Tales of a Uchiha escrita por Saberus


Capítulo 172
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As horas se passam após aquela conversa no corredor. E naquele momento eram onze horas e cinquenta e oito minutos, ou seja, faltando meros dois minutos para a Yamanaka dar suas aulas na academia, mas o tempo e distância não eram mais problemas para aquele que poderia usar com facilidade o Hiraishin no Jutsu. E não deu outra no repentino aparecimento de Rin e Misa no Monumento dos Hokage, ou melhor, numa parte do cabelo rochoso de Uzumaki Naruto. Os dois silenciosamente prestam atenção na inconfundível Konohagakure e depois se olham e soltam alguns risinhos enquanto suas bochechas assumem um leve tom avermelhado. Não muito longe do Monumento dos Hokage encontrava-se o prédio oval em que o Hokage muito provavelmente estaria naquela hora do dia, assim como a Academia ficava bem próxima. 

— Você aprecia mesmo esse lugar. — A Yamanaka disse ao mesmo tempo que levava os braços para as costas e entrelaçou as mãos enquanto sua expressão tornava-se suave. Ela contemplava a bela paisagem que era Konohagakure.

— Claro. Duvido que alguém fosse pensar em me encontrar descansando aqui, sem mencionar que esses cabelos arrepiados geram uma boa sombra nos dias quentes, nos dias confortáveis não há nada melhor do que cochilar e torcer por uma brisa, e também nos di-... — Rin dizia com certa empolgação, porém acabou por ser interrompido por sua noiva.

— Não era para se empolgar com isso. — A Yamanaka disse ao exibir um olhar reprovativo. Ela nem conhecia a preguiça do noivo e não se importava por achar que era uma qualidade, mas era de se estranhar que o mesmo ficasse empolgado por causa de um ponto estratégico para seus cochilos. 

— Você tem toda razão. — O rosado disse e levou a mão direita para trás da cabeça e a coçou distraidamente enquanto ria de maneira culposa, porém não demorou para baixar o braço e dar continuidade. — Vou levá-la para baixo. —

A Yamanaka concordou com um balanço sutil de sua cabeça. E quase imediatamente a essa resposta silenciosa a mesma o viu se agachar e lhe encarar com aqueles olhos gentis, assim não demorou para entender a intenção do mesmo. Ela subiu em cima dele e passou os braços em volta do pescoço do noivo para que ela se segurasse nele e as bochechas esquentam quando a mão dele alcançou e apertou uma única vez sua coxa direita. Ela pareceu um pouco emburrada e aproveitou para sussurrar por estar muito próxima de seus ouvidos.

— Você queria pegar ali desde o princípio, né? Por isso não fomos lá para baixo de imediato. — A Yamanaka disse.

— Hahaha… — Rin riu como se achasse o comentário muito engraçado, porém suas bochechas ficaram mais ruborizadas, mas não demorou para que continuasse. — …fui pego. —

— O que fará depois que me deixar na academia? — A Yamanaka perguntou ao mesmo tempo que buscava um pouco de conforto nos ombros do noivo.

— Vou até Sasu-... meu pai. Tem uma coisa que está me deixando curioso desde que estivemos no deserto, então quero saber se ele pode me ajudar. E depois disso vou para Amegakure para ajudar no treinamento inicial dos novos membros na Rokujūshi. E prometo que vou chegar na hora para buscá-la. — Rin respondeu. 

Ele se esforçou ao máximo para não se envergonhar por omitir que a parte do treinamento seria feito por um Kage Bunshin enquanto ele e mais três pessoas iam para um certo bordel em Amegakure para terem informações. O rosado aproveitou a deixa para se levantar com a Yamanaka em suas costas e de maneira quase impensável correu para a beirada e saltou e não demorou para gargalhar com ligeira animação durante a queda e sentindo os braços de sua noiva se apertarem no seu pescoço. O rosado concentrou seus olhos esverdeados no ambiente a sua volta durante aquela queda e pensou nas melhores maneiras de chegar em segurança ao solo, mas acabou se dando conta de algo curioso… seu único selo de Hiraishin no Jutsu naquela pequena região era localizado no Monumento dos Hokage, qualquer outro estava numa distância significativa. Ele não demorou para remover sua mão da coxa da noiva e fazer um selo que remetia, que lembrava a uma cruz, desta maneira criando um Kage Bunshin no chão e ao lado de uma árvore que havia na academia. O Kage Bunshin espalmou o tronco da árvore e não demorou para que um símbolo em particular surgisse, assim como o repentino desaparecimento do Kage Bunshin e o aparecimento do rosado e de sua noiva no chão e ao lado da árvore.

— Eu acho que pode me soltar agora, querida. Eu ainda tenho que me encontrar com meu pai… — Rin sussurrou enquanto movia sua cabeça para o lado direito e discretamente apreciava a noiva com o rosto afundado em suas costas.

— Essa queda… você é cruel por fazer isso comigo. — A Yamanaka murmurou em tom meloso… quase melancólico. Ela mirou seus olhos azuis apreensivos no noivo enquanto saia de suas costas.

— Eu sou muito cruel mesmo. Eu sou o mais terrível dos Uchiha. — Rin disse com um tom malicioso ao mesmo tempo que toda sua expressão, desde seus lábios até mesmo a forma de olhar para a noiva, lembrava satisfação e confiança.

— E você é! — A Yamanaka disse enquanto assumia uma expressão mais séria e usava o indicador da mão esquerda para cutucar o peito do noivo, não demorando em continuar quando o mesmo inclinou o corpo para trás. — Caímos sem nenhum plano, não estou certa? Você não tinha nada em mente… em como chegaríamos vivos ao chão. Foi muita irresponsabilidade da sua parte. —

"Eu não via esse lado dela há algum tempo. É bem difícil vê-la brava, mas não é para tanto considerando que deu tudo certo…" pensou e não demorou em pôr sua mão em cima da cabeça da Yamanaka e fazer um breve afago enquanto olhava de relance para um pequeno número de crianças se atentando neles. Ele pode jurar que escutou alguns murmúrios de "O Rin-Sensei voltou!?". O rosado retornou sua atenção para a noiva.

— Conversamos depois sobre meus erros, está bem? Sua turma está olhando para cá e não estou afim de passar algum tempo respondendo perguntas como daquela vez. — Rin sussurrou.

— Ah… não tem porque conversarmos sobre isso, querido. — Misa sussurrou e balançou a cabeça de um lado a outro para incentivar mais aquele comentário, assim não demorando em continuar. — Vá de uma vez. O assunto com seu pai deve ser muito importante. —

— Não mais do que nosso relacionamento. Eu prometo fazer qualquer coisa para compensar o susto. Assim está bom para você? — Rin perguntou.

— Qualquer coisa? — A Yamanaka perguntou com um ligeiro tom malicioso e levantou uma das sobrancelhas. Seus olhos pareciam mais animados e toda bravura perdida.

— Aham. Qualquer coisa. — Rin disse e não demorou para entender que entrou em terreno perigoso quando fez aquela concordância.

— Encontro triplo então. Há um cinema em Amegakure passando um filme que Doro está interessada em assistir por causa das críticas de Fushin. O que acha de conversar com Tsuyu e Musashi sobre essa ida ao cinema? Ai Tsuyu levaria Doro, Musashi levaria Ryūsei e nós iríamos juntos. Não é uma boa forma de concertar as coisas? — A Yamanaka perguntou.

— Você é um demônio. Se queria ir ao cinema porque não falou antes? Esperava que eu cometesse um erro? — Rin perguntou.

— Sim, eu esperava por algum erro e sabia que cedo ou tarde esse erro aconteceria. — A Yamanaka disse com um ligeiro divertimento. Ela não parecia incomodada por ter sido chamada de demônio. E não demorou para continuar. — O que me diz? —

"Ela está tentando dar uma de casamenteira para cima de Musashi e Ryūsei? Bom.. isso não importa agora…" pensou e afastou sua mão da cabeça dela e a levou para o bolso da jaqueta e suspirou enquanto discretamente olhava para as crianças que assistiam curiosas aquela conversa, então retornou seu olhar para a Yamanaka.

— É, pode ser. Vou conversar com eles. — Rin disse e aproveitou para dar as costas para a noiva e caminhar para a saída daquele pátio antes de dar continuidade. — Tenha uma boa aula. —

— Dê um abraço no seu pai por mim, querido. — A Yamanaka disse. Ela parecia verdadeiramente contente por aquele resultado esperado.

— Se me lembrar… — Rin sussurrou.

E não demorou para que o cenário que envolvia o rosado mudasse. Isso só aconteceu porque o mesmo utilizou novamente o Hiraishin no Jutsu, assim sumindo do pátio da academia e ressurgindo no corredor de entrada de sua casa. Ele queria saber como sua mãe estava depois daquele tempo sem se verem e levantou as sobrancelhas quando escutou uma animadora gargalhada vindo de um cômodo próximo, por isso caminhou em silêncio para a entrada daquele cômodo, mas não se revelou e ficou quieto enquanto escutava a gargalhada ter sua pausa.

— Já havia me esquecido que o apelido dele em Yattsuhoshi era "garoto abençoado". Quem diria que enviaram cartas em agradecimento por todas as coisas que ele fez a população. — Era uma voz masculina. Nenhum pouco difícil de identificar como sendo de Shojiki.

— Recebemos essas cartas pouco antes daquela viagem com Sasuke-san acabar, nem mesmo tivemos a chance de mostrá-las para ele. — Era uma voz feminina e qualquer um identificaria como sendo de Shiawase. Ela deu continuidade. — Ele nem deve saber da existência dessas cartas. —

"Isso é verdade… eu nem sabia que escreveram para agradecer as coisas que fiz por lá…" pensou ao mesmo tempo que sentiu um pouco de ciúme por sua mãe estar conversando com tanta tranquilidade com o atual líder de Yattsuhoshi. Ele podia sentir um suave aroma, por isso imaginou que aquela conversa era acompanhada de algum chá.

— Que pena. Ele ficaria contente com o conteúdo das cartas. São de pessoas que passaram muito rapidamente por sua vida… são provas de que ele ajudou essas pessoas. — Shojiki disse.

— Isso ficará para uma próxima vez que ele estiver em Konohagakure. — Shiawase disse.

"Me sinto errado escutando essa conversa…" pensou ao mesmo tempo que sua expressão estava mais séria e suas bochechas coradas. Ele ainda sentia aquele ciúme.

— Posso entregar para ele ou para um dos amigos em Yattsuhoshi. O que me diz? Ontake, que é um médico temporário, me contou que ele vai aparecer por lá na véspera do Natal para levá-los em Amegakure. — Shojiki disse.

— É uma adorável ideia. — Shiawase disse.

— Me permite uma pergunta, Shiawase? — Shojiki perguntou.

"Olha lá…" o rosado pensou ao mesmo tempo que olhava para a entrada do cômodo com uma expressão mais séria.

— Porque não… como eu posso dizer isso… não tem interesse em estar com ele? — Shojiki perguntou.

— Ah. Interesse? Toda mãe tem essa vontade de estar com o filho, de passar cada minuto possível com ele, não tem? E acontece que demos liberdade em excesso para ele. Eu amo demais o meu garoto, o que ele se tornou e o que vai se tornar, mas chegou num ponto que não dá mais para estar sempre com ele. Ele agora tem a própria vida com os próprios interesses. Posso estar nela? Posso, mas não sempre. Quero dar o espaço necessário para ele… quero ver o bom homem que se tornará. — Shiawase disse.

"Mãe…" o rosado pensou e engoliu em seco ao mesmo tempo que sua expressão ficou mais suave e seus olhos esverdeados estranhamente pareceram mais úmidos. Ele respirou fundo e controlou a vontade de aparecer naquele cômodo e abraçar sua mãe com todas as forças. Ele se controlou para que aquilo não acontecesse.

— Muito lindo isso. — Shojiki disse.

— É o que penso. Agora… — Shiawase disse e deu uma pausa. Aquela pausa parecia ter sido por causa dela ter se levantado de onde quer que estivesse sentada. E não demorou para continuar. — …vou pegar o álbum de fotos de quando Rin era bebê. —

O rosado não demorou muito para desaparecer daquele corredor. Ele sabia que sua mãe teria de passar por lá para encontrar os imemoráveis álbuns. Ele retornou a aparecer em outro lugar e com um sentimento incomum e positivo por saber que sua mãe estava bem, mas assim mesmo aquele péssimo ciúme por conta de Shojiki estar dentro de sua casa e conversando com ela com tanta familiaridade. O rosado não demorou para reconhecer o novo lugar que se encontrava e levantou as sobrancelhas ao reparar no pai instruindo sua irmã num treinamento de lançamento de kunais e tendo que acertar alvos bem difíceis nos troncos de árvores do campo de treinamento da equipe sete. Rin assobiou e não demorou para que ganhasse a atenção de ambos e sorriu quando Sarada pareceu bem animada com sua presença. Ele teve de se agachar um pouco quando a garota correu em sua direção e o abraçou com bastante afeto e passou os braços em volta de seu pescoço.

— Nii-san! — Sarada disse.

— É bom vê-la, Sarada-chan. — Rin sussurrou ao mesmo tempo que acariciava as costas da mais nova.

— Orochimaru me contou que estava por lá e que desapareceu de uma hora para outra. O que aconteceu? — Sasuke perguntou durante uma pequena aproximação. Ele mirava seu olho ônix no filho mais velho e buscava algum tipo de ferimento.

— Nada demais. Era algo que envolvia Misa e que fui levado ao acaso — Rin disse enquanto mirava seus olhos esverdeados no mais velho, porém os desceu para a irmã que parecia contente pela sua presença. — Legal o que estava fazendo, Sarada-chan. Pode me mostrar? —

Sasuke ficou em silêncio, porém observou quando Sarada se distanciou do rosado e apanhou duas shuriken e concentrou sua atenção num alvo que ainda não tinha sido atingido, porém o Uchiha mais velho observou novamente Rin quando este ficou ao seu lado esquerdo e com a mão no bolso da jaqueta. O rosado exibia um olhar mais ou menos sério. E só então se deu conta que o rosado estava afastando a mais nova para que não ouvisse uma provável conversa de importante assunto.

— Qual o problema? — Sasuke perguntou.

— Achei uma coisa no deserto e pode ser que você tenha as respostas, afinal tem relação com os Otsutsuki. — Rin respondeu e assumiu um olhar mais gentil e afetuoso quando a irmã acertou um alvo que aparentava ser de grande dificuldade, assim não demorando em continuar. — Boa, Sarada-chan! Você tem que me ensinar lançamento de shuriken em outra oportunidade, ouviu? —

— O que você encontrou? — Sasuke perguntou. Ele parecia surpreso por aquela revelação, afinal não esperava que encontrassem qualquer coisa relacionada ao clã Otsutsuki, mas igualmente preocupado pelo bem estar do filho mais velho.

— Um artefato que se parece com uma tartaruga e parcialmente danificado, mas que diz se chamar… — O rosado ia concluir seu comentário, mas acabou sendo interrompido.

— …Karasuki. — Sasuke interrompeu. Ele olhou para o lado e um pouco para baixo, assim prestando atenção no filho e dando continuidade. — Está com você esse artefato? —

— Não sei. Dependendo do que me disser a respeito, pode ser que esteja comigo. A única coisa que entendi sobre essa coisa é que sua alimentação… sua forma de carregamento… é o chakra. — Rin disse com uma expressão um pouco mais séria e em momento algum concentrando seus olhos esverdeados no mais velho. Ele não demorou em continuar. — O que pode me contar? —

— É um artefato muito perigoso, Rakun. — Sasuke disse com o clássico tom sério e mirando seu olho ônix no garoto de cabelos róseos. Ele não demorou em dar continuidade assim que mostrou sua mão enluvada. — Não posso permitir que você tenha esse tipo de coisa. Me entregue imediatamente, Rakun. —

— Supus que você me pediria isso, afinal é algo relacionado ao clã Otsutsuki, então imaginei mesmo que me pediria para entregá-lo. Então, desculpe… — O rosado disse ao mesmo tempo que seus olhos esverdeados passam para o Sharingan e depois para o Mangekyou Sharingan, além disso sangue escorreu do olho direito e não demorou para levantar a cabeça e olhar diretamente para o mais velho e sussurrar enquanto sangue escorria por sua bochecha. — Kuebiko. —

Sasuke estagnou. E não demorou para que todo aquele cenário mudasse repentinamente. Agora o rosado encontrava-se num ambiente parcialmente escuro, pois era iluminado em alguns momentos por faíscas que saíam de um cérebro próximo dele. O rosado se aproximou do importantíssimo órgão e levou sua mão ao mesmo e sorriu pelo canto esquerdo dos lábios.

— Mostre-me tudo a respeito de Karasuki. — O rosado ordenou.

E não demorou para que um cabo surgisse daquele cérebro e se aproximasse do rosado e se ligasse a ele, desta maneira Rin começou a vislumbrar as memórias do Uchiha mais velho a respeito do Karasuki. O rosado com aquele ganho de informação soube como os membros do clã Otsutsuki se pareciam, assim como a verdadeira forma do artefato que se denominava Karasuki e de sua única função quando era abastecida com chakra, mas acabou por se interessando pela ideia e aprofundando nas memórias do Uchiha, dessa maneira tendo a oportunidade de ver o passado por olhos que não eram dele e da pequena aventura que o mesmo passou ao lado de Uzumaki Boruto. O cabo acabou se desconectando dele e não demorou para pôr a mão em frente ao rosto e alargar um sorriso.

— Viagem no tempo e com um consumo monstruoso de chakra. Soa mais como uma brincadeira. Se eu pudesse voltar um pouco no tempo… sem dúvida teria evitado a morte de Tsuko… só preciso lembrar de quando aconteceu e do chakra para isso. — Rin disse. Ele mantinha sua mão em frente ao rosto e acabou suavizando mais a sua expressão. — E depois passado mais algum tempo com meu pai, ou voltando um pouco mais e iniciando um tratamento, ou voltando mais no passado e salvo a vida de Kira, Li e Suitai. Parece que vou precisar que minhas reservas de chakra sejam maiores… —

Ele sabia que já estava mais do que na hora de sair daquele lugar, mas ainda tinha algo a fazer, por isso foi para a memória mais recente do Uchiha… que era daquele momento que estavam juntos… e alterou boa parte daquela conversa, assim o mais velho não teria noção no que estava interessado. E não demorou para que o cenário voltasse a mudar, assim retornando ao mundo real e depressa levando sua mão para o rosto e secando o sangue que escorria do olho direito que voltará ao tom esverdeado.

— É bom saber do seu interesse pela história do clã, Rakun. — Sasuke disse com um ligeiro ânimo, mas também sentindo uma momentânea dor de cabeça, por isso semicerrou rapidamente sua expressão.

— Aham… — Rin disse.

— O que acha de… — Sasuke não concluiu seu comentário.

Ele ficou em silêncio e surpreso quando o rosado avançou e o abraçou. O braço do mais novo segurando-o com um reconhecido afeto. O rosto de Rin sendo escondido pelo manto e também por seu cabelo róseo. Aquele momento durou e lentamente o Uchiha mais velho guiou sua mão para cima da cabeça do garoto e houve um pequeno receio, mas acabou que este pôs sua mão em cima da cabeça dele e esfregou de um lado a outro. O olhar de surpresa de Sasuke se alterou para algo que lembrava conforto e até mesmo um brilho surgiu em seu olho ônix. O rosado não precisava olhar para saber que a irmã mais nova tinha parado o treinamento, a exibição, para observar um pouco enciumada aquela demonstração de afeto.

— Misa mandou um abraço. — Rin sussurrou enquanto suas bochechas estavam coradas. 

— Compreendo. — Sasuke disse.

— De um abraço na Saku-... na mamãe por mim, pai. — Rin sussurrou e acabou que suas orelhas também ficaram quentes e avermelhadas. Ele ainda não tinha o hábito de chamá-los de pai e mãe. Ele deu continuidade. — Tô um pouco ocupado hoje, então não posso fazer isso. Posso contar com você? —

— É claro. — Sasuke disse.

O rosado manteve aquele abraço por mais alguns segundos. E novamente não demorou para que viesse a desaparecer e deixasse um certo Uchiha numa momentânea confusão. Rin retornou para Amegakure com o fim das respostas em respeito da função de Karasuki e sentindo-se animado com aquela ideia e envergonhado por aquela última demonstração de afeto. O rosado veio a aparecer no topo do prédio da Mangetsu, ou seja, no terraço e não demorou para se aproximar da beirada e sentar-se com os joelhos dobrados e com o antebraço em cima do joelho direito e prestando atenção na região de enormes prédios ao mesmo tempo que uma reconfortante brisa mexia com seus cabelos róseos. Ele não demorou em concluir um selo de cruz, assim fazendo um Kage Bunshin que imediatamente desapareceu com o uso do Hiraishin no Jutsu… o Kage Bunshin seria responsável pelo treinamento na Rokujūshi naquele dia.

E depois ele olhou para o lado esquerdo quando escutou alguns passos repentinos, assim concentrando seus olhos esverdeados em Musashi que chegou com Lich e ambos usavam mantos com capuzes e que serviriam para esconder suas identidades, afinal qualquer um de Amegakure os reconheceria. O usuário de machados carregava em suas mãos dois outros mantos e não demorou para olhar em volta… ele estava procurando por seu líder.

— Estamos atrasados ou adiantados? — Musashi perguntou.

— Adiantados. Faltam poucos minutos para o horário que foi combinado. — Rin respondeu e levou sua mão para o cabelo e o coçou, então deu continuidade quando olhou o seguidor de Jashin. — Seu deus não vê problema nisso? —

— Não. Será um ótimo dia se houver um sacrifício para Jashin. — Lich respondeu com um ligeiro ânimo e levando a mão direita para um colar com o símbolo de sua fé. 

— Que seja… não vou julgar alguém pela fé que decidiu seguir. — Rin disse e agitou seus ombros ao mesmo tempo que guiava o braço de volta ao joelho, porém deu continuidade quando o usuário de machados jogou um manto em cima dele. — Obrigado. —

— Para o inferno com seus agradecimentos. — Musashi disse.

Os dois eram os únicos que pareciam realmente incomodados, afinal nunca tinham frequentado o lugar que iriam em alguns minutos, por isso suas bochechas estavam coradas e suas expressões mantidas sérias e concentradas. Os três olham para a entrada do terraço quando a porta é aberta, desta maneira revelando o líder da Mangetsu que parecia aliviado com a presença dos três, por isso se aproximou deles e só balançou a cabeça em agradecimento quando o último manto foi jogado para ele. Os quatro rapazes não demoram para se arrumarem e ficarem em pé na beirada.

— Lá pode ser perigoso, então confiem em seus sentidos. — Rin sussurrou ao mesmo tempo que deixava a mão no bolso da calça. Ele já estava preparado para usar o In'yu Shōmetsu caso necessário.

— Confiem em suas habilidades. Em cada uma delas. — Tsuyu ressaltou ao mesmo tempo que seus olhos amarelados mudam para o tom perolado, dessa maneira ganhando todas as habilidades daqueles magníficos olhos. Ele não demorou para dar continuidade. — Tá na hora de ir para o bordel. —


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