Tales of a Uchiha escrita por Saberus


Capítulo 213
S09Ch11;




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Alguns minutos passam desde a chegada a aquele hotel. Agora, a pequena família, acompanhados por uma funcionária que vestia-se com um quimono azul e meias brancas, caminhava por um corredor cuja a vista do lado direito era um jardim com cercas altas e algumas moitas, árvores pequenas e pedras de tamanhos diversos, mas contendo uma curiosa estátua Jizō que estranhamente, da distância que a família encontrava-se, parecia que a estátua budista possuía cabelo. Algo que chamou a atenção do rosado que continuava carregando um certo bebê, agora acordado e demonstrando curiosidade pelo novo ambiente, em seus braços, mas de forma a parecer que o pequenino apreciasse a vista inédita. A Yamanaka sorriu com discrição por causa da confortável cena, mas acabou desviando sua atenção para uma fileira de estátuas e pareceu mais curiosa com uma delas que tinha recebido um corte, aparentemente alguém a danificou.

— Parece que algo cortou… — A Yamanaka sussurrou ao mesmo tempo que cruzava os braços abaixo dos seios, então deu continuidade. — …as pessoas fazem coisas horríveis. Não concorda, Sirius? —

O cachorro direcionou seus olhos carmesins da dona para a estátua em questão, não parecendo tão interessado na mesma ou na possível simbologia, por isso que o canídeo tentou ao máximo transmitir o desinteresse, algo que chamou a atenção da Yamanaka que levou apressada as mãos para frente da boca, assim abafando um riso e depois guiando a mão direita para a cabeça de Sirius e acariciando-o, e não demorou para que acompanhasse Rin que distraidamente mostrava a língua para o bebê que residia em seus braços, assim fazendo-o sorrir, dessa maneira mostrando a completa ausência de dentes, e acabou tentando fazer o mesmo que o rosado, no entanto sua linguinha não deixou o interior da boca, mas assim mesmo o Uchiha perceberá a provável tentativa e isso o contentava e o sentimento era nítido em seus olhos esverdeados. A Yamanaka apenas arqueou as sobrancelhas e cuidadosamente usou o cotovelo no braço esquerdo do noivo, assim ganhando sua atenção.

— Você está sendo derrotado pela meiguice do nosso filho. E ele tem apenas doze dias. — A Yamanaka sussurrou com um óbvio tom provocativo e permitiu-se sorrir pelo canto esquerdo dos lábios, então deu continuidade com o mesmo tom, porém carregado com malícia. — Posso supor que será um golpe crítico, ou misericordioso, quando disser "Papa", ou "Mama"? —

— Não faça perguntas que já sabe a resposta. Sei que age da mesma forma, ou acha que não escuto seus gritinhos de alegria no quarto quando estou lendo na sala? — Rin sussurrou com orgulho, mas um tom igualmente provocativo, então não demorou em continuar. — A Sannin dos Sapos, assim como o Sannin das Lesmas, foi derrotada por um recém nascido. —

A Yamanaka, sem dúvida, se animou com o comentário do parceiro, assim abrindo um significativo sorriso. Ela adorava quando o noivo mencionava os títulos que possuíam por causa de suas invocações e toda a história por trás dos antecessores. Ela balançou a cabeça, assim concordando com as gentis palavras dele, mas acabou indicando o cachorro que andava confiante, com o focinho levantado, ao seu lado esquerdo.

— Vocês formaram um excelente trio. E Sirius não demonstrou ciúmes desde a chegada de Fukai. Na verdade, Sirius está se mostrando mais protetor, não acha? — A Yamanaka perguntou e aproveitou para cruzar os braços abaixo dos seios, e não demorou para dar continuidade. — Na última madrugada, por força do hábito, acordei e saí da cama para vê-lo, e me surpreendi com Sirius ao lado do berço e acordado, me encarou e tudo mais, quase como se quisesse me dizer que não havia problema. Ele está se transformando num cachorro de hábitos noturnos. —

— Imaginei que isso aconteceria, afinal é o cão de guarda, e está protegendo o membro mais frágil da casa. Sirius é mais inteligente do que parece, por isso é possível que saiba que o amamos independente se há um membro a mais na nossa família. — Rin disse e sorriu pelo canto dos lábios quando recebeu um olhar de desgosto do canídeo, por isso deu continuidade. — Isso mesmo. Estamos falando de você, e não me importo se não gostou. —

O cachorro pareceu um pouco mais sério, mas voltou a olhar o caminho que faziam com a funcionária do hotel a frente deles, assim ignorando o máximo que podia dá conversa que seus donos tinham, porém era difícil de ignorar quando seu nome era mencionado. 

— Sirius também age como um travesseiro para vocês. Outra tarde, por alguns minutos, assisti quando estavam debaixo de uma das laranjeiras, e você o usando como um travesseiro para Fukai. — Misa disse e gentilmente levou sua mão esquerda para a cabeça do canídeo, assim acariciando-o e dando continuidade. — Se estava incomodado, isso eu não sei, mas não pareceu que ele se mexeria até que Fukai fosse removido. —

— Eu penso o mesmo. E acredito que Sirius tenha sido derrotado no instante que apresentamos Fukai para ele. — Rin disse e direcionou sua atenção para o bebê em seu colo, assim enchendo as bochechas e levantando as sobrancelhas e fazendo barulhinhos com a boca, dessa maneira fazendo o pequenino sorrir, então continuou. — Quem não seria derrotado por você? Com esse sorrisinho, não tem um que não resista a você. —

A Yamanaka soltou um breve riso com o comportamento do noivo, porém voltou a atenção para a funcionária que guiava-os por aquele corredor e que prestava um pouco de atenção nos novos hóspedes, mas era nítido um sorriso nos lábios da mais velha que perceberá a atenção.

— Vocês são da onde mesmo? — A senhora perguntou.

— Somos de Konohagakure, mas atualmente moramos em Yattsuhoshi, um vilarejo a algumas horas de distância e a caminho da fronteira com o País do Vento. — Misa respondeu e então usou a mão direita para se indicar e deu continuidade. — Sou professora na academia de Konoha, enquanto ele… — Ela não concluiu seu comentário.

— Eu já ouvi falar sobre ele. As histórias sobre um rapaz de cabelos rosados, com o símbolo do clã Uchiha em algum lugar do corpo, e outro símbolo numa braçadeira, nascido no País do Fogo. Um rapaz que está liderando uma organização com poucos membros, uma organização concentrada em Iryō Ninjutsu, para cuidar das pessoas que não tem acesso, de um jeito fácil, aos hospitais. Um rapaz que tem uma relação de irmandade com o atual líder de Amegakure. Sinto muito não ter dito antes, mas seu companheiro está ganhando popularidade. — A senhora disse e permitiu-se sorrir um pouco mais, então deu continuidade. — É um prazer recebê-lo neste hotel. —

O rosado obviamente sentiu-se envergonhado, mas de um jeito positivo. Ele concentrou seus olhos verdes na mulher que dizia-lhe com toda sinceridade aquelas palavras, porém ele acabou desviando seus olhos e engolindo em seco. Era óbvio que havia se contentado com a informação de que a Rokujūshi chegará no País das Fontes Termais, mas ainda não havia qualquer aliança formada com o Daimyo. Ele retornou a olhar para a senhora, mas novamente desviou sua atenção para um cartaz na parede à esquerda que havia animado Fukai apenas pela representação de um gato, por isso que o Uchiha tornou a parar e se aproximou do cartaz e encarou-o.

— "Os três grandes mistérios. Caça aos carimbos". O que é isso? — Rin perguntou. Ele sentia a necessidade de mudar um pouco de assunto.

— Ah, isso… — A senhora se aproximou do Uchiha e não demorou para que desse continuidade, mantendo sempre o tom educado e gentil.  — …o supervisor faz isso porque acha que precisamos de uma atração. São apenas truques de crianças. —

— E tem algum tipo de prêmio? — Rin perguntou ao mesmo tempo que levantou as sobrancelhas, sentindo-se animado com a ideia de participar daquilo por mais que fosse para crianças.

Misa levantou uma das sobrancelhas, mantendo seus olhos azuis no parceiro que, não importava o quanto mudasse, continuava o mesmo, mas ela sabia que o comportamento dele era só por sentir-se tranquilo naquele lugar, por isso que se esforçou para não rir, contudo manteve-se atenta por mera curiosidade.

— Ah, sim… — A senhora disse e levou uma das mãos ao queixo, parecendo pensativa por um instante e então deu continuidade. — …uma foto comemorativa. Por acaso está interessado em participar? —

Rin direcionou sua atenção para a noiva após escutar a pergunta da senhora, mas a Yamanaka apenas sorriu e balançou a cabeça de um lado a outro.

— Eu não estou afim. Além disso, você já tem alguém para acompanhá-lo. Leve Fukai com você, enquanto isso vou desfazendo nossas coisas. — A Yamanaka disse e aproveitou para levar a mão direita para uma das bochechas de Fukai, então deu continuidade quando fez uma carícia. — Divirta-se com o papai, Kai. —

A Yamanaka admirou o momento quando viu que Fukai sorriu por apreciação ao gesto afetuoso, assim evidenciando novamente a ausência de dentes. Misa e Rin pareciam hipnotizados, até mesmo viciados, ou anestesiados, de alguma forma, por aqueles eventuais sorrisos. O casal tinha as bochechas coradas e as expressões mais tranquilas possíveis, algo que chamou a atenção da senhora que atendia-os, por isso a mesma acabou rindo baixo e tirando-o daquele incomum transe. 

— Beleza. — Rin disse com um ligeiro ânimo, como se o sorriso do bebê em seus braços lhe tivesse servido como bateria, e não demorou para continuar. — Nos vemos mais tarde. — O rosado se aproximou mais da noiva e deu um beijo na testa dela, então acrescentou. — Eu te amo. —

— Eu também te amo. — A Yamanaka disse com ânimo, além de ter suas bochechas um pouco coradas, e aproveitou aquela aproximação com o mesmo para lhe dar um beijo na bochecha, então deu continuidade. — Divirta-se. —

O rosado apenas balançou a cabeça, assim tomou o lado oposto ao de sua noiva e da funcionária do hotel, a Yamanaka olhou para Sirius que encarou as costas do Uchiha de cabelo róseo por alguns segundos, dessa maneira fazendo com que Misa suspirasse e chamasse a atenção do canídeo, e então a mesma apontou ao noivo que tomava cada vez mais distância. Um gesto que o animal compreendeu, por isso levantou um pouco as orelhas e seus olhos carmesins pareceram mais animados, e não demorou para que o cachorro corresse em direção ao dono. "Eu sei que está com vontade de proteger Fukai, mesmo que ele esteja com Rin. Você foi mesmo derrotado, Sirius" pensou e sorriu pelo canto esquerdo dos lábios antes de voltar a atenção à mulher que havia lhes recepcionado, e assim a acompanhou lado a lado.

— Estou curiosa quanto a um assunto. — Misa disse enquanto levava os braços para trás do corpo e, em seguida, entrelaçou suas mãos, mantendo sua atenção na mais velha que lhe encarou silenciosamente, então deu continuidade. — Você disse que as histórias sobre ele chegaram até aqui, e até sabe do símbolo de sua organização. Como? —

— Algumas semanas antes, soube de um indivíduo com uma braçadeira que continha um símbolo esquisito no braço esquerdo. Essa pessoa estava cuidando das pessoas nas pousadas mais próximas, e não cobrava pelo tratamento. Não me falha a memória, a mesma se chamava Kohi, uma ex-habitante de Kumogakure. Nessa semana, o supervisor tinha dores em todo seu corpo, afinal carregou algumas caixas pesadas, e eu estava com dores nas costas por ter ajudado-o um pouco. Essa Kohi apareceu na nossa porta no fim de uma tarde e disse que estava apenas de passagem, e não demorou para perceber a nossa situação, assim cuidando de nós com acupuntura. Ela me contou que pertencia a uma organização concentrada em Iryō Ninjutsu, contou sobre o significado do símbolo na braçadeira, e até mesmo sobre aquele agradável rapaz, mas confesso que a primeira, e a última parte, não são mistério para ninguém. Pois, como disse, suas histórias já chegaram ao País das Fontes Termais. — A senhora respondeu e um fino sorriso ocupou seus lábios.

— Foi assim… — A Yamanaka sussurrou com aquele mesmo ânimo, e levantou um pouco as sobrancelhas. Ela não demorou em continuar quando lembrou-se de um assunto em questão. — Você mencionou que ele tem uma relação de irmandade com o atual líder de Amegakure. E está certa. E acontece que em breve, em algumas semanas, haverá o casamento dessa pessoa, por isso viemos até esse hotel quando eu soube que o Nanadaime Hokage estava a caminho daqui com a família. Nós gostaríamos de presentear essa pessoa com uma estadia, sendo obviamente um acréscimo no valor de nossa estada. —

— Nós adoraríamos que o atual Amekage aparecesse nesse hotel. Escutei algumas histórias a respeito de sua origem e sua luta em Amegakure. — A senhora disse com o mesmo ânimo contido, e não demorou em prosseguir após soltar um agradável risinho. — Não há valor algum na estada de vocês, nem mesmo haverá esse acréscimo. Não sei a relação dessa organização com esse país, se há algum acordo ou não com o Daimyo, mas gostaria que passasse esse próximo aviso para aquele rapaz. Esse hotel não cobrará estada aos membros da organização, considere como um ponto em que poderão descansar. —

A Yamanaka ficou em silêncio, porém evidentemente surpresa com a decisão daquela mulher. Ela teria de conversar com o noivo a respeito daquilo, mas quase poderia imaginar a resposta que este lhe daria. Misa ficou em silêncio por tempo demais, apenas se dando conta de que não havia se pronunciado quando a mulher parou de caminhar e moveu uma porta — tradicional — para o lado esquerdo, assim dando acesso a um espaçoso cômodo de paredes bege e chão verde musgo que possuía uma mesinha de centro que continha um prato com algumas batatas assadas — uma especialidade daquele país.

— Por favor, sinta-se em casa. — A mulher disse com generosidade. E não demorou para acrescentar quando lembrou-se de algo. — O Nanadaime Hokage, e sua família, chegou algum tempo antes de vocês. Se não me engano, estão jogando pingue-pongue nesse momento. —

— Ah, sério? Muito obrigada. — A Yamanaka disse com animação enquanto colocava a mochila de viagem num canto do quarto. 

A mulher mais velha soltou outro risinho, então aproveitou para fechar a porta, assim deixando a hóspede a sós no quarto. Misa se sentou no chão e fechou por um momento seus olhos, e com facilidade buscou a concentração necessária para sentir os chakras dos cinco membros da família Uzumaki, o que não demorou a acontecer, e para seu contentamento estavam no membro lugar, por isso que abriu novamente os olhos e se levantou, sentindo-se animada por revê-los enquanto descansavam, ou divertiam-se com os jogos daquele lugar, por isso não demorou em deixar o quarto e seguir para onde sentia aqueles chakras.

[ ۝ ]

Rin parou de caminhar depois de bem pouco tempo. Ele, enfim, encontrará um dos três mistérios; uma foto do dono anterior, um sujeito sentado numa cadeira até que luxuosa de estofado vermelho, calvo com um bigode grosso e que encarava-o. O rosado semicerrou as sobrancelhas e concentrou seus olhos esverdeados naquela foto. 

— É estranho demais. Não acham, Fukai e Sirius? — Rin perguntou, mas obviamente era uma pergunta retórica, afinal um era um bebê e o outro um cachorro. Ele não demorou em continuar. — Uma criança demoraria a entender, ou até se assustaria. Está vendo como esses olhos parecem me seguir, Sirius? — Rin perguntou após mover-se para o lado direito, novamente sendo uma pergunta retórica, e então continuou. — O fato de que os olhos são o centro do retrato é a chave. Nossos olhos são enganados por uma ilusão de ótica. —

O rosado soltou um riso baixo, tendo apreciado aquele primeiro "mistério" e não demorou em preencher um cartão com um carimbo que havia numa mesa ao lado daquele retrato. Ele olhou uma última vez para aquele retrato e balançou a cabeça de um lado a outro antes de agitar os ombros, e assim seguiu para a próxima etapa daquele jogo.

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Novamente, levou pouco tempo para que o rosado parasse de caminhar. Ele agora encontrava-se próximo de um quadro enorme cuja figura parecia-se demais com uma mulher, por mais estranho que fosse a sua fisionomia, usando um quimono branco aberto e que parecia entristecida com alguma coisa, além disso outra mesa com um carimbo ao lado. Rin tentou se aproximar daquele quadro para que pudesse vê-lo um pouco melhor, quem sabe achar algum detalhe na pintura, mas se surpreendeu com um rangido que arrepiou cada centímetro de seu corpo. Ele até recuou alguns passos e se esforçou para sorrir por mais amedrontado que tenha ficado, mas de certa maneira sentindo-se aliviado por aquele rangido não ter incomodado o bebê que ainda residia, um pouco mais desperto do que segundos antes, em seus braços. O Uchiha olhou para o canídeo que fazia questão de ficar ao seu lado esquerdo, assim notando nele um olhar descrente, e até murmurou alguns rosnados, como se o mesmo lhe perguntasse "sério? Se assustou com isso?" o que fez com que o rosado semicerrasse as sobrancelhas.

— Quieto, e nem me olhe assim. — Rin disse com óbvio descontentamento, e não demorou para continuar quando deu novamente aquele passo e ouviu outra vez o rangido, então deu continuidade. — Então é isso. Pode ser algum mecanismo no chão. Bom, até que foi divertido. —

O rosado não demorou em preencher o cartão com aquele carimbo, e assim seguiu para a próxima etapa daquele infantil, porém divertido jogo.

[ ۝ ]

O rosado não demorou em alcançar o terceiro mistério. Era a mesma estátua Jizō, naquele jardim com arbustos, árvores e rochas, que tinha visto um pouco mais cedo a caminho do quarto. O mesmo deixará os dedos médio e indicador da mão esquerda acima do bebê que residia em seu braço direito, balançando-os com a intenção de causar sua distração e divertimento a ele, e se animou com as poucas tentativas de Fukai ao levantar os bracinhos e tentar agarrar seus dedos. Rin soltou um risinho com cada tentativa falha, não dando mais tanta importância para a estátua Jizō, contudo acabou olhando-a ao lembrar-se do jogo e semicerrou as sobrancelhas.

— Não é tão estranho quando se está bem perto. Só uma criança para ficar confusa com isso. — Rin disse e olhou para baixo por um momento, assim percebendo o bebê que conseguirá agarrar seu indicador com as duas mãozinhas, ele sorriu um pouco mais. — Boa, Kai. Enfim… — O rosado olhou para o chão e não demorou para dar continuidade quando percebeu um amontoado de algo escuro do lado da onde a estátua Jizō ficava. — …isso me parece com areia de ferro, como daquele garoto de Sunagakure que lutou com Boruto no penúltimo Exame Chunin, e imagino que a cabeça seja um ímã, assim causando uma reação. Bem bobo, mas inteligente. —

O rosado preencheu novamente o cartão com o carimbo, então olhou para Fukai que encarava-o e fez alguns sons que Rin não demorou a entender, afinal já estava habituado. O Uchiha sabia que o pequenino estava com fome, assim como entendia que o jogo havia se completado, por isso nada mais justo do que ir atrás de sua noiva.

[ ۝ ]

E algumas horas se passam. Fukai estava num quarto que não pertencia a seus pais, na realidade estando naquele que foi entregue a família Uzumaki, tendo a companhia de Hinata e Himawari, assim do próprio Sirius que estava desperto e atento ao bebê, enquanto que Misa e Rin, assim como Naruto, Kawaki e Boruto, de maneira sagaz escolheram relaxar juntos numa água termal. A Yamanaka era a única que escolhia usar um biquíni — preto com algumas flores — e que dava-lhe mais charme, afinal a maternidade lhe causou um aumento nos seios e uma diminuição de sua barriga, ela não se importava com a cicatriz na lateral do corpo e que foi causada a muito tempo, não se importava com nada além daquele descanso mais do que merecido. Rin deixava seus braços para fora da água, encostados na onde apoiava-se as costas, e deixava os olhos fechados.

— Águas termais são mesmo incríveis. — Rin e Naruto dizem em uníssono, então se encaram com surpresa e sorriem um para o outro.

— É muito legal ficar em um banho grande como esse… — Boruto disse calmamente, sequer percebendo que a Yamanaka concordará com ele.

— Que vista sensacional. — Naruto disse ao mesmo tempo que olhava para cima.

E era mesmo. O pôr do sol, dando origem a um céu alaranjado, com poucas montanhas e árvores à volta deles, era uma vista a ser apreciada, ainda mais tendo companhias como aquelas.

— Concordo. Eu poderia muito bem cochilar aqui mesmo, tudo está me levando a isso. — Rin disse com um ligeiro ânimo e levantando em seguida os braços, assim se espreguiçando.

— Passará mal se isso acontecer, querido. — Misa disse com um ligeiro divertimento, estando igualmente folgada ao noivo.

O rosado olhou para a noiva quando a mesma lhe disse aquilo, porém teve de concordar que haveria males se ficasse por muito tempo na água, ele não dava muita importância para Kawaki e Boruto que conversavam sobre alguma coisa.

— Sabe, fiquei surpreso quando a vi, Misa-chan. — Naruto disse com um sorriso pelo canto dos lábios e uma expressão gentil, então deu continuidade. — Faz um tempo que não nos vemos, né? Você também, Rin. Não tenho recebido notícia de ambos. —

— Pouco tempo, Naruto-san. — Misa disse e levou as mãos para trás da cabeça, então deu continuidade sem se importar que os seios, cobertos por aquele biquíni, boiavam. — Acho que a última vez que nos vimos foi quando passei alguns minutos em sua casa, e Hinata-sama me contou do ganho de Hima-chan. —

— Ah, sim. É verdade. — Naruto disse.

— Quanto a mim… é verdade que não nos vemos há algum tempo… a última sendo quando me contou sobre o Mizukage estar de olho na Rokujūshi depois do que a equipe sete fez no País da Água. Mas nossa pouca conversa só acontece porque tenho ido a Konoha só para ver minha família, ou levar Misa para ver a dela. De resto… passamos muito tempo em casa e aproveitamos o sossego, e também cuidamos de Fukai. — Rin disse e direcionou a atenção para a noiva e engoliu em seco, até mesmo sentiu-se envergonhado, quando viu os seios boiarem, mas voltou a olhar o Uzumaki mais velho. 

— Vocês estão treinando? — Naruto perguntou.

— Por Hagoromo, não. Bom, não tanto como antes por não haver mais problema direcionado a mim, mas tenho usado Kage Bunshin para treinar de vez em quando. Treinar como antes seria o mesmo que presumir que me meteria em problemas, e isso não estou afim. O que estou querendo a partir de agora é o merecido sossego, uma vida tranquila como médico em Konohagakure e em Yattsuhoshi, nada demais. Não me lembro da última vez que usei o Susano'o, ou que ativei meu Sharingan. — Rin respondeu e permitiu-se sorrir um pouco mais, sabendo que aquela era a vida que queria desde o começo, então deu continuidade. — Meu único treinamento rigoroso implica passar horas lendo sobre medicina, ou cuidando de um recém nascido, e isso é tudo. —

— De vez em quando ativo o Sennin Mode, e dou uma treinada nas árvores que ficam próximas de casa, mas não é todo dia. — A Yamanaka respondeu e fechou seus olhos e deitou a cabeça para trás, então deu continuidade. — Tenho aproveitado essa pausa da academia para pôr a minha leitura em dia. —

Naruto pareceu satisfeito com aquela resposta, sabendo o suficiente da natureza do rosado não lhe era surpresa aquela resposta, tampouco a da Yamanaka. 

— E a Rokujūshi? — Naruto perguntou.

— Mais membros estão chegando, e aproveito que passamos algumas horas ao dia em Amegakure para dar instruções aos novatos, ensiná-los um pouco. Não tenho o que acrescentar por não haver nenhuma aliança nova. — Rin respondeu e acabou abrindo a boca para um preguiçoso bocejo, por isso se levantou e deu continuidade. — Eu tô saindo. —

— Eu também estou saindo. — Naruto disse e aproveitou para se levantar e deixar a água.

— Eu vou ficar mais um pouco. — Boruto disse enquanto olhava o pai.

— Eu também. — Kawaki disse.

— Você vem, Misa? — Rin perguntou enquanto olhava a noiva.

— Vou quando eles forem. — Misa disse e usou o indicador da mão esquerda para apontar aos dois garotos.

— Ah… — Naruto disse e olhou para os três na água, então deu continuidade enquanto o rosado ficava ao seu lado. — …a Himawari disse que queria jogar algo com todo mundo. Parem de competir para ver quem fica mais tempo aqui. Vamos logo. —

— Saiam de uma vez e deixem minha noiva vencê-los, afinal nunca terão a chance de vencê-la. — Rin disse e sorriu pelo canto dos lábios, ao mesmo tempo que exibia um olhar provocativo, e nem se importava por um olhar agressivo de Kawaki. E ele não demorou em acrescentar quando indicou a noiva. — A resistência dela aumentará caso use o Sennin Mode, o que dá a ela vantagem nessa competição. —

A Yamanaka se divertiu com a breve explicação do noivo. Ela até sentia vontade em fazer uma demonstração do Sennin Mode aos garotos, mas isso implicaria em ficar imóvel, o que seria difícil considerando que estava dentro da água. Ela não demorou em se levantar, assim se entregando naquela competição e deixando a água termal e seguindo para o lado do noivo que a esperava na entrada daquela área, dessa maneira deixando os dois — Boruto e Kawaki — a sós.

[ ۝ ]

E assim, as duas famílias aproveitaram a companhia uma da outra, em dado momento a funcionária do hotel apareceu para tirar uma foto comemorativa da família Uchiha que vivia atualmente em Yattsuhoshi, mas acabou que a família Uzumaki também se uniu a aquela recordação, mas obviamente que houve uma fotografia para cada. E assim, com um pouco mais de conversa, que sequer perceberam o avanço das horas até que já fosse verdadeiramente tarde. Rin, assim como Misa, depois de todo aquele aproveitamento, agora tinham a noção de que aquele era o presente certo a ser dado no casamento dos amigos que viviam em Amegakure. 

[ ۝ ]

Enquanto isso, em Amegakure, ou, sendo mais preciso, numa loja que possuía uma boa concentração de molduras, Lich, o especialista em Taijutsu da Mangetsu, e sendo um pseudo-imortal, estava de joelhos e com os braços em cima dos joelhos, tendo sua atenção numa moldura para fotografias pequenas, daquelas que geralmente ficavam em escrivaninhas, ou coisas do gênero, com o formato de coração e de uma coloração suave; rosa bebê. Ele levava a mão direita para o queixo, coçando-o um pouco e semicerrando as sobrancelhas, enquanto sua mão esquerda segurava o colar que possuía o símbolo de seu deus caótico. 

— Será? — Lich perguntou a si próprio. A dúvida estava bem presente no tom de voz, assim como o receio em escolher algum presente que não agradasse o líder.

Um corvo, crucitando algo muito parecido com "ahou", passou voando lentamente acima do seguidor de Jashin que permanecia naquela pose e determinando se levaria ou não aquele presente.


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