Tales of a Uchiha escrita por Saberus


Capítulo 16
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Sakura apesar da exaustão não deixou de pegar no colo seu menino. Um bebê saudável de poucos fios rosados com dois quilos e as bochechas bem coradas. Para sua alegria, Rakun demonstrou sua quietude não chorando em excesso e, por isso, a kunoichi das lesmas acreditou que o menino seria calmo no futuro. O recém nascido dormia depois de se alimentar pela primeira vez. Os olhos da kunoichi das lesmas estavam apenas no pequeno embrulho que revelava apenas o rostinho de seu primeiro bebê. As bochechas da rosada se esquentam um pouco por apenas segurar a criança e um sorriso incomum tomou seus lábios. Um sorriso que era incapaz de definir o tamanho da alegria, satisfação e prazer. Os olhos da mais velha se desviaram para a porta deslizante do lado esquerdo do quarto ao ouvir algumas batidas. Era Tsunade, sua mestra, com os braços cruzados abaixo dos volumosos seios e lhe olhando com um pouco de satisfação e muito orgulho.

— Ele não vai fugir se parar de olhá-lo. — Foram as palavras amigáveis da antiga Sennin Lendária enquanto olhava para sua sucessora. — Já decidiram o nome? —

— Eu sei que ele não vai fugir, mas não consigo parar, Tsunade-sama. — A kunoichi das lesmas sussurrou e retornou com sua atenção para o bebê silencioso. — Sim, Rakun. Uchiha Rakun. —

Tsunade semicerrou os olhos de forma sutil, imperceptível, ao escutar o nome. "Um pouco óbvio, Sasuke" a mais velha pensou e um sorriso tomou seus lábios antes dela decidir se aproximar da cama e manteve seus olhos castanhos fixos na recém mãe e no pequeno embrulho de seus braços, mas não buscou por nenhuma figura masculina em mantos que estaria nas sombras. Não, Tsunade era uma das pessoas que sabia sobre a tentativa de redenção e de alguns encontros casuais entre dois heróis da última guerra ninja.

— Um belo nome. — Foram todas as palavras da mais velha assim que chegou ao lado da cama e levou sua mão direita para a bochecha do bebê. 

O recém nascido odiou o toque. Isso se percebeu por sua expressão que ficou um pouco séria antes de começar a chorar. A Senju recuou sua mão sem saber o que fazer, mas isso serviu para a rosada que abriu um sorriso e balançar suavemente o bebê em seu colo enquanto sussurrava de maneira calma.

— Calma, Rakun. Está tudo bem. — Foram as palavras dóceis da mãe. Sakura não desviava sua atenção do bebê que conseguia parar de chorar e se mostrava calmo. — Tudo bem. —

— Já está sendo uma mãe maravilhosa, Sakura. — A Senju brincou e olhou para uma cadeira vazia e andou até ela e se sentou. Para sua sorte estava do lado da cama e posta geralmente para visitas. — Ele é lindo. —

Sakura sentiu as bochechas esquentarem por aquele elogio para sua criança. Ela até abriu sua boca para dar uma resposta, mas uma risada a interrompeu e ela, assim como Sakura, olhou para a porta e levantou as sobrancelhas ao não reconhecer a mulher que entrava. Era Shiawase em cadeira de rodas com seu recém nascido nos braços também, logo atrás estava Akami, seu marido, e olhando do jeito sério dele para as duas mulheres no quarto. 

— Haha, sendo filho da Sakura-sama e do Sasuke-kun, qualquer um é lindo. — Foram as palavras da recém chegada antes de descer o olhar para o bebê no próprio colo. — Mas Rin está no mesmo nível que ele, Sakura-sama. —

Sakura ficou em silêncio. Sua vizinha parecia melhor do que ela, mas dava para ver as olheiras de exaustão pelo parto de mais cedo. "Com certeza nem conseguiu sair da cama" a kunoichi das lesmas pensou e baixou seu olhar para ver Rakun e depois moveu o rosto e olhou para o dorminhoco nos braços de Shiawase e sorriu, mas acabou rindo.

— Será, Shiawase? Rakun me parece mais lindo que Rin. — A kunoichi das lesmas disse e desviou seu olhar o suficiente para ver que Akami estava incomodado com alguma coisa. — O que foi, Akami-san? —

— Não precisa do "San". Eu só tô incomodado por ser o único homem aqui com três mulheres. — O ruivo murmurou e soltou a cadeira de rodas antes de cruzar os braços e olhar para as mulheres do quarto.

— Você fica incomodado com qualquer coisa. Você é um maldito introvertido, amor. — Shiawase murmurou e moveu o rosto o suficiente para que pudesse ver seu marido. — Duas pessoas, além de nós dois, e você já fica se coçando para se afastar. —

— É por isso que eu vejo você se coçando quando visitamos pacientes que aparecem com a família? — Sakura perguntou e levantou as sobrancelhas como se ainda não acreditasse naquilo. 

— Sim. — Akemi a respondeu e desviou seu olhar para a janela do quarto e suspirou.

— Sakura-sama, você tinha que vê-lo no nosso primeiro encontro. Ele me levou para a cabeça do Yondaime e achei super romântico, mas sabe o porquê? Era um dia festivo na vila e ele não quis ficar com todas aquelas pessoas. — Shiawase comentou e ouviu o marido tossir e não precisou olhar para saber que ele estava mais sério. — Espero que Rin seja super extrovertido. Que tenha dezenas de amigos, incluindo o Rakun, e que leve todos em nossa casa. —

"Eu espero que não" o ruivo pensou e sentiu-se um pouco constrangido, mas era verdade. Aquela declaração de sua esposa serviu para dar um ar humorístico ao quarto hospitalar e, por isso, as duas recentes mães riram baixo enquanto suas crianças descansavam. O ruivo aproveitou essa oportunidade para escapar do cômodo e por as mãos nos bolsos de sua calça enquanto seguia pelo corredor.

— Cadê o Sasuke-kun? — Shiawase perguntou e olhou pelo quarto, mas não tinha nenhum indício de que o Uchiha tinha passado por ali nas últimas horas.

— Ocupado, em outro lugar. — Tsunade respondeu a recente mãe. Ela mantinha o olho esquerdo fechado e o direito aberto enquanto sentada na cadeira ao lado da cama.

— O nascimento de Rakun era previsto para mais duas semanas, mas ele se apressou. — Sakura respondeu a outra rosada antes de voltar os olhos para o bebê nos braços e involuntariamente sorriu para ele. — Mas Sasuke-kun prometeu que compareceria ao nascimento. —

— Porque não mandam um falcão para ele? — Shiawase perguntou e voltou o olhar para Rin em seu colo que abria a pequena boca para bocejar e a mulher naquele momento se derreteu de amores pela centésima vez. — Deuses, que fofura. —

— Porque ele pode estar no meio de alguma coisa. Seria problemático ocupar sua cabeça agora. — Tsunade respondeu no lugar de sua aprendiz e deixou a cadeira que havia se acomodado desde o princípio para se aproximar de Shiawase e olhou o bebê. — Antes de vir aqui já tinha pedido para duas enfermeiras levarem eles para a maternidade. —

Nenhuma delas fez questão de sugerir outra coisa. Seus corpos estavam cansados demais e com certeza faziam hora extra acordadas e conversando. Sakura só aproximou seus lábios da bochecha de seu bebê e depositou um beijo antes de olhar para a enfermeira que chegava ao quarto. Shiawase ficou quieta quando a mulher experiente de outra área hospitalar pegou cuidadosamente a criança de seu colo, no braço esquerdo, fez a mesma coisa com a rosada de cama colocando o bebê no braço direito. Ela sentia-se capaz de levá-los daquela maneira e, além disso, a maternidade não era tão longe.

— Cadê a loirinha? — Tsunade perguntou e inclinou a cabeça para o lado direito enquanto olhava para a única enfermeira.

— Foi chamada assim que a senhora nos solicitou, quinta hokage. — A enfermeira respondeu e olhou para os bebês cuidadosamente colocados em seus braços e depois para as mamães. — Não precisam se preocupar com seus bebês. Estarão do outro lado do hospital. — A enfermeira comentou e abriu um sorriso inocente e alegre enquanto seguia para a porta. — Além disso, terão que se alimentar novamente. —

Tsunade olhou para Shiawase em cadeira de rodas e depois para sua antiga aprendiz. As duas pareciam aliviadas. Ela suspirou e olhou para a enfermeira novamente.

— Avise para alguém vir ao 502 buscar a Shiawase. Ela tem que ficar na cama. Em repouso. — A Senju olhou para a mulher na cadeira de rodas quando terminou de dizer aquilo. — Falo sério. —

A enfermeira concordou e saiu do quarto.

— Eu queria conversar com a Sakura-sama. — Shiawase murmurou e formou um bico em seus lábios.

— Outra hora, Shiawase. — Sakura comentou e sorriu enquanto coçava sua bochecha esquerda. — Tsunade-sama está certa. —

Shiawase inflou as bochechas para argumentar, mas sabia que seria em vão por ser duas contra uma. Ela cruzou os braços no momento em que uma enfermeira de cabelo escuro entrou no quarto e parabenizou ambas por serem novas mamães. E depois empurrou a cadeira de rodas da rosada para longe do quarto. Shiawase ouviu a risada de Sakura enquanto se distanciava do quarto da kunoichi das lesmas e levada ao seu e recebia ajuda para retornar para sua cama.

Enquanto isso, a enfermeira que carregava os bebês continuava andando pelo corredor e sorrindo para as pessoas que conhecia e trocando breves cumprimentos. Ela estava satisfeita pelas crianças estarem tão calmas em seu colo. Em outras vezes sempre seguiu até ali, a maternidade, com um bebê chorando no seu ouvido. Ela parou de andar quando pôs os bebês em duas macas pequenas, próprias para recém nascidos, e olhou para seus pequenos corpos em busca das identificações. 

— O que foi, Lucy? — Uma enfermeira atrás da companheira que perguntou antes de beber de uma garrafa de água. — Sem identificação? —

— Ah, sim. — Lucy, a enfermeira, respondeu para sua conterrânea antes de começar a sentir o desespero. — Mas são da Sakura e da Shiawase. —

"Aí é foda. Os dois têm fios rosados" a outra mulher pensou e olhou para o primeiro bebê antes de suspirar e coçar o cabelo moreno.

— Quem estava mais perto de você? — A morena perguntou.

— Shiawase. — Lucy respondeu.

— Você é destra. Por isso deve ter colocado o de Shia-chan no braço direito. Então, o de Sakura estava no esquerdo. — A morena comentou e sorriu com orgulho daquele raciocínio. — Vamos, coloque as identificações. —

— Sim, faz sentido. — Lucy murmurou.

Lucy obedeceu sua conterrânea. E pôs as identificações no pulso direito de cada um dos bebês. E depois os levou para a área da maternidade onde os recém nascidos ficavam e cuidadosamente os colocou em suas camas e deixou que eles descansassem um pouco mais. Ela voltou seu olhar para a conterrânea que se sentava numa cadeira e folheava uma revista com um total desinteresse à sua volta, mas quando percebeu que era vigiada olhou em volta até ver Lucy que fazia um sinal de positivo para ela. 

Enquanto isso, Akemi continuava andando pelo corredor do hospital, mas decidiu parar quando chegou a uma máquina que vendia bebidas. Ele olhou para as variedades, mas não havia o café gelado que gostava. "Essa porra é só no terceiro andar" pensou e, assim como Shiawase, fez um bico em seus lábios. Ele suspirou enquanto continuava sua caminhada.

— Eu soube que estarão procurando o vazamento de gás desse lado do hospital. — 

Akemi levantou as sobrancelhas quando escutou aquilo. E direcionou sua atenção para um médico que ele já conhecia. Bom, conhecia todos os médicos do hospital já que trabalhava ali. Ele parou de andar perto de uma máquina de vendas e escutou a conversa. 

— Sério que ainda não acharam isso? — Uma voz feminina que perguntou aquilo depois de beber um pouco de água. 

— É, até esvaziaram o sexto andar. — O médico disse enquanto olhava para a companheira e abria um sorriso divertido. — E levaram todos para o sétimo. —

Akemi ficou em silêncio. "Hm, onde essa droga de vazamento está?" pensou e coçou o cabelo antes de escolher uma bebida diet qualquer na máquina a sua frente — para continuar o disfarce — e a tomou a contragosto pelo sabor ruim. Bom, não tinha mais nada para escutar. Ele podia ser curioso, mas não o suficiente para passar mais tempo ali. Ele seguiu até um lixo e descartou sua bebida depois de um gole e levou as mãos aos bolsos da calça antes de seguir seu caminho. "A essa altura já devem ter levado Shia para o quarto" pensou e seguiu para o caminho de volta ao quarto onde sua esposa devia descansar, mas parou por um momento sua pequena aventura de retorno ao passar pela maternidade e olhou para os bebês ali que descansavam. E um sorriso gentil tomou seus lábios por mais que sua expressão fosse séria.

— Até você, meu filho? — Akemi perguntou para o bebê que agora dormia confortável. Ele continuou olhando para seu filho enquanto as pessoas passavam atrás dele, mas sabia que não era importante já que nenhuma delas parecia precisar de ajuda. Era um dia tranquilo no hospital. — Até daqui a pouco, Rin. —

O homem murmurou e se afastou antes de baixar sua cabeça e seguir seu caminho, retornando para o quarto de sua mulher em pouco tempo e sorrindo ao vê-la dormir. Fazia sentido estar tão cansada depois de passar por um trabalho de parto. Ele se aproximou da cama depois de fechar a porta e pôs a mão direita na bochecha da esposa e beijou suavemente sua testa. E sentiu as bochechas se esquentarem ao ver um sorriso nos lábios da mulher.

— Valeu a pena ficar acordada. Uma das raras demonstrações de afeto de Akemi Katsuryoku. — A mulher murmurou, mas dava para ver que lutava insistentemente contra o sono.

— Não enche. Vamos, durma um pouco. — Akemi murmurou e olhou para uma cadeira colocada do lado da cama, do outro lado, para visitas. — Vou me sentar um pouco. Acabei de ver o Rin. —

— Deite comigo. — Shiawase pediu e fechou seus olhos por um longo momento. — Você fechou a porta de qualquer maneira. —

— Você sabe que com a chave certa qualquer um pode entrar, mas tudo bem. — Akemi murmurou.

O ruivo subiu na cama e ficou deitado de barriga para cima enquanto sua esposa de lado e o abraçando. Shiawase aproveitou para passar a coberta fina entre eles antes de dormir pesado. O ruivo só abraçou sua esposa e fechou os olhos para descansar também.

Sim, parecia um momento perfeito em família. O hospital não estava tão agitado, ou melhor, cheio de problemas naquele calmo dia. Sakura, deitada em sua cama, olhava para o lado de fora pela janela que estava perto de sua cama e se imaginava passeando por Rakun, se divertindo alegremente com ele quando a criança tivesse um pouco mais de idade, ela fechou seus olhos e desejou que pudesse sonhar com aquilo.

Enquanto isso, um ninja de cabelo ruivo que descia um pouco além dos ombros, usava o chakra nos pés para subir o hospital de forma inapropriada. Ele acessou um quarto aleatório do sexto andar e verificou que estava vazio antes de suspirar com alívio.

— Aqui dá pra fumar em paz. — O ninja murmurou antes de puxar do bolso de seu colete uma cartela de cigarro e retirar um e o levar para a boca.

O porquê fumar ali? Ele escapava da esposa que era contra o fumo e, por isso, achava lugares aleatórios da vila para que pudesse fumar em paz por algumas horas. Era praticidade e um casamento duradouro. O homem retirou o isqueiro de seu bolso e o levou para perto do rosto, ou melhor, para a ponta do cigarro e fez o primeiro movimento para criar uma chama, mas fracassou de primeira. 

— Filha da puta de isqueiro ruim. — O ninja murmurou e olhou para a janela que tinha deixado aberta e a fechou e depois saiu do quarto e olhou em volta antes de sair do quarto e acessar o corredor. — Vai, porra. —

Ele novamente tentou criar a chama, mas não adiantou. "Que cheiro é esse?" ele pensou quando olhou em volta, mas retornou seus olhos carmesins para o objetivo e novamente tentou acender, mas nada adiantou. O ninja fechou a mão direita em punho, a única vaga, e socou a parede ao seu lado pelo nervosismo que sentia em fracassar em criar a chama. Ele tentou pela quarta vez e sorriu ao ver a chama brilhante, mas seu sorriso não durou mais do que dois segundos. O gás que vazava pelo andar, mais aquela pequenina chama, foi o suficiente para criar uma explosão e chamas se espalharem por todo o sexto andar. E o andar inteiro, ou pior, todo o hospital, tremeu com aquela explosão.


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