Tales of a Uchiha escrita por Saberus


Capítulo 189
S08Ch21;




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A Yamanaka ficou do lado de fora do quarto desde a chegada do rosado mais velho, as mãos mantidas gentilmente em sua barriga e acariciando-a com suavidade enquanto seus olhos se concentraram na janela a frente dela que entregava-lhe a agradável paisagem da cidade com prédios enormes e metálicos, mas a mesma não possuía um momentâneo interesse em Amegakure. Ela acabou piscando no instante que um estalo de dedos soou perto de seu rosto, assim movendo-o para o lado esquerdo e reparando em Ryūsei e Musashi que lhe encaravam com o devido interesse. A ruiva vestia uma saia azul até os calcanhares com sandálias abertas para os dedos e uma camiseta de lã branca com gola alta, além de carregar um guarda-sol que servia para esconder sua katana cuja lâmina era de setenta e cinco centímetros, enquanto que o usuário de machados vestia uma calça preta com botas da mesma tonalidade e uma camisa social branca com alguns botões abertos e aquecedores bicolores — brancos de listras pretas — que começavam nos pulsos e iam um pouco acima dos cotovelos, além disso os machados eram visíveis nas costas dele, o mesmo foi o primeiro a parecer um pouco confuso com a Yamanaka estando do lado de fora do cômodo.

— Ela já te expulsou? — Musashi perguntou enquanto levava as mãos aos bolsos da calça.

— O que? Não. — Misa respondeu enquanto prestava uma breve atenção na proximidade dos recém chegados, mas suspirou e deu continuidade. — Ela está conversando com o Rin. Não o nosso, mas aquele outro que apareceu no Coliseu. —

— Oh? Interessante. — Musashi disse e alargou um sorriso malicioso ao mesmo tempo que assumia um olhar mais sério, então continuou. — Eu ainda tenho que agradecer ao desgraçado pelo que fez comigo naquele dia. —

— Não aja com imprudência. — Ryūsei disse ao mesmo tempo que olhava para o lado e prestava atenção no usuário de machados com seriedade, então continuou. — Supõe que o resultado será diferente se enfrentá-lo sozinho? —

— Obrigado pelo seu voto de confiança. — Musashi murmurou com ironia e uma expressão de desgosto, mas percebendo que havia razão nas palavras da espadachim.

— Juntos não tivemos chance, porque acha que separadamente conseguiria enfrentá-lo de igual para igual? Ou melhor, supor que o machucaria pelo que lhe fez naquele dia? — Ryūsei disse ao mesmo tempo que cruzava os braços abaixo dos seios e mantinha seus olhos carmesins no usuário de machados.

Era nítido o desconforto do usuário de machados com a continuidade daquela conversa, por isso que sua atenção retornou para a Yamanaka que entretinha-se com aquela conversa de uma maneira bem particular, por isso que ele semicerrou seus olhos e exibiu uma expressão mais séria, assim fazendo com que a loira sentir uma breve ameaça.

— Está precisando de alguma coisa? Está olhando demais para nós. Por acaso perdeu alguma coisa e não sabe como pedir ajuda para procurarmos ou meu rosto está sujo? — Musashi perguntou ao mesmo tempo que semicerrava mais seus olhos e levantava um pouco seu queixo.

Ryūsei abriu um pouco sua boca e não demorou para fechá-la e encher as bochechas ao mesmo tempo que semicerrava as sobrancelhas e levava a mão direita ao ombro esquerdo do usuário de machados, assim acertando-o com um golpe até violento que chamou a atenção do mesmo.

— Qual o seu problema? — Musashi perguntou enquanto levava a mão direita ao ombro que estava formigando após aquele soco bem recebido.

— Acha correto seu comportamento com ela? Não tolero que fale dessa maneira agressiva com minha amiga. — Ryūsei disse enquanto mantinha seus olhos carmesins bem concentrados no rapaz, então deu continuidade. — Peça sinceras desculpas. —

— Não precisa. Já estou acostumada com uma pessoa que tem uma personalidade bem semelhante. — Misa disse com uma expressão gentil e levando a mão direita para acima cotovelo esquerdo, então deu continuidade. — E para falar a verdade… meio que estou querendo alguma coisa. —

Musashi parou de olhar para Ryūsei, assim voltando sua atenção para a Yamanaka.

— O que seria? — Ryūsei perguntou e direcionou seus olhos carmesins com certa preocupação para a barriga da kunoichi.

— Estou bem. Não precisa olhar para mim com toda essa preocupação, Ryūsei. — Misa disse com uma expressão bem suave e usando a mão esquerda para acariciar a barriga, então deu continuidade. — Hoje é minha folga na academia de Konoha, mas queria ir para lá e que me acompanhassem. —

— Porque? — Musashi perguntou áspero e novamente sentiu um tapa em seu ombro esquerdo, por isso levantou as sobrancelhas e voltou a atenção para a espadachim e deu continuidade. — Qual a porra do seu problema com meu ombro? —

— Tenha um bom comportamento. — Ryūsei disse ao mesmo tempo que cruzava os braços abaixo dos seios e olhava para a Yamanaka e continuou com um tom suave. — Que mal pergunte, mas qual a razão para querer viajar para Konoha? —

— Minha família ainda não sabe que estou esperando por um bebê, então queria aproveitar que Rin está seguro em outra dimensão e contar essa agradável notícia para eles. — A Yamanaka respondeu enquanto prestava atenção na espadachim, mas não demorou para que continuasse. — Se não for atrapalhá-los. Sei que Tsuyu ordenou que procurassem por War em cada centímetro de Amegakure. —

— Não irá atrapalhar. Eu nem estava à vontade com essa busca. — Ryūsei disse e agitou seus ombros como se não ligasse para a contínua procura que os membros da Mangetsu faziam por Amegakure, então continuou ao prestar atenção no usuário de machados. — Pode nos levar para Konoha e agir como um bom guarda-costas para duas mulheres indefesas? — Ryūsei perguntou com toda uma expressão maliciosa e divertida.

— Vocês estão mais para demônios. A Mangetsu está à mercê de mulheres abomináveis. — Musashi disse ao mesmo tempo que removia as mãos dos bolsos de sua calça e cruzava os braços.

— Sua opinião a nosso respeito é tão agradável. — Ryūsei disse e aumentou um sorriso para demonstrar a diversão de suas palavras, então continuou. — Pode nos levar? —

— O único que pode levá-las num piscar de olhos está ao seu lado, então é meio óbvio que posso. — Musashi disse e abaixou sua cabeça um pouco e suspirou antes de acrescentar ao levar sua mão direita para o pulso direito da Yamanaka e depois a mão esquerda para o ombro direito da ruiva. — Vamos lá. —

E foi exatamente num piscar de olhos. O cenário para eles se alterou, assim deixando de ser aquele corredor iluminado e cheio de portas que pertencia a Mangetsu para se tornar a reconhecível entrada de Konohagakure, ou seja, dois gigantes portões verdes em um muro alto que circunda a vila, além de haver na região superior da entrada dois kanji e o símbolo de Konoha no meio, não mencionando a própria vegetação próxima deles. Musashi imediatamente removeu as mãos que usava para segurar as garotas, então cruzou os braços. Ryūsei olhou com certa admiração para a bela aldeia que ficava adiante dos portões, enquanto que Misa só sorriu pelo canto dos lábios e não demorou para que seguisse em frente com os dois a poucos passos atrás dela.

— É uma pena que tenha a marcação só aqui. Devíamos atualizar a sua lista de marcações em Konohagakure, Musashi. Está me fazendo andar demais até a academia. — Misa murmurou enquanto olhava discretamente para o usuário de machados. Ela se lembrava das exatas marcações que seu noivo possuía em Konohagakure, por isso sabia que a viagem seria mais curta se o rosado estivesse com elas.

— Está me fazendo exigências demais. — Musashi disse áspero e dando um passo para o lado esquerdo, assim evitando um novo tapa em seu ombro e sorrindo para a espadachim ao seu lado antes de dar continuidade com um sussurro cheio de malícia e divertimento. — Você está começando a encher meu saco. —

— Então pare de ser grosseiro, ou diga que irá comigo naquela peça, assim posso ignorar algumas das suas grosserias. — Ryūsei disse e voltou a encher suas bochechas em desgosto e cruzando os braços embaixo dos seios.

— Eu já disse que não vou numa peça idiota. Não tem razão em assistir o que vivemos, entendeu? — Musashi disse e acabou suspirando antes de voltar sua atenção para a Yamanaka a frente deles que olhava-os e deu continuidade. — O que foi dessa vez? —

— Só estou curiosa. Uma peça que viveram? O que isso significa? — Misa perguntou com ligeira curiosidade e levantou uma das sobrancelhas.

— Não está sabendo? — Ryūsei perguntou e não demorou para levar a mão esquerda ao bolso do vestido e puxar de dentro um panfletos avermelhado e estendeu a mão para a Yamanaka, então deu continuidade. — Estávamos caminhando pelas proximidades da Mangetsu quando alguém nos entregou esse panfleto. É de uma peça que acontecerá daqui quatro dias no maior teatro… — Ela não concluiu seu comentário.

— …no único teatro. Amegakure não é exatamente cultural, mas tem um enorme teatro com boa ocupação. É um milagre que Ashram não tenha mandado aquela porcaria pelos ares. — Musashi sussurrou com um pouco de divertimento, dessa maneira interrompendo a ruiva e não se incomodou pelos olhares das duas garotas, então continuou. — É, não gosto de peças teatrais, ok? Ainda mais aquelas que contam parte da minha vida. —

— …enfim. — Ryūsei disse e retornou sua atenção para a Yamanaka antes de dar continuidade. — …essa peça contará sobre a queda da Shi no Hana com os mínimos detalhes. Ia falar com Tsuyu sobre isso, mas a encontrei antes. O que acha? —

A Yamanaka ficou em silêncio e direcionou sua atenção para o panfleto vermelho com letras garrafais "Mangetsu x Shi no Hana, o alcance da liberdade" e, forçando um pouco sua vista, embaixo daquelas enormes palavras encontrava-se a minúscula frase "com liberdade criativa e fatos de testemunhas" com atores já em seus respectivos personagens.

— O que eu acho? — Misa perguntou e olhou para a espadachim e depois para o usuário de machados, então deu continuidade quando estendeu o panfleto para Ryūsei. — Devíamos dar uma chance. Pode ser uma peça bem interessante. —

— Eu não disse!? — Ryūsei disse com um tom mais alto ao voltar sua atenção para o usuário de machados, então continuou. — Vamos, Musashi! Por favor! — A espadachim segurava o ombro esquerdo do usuário de machados com as duas mãos e balançava-o.

— Devíamos nos preocupar com o que acontecerá no dia vinte e dois. E não com essa baboseira. — Musashi disse e não pareceu incomodado enquanto era balançado pela ruiva. Ele a encarou e não demorou para continuar. — Nós provavelmente vamos morrer e você está interessada numa peça? —

A Yamanaka ficou num momentâneo silêncio com aquele argumento. Ela só apressou seus passos enquanto caminhava por uma reconhecível rua de Konohagakure, mas concentrou-os em sua audição para que escutasse a conversa atrás dela.

— Não devíamos entregar as nossas vidas nas mãos dele. Tínhamos que estar nos preparando para confrontar aquela pessoa quanto mostrasse as caras na arena, mas na real só estamos atrás de rastros e sequer sabemos por onde começar a procurar, enquanto isso aquele rosado está treinando e não mostra o rosto a dias. — O usuário de machados disse ao mesmo tempo que semicerrava as sobrancelhas.

— Seu humor pode melhorar se souber que há uma loja de armas por aqui? — A Yamanaka perguntou e cruzou os braços abaixo dos seios antes de dar continuidade. — Podemos comprá-lo em troca de uma arma? —

Musashi ficou em silêncio ao mesmo tempo que recebia uma atenção exagerada das garotas, por isso acabou suspirando.

 — Estamos à mercê de mulheres que estão mais preocupadas com uma peça do que com a própria sobrevivência. — O usuário de machados disse e levou a mão direita para trás da cabeça enquanto a erguia um pouco, então continuou quando as bochechas coraram. — Por duas armas terão meu apoio. —

Misa e Ryūsei se olham com discrição e sorriem por terem conseguido comprar o rapaz com muita facilidade, mas não demorou para a Yamanaka retornar sua atenção para o caminho que devia ser feito até a casa da família e assim apressou mais um pouco seus passos enquanto a ruiva e o usuário de machados conversavam distraidamente a mais ou menos cinco metros dela. A loira levantou um pouco sua cabeça, assim reparando no lento movimento de nuvens brancas no céu azulado e suspirou. "O que será que está fazendo a essa hora, querido?" a mesma pensou durante a caminhada.

[ ۝ ]

Enquanto isso naquela dimensão de terreno triangular e altíssima gravidade, Rin inclinou a parte superior de seu corpo para trás, dessa maneira evitando que o chute da perna esquerda de sua versão mais velha, que mantinha-se apoiado com as duas mãos no chão, o acertasse e causasse algum dano relativamente sério. O rosado mais jovem rangeu seus dentes enquanto parte do seu cabelo balançou para cima em decorrência daquele perigosíssimo chute, ao mesmo tempo semicerrou suas sobrancelhas enquanto um solitário suor escorria pelo canto esquerdo do rosto. "Está dominando a briga" pensou o mais jovem que levantou momentaneamente suas sobrancelhas quando reparou num gesto feito pelo outro rosado com a mão direita — punho fechado e indicador apontado para ele — e não demorou para mover o rosto ao lado esquerdo.

— Mizudeppō no Jutsu. — Rin (Mirai) declarou.

Rin (Mirai) comprimiu uma quantidade de água em seu dedo indicador, disparando em seguida com uma força tremenda e velocidade semelhante a um tiro, porém o rosado mais jovem evitou quase que completamente aquele disparo e acabou caindo no chão por conta da inclinação e rolando algumas vezes antes de realmente se levantar. Só havia um corte na bochecha direita do jovem Uchiha, desse mísero corte um pouco de sangue escorria e pingava ao chegar em seu queixo. Ele mantinha seus olhos — Mangekyou Sharingan — concentrados na versão mais velha que ajustava a postura e mantinha uma expressão séria.

— Isso é uma técnica Hiden, não é? Do mesmo clã que o Suigetsu-san. — Rin disse e engoliu em seco ao se lembrar da primeira vez que o albino demonstrou aquela técnica.

— Isso mesmo, mas por ser uma técnica Hiden não é impossível ser aprendida. Não é como o Kekkei Genkai que fica na herança sanguínea de um clã. — Rin (Mirai) disse e levantou os braços com as mãos entrelaçadas, assim se espreguiçando e bocejando e dando continuidade. — Você não me venceu uma única vez. Não me causou um único dano desde o começo do treinamento. Estou começando a ficar entediado. —

O rosado mais jovem aproveitou aquela oportunidade para disparar de encontro ao mais velho e executar um mortal quando já estava próximo dele e estendeu a perna direita, assim tentando acerta-lo com um chute, porém Rin (Mirai) usou a mão direita para segurar o calcanhar daquela perna e sorriu discretamente pelo canto dos lábios, mas Rin não aceitou aquela momentânea derrota, por isso que inclinou seu corpo para o lado esquerdo e moveu o braço direito para frente com o punho fechado, assim tentando um soco que atingiria o rosto de sua versão mais velha, mas acabou que Rin (Mirai) usou a mão esquerda para segurar aquele soco. O rosado mais jovem rangeu os dentes em óbvio desgosto por nenhum ataque ser conclusivo, mas não demorou para que fechasse a mão esquerda e direcionasse para o rosto do mais velho, porém uma cobra branca de olhos carmesins sairá da gola da camisa do mais velho e envolvia-se com rapidez no braço do garoto, assim dobrando-o durante aquela proximidade, dessa maneira impedindo-o de mexer aquele braço. 

— Estou mesmo ficando entediado. — Rin (Mirai) disse com seriedade ao mesmo tempo que o sorriso discreto se perdia, então suspirou e deu continuidade. — Shinra Tensei. —

O rosado mais jovem foi repelido para longe por uma força praticamente invisível, o mesmo girou algumas vezes no ar e não demorou para deslizar pelo chão e firmar as pontas dos dedos no terreno triangular com o objetivo de impedir seu distanciamento, mas aquilo só serviu para se machucar um pouco mais. Rin olhou com seriedade para sua versão mais velha e não demorou para fazer o sinal da cruz na mão direita — usando os dedos médio e indicador — e assim criando três Kage Bunshin que não perdem tempo e avançam de encontro ao mais velho numa estratégia simples, ou seja, um pela frente e o restante pelos lados.

— Agora a brincadeira ficará mais divertida. — Rin (Mirai) sussurrou ao mesmo tempo que semicerrava as sobrancelhas.

O rosado aguardou pacientemente pela proximidade dos três indivíduos. Ele aguardou até o último segundo quando eles já estavam com os punhos a centímetros de seu rosto. Ele usou a habilidade principal do olho púrpuro, assim trocando de lugar com o rosado mais jovem que estava a sua frente e caminhando pacientemente para longe enquanto escutava punhos se chocando com um único rosto. Ele moveu sua cabeça com discrição para o lado esquerdo, assim pode visualizar sua versão mais jovem levando um soco de cada lado para dois Kage Bunshin que pareceram momentaneamente surpresos com o acontecido, por isso que ele soltou um riso provocativo.

— Suponho que pegaram o errado. — Rin (Mirai) disse ao mesmo tempo que movia sua cabeça para frente e continuava caminhando.

O rosado mais jovem rangeu os dentes e rosnou em desgosto, por isso que retornou a fazer o selo da cruz usando o indicador e o médio, assim não demorando para que atrás dele uma densa fumaça branca surgisse e não demorou para revelar o que acabara de fazer. O rosado mais jovem tinha usado o Kage Bunshin de forma massiva, assim recriando cerca de cento e quarenta e sete versões dele em diferentes posições e não tardou para que todos mantivessem o Mangekyou Sharingan ativado. Rin — o original — ofegou por um instante e baixou o braço que usou para fazer o selo, então levantou o outro braço com o punho quase inteiramente fechado, exceto pelo indicador que usava para apontar para o mais velho que continuava caminhando e se distanciando.

— Avante! — Rin disse.

O rosado mais velho olhava discretamente e não parecia impressionado pelo número colossal, na realidade com a segunda reserva de chakra aquilo era bem possível. O mesmo apenas sorriu brevemente e parou de caminhar para se virar na direção daquele número massivo e levou sua língua para o lábio inferior, assim lambendo-o enquanto semicerrava suas sobrancelhas e aquele bom número seguia ao seu encontro.

— Agora sim. — Rin (Mirai) disse ao mesmo tempo que seu olho ônix tornou-se o Mangekyou Sharingan Eterno. 

[ ۝ ]

Misa não levou muito mais tempo para chegar na casa da família, assim olhando breve para Musashi e Ryūsei que conversavam sobre algum assunto que ela não julgava tão interessante. Ela retornou sua atenção para a casa e não demorou para se aproximar da porta e bater nela algumas vezes e então cruzou os braços abaixo dos seios na espera de ser recepcionada. E foi exatamente o que aconteceu alguns segundos depois com Miya que segurava um console na mão direita e a cabeça um pouco abaixada como se tivesse feito o trajeto enquanto jogava, mas a pequena Yamanaka levantou seus olhos azuis e assim reparou na irmã mais velha.

— Ah, é você. — Miya disse com um mínimo de felicidade. Ela deu acesso para que a irmã entrasse e não se preocupou com as pessoas que a acompanhavam.

— Papai e mamãe estão em casa? — Misa perguntou enquanto passava pela irmã mais nova, mas não demorou a continuar. — Esses são Musashi e Ryūsei, essa é minha irmã, Miya. —

— Tá bom… — Miya disse e segurou o console com as duas mãos e começou a apertar alguns botões enquanto dava continuidade, assim ignorando as tentativas de ambos ao cumprimentarem-na. — …na sala de estar. E fechem a porta. —

— Que bom que a segurança por aqui é boa. — Musashi sussurrou com ironia para Ryūsei no momento que fechou a porta, olhando discretamente para a pequena Yamanaka entretida com o console, então continuou. — Ela nem perguntou "quem é?" ou olhou na nossa cara direito… —

— Você supõe que um inimigo esperaria a porta ser aberta? Pensa um pouco, sei que não é difícil. — Ryūsei sussurrou.

Misa levava a mão direita para cima da cabeça da irmã ao mesmo tempo que andavam juntas pelo corredor de entrada da casa, não demorando para acessarem um cômodo com mais espaço e com sofás e estantes com uma televisão que geralmente era usada para a Yamanaka mais nova se entreter com seus joguinhos ou para a família assistir ao noticiário. E era exatamente onde Usugurai e Kaisō encontravam-se. Naquele momento o Usugurai estava sentado com as pernas cruzadas e com as mãos ocupadas com o jornal daquele dia, enquanto que Kaisō deliciava-se com um pouco de chá e mantinha seus olhos azuis na entrada do cômodo e pareceu surpresa pela aparição da filha mais velha junto de alguns amigos que ainda não conhecia, por isso que a líder ANBU fechou sua mão direita em punho e socou a perna esquerda de seu marido, assim ganhando a atenção dele e fazendo-o olhar para a recém chegada e os amigos.

— Olha só… — Usugurai disse e fechou seu jornal e rapidamente cruzou os braços enquanto olhava os visitantes e depois sua filha mais velha, então continuou. — …e eu imaginando que você já tivesse se esquecido da sua família. Não aparece por aqui mesmo dando suas aulas… —

— Oi, pai. É bom revê-lo também. — Misa disse com ironia e revirou seus olhos antes de dar continuidade. — Esses comigo são Musashi e… — Ela não concluiu seu comentário.

— Ryūsei. Neta do Daimyo do País dos Vales. Qualquer um que se preze com um pouco de conhecimento saberia a identidade dela. — Usugurai disse áspero e não demorou para colocar o jornal de lado e dar continuidade. — Bem vinda. Você também, rapaz mal encarado. —

— Obrigado. — Ryūsei e Musashi disseram em simultâneo e olharam-se com discrição.

— Onde está Miura? Não estou sentindo o chakra dele. — Misa disse e olhou para o corredor que levava para os quartos antes de retornar sua atenção para a mãe.

— Miura? Também gostaríamos de saber onde está se metendo, mas não diz para nós ou para os médicos quando vai para a clínica. — Kaisō disse com um ligeiro desapontamento e não demorou para dar continuidade quando recebeu um olhar de curiosidade da filha. — Ele está fora de Konoha e isso é tudo que sabemos, assim como temos certeza que aparecerá daqui alguns dias e agirá com passividade. Ele tem feito isso desde que sua viagem começou, algumas pessoas supõem que é parte do estresse pós traumático. —

— Seu noivo de cabelo róseo não pode mexer na mente dele? Não estou afim de levar meu próprio filho para interrogatório. — Usugurai perguntou e semicerrou seus olhos enquanto sua atenção era na filha mais velha, mas não demorou para dar continuidade. — O que está fazendo por aqui? —

— Não, ele não pode. Ele já tentou, mas a mente de Miura estava perturbada demais pelo que aconteceu, mas posso tentar convencê-lo a uma segunda tentativa. — Misa disse.

— O que aconteceu com seu irmão? — Musashi perguntou com certa curiosidade ao mesmo tempo que levava as mãos para os bolsos da calça.

— Foi o primeiro a ser capturado por um inimigo do Rin, alguém que se intitulava Death. E não sabemos muito bem o que aconteceu, mas a personalidade de Miura mudou desde o acontecido. — Misa respondeu e sentiu um arrepio perturbador que iniciou em sua nuca e espalhou-se lentamente por seu corpo ao lembrar-se do assassino. 

— Death? Vocês sobreviveram ao maníaco homicida? Caramba… — Musashi disse com uma ligeira surpresa e não demorou para continuar quando estalou os dedos da mão esquerda num ritmo. — "Este é o fim. Belo amigo. Este é o fim. Meu único amigo, o fim. Dos nossos planos elaborados, o fim"... essa música dele era perturbadora. —

— Você não tem ideia… — Misa sussurrou e cruzou os braços abaixo dos seios com uma óbvia expressão de desgosto por aquela melodia desagradável. Ela mais tarde perguntaria ao usuário de machados como o mesmo sabia da existência do assassino. Ela retornou sua atenção para o pai e deu continuidade. — …estou aqui para contar uma notícia para vocês. —

— O casamento foi cancelado? — Usugurai perguntou e pareceu um pouco esperançoso com aquela ideia. 

— Foi antecipado? — Kaisō perguntou e pareceu animada com aquela ideia.

— Não tem haver com o casamento. — Misa disse e levantou uma das sobrancelhas enquanto olhava com seriedade para o pai, mas acabou suspirando e dando continuidade ao aumentar um sorriso. — Rin e eu teremos um bebê. Eu estou com quase seis semanas. Isso não é maravilhoso? —

Usugurai perdeu aquela esperança e lentamente sua boca se abriu e o queixo caiu e o espanto surgiu, ao mesmo tempo Kaisō levava as mãos para frente da boca na tentativa de conter um gritinho animado com aquela notícia. O pai de família imediatamente olhou para a barriga de sua filha mais velha e depois para os olhos azuis dela.

— Cadê ele? Eu vou matá-lo. — Usugurai disse ao mesmo tempo que semicerrava mais as sobrancelhas e dirigia sua atenção para a esposa, então deu continuidade. — Vou destruir a mente desse desgraçado que tocou de maneira indevida em nossa filha. — Usugurai retornou sua atenção para a filha mais velha e continuou. — Onde esse desgraçado está? —

— Em segurança… — Misa disse. Ela não parecia incomodada pela reação do pai, na realidade parecia mesmo satisfeita por seu noivo estar em outra dimensão.

[ ۝ ]

Rin (Mirai) terminava de pisar no rosto de sua versão mais jovem e concluía que aquele era o original por não ter desaparecido depois do dano, por isso não removeu o pé da bochecha esquerda do garoto, mas discretamente olhou para trás quando escutou algo, dessa maneira reparando num Kage Bunshin que saia de um buraco recém cavado e exibe um Chidori na mão direita e tentou atacá-lo com aquela técnica, mas o mais velho só suspirou antes de apontar para o Kage Bunshin com o indicador da mão esquerda e novamente executar um disparo com o Mizudeppō no Jutsu, assim atravessando o abdômen do rosado mais jovem e consequentemente fazendo-o desaparecer. Rin (Mirai) retornou sua atenção para o rosado que tinha o rosto pressionado contra o chão e sorriu maliciosamente. Não sobravam mais tantos Kage Bunshin, na realidade havia apenas uma dúzia e o mais velho nem parecia cansado.

— Você perdeu. De novo. — Rin (Mirai) disse como se estivesse debochando do mais jovem.  


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