Tales of a Uchiha escrita por Saberus


Capítulo 152
S07Ch15;




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Os três andaram por cinco horas. No momento estavam no sol da tarde — era por volta de quinze horas — e saíram da estrada por alguns minutos para que descansassem por alguns minutos. E não havia a necessidade de acender uma fogueira, afinal contavam com a luminosidade natural e não viam razão para aquecerem os lanches que levavam nas mochilas. Rin estava deitado e usando a mochila como travesseiro e com a mão na barriga — por baixo da camisa — e usando a ponta dos dedos para coçá-la enquanto mastigava o caule duma planta e mantinha seus olhos verdes concentrados no movimento de algumas nuvens, Sirius estava ao seu lado esquerdo e tirando um cochilo bem prazeroso, enquanto que Misa terminava de beber um pouco de água de uma garrafa e mantinha as pernas cruzadas ao lado direito do rosado. 

— Quero fazer um desvio muito rápido. — O rosado quebrou o silêncio que durava alguns minutos. Ele não parou de prestar atenção nas nuvens que passavam vagarosas, mas deu continuidade quando moveu de relance seus olhos e percebeu a curiosidade nos olhos azuis da noiva. — Tem alguém que mora na redondeza, numa fazenda para falar a verdade, por isso quero aproveitar a oportunidade para revê-lo. Você não se importa? —

— Claro que não. — Misa disse e aproveitou para guardar a garrafa plástica em sua mochila e depois abraçou as pernas. — Quem é esse sujeito? —

— Kofuku Ishi. Ele foi o responsável pela missão que participei com minha antiga equipe, sem contar que passei na casa dele quando descobri que pertencia ao clã Uchiha… — Rin respondeu e fechou seus olhos por um momento e sorriu pelo canto esquerdo dos lábios.

— Porque está sorrindo? — Misa perguntou e aproveitou para deitar-se ao lado do rosado e pôs a cabeça em seu ombro. E observou o movimento de algumas nuvens, então apontou para uma em específica. — Aquela parece com um coelho. —

— Parece? Tá mais para uma lebre… veja como as orelhas são maiores. — Rin disse e usou o indicador para apontar onde acreditavam serem as orelhas do animal que a nuvem tinha forma, mas deu continuidade quanto a pergunta da noiva. — Tô com vontade de comer alguma coisa doce. —

— Doce? — Misa perguntou e aproveitou para sentar-se. Ela claramente estava surpresa, afinal qualquer um sabia que o rosado tinha desgosto por doces. — Eu não trouxe nenhum chocolate amargo, mas você não costuma sentir vontade de comer doces. Tem certeza que está tudo bem? —

— Ah, mas eu trouxe uma coisinha doce. — Rin disse e continuou olhando para o céu e reparando nos formatos de nuvens e dando continuidade. — A coisinha mais doce de toda Konohagakure, com o cheiro mais encantador possível. Hm, está me dando água na boca. —

O rosado olhou para a loira. Não havia luxúria exagerada naqueles olhos verdes, na realidade continha apenas malícia e um pouco de diversão, mas claramente que o mesmo a desejava. Misa ficou em silêncio, mas não demorou para soltar um risinho e levar a palma da mão para frente da boca enquanto continuava a rir e suas bochechas esquentarem conforme os segundos se passavam. 

— O que é tão engraçado assim? — Rin perguntou e sentiu as bochechas ficarem mais quentes conforme a noiva ria.

— Você. Você acha mesmo que teremos esse tipo de proximidade por aqui? E se alguém acabar nos escutando? Quem sabe até nos vendo? Pense um pouco, querido. — Misa disse e pôs a mão direita em frente ao rosto e balançou a cabeça de um lado a outro ao mesmo tempo que suspirava.

— Ah, bom… — Rin disse e aproveitou para se sentar e coçou o cabelo com a ponta dos dedos antes de dar continuidade. — …que ótimo que não estou querendo aquele tipo de proximidade. —

Misa ficou em silêncio e surpreendeu-se com o repentino avanço do rosado. O mesmo ajoelhou-se e encurtou consideravelmente a distância com ela e levou a mão para a bochecha dela. E aproximou seus lábios ao dela e os roçou como se fizesse um convite… como se esperasse confirmação. A Yamanaka sorriu brevemente e passou seus braços em torno do pescoço dele e separou bem pouco os lábios. E não demorou para que os dois se beijassem como geralmente faziam. O rosado passava com suavidade o polegar na bochecha da noiva, ao mesmo tempo que ela acariciava a parte de trás de seu cabelo. Misa sentia os lábios suaves do rosado, assim como também sentia o afeto que o mesmo transmitia no momento. 

[ ۝ ]

A viagem recomeçou e eles caminhavam a pouco mais de vinte minutos. Rin ainda se lembrava que a fazenda de Kofuku Ishi não era tão longe. O rosado mantinha a mão atrás da cabeça e com uma expressão de contentamento, enquanto que a Yamanaka suspirava ao pôr a mão direita em cima de um chupão em seu pescoço, Sirius andava na frente e não parecia interessado nas duas pessoas, mas possuía uma expressão de seriedade e os pelos estavam eriçados. A garota, que estava a alguns passos de distância do rosado e olhava com certa curiosidade para os lados, decidiu aproximar-se mais dele assim que baixou a mão e encostou seu ombro ao dele e abriu a boca para dizer alguma coisa, mas o rosado balançou a cabeça e indicou o cachorro a frente deles.

— Tô de olho nele. — Rin sussurrou e passou seu braço em volta do ombro da Yamanaka, então deu continuidade quando aproximou seus lábios do ouvido da noiva. — Tô sabendo que tem gente por perto. —

— E não fará nada? — Misa perguntou aos sussurros também e levantou uma das sobrancelhas e aproveitou para segurar a mão dele quando estava ao seu alcance.

— Depende. São quantas pessoas? — Rin perguntou ainda sussurrando e manteve seus olhos verdes concentrados na vegetação em volta deles.

— Cinco. — Misa respondeu.

— Só cinco pessoas? — Rin perguntou aos sussurros e levantou uma das sobrancelhas. Sua voz soando com um pouco de desgosto. 

— Você acha pouco? — Misa perguntou.

— Até Sírius dá um jeito em cinco pessoas… basta que morda no lugar certo e o problema tá resolvido. Assim…— Rin sussurrou e levou seus lábios para o lóbulo da orelha da noiva e deu uma mordiscada.

A Yamanaka gritou. E um arrepio passou por todo seu corpo. O rosado pensou que nada aconteceria, mas se enganou. Misa abriu sua mão direita e sem muita força deu um tapa na cara do noivo, assim fazendo-o recuar por alguns passos e uma marca da mão dela surgir na bochecha dele. O rosado ficou em silêncio por alguns segundos e observou como a expressão da mesma tinha mudado em poucos segundos. Misa estava com vergonha e com raiva — por ter sido surpreendida com aquele gesto — e tinha a mão disponível na orelha que recebeu a mordida. O rosado emitiu um "pfft" e então começou a gargalhar animadamente pela reação da noiva e nem mesmo parecia incomodado pelo tabefe. A Yamanaka só então se deu conta do que tinha feito, por isso levou a mão direita para frente da boca. Até mesmo Sírius parou para saber o que tinha acontecido e agora mantinha as orelhas levantadas e os olhos avermelhados concentrados no casal.

— Querido, eu… — Misa não concluiu seu comentário.

— Hahahaa! Eu te amo demais! — Rin disse ao mesmo tempo que gargalhava com todo aquele ânimo e não demorou para dar continuidade. — Vou avisar numa próxima vez. Está certo? —

— Hah… — Misa suspirou e balançou a cabeça em confirmação a pergunta dele, então cruzou os braços abaixo dos seios. — …desculpe, mas é que me pegou de surpresa. —

— Está tudo bem. — Rin disse e pôs sua mão em cima da cabeça da noiva e aproveitou para fazer uma gentil carícia e piscou seu olho esquerdo ao mesmo tempo que sorria. — Que tipo de pessoa eu seria se não pudesse perdoá-la por um tapa? Em compensação… —

— Em compensação? — Misa perguntou e descruzou os braços e engoliu em seco e um suor solitário escorreu por seu rosto ao imaginar que tipo de coisas o rosado pediria para compensar pelo tabefe.

O rosado respirou fundo e pôs a mão em sua cintura.

— JÁ SABEMOS QUE OS CINCO ESTÃO NOS SEGUINDO. — O rosado berrou.

O grito foi suficiente para afugentar os pássaros que ocupavam as árvores vizinhas, por isso que o rosado apreciou um bom número voando e sorriu pelo canto dos lábios. Ele até mesmo olhou para Sirius que lhe encarava de um jeito depreciativo que parecia dizer "Você é burro? Tem algum tipo de problema?", mas o rosado só agitou seus ombros e ignorou o canídeo que retornava a guarda. Misa percebeu alguma coisa, por isso olhou para o lado esquerdo, assim reparando primeiro em dois homens que usavam roupas desgastadas e algumas bandagens nos braços e pernas, mas ambos seguravam katanas com as lâminas maltratadas pelo manuseio, no entanto ainda eram perigosas. E depois a Yamanaka olhou para trás e o rosado baixou a cabeça e soltou um risinho enquanto coçava a nuca. Mais duas pessoas atrás e cada um deles segurava dois machados comuns e seus rostos eram cheios de cicatrizes.

— Os dois tão com mochilas. Deve ter dinheiro dentro, né? Entreguem o que tiverem e quem sabe… — Um deles, com um machado de aparência nova, disse enquanto exibia um olhar relativamente sério.

— Porque fez isso? — Misa perguntou e olhou para o rosado que parecia se divertir com a situação. A Yamanaka não parecia preocupada, mas um pouco brava.

— Não seria bom continuarem seguindo a gente, então um de nós tem que dar um jeito nessas pessoas antes de chegarmos, não acha? — O rosado perguntou com um pouco de inocência. Ele não parecia incomodado por terem sido cercados por quatro pessoas, na realidade até fez beicinho. — Eu tô economizando minhas forças para outro momento, amor. Então, será você a lidar com esses caras. O que me diz? —

— Que outro momento? — Misa perguntou e levantou uma das sobrancelhas enquanto mantinha seus olhos azuis no noivo.

— Eu não te contei? Shukaku-sama está com um problema no deserto. Parece que há superpopulação de vermes da areia e pediu a minha ajuda para eliminá-los quando passarmos por lá. Essas coisas estão matando viajantes que tentam se aventurar pelo deserto. E como minha belíssima e agradável noiva é a melhor com habilidades sensoriais… — Rin pôs sua mão no ombro da noiva e sorriu de maneira encantadora. — …poderá me ajudar com esse pequeno favor? —

— Ei! As mochilas! — Um dos bandidos disse e estranhou que o casal parecia tão tranquilo com toda aquela situação.

— Só um segundo! — Rin disse e sorriu amigável para o bandido e aproveitou para apertar um pouco o ombro da noiva. — Ela já vai dar uma surra em vocês. 

— O que? — O mesmo bandido perguntou.

— E você me diria isso quando? — A Yamanaka perguntou e acabou formando um beicinho, mas respirou fundo e suspirou enquanto levava a mão direita ao cabelo e o coçava. — Deixa, isso é uma pergunta boba de ser feita. Claro que me contaria no último momento, não é verdade? —

— Como é bom você me conhecer perfeitamente. — Rin disse e aproveitou para remover sua mão do ombro dela e pôr em seguida no bolso e deu continuidade. — E esses caras? —

— As mochilas! — Outro bandido disse e parecia irritado pela demora daquelas pessoas em obedecerem, afinal ele sabia que os dois estavam em desvantagem numérica.

— Vá se sentar e beber um pouco de água. Vou dar um jeito nos caras maus. — Misa disse e alargou um sorriso ao ponto de mostrar os dentes e fechou sua mão direita em punho com muita força.

— Certo. Sírius, comigo! — Rin disse e usou a palma da mão para bater na coxa direita, assim chamando a atenção do canídeo que até aquele momento prestava atenção nos bandidos.

O rosado se afastou com Sírius ao seu lado. Ele seguiu para uma árvore e aproveitou-se da sombra, além de obviamente escorar-se nela. Ele mantinha seus olhos verdes na Yamanaka que aparentemente estava cercada por quatro de cinco pessoas.

— E-Ei… a mu-mulher vai sozinha… te-tentar nos enfrentar? — Um bandido perguntou e sorriu pelo canto dos lábios e acabou soltando um riso incrédulo.

— Eis algo que deviam saber a respeito dela… — Rin disse e indicou a Yamanaka usando o próprio queixo e por fim sorriu cheio de diversão, sem contar que seus olhos pareciam sérios e convictos. — …minha mulher não é nada fraca. Então… — O rosado suspirou antes de acrescentar com um olhar cheio de admiração e direcionado única e exclusivamente na Yamanaka. — …pega eles, Misa. —

A Yamanaka sentiu-se contente por aquele reconhecimento. Uma parte dela se aqueceu com o comentário "minha mulher não é nada fraca". Ela olhou em volta e pôs as mãos na cintura enquanto pensava nas alternativas, nos meios para a conclusão rápida do confronto. A Yamanaka fechou seus olhos, abaixou a cabeça e buscou por aquela profunda concentração e lentamente soltou ar a partir de um beicinho. E não demorou para que seus joelhos se dobrassem, nem mesmo para seu cabelo se enrijecer e sendo disparado em sequência nos inimigos como se fosse uma chuva de espinhos — Kebari Senbon. O ataque não durou muito tempo, afinal a Yamanaka não estava usando o Sennin Mode para que o cabelo crescesse mais rápido. A técnica era particularmente rápida, por isso que dois bandidos — aqueles com machados — foram totalmente alvejados, enquanto aqueles com as katanas se deram bem e conseguiram evitar em grande parte, exceto por um que tinha sido atingido na coxa esquerda, mas não parecia tão incomodado.

— Eu vou te matar! — O da esquerda com katana disse e seguiu em direção a Yamanaka.

— Vou acabar com a sua raça! — O da direita disse e seguiu na direção da Yamanaka.

— Claro que vão… — Rin sussurrou com desinteresse e olhou para as unhas de sua mão e suspirou.

A Yamanaka esperou. Ficou completamente imóvel enquanto os dois espadachins se aproximavam dela e moviam-se de forma a atacá-la na diagonal e na horizontal. O que não aconteceu de acertá-la, afinal a mesma saltou no momento ideal quando os dois já estavam muito próximos. E durante o salto um sombreamento alaranjado surgiu em torno de seus olhos que também mudaram para amarelos e as pupilas ficaram horizontais. A mesma tinha acabado de acessar o Sennin Mode e assim melhorando todas as suas capacidades. E não demorou para levar seu punho direito para o rosto de um espadachim — e consequentemente jogando-o contra o tronco de uma árvore — e depois chutando o rosto do que havia sobrado, desta maneira usando-o como apoio para pular e dar um mortal no ar e retornando para o chão. Ela sentia o chakra da quinta pessoa e sabia que estava se aproximando, mas ainda tinha de lidar com o último sujeito. A Yamanaka reparou no último sujeito que estava de pé e percebeu um sorriso cheio de satisfação no mesmo, assim como um sutil movimento de seus olhos… como se houvesse alguma coisa atrás dela. E depressa moveu sua cabeça para o lado esquerdo e se surpreendeu. 

Rin tinha abandonado o conforto da árvore para ficar atrás dela, teleportando-se para aquela localidade com o Hiraishin no Jutsu, afinal a marcação encontrava-se no anel que estava com a Yamanaka. Ele mantinha a mão no bolso, contudo seu Mangekyou Sharingan estava em uso — assim como o In'yu Shōmetsu — e uma energia negra em torno de si e que tinha tomado a forma de um esqueleto todo escuro que usava o braço esquerdo para segurar os quatro machados que foram usados por aqueles dois primeiros inimigos que a Yamanaka derrubou com um gole tão simples. O rosado usava o Susano'o tendo a intenção de protegê-la. E não demorou para que os machados fossem cobertos por chamas negras — Ame-no-hohi. 

— Rin? — Misa o chamou com uma leve curiosidade. 

— Eu não disse nada sobre não me intrometer. Você estaria em vários pedaços se eu não usasse o Susano'o, então… — Rin agitou seus ombros.

— Ah, merda! — O bandido espadachim que recebeu o chute acabou dizendo, dando continuidade assim que apanhou a katana. — Que dia de merda. —

— Eu não estaria em vários pedaços. Venho desenvolvendo uma técnica, então essa seria a oportunidade para usá-la. — Misa disse e acabou por inflar suas bochechas, além de parecer um pouco brava com o apoio do rosado. 

— Desenvolvendo. Terá muitas oportunidades para me mostrar essa técnica, mas por enquanto me deixe protegê-la, certo? — Rin disse e levantou as sobrancelhas quando a Yamanaka começou a dar soquinhos no seu braço. — O que foi? Está brava porque quero te proteger? — Ele perguntou com certa curiosidade. Ele não sentia nenhum tipo de incômodo por aqueles socos mesmo sabendo do considerável aumento de força dada no Sennin Mode.

A Yamanaka até pensou em responder, mas acabou que isso não aconteceu. O espadachim — que tinha sobrado — imaginou que aquela era a oportunidade perfeita para escapar, por isso se virou e tentou seguir para floresta adentro, mas isso não aconteceu. Um homem — o quinto homem — com pouco mais de dois metros e um corpo gordo, quem sabe até musculoso, com cabelo arrepiado e castanho saiu da floresta e segurando uma clava com as duas mãos. O espadachim sentiu um vento forte o puxando para trás quando o recém chegado passou por ele. E até emitiu um "eh?" no momento em que o homem parou e girou seu corpo em 360° e acertou o espadachim com a clava, desta forma jogando-o como uma bola de um esporte competitivo na direção do casal. E o Susano'o desenvolveu o braço direito para que pudesse segurar o corpo do espadachim com incontáveis ossos quebrados. 

— Que pena. — O recém chegado disse.

— Não interfira. — Misa sussurrou após fazer um beicinho e levantou os braços com as mãos entrelaçadas e assim estalou os dedos. 

"Ela tá um pouco estranha. Isso é por causa da viagem? Será que está querendo se mostrar pra mim?" pensou, mas acabou suspirando e desativando seu Mangekyou Sharingan, assim seus olhos voltam ao tom esverdeado de sempre e o Susano'o se desfez em resposta, assim derrubando o espadachim com todos os ossos quebrados. Ele pôs sua cabeça no ombro da Yamanaka e deu um beijo de boa sorte e aproveitou para sentir o aroma dela e sorriu de contentamento. O rosado afastou-se e olhou para Sirius que continuava na sombra da árvore e fazendo um gesto para o cachorro o acompanhar. Os dois caminharam em direção ao grande sujeito que continuava segurando a clava. "Ele tem resistência, sem dúvida alguma, assim como força elevada, mas deve ser consideravelmente lento e compensando com embalo, tornando-se um cidadão imparável. Eu poderia derrotá-lo, mas se fizer isso ela não vai gostar… parece que está querendo se provar para mim…" pensou e olhou de relance para a Yamanaka.

— Para onde vai, nanico? — O recém chegado perguntou.

— Tô só passando, cabeça oca. — Rin disse e retornou sua atenção para o caminho a frente e ignorou completamente o cara grande e forte, mas acrescentou quando esteve ao lado dele. — Esse não era um bom dia para o seu grupo. Encontraram as pessoas erradas para tentarem alguma coisa. —

— E quem disse que vou deixar passar por mim? — O recém chegado perguntou e girou seu corpo ao mesmo tempo que usava a clava e tentou acertar um golpe no rosado.

Rin reconheceu que aquilo era perda de tempo, por isso suspirou e pulou por cima do ataque no momento certo, nem mesmo vendo necessidade do Hiraishin no Jutsu ou qualquer outra técnica. O rosado pousou a alguns metros de distância e olhou para trás.

— Não demore! — Rin disse.

A Yamanaka balançou a cabeça em confirmação. Rin retornou a olhar para frente e depois para o chão e fechou seus olhos, assim concentrando-se na audição por alguns instantes e um sorriso tomando forma no momento que escutou algo grande chocando-se com inúmeras árvores. Ele olhou discretamente para trás e assim encarou a Yamanaka que tinha assumido uma posição de combate com as palmas abertas — que lembrava bastante as poses do clã Hyuga, com as palmas abertas e um dos braços na frente enquanto o outro ficava mais atrás — e depois retornou a olhar para frente enquanto contentamento ocupava seus lábios. E não demorou para que escutasse os passos da Yamanaka e depois de mais alguns segundos a mesma aparecendo ao seu lado direito e depressa segurando o braço dele e encostando-o em seu corpo.

[ ۝ ]

Quarenta minutos depois… já passavam por cercas que faziam a demarcação da fazenda que pertencia a Kofuku Ishi. Já viram os animais que não pareciam interessados neles enquanto alimentavam-se do pasto. Rin olhou com divertimento para as galinhas e lembrou-se do árduo objetivo de Uzumaki Kira, assim como olhou com interesse para uma laranjeira solitária, afinal lembrava-se também da Uzumaki citando ter plantado uma muda. E também não demorou para reconhecer o próprio Ishi enquanto fazia um serviço na terra com a enxada que tinha em suas mãos. O rosado assobiou, assim chamando a atenção para si e estendeu o braço ao mesmo tempo que sorria quando o homem olhou em sua direção.

— E ai, Ishi-san!? — Rin disse.


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