Tales of a Uchiha escrita por Saberus


Capítulo 107
S05Ch13;




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No dia seguinte ao fim do treinamento mútuo. A Yamanaka acordou aos poucos, como em várias outras manhãs na cama de seu namorado, contudo a diferença é que na noite anterior não fizeram nada já que estavam cansados demais, então apenas deitaram, abraçaram-se e dormiram pesadamente. A loira levou a mão direita aos olhos, coçando-os um pouco e depois olhando para a janela fechada do quarto. Não estava tão claro quanto a mesma imaginava que estaria, por isso pensou que não passavam das seis da manhã — e tinha razão. Desde quando acordou que sabia onde estava um certo rosado, por isso não precisava olhar para trás para vê-lo adormecido a abraçando — as mãos em seu ventre vazio — e com uma expressão relaxada e calma enquanto dormia de conchinha com sua amada. Ela sorriu pelo canto dos lábios e gentilmente levou o indicador da mão esquerda para a bochecha do mesmo, assim cutucando-o apenas uma vez e aumentou um sorrindo quando o viu alterar sua expressão um pouco. 

— Você está acordado? — A Yamanaka sussurrou.

— Não. — O rosado respondeu, então afundou o rosto no travesseiro e continuou com um resmungo. — Quebrei uns quarenta ossos ontem. Me deixe dormir até de tarde. —

— Coitado, que bebê chorão. — A Yamanaka sussurrou com divertimento aquelas palavras, então se corrigiu com o mesmo tom de divertimento. — Que Uchiha chorão. —

As bochechas e orelhas do rosado se esquentaram com o comentário de sua namorada. Ele removeu o rosto do travesseiro, então suspirou e aconchegou o rosto no ombro da loira e ficou acariciando a barriga dela com sua mão esquerda, sorrindo um pouco quando a mesma pôs a mão direita dela por cima da sua.

— É pedir muito para não me acordar quando nos mudarmos? — O rosado sussurrou aquele pedido. Ele continuou de olhos fechados e sentindo o agradável cheiro de jasmim da namorada. — Se eu não acordar no dia, então não era para ter acordado. —

— Você não é tão preguiçoso assim. — A Yamanaka sussurrou com um ar de divertimento, sentindo as bochechas se esquentarem conforte sua barriga era acariciada. — E não parece que acordou agora, querido. —

— Não mesmo, né? Tô acordado a dez minutos, mas… — O rosado sussurrou e lentamente abriu seus olhos esverdeados e preguiçosos, então continuou. — ...senti que devia dormir quando me pareceu que você estava exausta. Imaginei que íamos acordar mais tarde. O que acha de esquecermos a manhã quando nos mudarmos? Podemos criar uma boa rotina. —

— Podemos? — A Yamanaka sussurrou.

E a mesma se adiantou antes que o rosado pudesse respondê-la. Ela se moveu na cama e ficou de frente para ele, mas novamente se mexeu e assim ficou por cima dele, deitada em cima do mesmo com a coberta lhes cobrindo. E ela sentiu quando as mãos dele encostam em sua cintura. Os dois mantêm o habitual contato visual.

— Podemos? — A Yamanaka sussurrou novamente, então sorriu pelo canto dos lábios e continuou. — E sua mãe? E quando houverem visitas em casa? —

— Ela teve dezessete anos para se acostumar com meu estilo de vida, então pode fazer um esforço para a nora. — O rosado sussurrou com divertimento, então continuou depois de pensar um pouco. — As visitas? Duvido que meus poucos amigos não saibam como sou preguiçoso, então não vão se importar se não aparecermos. E seus amigos… é só dizer que sou preguiçoso e gosto de tê-la na cama até tarde. —

— E nossos serviços? — A Yamanaka perguntou e levantou uma das sobrancelhas, então continuou. — Médico de Yattsuhoshi e Professora da Academia de Konoha. —

— Tem isso, né? — O rosado perguntou e fingiu uma decepção, suspirou e então deu continuidade assim que sorriu maliciosamente. — Então, não tem jeito? Vamos criar uma rotina que envolve acordar cedo? —

— Aham. — A Yamanaka sussurrou com divertimento, então continuou com o mesmo tom divertido assim que deu um selinho no noivo. — Mas serei justa com você. Podemos deixar essa terrível rotina para mais tarde. Você ainda tem deveres com o desenvolvimento do seu esquadrão. Além disso, quero viajar com você por alguns países. O que me diz? —

— Parece uma ótima idéia, mas… — O rosado sussurrou e subiu sua mão pelas costas de sua noiva, então continuou quando a abraçou. — ...a rotina. Quando exatamente a colocaremos em prática? No dia seguinte que voltarmos de uma longa viagem? —

— Não. Além disso, pareceu muito vaga a sua ideia. Você esteve viajando por alguns meses, então como definiria uma longa viagem? De bobo não tem nada, querido. — A Yamanaka sussurrou e mostrou sua língua para ele.

O rosado só não soltou uma gargalhada pela boa percepção de sua noiva porque sabia que não estavam a sós na casa, além disso era de manhã, por isso não queria acordar a outra pessoa que ainda dormia. Em vez disso, aproveitou-se da língua de fora da Yamanaka, aproximando seu rosto ao dela e abrindo um pouco seus lábios, então beijando-a. Ele não possuía malícia alguma com aquela demonstração de afeto, ou melhor, com o beijo que a loira continuou. Havia sim aquele amor mútuo e gentileza durante o beijo, mas era só isso. Nenhum deles possuía naquele momento a vontade de fazer qualquer progresso como naturalmente faziam na maioria das noites — e manhãs. O rosado sentiu quando as mãos de sua noiva lhe alcançaram as bochechas enquanto suas línguas se mexiam, dançando num ritmo imaginado apenas por eles. A Yamanaka foi a primeira a interromper o beijo, mas obviamente pela falta de ar e afundou seu rosto no abdômen do rosado que parecia contente depois daquilo ter se encerrado.

— Quando teremos essa rotina? — O rosado sussurrou a pergunta.

A Yamanaka não precisou pensar na resposta, afinal já tinha em sua mente. Ela saiu de cima do rosado, por consequência deixou a cama, levantou os braços e se espreguiçou enquanto curvava seu corpo para trás, então olhou para o rosado ainda na cama a observando e aguardando por uma resposta, por isso que ela sorriu e levou a mão direita para a barriga.

— Quando tivermos uma família. — A Yamanaka sussurrou a resposta e acariciou com gentileza a barriga, então continuou assim que coçou o cabelo. — Vou ao banheiro. E parece que sua mãe acordou, então vou ajudá-la com o café da manhã. —

O rosado ficou em silêncio. Ele não precisava perguntar como a mesma sabia que sua mãe tinha acordado, conhecia as habilidades sensoriais dela, por isso imaginou que aquela era a razão. Ele sorriu pelo canto dos lábios quando a viu deixar apressada do quarto, então voltou sua atenção para a janela do quarto e sorriu pelo canto dos lábios. "Só depois de uma família? Ela já sabe que estou de acordo e que ainda é cedo. Que bom que não está apressando as coisas…" pensou o rosado que fechou seus olhos e levou as mãos para trás da cabeça, então cochilou.

[ ۝ ]

O cochilo do rosado não durou tanto quanto ele gostaria. Quarenta minutos depois abriu seus olhos ao ouvir ser chamado, por isso saiu da cama e depois do quarto, então dirigiu-se para a escada e depois ao primeiro andar, depois para a cozinha e observou uma mesa de café da manhã relativamente simples. Ele também olhou para a Yamanaka que já escolheu um assento e bebia café enquanto comia algumas torradas, depois olhou para sua mãe que possuía profundas olheiras e seu olhar parecia ligeiramente distante, além de suas roupas estavam caseiras estarem bem amassadas. Shiawase decidirá que não queria mais esconder o que sentia. E nem parecia reclamar pela ajuda diária que recebia da Yamanaka. O rosado mordeu seus lábios, mas suspirou e sentou-se ao lado da loira e já foi se servindo de uma xícara de café.

— Eu meio que preciso dar uma viajada… — O rosado sussurrou depois de beber um gole do líquido preto e manter seus olhos esverdeados na xícara.

— "Meio"? — A Yamanaka perguntou e levantou uma das sobrancelhas, então continuou assim que cruzou os braços abaixo dos seios. — Porque não me disse nada lá em cima? E para onde? —

— Vai demorar? — Shiawase perguntou, então suspirou e tomou um gole do chá que fizera apenas para si.

— É algo de última hora. Não tinha pensado enquanto conversávamos. — O rosado respondeu e levou a mão direita ao cabelo, assim esfregando-o para trás e dando continuidade. — Vou atrás do Orochimaru-sama. —

— Para que? — A Yamanaka perguntou. Ela sabia da péssima fama do Sannin das Cobras por conta do que aprenderam na Academia. Ela deu continuidade. — Você sabe onde ele está? —

— É uma longa história o porquê de querer vê-lo. — O rosado respondeu e tomou outro gole de seu café, então continuou assim que pegou a torrada da Yamanaka e deu uma mordida. — Sasuke-san já me levou para onde Orochimaru-sama se mantém. E com o treinamento que tive nesses últimos dias, posso chegar até ele em poucas horas. —

— Boa viagem. — Shiawase disse e cruzou os braços e nem mesmo olhou para o rapaz à mesa.

— Vai deixá-lo ir até o Orochimaru!? — A Yamanaka perguntou assim que voltou sua atenção para a mais velha, ignorando completamente que sua torrada era mordida novamente pelo noivo.

— Ele é teimoso, além disso já está com isso na cabeça, por isso não tem como fazê-lo mudar de idéia. — Shiawase respondeu, mas levantou seu olhar e assim reparou no rosado que a observava, então continuou. — Vai tomar cuidado? —

— Em qualquer sinal de perigo estarei de volta num piscar de olhos. — Rin disse e apontou para o anel com safira no dedo da mão esquerda da Yamanaka. Ele terminou de beber o café, então se levantou e se espreguiçou.

Shiawase só olhou para o anel e forçou um sorriso. Nos últimos dias não havia qualquer vontade para sorrir, mas sentia que deveria se esforçar por aqueles dois.

— Quer companhia até os portões? — A Yamanaka perguntou e terminou de beber seu café também, então se levantou e olhou para o noivo.

— Não mesmo. É o caminho oposto ao da academia e do hospital, né? De noite me disse que faria uma visita ao Boruto que está acamado, lembra? — Rin disse e cruzou os braços, então sorriu pelo canto dos lábios e continuou. — Estarei de volta o quanto antes. —

— Em quanto tempo? — A Yamanaka perguntou e engoliu em seco. 

As duas ali sabiam quanto tempo o rosado demorava-se em viagens. Rin ficou em silêncio e pensativo sobre a resposta que daria para sua noiva, por isso suspirou e mexeu seu braço direito, levando-o à frente do corpo e encostando o dedo médio e o indicador na testa da loira. Ele manteve um sorriso reconfortante para a garota que parecia lembrar-se do toque de despedida em Sunagakure.

— Em breve estou de volta. — O rosado disse. 

O rosado não esperou uma resposta. Ele se virou e seguiu para a saída da cozinha e refez todo o caminho de volta para seu quarto, então pegou uma mochila e enfiou algumas roupas. E até mesmo trocou de roupa. Ele já estava na janela de seu quarto quando ouviu a porta deslizar, por isso olhou na direção da entrada e observou sua mãe com os braços cruzados.

— O que foi? — Rin perguntou e levantou uma das sobrancelhas.

— ...tome cuidado. E… — Shiawase começou a dizer alguma coisa, mas suspirou e balançou sua cabeça de um lado a outro. — ...esqueça. Só tome cuidado. —

O rosado sorriu e balançou a cabeça positivamente. Ele abriu um pouco mais a janela de seu quarto e assim passou por ela, mas saltou assim que esteve do lado de fora, assim chegando ao telhado vizinho e mantendo-se agachado com os joelhos dobrados por alguns segundos e seus olhos esverdeados sofrendo a rápida alteração para o Sharingan. 

— Raiton: Hageshi Senkō V2. — Rin sussurrou.

Uma camada de Chakra de Raiton surge até seus joelhos e assemelhava-se agora com pernas de avestruz por serem compridas, mas também de guepardo ou qualquer felino por causa das patas e das almofadinhas e das garras. Ele saiu correndo daquele telhado e desapareceu, literalmente, num piscar de olhos.

[ ۝ ]

Algum tempo depois, a Yamanaka encontrava-se no quarto em que Uzumaki Boruto estava adormecido. A mesma parecia um pouco incomodada enquanto usava um lenço para limpar o que parecia um molho vermelho de metade de seu rosto. Isso era obra de uma paciente do mesmo andar que acabara aprontando com ela enquanto a mesma fazia aquela visita. Ela continuou olhando para Boruto quando três Genin entraram no quarto e um deles segurava um sanduíche. Facilmente os reconheceu por já ter trabalhado num restaurante; Metal Lee, Iwabe Yuino e Denki Kaminarimon.

— Ei, trouxemos algo para você. — Iwabe disse e levou o sanduíche para perto do Uzumaki adormecido, então continuou quando não teve reação. — Se não acordar, eu vou comer. Ele não acorda bem pelo seu sanduíche favorito? O negócio deve ser sério. —

— Não tem jeito. Ele está acabado. — Denki disse. 

— Ele vem pro hospital toda hora. Nunca aprende. — Iwabe disse, então levou o sanduíche para perto da boca. — É uma pena. Acho que vou ter que comer isso. —

— Nós trouxemos para o Boruto. — Metal Lee disse, então deu continuidade com um ar entristecido. — O que aconteceu para ele ficar assim? —

— Ele inventou um jutsu novo e muito poderoso. — A Yamanaka respondeu e assim chamou a atenção deles para si. A mesma sorriu e deu continuidade. — Ele comprimiu o Rasengan para que derrotasse Shojoji. E só precisou de um ataque para isso. —

— E quem é você? — Iwabe perguntou, mas deu continuidade quando percebeu um detalhe muito importante. — Como sabe disso? —

— Sou Misa, do clã Yamanaka. — A mesma respondeu e continuou sorrindo mesmo quando recebia a atenção de Iwabe. — Porque eu assisti o que ele fez, por isso sei dessas coisas. —

Ela passou os próximos minutos contando para a equipe de Genin tudo o que aconteceu nos últimos dias que esteve perto do Uzumaki. Todo aquele treinamento que passaram e até o confronto com Shojoji, mas obviamente que pulou sobre as suas partes — seu novo Jutsu e até o confronto com o líder dos Bandidos Mujina — já que aquela parte poderia não interessá-los.

— Ouvi que a Sarada está fazendo um treinamento especial com o Sasuke. — Metal Lee disse em certo momento.

— Isso é verdade. O irmão a ajudou um pouco ontem. — Misa disse.

— Então, é verdade a história que a Wasabi contou? Que Sarada tem um irmão mais velho? — Iwabi perguntou.

— Sim. E ele é muito forte. — A Yamanaka disse. Obviamente soando mais como uma brincadeira. Ela imaginava que o rosado não se importava em ser poderosíssimo ou coisa do tipo. — Ele até mesmo foi confrontar Orochimaru. E pode ser que seja um integrante da equipe sete. —

Ela viu quando os três se olharam surpresos. E esperava que percebessem que ela estava brincando. 

— Não podemos ficar para trás da equipe sete. — Iwabe disse.

Os três, de repente, pareceram convencidos disso. A Yamanaka pensou em dizer que era uma mentira, porém um grito chamou a atenção dos quatro. "De novo ele?" pensou a Yamanaka que observou o trio correndo para a porta do quarto e levou a mão direita para a boca no momento em que Iwabe foi atingido por uma bexiga que deixou seu rosto tingido de vermelho. 

[ ۝ ]

Bastaram apenas três horas, mas Rin acabara de chegar à entrada do esconderijo de Orochimaru e facilmente evitou o único ninja de Konoha que guardava a entrada. Ele pôs as mãos nos bolsos da bermuda escura que vestia quando entrou e caminhou por aquele corredor inicial. Obviamente que mantinha seu Sharingan ativado e olhava de um lado a outro, mas parou em certo ponto quando notou um movimento das sombras.

— A última vez que um Uchiha veio atrás de mim, estava querendo mais poder para uma vingança. — Orochimaru disse e um brilho provocador passou por seus olhos amarelos. — O que esse está querendo? —

Ele não estava sozinho. O Sannin das Cobras estava acompanhado por um homem de cabelo branco acinzentado com olhos amarelos e uma cicatriz no canto direito do rosto. Rin sorriu pelo canto dos lábios. "A quanto tempo que sabe que sou do clã Uchiha?" pensou enquanto seus olhos voltaram ao tom esverdeado de sempre.

— Olá, Orochimaru-sama. — Rin disse com um ligeiro divertimento, então continuou assim que cruzou os braços. — O que estou querendo? Aprendizado, mas também ajudar duas pessoas com as células de Senju Hashirama. —

Orochimaru ficou em silêncio. Ele manteve seus olhos amarelos sérios bem concentrados no rosado a poucos metros dele, então um fino sorriso tomou seus lábios e moveu seu corpo para o lado, desta forma oferecendo passagem ao mais jovem.


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