Tales of a Uchiha escrita por Saberus


Capítulo 174
S08Ch06;




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— Era para saber das nossas identidades? — Musashi perguntou aos sussurros para qualquer um dos companheiros que se sentisse à vontade para respondê-lo. 

— Como soube das nossas identidades? — Tsuyu perguntou enquanto dirigia sua atenção para a mulher a uma distância segura deles.

— O chakra. Isso é algo que pouquíssimas pessoas sabem, mas eu… — Yokubō não concluiu seu comentário.

— …você tem habilidades sensoriais. — Rin a interrompeu. Ele já estava bem familiarizado com aquele tipo de habilidade por conta de sua noiva. Ele não demorou em continuar. — E ficamos algum tempo conversando, dando oportunidade para que sentisse o nosso chakra e imaginasse o que faríamos, então pôs todas aquelas pessoas acima para trabalhar. Estou certo? —

— Impressionante… — Musashi sussurrou. Ele parecia verdadeiramente surpreso pelo rápido raciocínio do rosado.

— Errado. — Yokubō disse e levou a mão direita para perto dos lábios para esconder um breve sorriso, então continuou quando usou a mesma mão para alisar com inocência o cabelo. — Possuo mesmo habilidades sensoriais, mas quando os percebi… simplesmente não me importei. Vocês não me são interessantes e desperdícios para deixar minhas garotas sob aviso de suas chegadas, mas parabenizo por virem tão longe. —

— Está tirando uma com a gente? — Musashi perguntou.

— Estou. Vocês não valem o que comem. — Yokubō respondeu.

Tsuyu e Rin se encaram por um momento, então balançam suas cabeças e levam suas mãos aos capuzes dos mantos, assim removendo-os para revelar de uma vez suas respectivas identidades. Musashi foi o único que manteve o capuz, mas só porque não prestava atenção nos companheiros. 

— Poderia responder a algumas perguntas? — Rin perguntou.

— Depende. O que ganho ao responder o que querem saber? — Yokubō perguntou e moveu os braços para os lados do corpo, assim indicando sugestivamente as mulheres que a acompanhavam. — Eu já tenho dinheiro e poder. O que me dariam? —

— O prazer de ajudar com algumas dúvidas dos camaradas que sobreviveram a Ashram? — Tsuyu perguntou, porém sua voz soando com um pouco mais de ironia, quem sabe até um pouco de deboche, assim mesmo continuou quando todo mundo lhe encarou. — Não? Tudo bem. —

— Desculpe, ele é um idiota. — Rin disse.

— Eu conheço o tipo. Não tem problema em se desculpar. — Yokubō disse.

— Mas ele tem certa razão no que diz. — Rin disse ao mesmo tempo que fechava sua mão em punho e assumia um olhar mais sério antes de continuar. — Estaria ajudando pessoas que sobreviveram ao mesmo problema que você. Eu me sentiria um pouco mal se tivéssemos essas respostas na base da força, sabe? Eu não estou disposto a lutar para ter essas respostas, por outro lado… — 

— Por outro lado? — Yokubō perguntou.

— …meus dois amigos não têm o mesmo problema que eu. — Rin disse e levou a mão para a nuca e a coçou antes de continuar. — Então, o que será? —

— Já não disse? — Yokubō perguntou e aproveitou para mostrar a língua em sequência, então continuou. — Vocês não valem o que co-... 

Yokubō ficou em silêncio. Ela na realidade perdeu completamente a voz e o pensamento lógico. Isso só aconteceu por causa de Musashi que tirou uma adaga de dentro do manto e a lançou. A pequena arma laminada passou por todas as mulheres à frente dele, cortando com excelência o ar enquanto mantinha uma camada de chakra em sua lâmina para melhorar seu poder ofensivo, então passou por Yokubō e atingiu a parede atrás dela. Um corte com sangramento surgiu na bochecha esquerda da bela mulher que olhou de relance para a parede e levantou as duas sobrancelhas em sinal de surpresa. A lâmina de uma simples adaga tinha se cravado completamente na parede metálica e rachaduras surgiram. A atenção da mulher voltou para a frente.

— Que pena. Queria ter acertado a garganta, mas ainda não me acostumei com essas porcarias. Porque me fez trazer essas merdas? — Musashi perguntou ao mesmo tempo que semicerrava as sobrancelhas e mantinha a atenção em seu líder.

— Porque os machados iam delatar sua identidade, simples assim. — Tsuyu disse e agitou seus ombros ao mesmo tempo que as veias em volta dos olhos perolados ficam mais nítidos.

— Ataquem. — Yokubō ordenou ao mesmo tempo que passava o polegar esquerdo em sua bochecha para limpar o filete de sangue.

Musashi pegou uma faca de arremesso quando as mulheres obedeceram ao comando de Yokubō. Ele girou a faca em seu dedo indicador esquerdo e depois a lançou ao encontro a uma mulher que manuseava uma katana de cinquenta e dois centímetros. A faca acertou a coxa esquerda da desconhecida, mas isso não foi tudo que aconteceu. 

O especialista em Kenjutsu veio a aparecer repentinamente à frente dessa mulher e depressa deu um mortal para trás, assim acertando um chute no queixo da desconhecida que foi atirada para trás e soltando imediatamente a arma que empunhava, mas novamente não foi tudo o que aconteceu com a desconhecida. Musashi apanhou a katana e rapidamente girou em 360° e assim fazendo com que a lâmina acertasse e rasgasse a desconhecida em diagonal, contudo aquele não foi o único movimento do rapaz que alargou um sorriso cruel e direcionou sua atenção para uma segunda mulher do seu lado esquerdo e que tentava acerta-lo com uma kunai que possuía chakra na lâmina, ou seja, aperfeiçoando o poder ofensivo da arma, mas o usuário de machados não via problema naquilo. Ele segurou o cabo da katana com mais força e rapidamente girou seu corpo e atacou a segunda desconhecida, dessa forma levando a lâmina para os pulsos da mulher e separando suas mãos do restante do corpo. Ele soltou a katana assim que concluiu aquilo e levou sua mão direita para a kunai e depressa a levou para o pescoço da mulher, assim fazendo um longo corte em horizontal e depois usando o pé esquerdo para chutá-la, ele largou a kunai e apanhou a katana que nem tinha chego ao chão e moveu os braços para trás, desta forma acertando na cabeça uma mulher que tentou atacá-lo de surpresa.

O olhar de Musashi era intenso, porém ameaçador e frio, verdadeiramente impiedoso. Ele nem dava importância para Tsuyu que saltou por cima dele e pousava perto de duas mulheres que se surpreenderam com aquele movimento, mas assim mesmo tentaram atacá-lo. A primeira era equipada com duas tonfas, ou seja, focada em ataques de curta distância, praticamente físicos. A desconhecida tentou atacá-lo no rosto, porém o líder da Mangetsu contra atacou com um Jūken, desta maneira quebrando a primeira arma e girando seu corpo usando o pé esquerdo como apoio e chutando a mulher no rosto com o direito, mas estalando a língua pela mesma ter sido capaz de se defender com o único tonfa que lhe sobrou, por isso seu chute acabou perdendo a eficácia. Tsuyu ajustou sua postura e novamente atacou com o Jūken, mas a primeira adversária continuou se defendendo com o mesmo equipamento. 

O líder da Mangetsu se agachou em dado momento, assim desviando de um golpe de nunchaku que a segunda adversária tentou acertar nele por imaginar que o mesmo estava distraído. Tsuyu olhou rapidamente para essa segunda mulher e se agachou completamente, mantendo a mão no chão e usando-a como apoio, então levantou a perna direita e acertou a segunda desconhecida com um chute no abdômen, ajustou sua postura e disparou de encontro a primeira adversária, assim acertando-a com uma cabeçada no peito e a derrubando no mesmo instante que a segunda também caia. E não demorou para ele se levantar e inclinar seu corpo para trás, desta maneira evitando por meros centímetros o golpe de uma foice que era presa a correntes escuras — kusarigama — e prestando atenção numa terceira adversária que parecia descontente por ter errado em seu ataque. O líder da Mangetsu levou a mão para a corrente e a puxou com força, assim removendo a arma das mãos da desconhecida e se aproximando dela ao mesmo tempo que fazia um sinal de cruz com o dedo médio e indicador, desta forma criando um Kage Bunshin.

— Hakke Rokujūyon Shō. — Tsuyu sussurrou.

Em auxílio com o Kage Bunshin ele acertou dois Jūken na adversária — ele um e o Kage Bunshin outro — e não demorou para que houvesse mais quatro acertos com cada um dividindo a responsabilidade dos ataques, não levando mais do que um segundo para que haverem mais oito acertos, então dezesseis. E cada ataque era igualmente forte que o anterior e possuía a mesma função, ou seja, fechar parte do sistema de chakra da oponente e deixá-la enfraquecida fisicamente. Não demorou para que trinta e dois acertos fossem bem executados, assim como os sessenta e quatro aconteceram em seguida. O Kage Bunshin desapareceu quando houve aquela conclusão, então Tsuyu girou seu corpo ao usar o pé esquerdo como apoio e acertou o rosto da terceira adversária com um chute, assim jogando-a no chão junto das outras duas que enfrentou. O rosto dele estava um pouco suado e não demorou para ofegar. Ele se distraiu por um breve momento, por isso sequer percebeu a aproximação de Musashi que usou seus ombros para pular por cima dele. 

O especialista em Kenjutsu tinha em suas mãos uma arma com uma lâmina de aço curva firmada numa haste longa de madeira com comprimento em torno de 225 centímetros, ou seja, uma naginata que pertencia a uma adversária. E o mesmo não demorou em usar a haste de madeira para acertar violentamente o lado esquerdo do rosto de uma mulher, assim derrubando-a pela força exercida naquele ataque, mas ele não parou e lambeu os lábios enquanto girava a longa arma, assim fazendo com que a lâmina acertasse os olhos de duas pessoas que tentaram se aproximar dele, desta forma cegando-as permanentemente, mas ele sabia que o serviço não estava encerrado, por isso que cravou a lâmina na barriga da primeira à esquerda que tinha levado uma das mãos para os olhos recém prejudicados, dessa maneira atravessando-a e a arrastando um pouco para trás, depois puxando a arma e removendo do corpo dela e usando a lâmina novamente para um ataque brutal na outra pessoa que cegou… ele impiedosamente atravessou a cabeça da desconhecida ao pôr chakra na lâmina para melhorá-la, então soltou a arma. 

— Matem eles! Dêem algum jeito, mas matem-nos! — Yokubō ordenou.

Musashi estava se soltando cada vez mais naquele confronto. Retornando ao espirituoso "cachorro louco" como era particularmente conhecido. Ele sentia o coração disparar no peito e o sangue se esquentar enquanto corria nas veias, sentia a adrenalina crescente. Seu olhar tornava-se mais frígido e sua aura cada vez mais intimidadora. Ele lentamente soltou o ar de seus pulmões e não demorou para alargar mais aquele sorriso e lançou uma faca de arremesso contra uma mulher que manuseava um bastão feito de metal cravejado de pontas metálicas — Tetsubo — e acertou o olho esquerdo dela, então apareceu a frente dela e rapidamente levou sua boca para a garganta dela e a mordeu com toda agressividade possível, ao mesmo tempo roubando a arma dela. Ele arrancou um pedaço da garganta da mulher que caiu imediatamente no chão enquanto sangue escorria por sua garganta. Ele segurou com firmeza a recém adquirida arma e se aproximou de uma desconhecida e impiedosamente acertou a cabeça dela como se acertasse uma bola de baseball para um exímio home run, girou seu corpo em 180° e assim acertou a próxima da mesma maneira, porém esse ataque foi mais direcionado no maxilar da estranha e ele semicerrou brevemente os olhos ao escutar o som de ossos se partindo e não se incomodou pela mulher ser arremessada contra a parede por aquele ataque. 

Ele olhou de relance para o lado direito, assim percebendo a aproximação de uma mulher que manuseava uma incomum arma que basicamente eram três lâminas ligadas tiras de couro confortáveis em torno da palma e outra ao redor do pulso — Tekagi-Shuko — e que tentou acerta-lo, porém fracassou quando este se defendeu ao pôr o bastão metálico a frente de seu corpo, assim surpreendendo a mulher que não teve muito o que fazer depois do fracassado ataque senão tentar recorrer a defesa quando Musashi partiu para o ataque. Ele balançava o bastão em ataques violentos, assim fazendo a mulher recuar de outro em pouco e usar a incomum arma para se proteger, mas sem muita eficácia, afinal as lâminas logo se partiram. O especialista em Kenjutsu levantou os braços, deixando o bastão acima de sua cabeça, e depois baixou os membros, assim levando a arma para a cabeça da adversária e sem dificuldade a esmagando. Ele lambeu os lábios e pareceu satisfeito pela eficácia da arma que manuseava, porém acabou se distraindo. Uma adversária não precisou se aproximar dele, afinal manuseava um bastão com pouco mais de dois metros e feito de bambu — Bō — e assim atacou o rapaz e acertou um golpe em sua cabeça.

O especialista em Kenjutsu se ajoelhou quando recebeu aquele ataque e sentiu a visão ligeiramente turva, ao mesmo tempo sangue começou a escorrer de alguma parte de sua cabeça e manchar o lado esquerdo do rosto e pingar quando alcançava o queixo. Ele não sentia a dor por causa da adrenalina. E não demorou para levantar a cabeça e ser atingido no canto esquerdo do rosto por outro ataque daquele bastão de bambu, assim causando um pequeno ferimento. Ele ficou em silêncio, porém movimentou a língua dentro da boca e acabou por cuspindo um pedaço pequeno de algum dente junto a um pouco de sangue. E concentrou sua atenção na adversária que manuseava o bastão de bambu e se aproximou dela ao mesmo tempo que evitava os seguintes ataques. Ele acertou um golpe com seu bastão metálico no braço esquerdo dela e não se incomodou ao ouvi-la gritar de dor quando sentiu algum osso se partindo, assim como também não se incomodou quando acertou o ombro direito dela com um pouco mais de força que o golpe anterior e depois impiedosamente acertando o joelho direito dela, assim a fazendo se ajoelhar para ele.

— Me perdoe… — A desconhecida suplicou ao mesmo tempo que seus olhos marejaram, mas ela não via qualquer sentimento no olhar do adversário, por isso as lágrimas caem de seus olhos. — …por favor… me perdoe. —

Musashi não deu a mínima para a súplica… ele acertou o rosto da desconhecida com o bastão metálico, mas não usou muita força… somente o necessário para derrubá-la no chão, então pisou em seu joelho recém destruído e não deu a mínima pelo grito angustiante dela. Ele levantou os braços e depois os baixou, assim atacando a cabeça da mulher com outro ataque e causando um ferimento em sua cabeça, mas não parou com aquilo. Ele nem dava importância para algumas shuriken que acertaram suas costas. Ele levantou o braço direito e depois o baixou, assim acertando outro golpe no rosto da desconhecida com um pouco mais de força que o último. Ele possuía um sorriso perverso enquanto fazia aquilo. 

— Musashi! — Rin o chamou.

O usuário de machados parou o quarto ataque. O bastão metálico ficou a centímetros de acertar um dos olhos da desconhecida que naquela altura já golfava sangue da boca. Musashi direcionou sua atenção para Rin e ficou estático ao reparar no Sharingan dele e lentamente sua expressão se tornou vazia… o rosado colocou o especialista em Kenjutsu num Genjutsu, desta forma o acalmando.

— Já chega. Você já venceu. — Rin disse ao companheiro, porém não demorou para sua atenção se concentrar em Yokubō que parecia descontente pelo resultado. — …vamos terminar isso pacificamente. Eu não quero que essa luta continue. Só queremos algumas respostas. —

— Parem. — Yokubō ordenou e sentiu-se orgulhosa por cada mulher lhe obedecer imediatamente. Ela percebia que não teria muita chance contra aquelas pessoas. E não demorou para dar continuidade assim que balançou a cabeça. — Tudo bem. O que querem saber? —

— Obrigado. — Rin disse e não demorou para seus olhos voltarem ao tom esverdeado de sempre, então não demorou em continuar. — Sua ligação com Ashram. —

— Vamos relembrar do passado? Vieram até aqui para saberem como era meu comportamento com aquele velho? — Yokubō perguntou e não demorou em cruzar os braços abaixo dos seios, suspirar e dar continuidade. — Não éramos completamente aliados. —

— Explique. — Tsuyu disse.

— Nunca fiz questão de obedecê-lo, de servi-lo. Bom, não da mesma forma que os outros o obedeciam. Não havia motivo para ter medo dele quando não se tem ao que agarrar. Ele não podia fazer ameaças a mim considerando que não sabia ao que eu me agarrava, ao que me era importante, mas assim mesmo quis ter um pouco de valor na Shi no Hana, por isso obedecia vez ou outra. — Yokubō contou.

— Ele já entrou aqui? — Tsuyu perguntou.

— Nunca. Ele sabia que esse pedaço é meu território, além disso fazia questão de lembrá-lo do meu poder. Ashram podia ser muitas coisas, mas não era tolo de mexer comigo ou com as pessoas sob minha proteção, ou seja, minhas funcionárias. — Yokubō disse e um sorriso de canto tomou seus lábios, então deu continuidade. — Você tem a Mangetsu, eu tenho a Lust. —

— Porque não lutou contra ele? Vocês dariam conta dele. — Tsuyu disse.

Ele estava mentindo. Pessoas comuns não teriam a mínima chance com Ashram… não quando uma das habilidades do clã Chinoike envolvia a manipulação de sangue e havia muita quantidade daquilo nas tubulações do prédio.

— Porque não era problema meu. Você acha que me importo com o que acontece em Amegakure? Nem pertenço a esse lugar. — Yokubō disse. 

— Cretina… — Tsuyu disse.

— Isso é tudo? — Yokubō perguntou.

— Você conversou com algum aliado dele antes ou depois da queda? — Rin perguntou.

— Não. Não há mais aliados até onde me consta. — Yokubō respondeu e olhou para outra direção por um breve momento. E era mentira, mas ninguém precisava saber do encontro que teve a algum tempo com War que teve um breve contato com Ashram e que lhe pedirá por algo. Ela sorriu com certa inocência para os dois rapazes. — Eu adoraria tê-los na minha cama, algemados e nus. Um Uchiha é raro de ser encontrado nos dias atuais, assim como um Hyuga tão longe de Konoha. —

— Eu não pertenço a Konohagakure. E você sabe disso. — Tsuyu disse. Sua voz soando um pouco mais áspera que o normal.

— Curioso… conheço dois outros Uchiha. Não deve ser tão raro assim. — Rin disse com uma ligeira diversão em sua voz e levando a mão para a cintura, então dando continuidade. — Dispenso esse convite. —

— É… eu também. — Tsuyu disse.

— É uma pena. — Yokubō disse.

O rosado se aproximou de Musashi e pôs sua mão no ombro dele, ao mesmo tempo uma energia surgiu na mão — Shosen Jutsu — e qualquer ferimento daquele confronto se fechou. Ele olhou discretamente para Yokubō e assumiu uma breve seriedade, porém suspirou e sua atenção se concentrou em Tsuyu que mantinha a guarda alta e o Byakugan ativado. 

— Vamos. — Rin murmurou.

— Ah, certo. E nem podemos voltar com o Hiraishin no Jutsu, né? Lich está lá em cima e deve estar aguardando pelo nosso retorno. — Tsuyu disse.

— Ele que se dane. — Musashi disse.

Musashi desapareceu, tendo usado a técnica mencionada e ido para qualquer lugar que possuísse uma marcação. O rosado caminhou para perto de Tsuyu e pôs a mão em seu ombro e o puxou na direção da saída. 

— Até outro momento, meus queridos visitantes. — Yokubō disse.

O rosado não fez questão de respondê-la, assim como Tsuyu teve a mesma preferência no silêncio. Os dois seguiram até a escada que dava acesso ao andar superior e não olharam uma única vez para trás, mantiveram-se em silêncio quando chegaram naquele andar e seguiram em direção a escada que os levaria ao próximo, porém o rosado acabou por suspirando quando já estavam próximos da escada.

— Ela mentiu. — Rin sussurrou.

— As pessoas fazem isso. No que ela mentiu? — Tsuyu perguntou.

— Sobre ter conversado com aliados de Ashram antes ou depois da queda. Ela olhou para o lado e não nos meus olhos… ela mentiu. — Rin disse.

— Você está ficando louco. — Tsuyu murmurou.

— Estou? Não é você que sente dor no joelho quando supõe que haverá problema? Pode explicar isso cientificamente? — Rin perguntou e levantou uma das sobrancelhas enquanto mirava seus olhos esverdeados no colega.

— Posso. — Tsuyu disse.

— Faça-me o favor de explicar. — Rin disse.

— Eu disse que posso explicar, não que faço questão de explicar como meu corpo funciona. — Tsuyu disse.

— Você é um idiota… — Rin sussurrou.

— E você é amigo de um idiota, então isso o torna ainda mais idiota. — Tsuyu disse com um tom ligeiramente agressivo. 

— Só um idiota pode identificar outro idiota, então isso aumenta mais ainda sua idiotice, seu idiota. — Rin disse com um tom igualmente agressivo e rosnando para o colega.

— Ora seu… — Tsuyu disse com mais agressividade.

Os dois rapidamente se encaram, mantiveram os olhos semicerrados e não desviam por um único segundo seus respectivos olhares. Tsuyu levou sua mão para a gola da camisa do rosado no mesmo instante que este levou a mão para a gola de sua camisa. Rin soltou um risinho com nítido deboche.

— O que foi? — Tsuyu perguntou áspero.

— "Qualquer hora e lugar" …foram suas palavras em Konoha, se lembra? — Rin perguntou, porém deu continuidade antes que obtivesse sua resposta. — Amanhã vou levá-lo para o Orochimaru dar um jeito no seu braço, então nosso combate ficará para daqui duas semanas. —

— Vai levar uma surra na frente de muita gente. — Tsuyu disse.

— É o que veremos. — Rin disse.

Os dois desapareceram daquele lugar, nenhum pouco incomodados por deixarem Lich a espera deles. Os dois voltam a aparecer num corredor qualquer da Mangetsu e que tinha o símbolo do Hiraishin no Jutsu do rosado. A repentina aparição espantou algumas pessoas, mas acabaram rindo ao perceberem que era só mais uma discussão daqueles dois que mantiveram-se próximos mesmo com a mudança de cenário. 

 


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