas do rosado tornam-se visíveis já que a roupa do mesmo foi destruída naquelas explosões, assim o moreno pode vislumbrar uma grande queimadura de 2° com uma pequena parte em 3°, ou seja, o In'yu Shōmetsu estava funcionando, mas a sensação da dor de mantida. O rosado ofegou e abriu lentamente seus olhos esverdeados, movendo-os um pouco e olhando para o moreno que estava com uma cara assustada. Suor escorria pelo rosto do rosado e ele fechou suas mãos em punhos com muita força, rangendo seus dentes enquanto vapor saia de suas costas.

— Sua cara estava uma porcaria… — Rin sussurrou. Sua voz carregava uma dor intensa, mas havia um pouco de divertimento.

— Porque me salvou? — Tsuyu perguntou. Ele não tinha a mínima ideia do que fazer naquela situação.

— Eu não sei… — Rin respondeu, mas deu continuidade assim que fechou os olhos e sentiu o corpo regenerar. — ...meu corpo mexeu sozinho. Não houve tempo para pensar. —

Tsuyu estava para dizer alguma coisa, mas Doro caiu a alguns metros deles. A garota continuou agachada por alguns segundos, mas levantou depressa o rosto e encarou o amigo que sentia dor, depois olhou para o moreno. Os olhos púrpuros da kunoichi não escondiam a preocupação que sentia pelo amigo.

— O que aconteceu? Vocês estão bem? — Doro perguntou.

— Eu me distraí um pouco. E ele me salvou, mas com um custo… — Tsuyu comentou e mordeu os lábios em seguida ao voltar sua atenção no rosado. — ...obrigado. —

— Ah, cale sua boca. — Rin sussurrou e coçou seus olhos antes de dar continuidade. — Eu não quero agradecimento por salvar uma vida. —

— Como está se regenerando? — Doro perguntou e levantou as sobrancelhas ao ver as queimaduras se suavizando. 

— In'yu Shōmetsu. Um Ninjutsu Médico que aprendi num livro, mas estou botando mais em prática recentemente. A explicação é chata… e não tô com cabeça para contar tudo… — Rin respondeu sua amiga.

Tsuyu olhou para uma direção específica. Um pouco afastado de onde estavam. Lá estava a verdadeira Tsuko que parava o que estava fazendo para prestar atenção no trio, aparentemente a ruiva se preocupou com o bem estar deles, ou apenas com do rosado que o protegeu. Ele retornou sua atenção para o próprio rosado no momento em que ele conseguiu se sentar, ofegou enquanto suor escorria de seu rosto e suas mãos tremiam um pouco, o cansaço era nítido em seus olhos esverdeados.

— O que está fazendo? — Tsuyu perguntou.

— Quando tudo isso acabar… teremos pessoas feridas. E ela não dará conta sozinha. — Rin respondeu a pergunta do moreno, mas deu continuidade ao sorrir pelo canto dos lábios. — 1° Regra: Ninjas Médicos não podem desistir de dar tratamento aos seus companheiros enquanto respirarem. Nesse momento, essas pessoas são nossas companheiras. E estão machucadas por conta do que ainda está acontecendo. Então… — Rin pausou por um momento. A queimadura em suas costas era apenas de 1°, mas ainda continuava a regeneração. Ele olhou para o moreno. — ...diminua ao máximo o dano. Depois, Doro e eu nos preocupamos com os cuidados médicos, mas por enquanto… você comanda. —

— Eu fiquei assustado… isso nunca aconteceu antes. — Tsuyu sussurrou.

Sua atenção voltou para o rosado no momento em que ele segurou a gola de sua roupa com a mão direita que tinha uma suave queimadura que se desfazia. Os olhos esverdeados mantiveram-se sérios, cansados enquanto suor escorria pelo rosto do rosado.

— Agora é sua vez de escutar… — Rin sussurrou, mas não deu a oportunidade do outro dizer alguma coisa. Ele logo deu continuidade. — ...livre-se disso. Olhe adiante e vá em frente. Você… principalmente você… não pode parecer assustado, senão as pessoas também ficarão assustadas. É isso que ele quer. E não daremos esse gosto de vitória para ele. Eu não vou entregar a Doro para um covarde, para alguém que põe o rabo entre as pernas quando algo inesperado acontece. —

Tsuyu ficou em silêncio. Até mesmo Doro optou pela quietude mesmo quando seu nome foi mencionado. O olhar do rosado continuou fixo no moreno. As explosões, gritos de sofrimento e coisas caindo chegavam nos ouvidos do trio.

— Eu também já estive assustado… — Rin sussurrou. Lembrando-se do pequeno ataque de pânico a algum tempo no primeiro confronto com Gluttony. — ...mas superei e ajudei as pessoas da maneira que pude. Agora… — Rin começou a falar e devagar soltou a gola do moreno e sorriu um pouco mais. — ...muitos vão morrer se você não se acalmar. Então, você decide. —

Rin estava certo. E Tsuyu sabia disso. Ele continuou em silêncio, mordendo os lábios e de olhos fechados. Ele estava assustado, mas tinha de superar aquilo e ajudar as pessoas restantes. Então, levou as mãos ao rosto, estapeando-se e abrindo seus olhos lentamente, mantendo-os concentrados no rosado que, apesar de tudo que aconteceu, sorria para ele como se já visse o resultado. Tsuyu não era de se assustar daquele jeito. Não, como líder da Mangetsu, era sério e impunha ordem, mas como Tsuyu… era gentil e gostava de se divertir, dentre muitas outras coisas. E esse tipo de medo, susto, não fazia parte dele. 

— Eu decido? Pois bem… — Tsuyu sussurrou, porém audível para os dois ninjas médicos. Ele deu continuidade depois de olhar em volta. — ...vamos ajudar as pessoas. Cada um de sua própria maneira. —

— Certo! — Doro comentou e levantou o braço direito com a mão fechada em punho.

— É isso aí… — Rin sussurrou e levou a mão direita aos olhos, coçando-os e suspirando. — ...leve os machucados para a arena. —

— Porque? — Tsuyu perguntou.

— Só leve. — Rin respondeu a pergunta do moreno, depois olhou para Doro e sorriu pelo canto dos lábios. — Nós dormíamos em cima da feno. Vá na ala dos participantes e use alguns Bunshin para te ajudar. Não temos tempo para trazer camas. —

— Entendi! — Tsuyu disse.

O rosado queria cuidar das pessoas ali mesmo. Dependendo dos machucados, era perigoso levar para outro lugar, por isso o mesmo pensou rápido em querer fazer os cuidados ali. Tsuyu não disse mais nada, simplesmente afastou-se da dupla e correu para o lado esquerdo. Doro também ia embora, mas parou quando sentiu sua mão esquerda sendo segurada pelo rosado que estava de cabeça abaixada.

— O que foi? — Doro perguntou.

— Um último pedido… — Rin sussurrou. Ele puxou Doro para mais perto e levantou sua cabeça. — ...procure por Hyorogan quando estiver por lá. —

"Minha segunda reserva de Chakra foi quase consumida e não quero mexer com a principal. Ah, cara… eu tenho que dar um jeito nessa segunda reserva…" o rosado pensou e olhou Doro quando ela se aproximou dele por vontade própria e levou a mão direita para seu cabelo, acariciando-o.

— Não diga "último pedido". Haverão muitos pedidos ainda. Quando eu voltar… — Doro sussurrou e moveu seu rosto, desta forma olhando para onde Tsuyu estava antes de dar continuidade. — ...quero que me diga em que sentido usou o "não vou entregar a Doro para um covarde". —

— Ah… — Rin comentou.

— VOCÊ SABE! — Doro berrou, afastando a mão do cabelo róseo e sentindo as bochechas esquentarem enquanto cruzava os braços abaixo dos seios. — Como? —

"Ela quer falar disso agora?" o rosado pensou e levou a mão direita ao rosto, balançando-o em seguida e suspirando com muita preguiça. As queimaduras em suas costas desapareceram completamente, desta forma sobrando apenas um rombo nas costas das suas camisas que serviriam para contar a história. Rin afastou a mão do rosto, concentrando seus olhos esverdeados na garota que aguardava por sua resposta.

— Agora não é o momento… — Rin comentou, perdendo um pouco do bom humor e substituindo por seriedade para que a garota entendesse a situação. — ...se não encontrar Hyorogan, veja com alguém onde possa ter ainda. —

Doro ficou em silêncio, contudo obedeceu ao rosado. Ela se afastou do amigo e seguiu em encontro para onde os participantes ficam antes do evento. O rosado observou a amiga tomar distância, depois moveu um pouco a cabeça e olhou para Tsuko salvando duas pessoas de escombros, então moveu o rosto e olhou Tsuyu que carregava alguém que chorava nas costas. Ele se sentou e apoiou os cotovelos em suas pernas, levando as mãos para o rosto, escondendo-a e deslizando até seu cabelo róseo, levando-o para trás e abaixando a cabeça e suspirando. Ele sentia o coração disparado, o suor frio que escorria por seu rosto e criava uma pequena poça no chão, mas sabia que aquele não era o momento de sentir quaisquer coisas que fossem atrapalhá-lo. "Não é hora de ter medo, se desesperar, sentir ódio pelo que está acontecendo, agora é o momento de ser corajoso, de ser proficiente…" pensou e fechou devagar suas mãos em algumas mechas do cabelo, abrindo lentamente seus olhos esverdeados e sérios.

[ ۝ ]

Quarenta minutos depois a arena servia como centro de emergência. As pessoas mais machucadas ficaram do lado esquerdo, as com ferimentos leves do lado direito, as mortas foram levadas para o local em que os participantes ficavam antes do começo das partidas. 

O esquema era simples, porém muito útil.

O rosado cuidava de uma pessoa com queimaduras de 3° no ombro esquerdo e parte do rosto, o mesmo sabia que não era qualquer Ninjutsu Médico que resolveria aquela situação, por isso comerá uma Hyorogan e tratava aquele paciente usando o Chikatsu Saisei no Jutsu depois de coletar um pouco do cabelo. Enquanto Rin cuidava daquela pessoa, Doro cuidava de uma mulher que na agitação caiu e foi pisoteada por outras, mas aquele tratamento era tão importante quanto o rosado que ficava a uma boa distância dela. Tsuyu assistia aos dois curarem as pessoas, mas moveu seu rosto para o lado direito, surpreendendo-se com a chegada de um médico que conhecia há algum tempo. Uteki não escondia sua calma, mantendo as mãos nos bolsos do jaleco branco enquanto sua atenção estava fixa no garoto que usava uma técnica difícil, mas moveu seu rosto um pouco e olhou para o líder da Mangetsu.

— Soube do que aconteceu. Minha clínica não tem ninguém com as capacitações para o Iryō Ninjutsu, exceto por mim. — O médico declarou e levou a mão esquerda ao cabelo e o alisou.

— A proteção de sua clínica será prioridade se ajudá-los. — Tsuyu comentou, mas deu continuidade depois de semicerrar seus olhos. — Da clínica e de quem você emprega. —

Se fosse para diminuir um pouco o trabalho deles… faria tudo ao seu alcance para ajudá-los, por isso que o moreno mais jovem contava a verdade. E Uteki sabia disso, por isso aproveitou-se daquele momento, pulou da arquibancada e chegou na arena e seguiu na direção do rosado. 

— E aí, garoto. — Uteki comentou, desta forma chamando um pouco da atenção do rosado que não o respondeu. — Imaginei que precisasse de ajuda. —

— Se souber o Chikatsu Saisei no Jutsu e não precisar de mais pessoas… eu aceito a sua ajuda. Se não… não me atrapalhe e vá ajudar a minha amiga. — Rin comentou sem mover sua cabeça. Sua concentração precisava estar no tratamento, não no recém chegado. 

Uteki olhou para a garota do outro lado. Doro não cansada, mas diria que um pouco focada em outra coisa enquanto usava o Shōsen Jutsu. A atenção da garota estava na arquibancada, ou melhor, em Tsuyu que possuía um olhar cada vez mais sério, sombrio. O médico aceitou a sugestão do rosado, seguindo para o outro lado e não se importando quando sentiu a atenção da kunoichi de Sunagakure, nem mesmo voltou a olhá-la quando se aproximou de alguém que tinha um corte fundo na barriga e que mantinha as mãos na região para impedir o sangramento. Provavelmente, alguma coisa o atravessou naquela região por conta das explosões, não era difícil de imaginar aquilo acontecendo.

Doro parou de olhar para Uteki, voltando sua atenção para Tsuyu que fechou a mão direita em punho e socou a mureta com um pouco de força. "Ele está bravo" a garota pensou e voltou sua atenção para a pessoa que tratava com cuidado.

[ ۝ ]

Seis horas depois os membros da Mangetsu se encarregaram de levar as pessoas para seus lares. Por isso que a base da gangue encontrava-se com pouquíssimas pessoas, mas apenas os mais importantes estavam numa sala com uma longa mesa escura com vários assentos e alguns eram ocupados. Lá encontrava-se Tsuyu na ponta direita da mesa, Tsuko no primeiro assento ao lado direito do líder, Kanako Urai ao lado do ruiva, Fushin no segundo assento do lado esquerdo, Shiro ao lado do especialista em Genjutsu. Rin não participou daquela reunião por conta do cansaço extremo que atingiu seu corpo.

— Cento e quarenta com machucados leves. Cento e cinquenta com machucados severos. Duzentos e sessenta e seis mortos. — Shiro comentou enquanto lia o relatório, dando continuidade depois de coçar seu cabelo branco. — Cento e quarenta foram ajudados por Kawaita Doro e Uteki. Cento e um foram salvos por Katsuryoku Rin. Duzentos e trezentos e quinze mortos. —

— Está contando com Hosen? — Fushin perguntou. Ela terminava de beber um refrigerante de uva para fazer aquela pergunta, girando o canudo entre os dedos da mão direita. 

— Não. Ele faz parte da contagem de "homens-bomba" que foram… — Shiro ia terminar seu comentário, mas foi interrompido.

Ele foi interrompido por um barulho. O punho direito do moreno socando brutalmente a mesa, desta forma ganhando a atenção de todos para si. O olhar de Tsuyu expressava raiva por tudo aquilo que aconteceu, uma aura emitida de seu corpo indicava o quão perigoso encontrava-se naquele momento, ele rangia os dentes enquanto sua expressão ficava cada vez mais sombria, seus olhos amarelos se concentraram no albino que sentiu-se ameaçado, por isso recuou alguns passos.

— Parece engraçado para você, Shiro? — Tsuyu perguntou. Sua voz estava áspera, séria demais. Ele abriu seu punho na mão enquanto continuava olhando para o albino antes de continuar. — Fazer uma contagem de homens-bomba parece divertido? São pessoas que tiveram a liberdade tomada por aquele cretino, são inocentes… E VOCÊ ESTÁ FAZENDO BRINCADEIRA COM ISSO? — Tsuyu perguntou num berro.

— Não, eu… — Shiro tentou falar, mas novamente foi interrompido.

— Cale-se. — Tsuko aconselhou. 

O albino olhou para Tsuko. A ruiva estava com os cotovelos em cima da mesa e a cabeça abaixada e com as mãos em seu cabelo. O olhar dela não escondia a preocupação e a raiva. Tsuyu saiu de seu assento e coçou os olhos.

— Como Hosen foi parar com ele? — Tsuyu perguntou, mas deu continuidade quando virou novamente a atenção daquelas pessoas. — "É uma pena que só uma pessoa tenha me recebido na entrada" foi o que ele disse. Alguém está ao lado dele. E duvido muito que Hosen tenha se aliado a ele para no final acontecer aquilo… —

— Ele nos disse que iria no banheiro. — Fushin comentou e levou a mão direita ao queixo, encostando o indicador nos lábios antes de dar continuidade. — Kanako, Doro e Tsuko também ouviram, né? —

— Sim… — Uma resposta em uníssono de Kanako e Tsuko.

Tsuyu olhou para Shiro. E o albino sentiu novamente a ameaça, mas balançou a cabeça de um lado a outro.

— ...eu tava comprando cerveja. Além disso, muita gente poderia ter feito isso. — Shiro comentou e pôs os relatórios na mesa antes de cruzar os braços e dar continuidade. — Você acha mesmo que me aliaria a alguém como ele? —

Antes que Tsuyu respondesse aquela pergunta, a porta do cômodo foi aberta, assim rendendo a atenção de todos para a entrada, ou melhor, para Doro que aparecia parcialmente com o rosto ligeiramente corado.

— Eu… preciso de ajuda de Tsuyu-sama para uma coisa… — Doro comentou. Ela coçou o braço esquerdo antes de mover a cabeça e olhar para o corredor. — ...eu não tô achando o Caça Ratos, mas sei que ele tá no meu quarto ainda. Então… —

Aquilo foi como um banho. O comentário, a visita repentina da garota serviram para suavizar seu ânimo. Ela queria o seu "Byakugan" emprestado para encontrar o gato, por isso considerou divertida aquela ideia. Ele saiu de seu assento, levando as mãos aos bolsos e olhando para as pessoas ainda sentadas em volta da mesa.

— Reunião terminada. — Tsuyu comentou.

Ele saiu do cômodo e não se importou em quem saiu depois dele. Já estava caminhando pelo corredor com a garota ao seu lado que continuava com as bochechas coradas e os braços cruzados abaixo dos seios. 

— Como está Rin? — Tsuyu perguntou enquanto acompanhava a garota. 

— Dormindo. — Doro respondeu, mas deu continuidade depois de olhar para o moreno. — Estava cansado demais quando terminamos. —

— E como você está? — Tsuyu perguntou novamente, sua voz suavizando mais um pouco enquanto olhava para ela.

— Não estou cansada. — Doro respondeu, mas deu continuidade depois que mordeu seus lábios. — E você? —

— Difícil de explicar… — Tsuyu sussurrou a sua resposta e levou as mãos para trás da cabeça.

Era verdade. O moreno sentia um monte de coisa naquele momento, por isso considerou que uma explicação seria difícil.

Os dois param de andar quando chegam em frente a porta do quarto da garota que levou a mão direita para a maçaneta e a girou, desta forma abrindo-a e entrando no quarto. E o moreno a seguiu.

O quarto de Doro era curioso. Haviam três estantes com livros a respeito de venenos, antídotos e medicamentos do lado esquerdo do quarto, uma mesa redonda com um assento e papéis no lado direito do quarto, um armário com as roupas do kunoichi a dois metros da mesa, um tapete azul marinho ocupava grande parte do cômodo, havia um armário ao lado das três estantes que continham venenos e antídotos que a garota constantemente criava e, por fim, a cama de casal da garota com alguns cobertores e nitidamente desarrumado, sem contar do próprio Caça Ratos que naquele momento dormia em cima da alguns livros. 

— Você… — Tsuyu estava para concluir seu comentário, mas ouviu a porta do quarto sendo fechada e olhou para a garota. — ...Doro? — Ele perguntou e engoliu em seco.

Doro estava na porta. E realmente tinha-a fechado. A garota não era capaz de esconder o rubor que tomava conta de suas bochechas e orelhas. Os olhos púrpuros dela se concentram no rapaz que engolia em seco novamente.


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