Tales of a Uchiha escrita por Saberus


Capítulo 161
S07Ch24;




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O rosado pela segunda vez foi ganhando consciência, desta vez o mesmo não encontrava-se na cama, nem mesmo no chão, mas deitado no sofá com uma almofada servindo como travesseiro, além de haver um pano úmido na testa. Ele abriu seus olhos esverdeados, desta forma reparando em Yamanaka Misa que estava próxima dele — com as costas escoradas no sofá e abraçando as próprias pernas — e, mesmo que não pudesse ver perfeitamente seus olhos azuis, sabia de alguma forma que a loira estava apreensiva. Ele moveu um pouco seu braço, assim deslizando-o pelo sofá até deixá-lo cair da beirada e a todo momento a mão ficou aberta, dessa maneira chamando a atenção da noiva que moveu o rosto para o lado esquerdo, assim pode finalmente ver aquele magníficos olhos azuis, mas que infelizmente eram cheios de preocupação, mas depressa os mesmos ficavam marejados e pareciam carregados de alívio.

— Olá… — Rin sussurrou.

— Estava tão preocupada com você. — Misa disse e usou sua mão esquerda para esfregar os olhos enquanto baixava um pouco sua cabeça. 

— É… acho que devo um pedido de desculpas por deixá-la preocupada, mas já estou bem, querida. — Rin sussurrou e aproveitou para segurar a mão esquerda da Yamanaka e entrelaçar os dedos, então deu continuidade enquanto se sentava no sofá, assim fazendo o pano úmido deixar sua testa. — Desculpe. Prometo que vou recompensar esse cuidado que teve comigo. —

— O que aconteceu com você? — Misa perguntou ao mesmo tempo que saia do chão e sentava-se ao lado do rosado, assim mantendo seu ombro encostado ao dele.

— O que aconteceu? Foi um ataque de pânico. Minha primeira experiência com isso foi em Amegakure… quando imaginei que coisas terríveis aconteceriam com Doro e seria minha responsabilidade. Agora… esse ataque deve ser por causa dessas inocentes vidas que estarão em minha mão… na forma que pais irão me olhar quando receberem a notícia de que um bebê morreu para salvar o outro… como vou me olhar no espelho sabendo que sou um assassino? Como… — Rin sussurrava e não se importava com o suor frio que escorria por seu rosto e pingava ao chegar no queixo, nem importando-se pela mão trêmula ou pelo coração que disparou novamente. — …não estou dando oportunidade para alguém fazer escolhas. Eu… eu não estou fazendo nada… além de desperdiçar uma vida que teria bons e ruins momentos. —

A Yamanaka ficou em silêncio, porém passou seus braços em torno do rosado que usava a mão trêmula para esconder seus olhos fechados enquanto mordia com força seu lábio inferior e soluçava, sem dúvida aquele era um ponto baixo para o rapaz, mas ela não tinha muita ideia das palavras a serem ditas naquela ocasião. Ela tentou confortá-lo com seu carinho, não poderia ajudá-lo por não ter o mesmo conhecimento — Iryō Ninjutsu — que ele, por isso sentia-se quase uma incompetente. Contudo, lembrava-se da conversa que tiveram em Yattsuhoshi, por isso imaginava que aquele seria um momento que o mesmo deveria se apoiar nela.

— Você não será um assassino. Não será para mim, nossos amigos, nossas famílias, ou para qualquer um que saberá o quanto se esforçou para salvar um daqueles bebês. — Misa sussurrou e fechou seus olhos enquanto balançava suavemente seu corpo na tentativa de confortá-lo um pouco, então deu continuidade. — Você dará tudo que tem nessa cirurgia, porque é assim que você é, então as pessoas saberão que fez tudo que estava ao seu alcance para salvar um daqueles bebês. Você não desistirá, porque não é do tipo que desiste de alguma coisa por mais que seja difícil. Eu sei que pensará em alguma forma de proteger aquela outra vida, porque é exatamente assim que você age, então não vai demorar para pensar numa estratégia, quem sabe dezenas de estratégias, para que a outra vida não seja desperdiçada. — A Yamanaka buscava aquelas palavras em cada uma das experiências que passou em companhia do noivo, então deu continuidade. — Você poderá não se olhar no espelho se não conseguir proteger uma daquelas vidas, mas continuarei olhando para você da mesma forma que olho para você todos os dias. E prometo que não mudarei meus pensamentos a seu respeito e não vou considerá-lo como um assassino… jamais farei esse tipo de coisa independente do que acontecer. —

O rosado continuou em silêncio, mas o conforto que recebia da noiva ajudava-o, assim acalmando-o significativamente, mas de certa maneira o rapaz ainda sentia-se conturbado com a nova situação que encontrava-se. E não demorou para que removesse a mão de frente dos olhos.

— Vou levá-la para Kono-... — Ele sussurrou, mas acabou não tendo a oportunidade de concluir seu comentário.

— Não vou deixá-lo. Estarei ao seu lado a todo momento, não vou para Konoha sabendo o que está passando, querido. — Misa interrompeu o comentário dele. E aos poucos desfez aquele abraço, mas manteve a mão direita nas costas do mesmo e fazendo carícias circulares.

— Esse tipo de cirurgia tem alta duração, então pode acabar não ficando muito à vontade no ninho daquela cobra. — Rin disse e fechou seus olhos ao mesmo tempo que manteve a cabeça baixa e aproveitava a carícia nas costas.

— Estarei lá por você. Já se esqueceu do que disse a você em Yattsuhoshi? Que eu servirei de apoio para você? — A Yamanaka disse ao mesmo tempo que exibia uma expressão que misturava bem a seriedade e preocupação, mas não demorou a dar continuidade. — Porque escolheu o esconderijo de Orochimaru? —

— Por causa de Karin. Ela tem uma habilidade que permite passar a qualquer pessoa, por meio de uma mordida, chakra ou vigor. Já vi essa mesma habilidade em outra pessoa, então imaginei naquele momento, antes de assumir o desespero, que teria como ela ser uma luz de esperança nessa cirurgia. E também pelo esconderijo de Orochimaru-sama possuir muitos laboratórios, quem sabe haveria como manter um bebê de poucos meses enquanto órgãos são desenvolvidos, mas tudo me parece idiotice quando penso bem sobre isso. — Rin respondeu. 

— Porque idiotice? Você já pensou em tudo que poderia fazer para ajudar esses bebês. — Misa disse. 

— São perguntas demais. E não tenho as respostas para elas. Só sinto que estou errando em alguma coisa. — Rin disse e fechou sua mão direita em punho antes de sair do sofá, então deu continuidade enquanto andava de um lado a outro. — Eu não sei o que fazer. Estou sendo submetido a escolher entre duas crianças que sequer conheço, mas minha mente me jogou, de alguma maneira que ainda não entendo, uma terceira opção que é salvar ambas. —

— Sei que dará um jeito. — A Yamanaka disse e aproveitou para se levantar e cruzar os braços abaixo dos seios, então deu continuidade. — Acho que devíamos ir até Orochimaru para avisá-lo do que está para acontecer. —

— Já estava me esquecendo. — Rin disse e levou a mão para frente dos olhos, assim coçando-os e suspirando pesado. Era perceptível como estava cansado por tudo que acontecia. 

A Yamanaka pôs sua mão direita no ombro dele, assim não levando mais do que um segundo para que a ambientação — a casa localizada em Sunagakure — mudasse para um extenso corredor com luminárias no formato de cobras e inúmeras salas com portas fechadas por ambos os caminhos — direita ou esquerda. Misa removeu a mão do ombro dele e não demorou em olhar para as duas sugestivas direções, mas sua atenção se concentrou mais ao lado direito e não demorou para reparar em seu noivo que assumirá uma expressão mais séria apesar de tudo o que estava lhe acontecendo e que caminhará para o lado direito com sua mão bem fechada em punho. 

— Como sabe que está nessa direção? — Misa perguntou aos sussurros enquanto acompanhava-o ficando ao seu lado esquerdo e levantava uma das sobrancelhas.

— Você olhou com mais atenção para essa direção, então liguei alguns pontos. — Rin respondeu ao mesmo tempo que ativou seu Sharingan, sem dúvida não sendo estúpido em lidar com aquele Sannin das Cobras sem ter sua habilidade ativada, então deu continuidade. — Onde vou encontrá-lo? —

— Não está longe. A quinta porta após virar a direita naquele corredor. — A Yamanaka respondeu depois de usar sua habilidade sensorial. 

— Consegue sentir o chakra da mais alguém? — Rin perguntou enquanto apressava um pouco seus passos e discretamente olhava de um lado a outro. 

— Sim. Duas pessoas estão com ele. — Misa respondeu, mas acabou parando de andar e escorando-se numa das paredes e baixando um pouco a cabeça. — Rin… —

O rosado parou de andar e de prestar atenção no caminho a frente, voltando seus olhos para a Yamanaka escorada e de cabeça baixa, por isso se apressou para ficar ao lado dela e pôr a mão no ombro da amada que mantinha os olhos fechados.

— O que foi? É algum chakra que está fazendo isso com você? — O rosado perguntou e não escondeu a preocupação que estava sentindo. 

— Um pouco de tontura. — A Yamanaka respondeu e respirou fundo e lentamente soltou o ar acumulado dos pulmões, então deu continuidade. — E estou com náuseas. —

— Ah… — O rosado disse e sorriu pelo canto esquerdo dos lábios, então continuou quando suavizou um pouco sua expressão. — Não está acostumada com o clima de Sunagakure, por isso comeu alguma coisa que naquele calor fez mal para você. E o mesmo posso dizer a respeito dessa tontura… acabamos de sair de um clima quente para um mais confortável… —

A Yamanaka estava para concordar. Ela não tinha o mínimo conhecimento médico como seu noivo, por isso deveria acreditar no que ele disse.

— Me agrada saber que considera esse lugar como sendo confortável… — Uma voz masculina carregada de malícia, assim como uma forma incomum de divertimento. Era do próprio Orochimaru que mantinha seus olhos amarelos no casal ao mesmo tempo que exibia um sorriso fino pelo canto dos lábios. — …Rin-kun. —

O rosado manteve a cabeça baixa, mas a moveu para o lado, desta forma cruzando seus olhos carmesins — Sharingan — com os olhos amarelos do Sannin das Cobras que agia com despreocupação.

— Orochimaru-sama. — O rosado disse ao assumir uma expressão mais séria. Ele sentia um arrepio por ter seu nome proferido por aquela pessoa. O mesmo deu continuidade. — Não é confortável para se viver, afinal não dá para baixar a guarda com você por perto, mas confortável no sentido do clima. —

— É inteligente por não baixar sua guarda em minha presença. — Orochimaru disse e passou sua língua no lábio inferior enquanto mantinha seus olhos amarelos concentrados no rapaz, não demorando em continuar. — O que espera conseguir dessa vez? Os braços, das células de Senju Hashirama, estão quase prontos. —

— Quero um laboratório para uma cirurgia de separação de gêmeos siameses que acontecerá em algumas horas. — Rin respondeu e moveu um pouco sua cabeça, desta forma olhando de relance para a Yamanaka que continuava escorada, mas não demorou para sua atenção voltar ao Sannin das Cobras e dar continuidade. — Assim como a sua ajuda para o desenvolvimento de órgãos que devem ser entregues para um dos bebês. —

— Não é tão simples desenvolver órgãos, sabia disso? — Orochimaru perguntou com a mesma malícia de sempre, então deu continuidade quando chegou muito perto do rosado. — Porque não deixa um morrer para salvar o outro? Isso seria o mais natural possível. —

Orochimaru não reagiu a tempo. Isso porque não previu que o rosado — já com a não fechada em punho — o acertasse com um soco que continha uma boa quantidade de chakra. O soco acertou o nariz do Sannin das Cobras, além de haver uma onda de choque que estourou com as lâmpadas daquele corredor e ainda rachou as paredes. Orochimaru, por causa daquele único soco, teve seu corpo jogado a mais de dez metros, com certeza seria mais do que isso se não houvesse uma parede que acabou absorvendo o restante do impacto e mais rachaduras se espalhassem em torno dessa mesma parede. Orochimaru estava de cabeça baixa e seu cabelo escuro cobrindo-lhe o rosto, mas sangue escorria por seu nariz quebrado. Rin manteve a mesma posição que usou para dar aquele soco. Ele semicerrou suas sobrancelhas ao escutar a risada maliciosa do Sannin das Cobras. 

— Já percebi que não é essa opção que está querendo. — Orochimaru disse com deboche e levantando aos poucos sua cabeça, assim mantendo seus olhos concentrados nos carmesins. 

— Bom que já deixamos isso claro. — Rin disse, então levou sua mão ao bolso da calça e não demorou para continuar. — Essa cirurgia será demorada, além disso haverão dois médicos nessa cirurgia, então será mais longa ainda, por isso terá o tempo a seu favor, Orochimaru-sama. —

— Vá até Karin. Ela poderá levá-lo ao laboratório que acontecerá essa cirurgia, Rin-kun. — Orochimaru disse ao mesmo tempo que se levantava e agia como se aquele soco recebido não tivesse importância. 

— Onde ela está? — Rin perguntou.

— Na direção que disse a você, querido. Há outros dois chakras por lá, como disse agora pouco, mas não achei que fosse necessário dizer naquele momento que um dos chakra é o dela. — Misa respondeu. Ela parecia um pouco melhor do que antes, mas assim mesmo tinha uma aparência abatida.

— E quanto a você… me acompanhe. — Orochimaru disse enquanto mantinha seus olhos amarelos na Yamanaka, mas olhou novamente para o rosado que deu um passo em sua direção. — Estou querendo cuidar dela. Um gesto de boa vontade. —

— Eu… — Rin não concluiu seu comentário.

— Não me perdoará se encostar um dedo nela? Acredito que isso poderia acontecer, mas quero que entenda que não seria interessante tê-lo como inimigo. Você é valioso demais. — Orochimaru disse, mas novamente prestou atenção na Yamanaka e sorriu ao ponto de mostrar as presas, então continuou. — Vocês são peças valiosas. —

— Misa… — Rin disse ao mesmo tempo que caminhava, assim se distanciando da Yamanaka e seguindo na direção que ela lhe disse a poucos instantes, então deu continuidade. — …grite se acontecer alguma coisa. —

— Ficarei bem. — Misa disse e sorriu pelo canto esquerdo dos lábios. Ela gostava daquele tipo de cuidado que o noivo tinha consigo. 

— Eu espero que sim. — Orochimaru disse e aproveitou para caminhar até onde o corredor se dividia em duas direções e olhou para a Yamanaka antes de seguir o lado oposto que o rosado teria de acessar se quisesse se encontrar com a Uzumaki que era sua parceira, então deu continuidade. — Siga-me, garota. —

A Yamanaka obedeceu. Ela caminhou até o Sannin das Cobras enquanto era supervisionada pelo rosado que até aquele momento não havia desativado seu Sharingan, nem mesmo a expressão que evidenciava a preocupação que tinha com a noiva estando tão próxima do Sannin das Cobras, mas respirou fundo e devagar moveu seu rosto, assim olhando na direção que devia seguir, no entanto não demorou em olhar novamente na direção que os outros dois iam seguir e aparentemente sentindo vontade de dizer alguma coisa, mas acabou perdendo a oportunidade. Isso porque o Sannin das Cobras já estava a uma boa distância junto da Yamanaka que deixava uma distância de cinco passos para o mais velho, assim imaginando que não haveria risco. Misa não olhou para trás, mas de alguma maneira sabia que suas costas eram vigiadas pelo noivo que continuou imóvel por mais alguns segundos antes de seguir o caminho que deveria para se encontrar com a Uzumaki.

— Porque é tão cooperativo com ele? — Misa perguntou e aproveitou para cruzar os braços abaixo dos seios.

— Eu quero saber o que aguarda o Rin-kun, por isso estou cooperando desde quando nos encontramos pela primeira vez. Espero calmamente por seus ventos soprarem. — Orochimaru respondeu. Ele não pareceu incomodado pela Yamanaka possuir dúvidas a seu respeito. E não demorou para interromper sua caminhada e olhar para uma porta igual a qualquer outra. — Chegamos. —

— Chegamos onde? — A Yamanaka perguntou e levantou uma das sobrancelhas. 

Orochimaru olhou de relance para a Yamanaka, mas não fez questão de respondê-la. Ele só levou sua mão esbranquiçada para a maçaneta da porta e a deslizou, então acessou o cômodo relativamente simples e sorriu pelo canto esquerdo dos lábios ao escutar os passos da loira. O Sannin das Cobras caminhou até um armário que continha alguns frascos de barro com tampas — chás — e pegou o primeiro do lado esquerdo e destampou e depois pegou uma xícara e depositou um pouco da bebida e estendeu a xícara para a Yamanaka.

— Recomendo que beba se não quiser continuar com essa náusea. Odiaria que vomitasse em meus corredores. — Orochimaru disse e manteve seus olhos amarelos bem concentrados na Yamanaka que não pareceu ter sido convencida, por isso o mesmo continuou. — É chá de gengibre. Ótimo para náuseas. E não há porque estar envenenado. —

A Yamanaka ficou em silêncio. E não levou muito mais tempo para levar a mão direita para a xícara na mão do Sannin das Cobras, pegá-la e aproximar dos lábios e beber até que não sobrasse muita coisa. O gosto não era agradável, mas sem dúvida alguma lembrava o gengibre por ser um pouco picante. Ela assumiu uma expressão de desgosto e afastou a xícara dos lábios.

— É horrível. — A Yamanaka sussurrou.

— Não vai demorar para que sua náusea passe. E isso será ótimo para nós. — Orochimaru disse e pegou a xícara da mão da Yamanaka e pôs em qualquer lugar. 

A Yamanaka não sabia se concordava ou não com o Sannin das Cobras, na realidade a maior parte de seus pensamentos estava num certo rosado. E por mencioná-lo, Rin acabará de alcançar a porta mencionada pela noiva no primeiro momento que chegaram naquele esconderijo. O mesmo já estava com seu Sharingan desativado, afinal sabia que a Uzumaki não representava os mesmos riscos que o Sannin das Cobras. Ele levantou uma das sobrancelhas quando a maçaneta da porta se mexeu, levantou a outra e deu um passo para trás quando a porta se abriu violentamente e não escondeu a surpresa e desentendimento quando a própria ruiva passou por aquela porta e o abraçou, assim jogando-o para trás por ter se jogado nele. O rosado pode reparar que dentro da sala se encontrava Suigetsu que sorriu ao ponto de mostrar seus dentes serrilhados.

— Você está vivo! — Karin disse.

— Era para não estar, Karin-san? — Rin perguntou com um pouco de divertimento. 

— Soubemos o que estava fazendo no País dos Vales, por isso não demorou para que ela pensasse que você seria envolvido em alguma coisa perigosa. — Suigetsu disse assim que deixou o cômodo e prestou atenção no rosado que ainda era abraçado pela ruiva.

E não demorou para que Karin desse um soco no rosto do Hōzuki, assim fazendo com que o rosto dele explodisse em água. O que acabou surpreendendo um pouco o rosado, mas acabou fazendo questão de ficar em silêncio.

— Calado! Você também estava preocupado com ele. Ou acha que não percebi? — Karin perguntou.

— Você ama ele. — Suigetsu disse assim que seu rosto tomou forma. Ele não estava incomodado por aquele último soco.

— Exata-... Claro que não! — Karin disse com um leve desespero, mas a vermelhidão das bochechas diziam outra coisa, então deu continuidade. — Até parece que gosto do idiota do Rin-kun! Ele é um doce comigo, o que eu acho bem fofo… —

Suigetsu e Rin trocam olhares descrentes. 

— Ela gosta de mim. — Rin disse com um pouco de malícia. Ele gostava daquelas duas pessoas, mas não sabia exatamente o porquê de gostar delas.

— Gosta. — Suigetsu disse com o mesmo tom malicioso, mas com um pouco de provocação.

E não demorou para que os dois recebessem socos da Uzumaki que parecia descontente com ambos, assim como não demorou para cruzar seus braços e prestar atenção no rosado que estava próximo do albino e ambos reclamavam da súbita dor em suas cabeças.

— O que está fazendo por aqui? — Karin perguntou.

— Hã? — Rin perguntou enquanto mantinha a mão onde levou o soco, sequer reparando que o albino prestava atenção nele após a pergunta da ruiva, mas não demorou para respondê-la. — Preciso de um laboratório cirúrgico. Haverá uma cirurgia de separação de gêmeos siameses em Sunagakure, mas acontecerá aqui em algumas horas. Já conversei com Orochimaru, por isso só preciso que me arrume o lugar e os equipamentos necessários. —

— Isso é moleza. — A Uzumaki disse.

— E vou precisar de você. — Rin disse e indicou a ruiva ao mover seu queixo, então deu continuidade antes que a mesma pensasse de maneira errada. — Você possui uma habilidade que dá vigor e chakra para qualquer um que dê uma mordida em você. Vigor será necessário para as crianças, chakra será necessário para mim. —

— Tudo bem. — Karin disse e não demorou para dar continuidade ao segurar o antebraço esquerdo. — Que empolgante. Terei as mordidas de pai e filho em meu corpo. —

— Eu não precisava saber disso. — Rin sussurrou com um ligeiro desapontamento, mas parecia também que estava se divertindo com toda aquela situação. 

De algum jeito ele sentia-se mais confortável quando conversava com a Uzumaki e com o Hōzuki, mas não seria o suficiente para acalmar, quem sabe até mesmo acabar, com o problema que se encontrava em sua mente pelas próximas horas, afinal nem a Yamanaka conseguiu essa proeza, então para aqueles dois não havia chance. 


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