Tales of a Uchiha escrita por Saberus


Capítulo 150
S07Ch13;




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Ainda era o primeiro dia de novembro. O céu continuava escuro, porém iluminado por milhares de estrelas. Muitas pessoas já estavam adormecidas em suas camas apesar de serem nove e cinco da noite, sem contar que o clima mais ou menos ameno — em decorrência da aproximação do inverno — favorece as pessoas a sentirem mais preguiça. A iluminação das ruas de Konohagakure dava-se para os vários postes espalhados, mas também em menor parte para as casas de luzes acesas que indicavam que algumas pessoas estavam acordadas, assim como dos estabelecimentos para insinuar que ainda funcionavam. Entretanto, Rin estava sem apetite, por isso não tinha pensamentos em encher-se de comida, assim como Misa que jantou a menos de duas horas. A loira não parecia incomodada por vestir um pijama tão comum enquanto caminhava ao lado direito do rosado e segurando-lhe o braço contra o próprio corpo — encostando-o um pouco no seio. A dupla, acompanhada por um cachorro de pelagem escura e tamanho razoável e olhos carmesins, saiu a menos de cinco minutos do chão e andavam para longe daquela casa.

— Tenho que perguntar sobre esse cachorro? É mais uma aquisição de suas viagens? — Misa perguntou enquanto olhava para o canídeo que ocupava o lado esquerdo do noivo.

— Só se você quiser perguntar… — Rin disse e não demorou a gargalhar baixo quando teve sua bochecha direita beliscada pela noiva, então deu continuidade. — É mais uma aquisição das minhas viagens. O nome dele é Sírius e compartilhamos da mesma natureza preguiçosa. —

— Não bastava você, agora teremos um cão preguiçoso? — Misa perguntou com um óbvio tom de divertimento, então continuou assim que uma expressão cheio de ternura surgiu. — Sabe que estou me divertindo com você. —

— Estou sabendo. — Rin disse enquanto sua expressava de tornava cada vez mais suave quanto mais conversava com a noiva. — O que aconteceu por aqui nos últimos dias? —

— Nada demais. Me encontrei com Karin a alguns dias e conversamos por algumas horas, dei aula por todos esses dias e hoje, por ser minha folga, estive treinando com Hanabi para desenvolver alguma técnica de Senjutsu enquanto me baseio nas técnicas do clã Hyuga. — Misa respondeu e mirou seus olhos azuis nos verdes de seu noivo. — E você? O que aprontou nos últimos dias? Não era só um jantar que teria por salvar a vida do… — Ela não concluiu seu comentário.

— Você sabe como minha vida é um saco e nada de interessante acontece comigo. — Rin disse ironicamente e levantando as sobrancelhas. Era óbvio como não tinha gostado dos últimos dias, por isso não queria lembrá-lo.

Até mesmo Sirius assumiu uma expressão de desgosto e soltou um resmungo manhoso. A Yamanaka olhou para o canídeo e depois para o noivo e se esforçou para não rir em decorrência da grande semelhança entre eles.

— Experimente me contar. Sabe que gosto de conhecer suas aventuras. — Misa pediu e exibiu um olhar cheio de meiguice, transbordando em fofura.

"Que arma secreta poderosa" pensou ao reparar bem naquele olhar da noiva e sentiu lentamente as bochechas ficarem mais quentes quanto mais sentia-se atraído por aquele olhar, mas percebendo também que não haveria como dizer "não" para a Yamanaka. Ele suspirou, baixou sua cabeça e olhou para o chão, depois ergueu a cabeça e olhou o céu estrelado, então retornou a olhar para a loira.

— O Daimyo me fez uma proposta quando nos encontramos. Acontece que dias antes houve um atentado, alguém tentou matá-lo, então acabou me escolhendo para desvendar o acontecimento. A recompensa, por salvar sua vida pela primeira vez, era no valor de três milhões de Ryo, porém seria o dobro se eu resolvesse ajudá-lo, além de me deixar sem escolhas. — Rin disse.

— Em resumo dessa parte… há seis milhões de Ryo esperando para serem gastos? — Misa perguntou e assumiu uma expressão de surpresa e o queixo levemente caído após um aceno de confirmação.

— E ele decidiu apoiar a Rokujūshi com um milhão de Ryo anualmente, aparentemente o País dos Vales apoiará de forma vitalícia a minha organização. — Rin disse. E nesse momento pareceu levemente satisfeito com aquele acontecimento, então deu continuidade. — Tive de descobrir quem estava por trás do atentado. E poderia ser um tiro no escuro, mas acontece que as pistas eram as melhores, por isso não foi difícil segui-las… ou de juntar todas as peças. —

— E quem era o responsável? — Misa perguntou. Era óbvio que estava contente com o apoio e o valor exorbitante como recompensa, mas também sentia-se curiosa pelo desenvolvimento do caso.

— O neto mais velho do Daimyo. Ele queria matar o avô e depois o pai, mas essa segunda morte seria usando alguma arma do tio, assim todos iriam achar que o culpado por ambas as mortes seria o tio, além dele espalhar boatos sobre uma guerra entre o País dos Vales, da Grama e do Chá. — Rin respondeu e coçou seus olhos ao mesmo tempo que suspirou e sentia-se aliviado por não ter que lidar mais com aquele problema. 

— Você parece cansado. — Misa murmurou e assumiu uma expressão de preocupação.

O rosado ficou em silêncio. Ele estava mesmo cansado, mas não era nada demais, afinal descansou quando passou em Yattsuhoshi, mas sem dúvida sentia-se mentalmente cansado e tudo o que mais gostaria era de chegar em sua casa, rever sua mãe — Shiawase — e deitar para seguir viagem no dia seguinte. Ele só não tinha usado o Hiraishin no Jutsu porque estava apreciando aquele passeio com a amada.

— Irei com você dessa vez? — Misa perguntou e pareceu um pouco mais animada ao dizer aquilo. Ela ainda se lembrava das várias vezes que o noivo lhe disse sobre aquilo.

— Ah, sim. Passaremos bem rápido por Sunagakure para receber a gratificação do Kazekage, então iremos para Amegakure. Faremos conforme o combinado, então durante essa parte da viagem a trarei usando o Hiraishin no Jutsu para dar suas aulas. — Rin respondeu.

— Certo! — Misa disse com mais ânimo.

O rosado gostou de ver a loira tão alegre, por isso parou de caminhar e a garota fez a mesma coisa, então ele baixou um pouco a cabeça, levando-a para o pescoço da noiva e fechando os olhos e concentrando-se no perfume natural da Yamanaka. Ele sentia saudade daquele odor de jasmim e mais ainda daquela proximidade que tinham. Ele sentiu quando a mão esquerda da noiva repousou atrás de sua cabeça e segurou gentilmente algumas mechas de seu cabelo. E até mesmo a Yamanaka repousou a cabeça no ombro dele e concentrou-se no cheiro de cerejeira dele e sorriu discretamente. 

— Eu estava com saudade disso. Do seu cheiro e do seu toque… da sua companhia… dos seus beijos… minhas noites eram frias. — Rin sussurrou enquanto abria um pouco seus olhos verdes que não escondiam a suavidade e a leve tristeza.

— Eu também. E quando senti o seu chakra tão perto de casa… não pensei em outra senão em vê-lo. — Misa sussurrou.

— Quer dormir lá em casa? — Rin perguntou e sentiu a mão dela saindo de seu cabelo e se dirigindo para sua bochecha e puxando-o para longe de seu pescoço. O rosado continuou assim que percebeu o olhar duvidoso da Yamanaka. — Estou querendo sua companhia. Além disso… mamãe estará em casa, então não poderemos fazer aquilo. —

— Não é isso. — Misa disse e levou a outra mão para a bochecha do rosado e sorriu pelo canto dos lábios. — Não acredito que pensou que eu dormiria em casa quando estou te acompanhando e usando pijamas. —

— Ah… isso é um sim? — Rin perguntou enquanto forçadamente fazia um biquinho como seus lábios por causa das mãos em suas bochechas.

A Yamanaka gargalhou. E aproveitou para soltar as bochechas do noivo e depois levar os braços para as costas com as mãos entrelaçadas e caminhar à frente dele. Misa sorria de alegria. Até mesmo Sírius, empolgado pela alegria da loira, decidiu correr e pular em torno dela, sem dúvida um momento que demonstrava alguma coisa que não fosse a preguiça que sentia. Rin sorriu ao ver aquela cena e sentiu cada vez mais alívio.

— Isso é um sim. — Misa disse enquanto estava ajoelhada e fazendo carinho em Sirius que tinha a cabeça erguida de propósito, mas ela deu continuidade. — Além disso… —

— O que? — Rin perguntou e levou a mão para o bolso da calça enquanto acompanhava novamente a noiva.

— Sua mãe não está em casa. Nos encontramos ao acaso quando estava voltando para casa… e ela estava bem vestida e me disse que iria passear com Shojiki. — Misa disse.

O rosado parou de caminhar. E lá havia um misto de emoções. Ele sentia-se enciumado por sua mãe estar se encontrando com o líder de Yattsuhoshi, mas contente por terem a casa a sua disposição pelo tempo que durasse aquele passeio. Ele mordeu o lábio inferior e levantou sua cabeça e olhou para todas as direções possíveis e já estava para fazer um sinal de cruz — Kage Bunshin — com a mão, porém Misa pôs a mão esquerda em cima da sua mão.

— Não vai procurar por ela. É só um passeio, querido. — Misa disse.

— Ah, certo. E o que as habilidades sensoriais da minha noiva dizem? — Rin perguntou e sentiu as bochechas se esquentarem, afinal sua noiva sacou o que faria em tão pouco tempo.

— Que ela está bem, continua em Konoha e está consideravelmente longe de nós. — Misa respondeu e levou a mão direita para a cintura e sorriu com divertimento. — Está com ciúmes? —

— Não é óbvio? — Rin perguntou.

— Que fofo. Parece até uma criança. — Misa disse. E era bem óbvio o tom provocativo que usou, mas ao mesmo tempo parecia se divertir com a situação.

O rosado moveu a cabeça para o lado oposto ao da noiva. Suas bochechas e orelhas se aquecem, além disso mordia com força o lábio inferior e a mão se fechava em punho no bolso. Era de fato uma infantilidade, mas não passava de um tipo de preocupação com a mãe. Ele respirou fundo e parou de morder o lábio, então soltou o ar acumulado como um suspiro prolongado.

— Não vai me contar onde está o chakra dela? — Rin perguntou.

— Não. — Misa respondeu.

— Nem se eu pedir com jeitinho? — Rin perguntou.

— Nem. — Misa respondeu e já entendia o rumo daquela conversa, ou pareceu que entendia.

— Acha que ela vai demorar? — Rin perguntou e engoliu em seco e sentiu as bochechas ficarem mais quentes.

— Eu ach… — Misa não concluiu seu comentário. Ela olhou para o noivo e as bochechas ficaram levemente ruborizadas. — …Rin? —

O rosado ficou em silêncio, contudo dirigiu seus olhos verdes para a Yamanaka no momento que houve a menção de seu nome, mas ainda continuou em silêncio. A loira entendeu qual era a proposta, por isso um sorriso suave tomou forma e ela balançou a cabeça em concordância. Ela encurtou sua distância com ele e levou a mão direita para a camisa dele a agarrou um pedaço com o indicador e seu polegar. Os dois mantiveram as cabeças levemente abaixadas, porém se encaravam com suavidade. Não haveria ninguém para atrapalhá-los por um tempo indefinido.

— Nossas noites não são frias quando estamos juntos… — Misa sussurrou. Ela engoliu em seco enquanto mantinha seus olhos concentrados nos verdes dele. — …gosto quando dormimos juntos. De saber que a última coisa que vê antes de dormir e ao acordar… é o meu rosto. —

— Você está nos meus pensamentos também. — Rin sussurrou com suavidade e encostando sua testa na testa da noiva e sorrindo pelo canto dos lábios. 

A Yamanaka sorriu. E baixou seu braço esquerdo e sentiu o focinho de Sirius roçando em seus dedos. E levou menos de um segundo para os três desaparecerem da rua e daquela área de Konoha, assim aparecendo em frente à porta de entrada de uma casa particularmente conhecida pelo rosado. A marcação do Hiraishin no Jutsu — algumas palavras escritas em oval com a aparência do Sharingan padrão — estava na maçaneta da porta.

— Porque não aparecemos lá dentro? — Misa perguntou e levantou uma das sobrancelhas.

— Sirius. Nunca tivemos um cachorro, por isso não sei como minha mãe reagiria se visse ele no sofá, então… — Rin disse e olhou para o cachorro que parecia não gostar do rumo daquela conversa. O rosado se ajoelhou e levou a mão para o queixo do cachorro e deu continuidade. — …terá que dormir aqui fora. Em compensação… morda qualquer um que estiver acompanhando uma mulher de cabelos rosados, entendeu? — Ele sussurrou aquela última parte, então soltou um risinho quando sentiu um beliscão em sua bochecha.

— Morda só as pessoas que eu mandar, Sírius. — Misa disse e continuou beliscando a bochecha do rosado e dirigindo sua atenção para o canídeo.

O cachorro olhou do rosado para a loira, então balançou a cabeça como se compreendesse o pedido da Yamanaka, assim descobrindo de quem receberia as verdadeiras ordens — Yamanaka Misa — e afastando-se um pouco e seguindo para o lado esquerdo, então girando algumas vezes no pequeno gramado e deitando-se com a cabeça em cima da pata esquerda e fechando seus olhos, mas de alguma forma parecia que o mesmo estava atento ao seu redor. O rosado pôs a mão na maçaneta e sorriu pelo canto dos lábios quando confirmou que a porta estava fechada, por isso teria de usar sua técnica para adentrar em casa. Ele não se levantou, na realidade segurou a mão esquerda da noiva e assim desapareceram da entrada da casa, assim aparecendo no quarto dele um milésimo de segundo depois. E nesse momento ele aproveitou para se levantar e coçou o cabelo.

— Vou deixar um bilhete. Assim saberá que estamos aqui. — Rin murmurou e olhou em torno do quarto e percebeu como tudo estava devidamente arrumado. — Deve ter uma camisola sua no guarda-roupa. —

— Vou dar uma olhada. — Misa disse e olhou para o guarda-roupa e depois para o noivo e balançou a mão como se pedisse para que ele se retirasse do cômodo. — Vá escrever seu bilhete, ciumento. —

— Vou mesmo. E se cooperasse comigo, quem sabe não poderíamos atrapalhar o passeio deles? — Rin disse.

O rosado não esperou para ouvir uma resposta. Ele abriu a porta do quarto e saiu, assim caminhando pelo corredor e descendo tranquilamente a escadaria que dava acesso ao primeiro andar. E não demorou para que pegasse um papel e uma caneta, então ele escreveu "cheguei" no meio da folha e a deixou numa escrivaninha próxima da porta. Ele suspirou e voltou a levar a mão para o cabelo e o coçou com a ponta dos dedos e aproveitou para deixá-lo solto. Ele retornou a subir a escada e seguiu novamente pelo corredor e voltou para dentro do quarto. E optou pelo silêncio quando reparou em Yamanaka Misa sentada na cama e usando uma camisola transparente — seus seios bem visíveis por baixo do tecido — e mantendo o cabelo ainda solto e concentrando seus olhos azuis nele, assim como as bochechas estavam levemente ruborizadas e os lábios bem pouco separados, além de um calcanhar estar por cima do outro.

— Minha deusa… — Rin disse e levou a mão ao peito e baixou a cabeça para soltar um risinho enquanto escorava-se na porta. — Eu te amo demais. —

— Isso tudo é vontade de… — Misa tentou dizer, mas acabou sendo interrompida.

— Não, o sexo não tem nada haver com todo esse sentimento que tenho por você. — Rin disse e balançou a cabeça de um lado a outro. Ele saiu da porta e caminhou em direção a cama enquanto puxava a camisa e a removia do corpo. — Eu amo seu sorriso… eu amo a forma que me belisca para tentar me corrigir… — O rosado disse enquanto jogava a camisa no chão e puxava para baixo a calça, assim removendo-a, mas dando continuidade em seu comentário. — Eu amo seu olhar… eu amo a forma como minhas desvantagens são as suas vantagens… você, além de me completar, também me supera. Eu amo tudo em você… eu te amo por inteira. É disso que mais tenho saudade quando estou longe de você. —

— Eu realmente… sou tudo isso para você? — A Yamanaka perguntou e sentiu as bochechas ficarem mais quentes.

Ela direcionou a perna esquerda para frente, assim esticando-a na direção do rosado que continuou observando-a, mas por um momento ele enxergou a intimidade descoberta da noiva, contudo retornou sua atenção para o pé esquerdo dela e sorriu enquanto diminuía mais a distância com ela e levou a mão para o pé e deu um beijo suave. E depois alcançou o calcanhar e deu mais um beijo e manteve seus olhos concentrados na noiva que usava os cotovelos para manter-se sentada na cama enquanto recebia aqueles beijos.

— Você é tudo para mim. — Rin respondeu com toda sinceridade e não demorou para seus lábios alcançarem o joelho da noiva. 

O rosado ficou em silêncio quando a noiva passou a perna direita por ele, assim envolvendo sua cintura com as duas pernas, e puxando-o para mais perto dela, por sorte o rosado pôs a mão no colchão, assim evitando de cair exatamente em cima da noiva e provavelmente machucá-la com seu peso. Os dois se encaram — com meros centímetros separando seus rostos — e soltam um riso divertido pelo que quase aconteceu.

— Seus olhos são lindos. Eu estava com saudade desse tom azulado… — O rosado sussurrou.

— Você está romântico. — A loira sussurrou ao mesmo tempo que suas pernas se descruzam da cintura dele. E levou a mão esquerda para a bochecha dele e sorriu pelo canto dos lábios quando o viu fechar os olhos e aproveitar o toque na bochecha.

O rosado moveu sua mão com suavidade pela coxa esquerda da noiva, acariciando-a em movimentos de ida e volta, porém não demorou para que seu indicador fosse o primeiro a tocar na intimidade da Yamanaka que mordeu com suavidade o lábio inferior ao sentir o toque inicial. Os dois mantiveram contato visual e não demorou para que selassem seus lábios num beijo suave e afetuoso enquanto o rosado ajeitava-se ao lado dela e não em cima da mesma. Ele sentiu quando as mãos da noiva se moveram e alcançaram mechas de seu cabelo, assim segurando com um pouco de força, mas ele não dava a mínima. A própria Yamanaka já estava deitada na cama e sentindo a ponta do indicador roçando na entrada de sua intimidade, provocando-a, mas acabou que o dedo médio se juntou naquele roçar. O rosado foi o primeiro a interromper o beijo e levou seus lábios para o pescoço da noiva e fechou seus olhos enquanto sentia o aroma de jasmim dela, por isso beijou-a algumas vezes — deixando eventuais chupões.

— Saudade desse aroma. — O rosado sussurrou.

A Yamanaka não conseguia formular qualquer palavra. Isso porque iria gemer se abrisse a boca. Suas bochechas e orelhas já estavam quentes. Ela sentia aquele roçar de dedos em sua intimidade, por isso uma parte muito íntima de seu corpo parecia que transbordaria muito em breve. Ela abriu a boca e segurou o lençol da cama com as duas mãos no momento que os dedos penetram em sua intimidade depois de tanto roçar. Tudo o que saiu de sua boca foi um profundo, duradouro, ofego, além de um arrepio maravilhoso em seu quadril. A Yamanaka moveu o rosto para o lado esquerdo e depois para trás.

— Ah… — Ela gemeu.

O rosado continuou beijando o pescoço da noiva, assim como gentilmente deu início aos movimentos de ida e volta daqueles dois dedos pela cavidade. A Yamanaka abria e fechava os dedos dos pés ao sentir a movimentação dentro de si, como também gostava bastante dos beijos em seu pescoço. Ela gemia baixo — de maneira acanhada e sensual — e sentia-se bem tentada em fechar suas pernas, mas controlava-se. Os dedos ganhavam um pouco mais de velocidade e força em sua cavidade, aprofundando-se um pouco mais por seu interior. Os gemidos dela continuam baixos, porém seus olhos azuis ficaram marejados e a sensação de transbordamento era incessante. Sua intimidade já estava molhada por toda aquela excitação, mas sabia que seu parceiro não pararia até que o prazer a atingisse. Ela olhou de relance para o noivo, atentando-se na cueca boxer escura dele e no volume ali presente, assim como numa mancha, por isso sabia que o mesmo estava excitado com seus gemidos e com tudo o que estava acontecendo. 

— Ri-Rin… — Misa disse num tom manhoso enquanto fechava os olhos e por eles algumas lágrimas solitárias escorreram. — E…-Eu t…-tô… —

Sua cabeça tombou para trás. Suas mãos agarram com mais força o lençol. E um gemido manhoso e duradouro escapou de seus lábios ao mesmo tempo que um arrepio espalhou por seu corpo. Ela tinha atingido seu orgasmo, assim o líquido transparente escorrendo de sua intimidade e ensopando os dedos do noivo e o lençol da cama. Ela sentiu os dedos saírem de sua cavidade e depois de abrir seus olhos percebeu que o rosado estava com a mão na cueca Boxer e puxando-a, assim removendo-a e revelando o membro de quinze centímetros rígido e pulsante. Ela engoliu em seco e percebeu quando ele se moveu e deitou-se na cama, por isso que a mesma sorriu pelo canto dos lábios. O rosado aceitará que naquela parte a mesma comandasse, ou seja, ficasse por cima. Na realidade não passava de uma questão de cuidado, afinal somente ela sabia até onde iriam, qual ritmo deveria ser seguido, tudo para que a mesma não se machucasse. O rosado tomava cuidado até mesmo com aquilo. 

— Ce-Certo… — A Yamanaka sussurrou.

Misa ficou de joelhos e em cima da cintura dele e levou sua mão direita para o membro dele, assim agarrando-o e encaixando-o bem em cima de sua intimidade e roçando da mesma forma que ele tinha feito no princípio. A Yamanaka desceu um pouco seu quadril e sentiu quando o membro a penetrou nos primeiros centímetros. Ela levantou um pouco a cabeça e ofegou ao senti-lo dentro de si. O rosado sentiu as bochechas se esquentarem, apreciando a visão de sua noiva por cima dele e com a expressão mais indiscutível possível de beleza, prazer e tentação, por isso guiou sua mão para a bochecha dela e se sentou um pouco e beijou o pescoço dela e devagar desceu até o seio esquerdo — ainda coberto por uma camisola transparente — e o abocanhou e usou sua língua em torno do mamilo, mas isso durou só até o primeiro gemido da Yamanaka que pôs as mãos em seu abdômen e fez força, dessa maneira deitando-o novamente. 

— É minha vez de brincar. — A Yamanaka sussurrou. Havia malícia e um desejo reconhecível em seus olhos azuis.

— Ah… — O rosado sussurrou e sentiu as bochechas se esquentarem por causa daquele olhar da noiva, por isso acabou sorrindo e engolindo em seco. — …vá em frente. —

A Yamanaka desceu um pouco mais seu quadril, assim levando mais um pouco do membro para dentro de sua cavidade, então subiu seu quadril e desceu. Seu ritmo era lento para que pudesse se acostumar com a sensação. Ela sentia o membro entrando e saindo, e era sem igual o sentimento, por isso mordia um pouco o lábio inferior e tentava não gemer, bem diferente de Rin que movia a cabeça para trás e ofegava quando a noiva descia. "Ela está me apertando…" pensou com um pouco de divertimento e mantendo seus olhos concentrados por um momento nos seios que balançavam quase livremente, nos belos mamilos rosadinhos. 

— Ah… — Rin e Misa gemem em uníssono.

A Yamanaka sentia o membro em sua cavidade, indo cada vez mais fundo e mais rápido. Bastava pôr uma das mãos abaixo do estômago que provavelmente daria para senti-lo mover-se. Ela também sentia o suor escorrendo por cada centímetro de seu corpo — alguns pingando quando chegavam no nariz, queixo ou mamilos. Ela desceu seus olhos, assim olhando para o noivo deitado e de bochechas ruborizadas, por isso aumentou um sorriso malicioso e passou a língua pelo canto esquerdo do lábio superior, então aproximou seu rosto ao dele e não demorou para selarem seus lábios num beijo carinhoso, afetuoso, assim abafando quaisquer gemidos e levando sua mão esquerda para a dele e entrelaçando os dedos. Ela continuou movendo para cima e para baixo seu quadril, com mais força e velocidade, sentindo o membro seguir continuamente por sua cavidade. O rosado interrompeu aquele beijo por falta de ar.

— Ah… — Rin gemeu e sentiu um arrepio quando a Yamanaka levou a língua para seu pescoço e o lambeu de forma idêntica a um sorvete.

— Estava com saudade do seu gosto… — Misa sussurrou manhosa no ouvido do noivo ao mesmo tempo que continuava subindo e descendo seu quadril. — …de senti-lo se movendo dentro de mim. —

A Yamanaka aumentou o ritmo. O membro do rosado batia com força e velocidade em sua parede uterina. A cama soltava alguns rangidos por causa da movimentação. O quarto não estava quieto, afinal o barulho do choque entre seus corpos e os rangidos da cama era quase uma música que combinava-se perfeitamente com seus gemidos que ficam mais altos conforme mais velocidade e força era dada a movimentação do quadril da Yamanaka que alcançou novamente o orgasmo, porém o rosado não tinha mais quaisquer resistências, por isso que, quando a mesma desceu o quadril e o membro se encaixou por inteiro na cavidade, a preencheu com seu esperma. 

A Yamanaka deitou-se em cima do noivo, ambos ofegantes e suados, ela sentia quando o membro era removido de dentro de sua cavidade, mas não fez questão de reclamar, afinal estava cansada demais. Ela movimentou sua cabeça, assim observando Rin e sentindo-se mais contente ainda quando seus lábios foram selados de maneira repentina. O rosado soltou da mão da loira, então levou a sua mão para as costas da Yamanaka e a acariciou enquanto dava seguimento àquele beijo cheio de ternura. Misa passou gentilmente seus braços em volta do pescoço dele. E soltou um riso cheio de diversão quando a mão dele alcançou sua nádega esquerda e apertou um pouco.

— Olha a mão boba. — Misa sussurrou e moveu sua cabeça para o lado direito, assim dando a ele espaço para beijar e mordiscar seu pescoço.

— Certo… — Rin sussurrou, mas não fez questão de retirar a mão da nádega dela e nem de diminuir o aperto. Ele aceitou o convite e começou a beijar o pescoço dela e eventualmente dando algumas mordidas gentis.

— Tire a mão daí… — Misa sussurrou e sentiu as bochechas se esquentarem por causa das mordidinhas e beijinhos no pescoço.

— É um pedido ou uma ordem? — Rin perguntou e novamente houve um selar de lábios, mas que foi interrompido por um beliscar de bochechas. — Já entendi… — O rosado sussurrou e removeu sua mão da nádega dela.

— Que bom. — Misa disse com um olhar sério, mas também diversão parecia rondar toda sua expressão, além disso suas bochechas e orelhas continuavam com o rubor. 

O rosado suspirou e passou o cobertor por cima deles, assim cobrindo-os para que pudessem descansar. A Yamanaka deitou ao seu lado direito, porém não demorou para a mesma o abraçar confortavelmente, assim como o rosado pôs a mão nas costas da amada e acariciou com suavidade. E foi daquela maneira que a noite foi encerrada e os dois pegaram no sono.


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