— Como… — Misa começou a perguntar alguma coisa, mas não teve a oportunidade de concluir sua pergunta.

— Você não devia estar aqui. — Ibiki disse com um severo olhar para o recém chegado, mas continuou depois de alguns segundos. — Devia estar na sua cela e sendo supervisionado por dois ANBU. Como saiu? E onde estão os dois?—

Nesse momento, alguns ninjas com máscaras cobrindo seus rostos surgem num círculo. Cada um deles segurando uma kunai na mão dominante.

— ...o Castelo Hozuki é mais desafiador para uma escapada. — Death respondeu e não se incomodou em estar cercado por pessoas que poderiam matá-lo, então continuou assim que coçou o nariz. — Um deles está vivo por enquanto. O outro… não gostei de como me olhou ou como demorou para me entregar a refeição, então o matei. Eu só saí para um passeio porque meu peito estava formigando. —

A Yamanaka sabia o que havia no abdômen do moreno levemente ameaçador. Lá encontrava-se o efeito do Rasengan no segundo estágio, ou seja, incompleto. Ela engoliu em seco quando viu Death levar a mão esquerda para o peito e suspirar com a cabeça baixa, mas então levantando-a e olhando para Ibiki.

— E estava curioso para saber o que fariam com esse cara gordo e feio. — Death disse e apontou para o rosto de Shojoji que estremeceu, então voltou sua atenção para Ibiki. — O que estão fazendo? —

— Como vocês o capturaram? — Misa perguntou.

— Ele… — Ibiki começou a responder, mas foi interrompido.

— ...o pior erro de um assassino é dormir na cena do crime. E eu estava um pouco cansado depois de fazer algumas coisas, então dormi na única cama que encontrei. E quando acordei já estava por aqui. Cara, eu tenho sono muito pesado. — Death respondeu. 

— Mentira. — Uma ANBU de cabelo loiro respondeu. A Yamanaka facilmente reconheceu a voz por trás da máscara. A ANBU deu continuidade. — Você assassinou uma pequena aldeia, de fato. Até mesmo dormiu na cena do crime, mas acordou quando chegamos. Éramos dez no começo, chegamos a seis no fim. O prendemos graças aos sacrifícios de nossos companheiros. —

— Levem-no de volta à cela. A viagem dele para o País da Grama está marcada para daqui a dois dias. — Ibiki disse áspero.

Death levantou os braços acima da cabeça, mantendo a cabeça levemente baixa e um olhar sério e frio na direção de Ibiki. Ele mordeu seus lábios, mas não se controlou e começou a gargalhar quando alguns fios — de um material muito resistente — prenderam seus braços, assim o mesmo os abaixou e mais fios envolveram sua cintura e os braços, desta forma colocando-os em suas costas. Os fios pertenciam à mesma ANBU loira que tinha contado sobre o real acontecimento.

— Antes, posso saber o que está acontecendo por aqui? — Death perguntou e levantou uma das sobrancelhas antes de continuar, ignorando completamente um puxão que sentiu. — Não deve ser rotineiro o Sexto Hokage aparecer com duas crianças e um cara grande, feio e gordo sair para um passeio. Tô errado? —

— Esses dois estão para mostrar o resultado do treinamento que tiveram. — Ibiki respondeu muito a contragosto.

O olhar de Death recaiu para Uzumaki Boruto por um momento, mas não se sentiu tão interessado nele, por isso que sua atenção se voltou para Yamanaka Misa e semicerrou seus olhos enquanto sorria um pouco. A garota recuou um passo e depois mais outro. Muita coisa tinha acontecido, mas ainda sentia-se um pouco estranha na presença do moreno. E Death percebeu, por isso...

— Este é o fim. Belo amigo. Este é o fim. Meu único amigo, o fim. Dos nossos planos elaborados, o fim. De tudo o que resta, o fim. Sem salvação ou surpresa, o fim. Eu nunca olharei em seus olhos de novo. Você pode imaginar o que será? Tão sem limites e livres. Desesperadamente precisando de uma mão estranha. Numa terra estranha? — Death cantarolou aos sussurros enquanto aproximava-se lentamente da Yamanaka. Devagar e com esforço porque era puxado para trás enquanto tentava se aproximar. Seus olhos frios bem atentos na reação da menina. 

— Afastem-no. — Ibiki ordenou.

— Estamos tentando. — A ANBU loira disse.

— O assassino acordou antes do amanhecer, e pôs suas botas. Ele pegou um rosto da antiga galeria e andou pelo corredor. Ele entrou no quarto que sua irmã vivia, e então… — Ele continuou cantando aquela canção fúnebre. Mesmo com três ANBU puxando-o para trás, fez força para manter ao menos seu rosto perto da Yamanaka que não saia do lugar. Ele sorriu pelo canto dos lábios com malícia e crueldade, então sussurrou. — ...um dia sairei de Hozuki e vou atrás de você. E vou terminar o que mal comecei naquela caverna. —

Misa conseguia se manter de pé, e sem sair do lugar, por causa de uma coisa. Sua força de vontade que servia para sobrepujar o medo que tinha do assassino. A força de vontade originava-se do anel com safira em seu anelar esquerdo, o pensamento estava todo na pessoa que amava e que servia para incentivá-la a ser mais forte. Com certeza, se não pensasse naquelas coisas, estaria no chão e amedrontada. E ela sabia que precisava perder aquele medo. Ela só engoliu em seco quando Death riu de maneira histérica, parou depois de alguns e suspirou assim que voltou sua atenção para os ANBU que tentavam a todo custo afastá-lo, depois voltou sua atenção para Kakashi Hatake.

— Posso ficar para assistir? Prometo que vou me comportar. Estou ficando entediado em minha cela, então queria algo para ocupar minha imaginação pelos próximos dias. — Death disse com um sorriso cínico.

Kakashi olhou de relance para a Yamanaka. Ele percebeu como a garota estava desconfortável com o moreno. Então voltou sua atenção para Death e balançou sua cabeça, desta forma negando o pedido dele.

— Levem-no. E certifiquem de que haja como escapar novamente da cela. — Kakashi disse para os ANBU.

A Yamanaka ficou em silêncio. Ela continuou observando as pessoas mascaradas afastarem-se com o moreno bem amarrado que em momento algum contestou a decisão. Ela fechou sua mão direita em punho com bastante força e mordeu seus lábios antes de respirar o mais fundo que pôde, então suspirou e olhou para o albino com máscara de pano que cobria parcialmente o rosto.

— Espere. Ahn… peça para esperarem, Kakashi-Sensei. — Misa pediu.

— Esperem um pouco. — Kakashi disse. Sua voz soando séria e mais como uma ordem. Ele voltou sua atenção para a garota no momento que os ANBU pararam na entrada do corredor escuro, então continuou. — O que foi? —

— Ele já me causou um problema no passado. E admito que sinto um pouco de medo dele, mas deixe que ele fique e assista ao confronto. Quero mostrar pra ele o quanto melhorei… — Misa disse e sorriu pelo canto esquerdo dos lábios, então continuou. — ...por favor. —

Kakashi continuou olhando para a Yamanaka, ou melhor, para os olhos azuis da menina que transmitiam uma boa sensação e convicção, mas que tentavam esconder o medo que sentia pelo moreno — em vão. Ele suspirou, então balançou sua cabeça, desta forma concordando com o pedido dela. A garota se contentou, então voltou sua atenção para os outros — Boruto, Ibiki e Shojoji — e apontou para o líder dos Bandidos Mujina.

— Eu vou primeiro. — Misa disse.

[ ۝ ]

Não levou mais do que alguns minutos para a preparação do lugar. Boruto, Ibiki, Kakashi, Death e os ANBU ficaram afastados da arena, enquanto Misa ficava do lado esquerdo e Shojoji do direito. A Yamanaka não tinha informações a respeito daquela pessoa, por isso sabia que começaria na desvantagem, mas sentindo-se aliviada pelo adversário não conhecê-la também. O homem olhou na direção do Sexto Hokage.

— Vão mesmo reduzir minha pena se eu enfrentá-los? — O homem perguntou com aspereza.

— Sim. É uma promessa. E isso só vale se você se manter de pé no fim. — Kakashi disse.

— Isso será moleza. — Shojoji disse e voltou sua atenção para a garota, então continuou. — Vou me divertir um pouco com você antes. —

A Yamanaka ficou em silêncio. Ela olhou de relance para a ANBU de cabelos loiros, mas voltou sua atenção ao homem que enfrentaria. Ela depressa concluiu os selos da Cobra, Rato, Cobra e Tigre, respirou fundo e soltou o ar acumulado como uma fumaça acinzentada. Graças às habilidades sensoriais saberia os passos do desconhecido, por isso decidiu primeiramente prejudicar o campo de visão dele para então atacá-lo. E isso daria muito certo se o homem não decidisse por um confronto direito, desta forma saindo de onde se encontrava e submergindo naquela fumaça acinzentada, saísse na frente da Yamanaka que recuou alguns passos e olhou para o punho direito dele pronto para empurrá-la de cima a baixo, por isso que ela se preparou para bloquear o ataque, mas acabou se enganando. Isso porque o punho esquerdo de Shojoji se fechou também, então a socou na lateral do corpo, assim jogando-a contra a parede à sua direita. E a garota gemia dolorosamente quando seu corpo foi ao chão, mantendo-se de joelhos e sentindo a área atingida doer. 

— É rápido para o tamanho que tem. — A Yamanaka sussurrou como se fizesse algumas notas mentais. 

A Yamanaka levou o polegar direito para os lábios, mordendo-o e fazendo com que um pouco de sangue escorresse do dedo, então levou a mão ao chão, desta maneira fazendo com que um símbolo surgisse e depressa uma fumaça esbranquiçada se levantasse. A Yamanaka sorriu pelo canto dos lábios ao ouvir um coaxar, sentindo-se aliviada e contente quando o sapo que invocou possuía uma pele esverdeada — como musgo — olhos azuis e equipado com um peitoral de ferro no abdômen e dois escuros do mesmo material nas mãos. Mãos estas que seguravam foices. O sapo possuía uma diferença de quatro metros a mais do que sua invocadora. 

— Gamarito… — Misa sussurrou o nome do reconhecido anfíbio, então deu continuidade assim que apontou para o adversário. — ...eu preciso de… —

— Não quero saber do que precisa. É nele que tenho de bater, ou… — Gamarito a interrompeu, então moveu o braço direito e apontou na direção que encontrava-se Death. — ...nele? —

— Gostaria de vê-lo tentar. — Death disse.

— Eu preciso de tempo, Gamarito. — Misa disse e ignorou o comentário do assassino, então devagar colocou-se de pé, então continuou assim que olhou para Shojoji que não parecia interessado na conversa, mas felizmente não tinha agido. — No grandão. E tenha cuidado. —

Gamarito não disse mais nada. Ele apenas observou sua invocadora, mas voltou sua atenção para Shojoji que aguardava pelo avanço deles. O anfíbio sorriu um pouco e pôs as foices em suas costas, então levou as mãos ao chão — ficando quadrúpede — e disparou sua língua de encontro ao adversário, assim envolvendo o pulso esquerdo do esverdeado. Puxá-lo para si não seria a coisa mais simples do mundo, além disso tinha-se o risco de um contra-ataque, por isso que o sapo usou Shojoji como sustentação para aproximar-se dele e tentou acertá-lo com um chute.

— Fūton: Fūhakujun. — Shojoji disse.

Gamarito acertou o que parecia ser um escudo de vento. O anfíbio emitiu um "tsc" e estranhamente sentiu seu corpo doer como se fosse ele a receber aquele dano, mas não deu a mínima. Ele puxou uma das foices de suas costas e depressa tentou acertar o bandido no ombro, mas novamente um escudo de vento o protegeu. 

— Fūton: Fūhakujin. — Shojoji disse.

E o anfíbio se afastou depois de receber um ataque que por sorte não o machucou com severidade. O peitoral de ferro em seu abdômen tinha um corte profundo e dava para ver perfeitamente a cor de sua pele que era protegida pelo equipamento de ferro. "Ele tem uma boa defesa e um ataque curioso" pensou o anfíbio que coaxou com uma ligeira animação. Ele estava para atacar novamente, mas olhou para o lado esquerdo no momento que algo passou por ele, então observou sua invocadora correndo em direção ao bandido. Os olhos da garota estavam amarelos e com um sombreamento em volta de suas pupilas. Aquele era seu Sennin Mode. E além disso a mesma continha um Rasengan um pouco maior do que o habitual na mão direita. Ela pulou e tentou atacar o bandido por cima.

— Senpō: Rasengan! — Misa disse.

— Fūton: Fūhakujun. — Shojoji disse.

E um escudo de vento protegeu o esverdeado daquele Rasengan um pouco maior. A Yamanaka rangeu seus dentes, mas permitiu-se sorrir enquanto enfrentava-o com aquele único ataque, mas o escudo ainda protegia o bandido. Ela sabia que o Rasengan com Senjutsu já era mais forte que o habitual, mas esperava que causasse alguma coisa em seu adversário. Ela viu que a postura do inimigo mudava por mais que continuasse a se proteger. Provavelmente que ele a atacaria da mesma forma que atacou o sapo, por isso voltou sua atenção para Gamarito que depressa lançou-lhe a língua que foi envolvida em sua cintura, então a puxou, desta maneira afastando-a de Shojoji, mas tendo de mover sua cabeça para o lado esquerdo, assim protegendo-se efetivamente daquele ataque de Fuuton que cortou-lhe alguns fios de cabelo. A Yamanaka ficou ao lado de Gamarito que desenrolou sua língua de sua cintura.

— Nada do que usar funcionará enquanto eu usar o Fuuton: Fuhakujun. — Shojoji disse com um ar de convencimento, então continuou assim que estalou os dedos. — Vou repelir todas as técnicas que eu detectar. —

— Então, é assim que funciona? — A Yamanaka perguntou e levou a mão direita ao cabelo, esfregando-o para trás, então deu continuidade. — Agora que sei disso, tenho uma vantagem. —

A Yamanaka avançou. Ela fechou sua mão direita em punho enquanto se aproximava do bandido e o socou, mas como antes acertou um escudo de Fuuton. No entanto… Shojoji recebeu um impacto em seu rosto, mas nada físico pareceu atingi-lo, por isso que ele estranhou. A Yamanaka usava o estilo de luta dos sapos — Kawazu Kumite — para aquele confronto. E ela logo abriu sua mão esquerda em palma e repetiu um ataque — Kawazu Tataki — que impactou-se novamente com o bandido. A combinação de técnicas foi o suficiente para afastar Shojoji e até mesmo cancelar o escudo de Fuuton. 

— O que você fez? — Shojoji perguntou.

— Usei a vantagem que tenho contra você. Não pode se defender do que não pode ver. — Misa respondeu e sorriu pelo canto dos lábios.

— Interessante. — O bandido disse e lambeu seus lábios, então deu continuidade. — Eu vou mordê-la! —

— Cuidado, Misa-nee-san! — Boruto disse do outro lado, então continuou quando pôs as palmas perto da boca. — Ele vai se transformar em você. —

A Yamanaka continuou ouvindo a explicação do Uzumaki, porém fazendo isso enquanto habilmente desviava das inúmeras tentativas do outro de abocanhá-lo. Até mesmo Gamarito a ajudou naquelas esquivas ao puxá-la com a comprida língua, assim dando trabalho para o bandido. A Yamanaka concentra chakra nos pés e corre por uma das paredes, mas estende sua mão direita e imediatamente criou-se um Rasengan. Ao mesmo tempo, a Yamanaka usou o Kage Bunshin no Jutsu para que duas outras versões dela surjam, desta forma as recém aparecidas começaram a ajudá-la ao levarem suas mãos para perto do Rasengan. "Eu estava com um pensamento muito simplista. Ainda é cedo para tentar com um Kage Bunshin" pensou a Yamanaka que corria agora pelo chão com as duas Kage Bunshin em seu encalço, ajudando-a a modificar o Rasengan. "Eu só preciso de mais um Kage Bunshin para inserir mais a Mudança de Natureza ao Rasengan" pensou a Yamanaka que voltou seus olhos azuis sérios para o bandido enquanto concluía sua nova técnica.

— Katon: Rasen-HonoMoeru. — Vociferou a garota.

Shojoji observou a técnica. Seu núcleo era um Rasengan avermelhado com um manto flamejante cinco vezes maior cobrindo-o, mas aquilo não era tudo a respeito da nova técnica. O ar em torno esquentava-se consideravelmente, tudo por causa do calor da técnica. A Yamanaka sorriu pelo canto dos lábios, então girou seu corpo em 360° e assim lançou a técnica. "Ela jogou?" pensou o líder dos Mujina que preparou dois Fuuton: Fūhakujun, assim garantindo proteção contra a técnica que colidiu-se com os dois escudos. Shojoji parecia convencido de que aguentaria o poder da técnica, mas logo se deu conta de que era uma mentira que estava contando para si mesmo. O Katon: Rasen-HonoMoeru queimava a ponta dos dedos do esverdeado, além disso destruiu depois de alguns segundos o primeiro escudo, então o mesmo se viu na necessidade de desviar enquanto ainda tinha essa chance.

[ ۝ ]

Sasuke aproveitou que estava afastado de sua filha e esposa para criar um portal com seu Rinnegan. Aquele portal conectava-se ao mundo de gravidade em que seu filho mais velho insistiu a ser levado. E não demorou mais do que alguns segundos para que o rosado saísse do escuro portal e olhasse inicialmente para o moreno que não lhe comprimentou, depois o rosado olhou para a Sannin das lesmas e para Sarada que estavam…

— ...brigando? Porque elas estão brigando, Sasuke-san? — Rin perguntou e escorou suas costas no tronco de uma árvore e cruzou os braços.

— Uma longa história, mas Sarada está mostrando a determinação que tem para Sakura. — Sasuke respondeu. Ele observou o rosado que decidirá ficar próximo dele, então continuou. — Como foi o seu treinamento? —

— Consegui o que estava querendo. — O rosado respondeu e levou sua mão direita ao queixo, coçando-o e observando a briga. — Determinação, é? —

O rosado continuou em silêncio. Mesmo quando observou a kunoichi das lesmas avançar de encontro a morena, porém o mesmo sorriu. "Isso me lembra do treinamento. Ela não se importava com o uso de força já que poderia recuperar meus ossos… Cara, isso é nostálgico" pensou e levou a mão direita para frente dos olhos no momento que Sarada e Sakura causam uma onda de impacto quando seus punhos quase se encostam.

— SHAAANNARO. — Sarada gritava.

E houve uma explosão por conta do poder semelhante das duas. O rosado se esforçou para não gargalhar. "É bom que eu não faça bobeira perto de uma delas. Vão me matar…" pensou o rosado por mais que o mesmo já tivesse uma força equiparavel ao de sua mestra. O rosado continuou escorado na árvore, mas olhou para Sasuke que saiu depressa do lugar que estava para se aproximar de Sarada no momento que ela começou a cair. Ele baixou sua cabeça, suspirando e depois levantando-a, assim olhando a kunoichi das lesmas que abraçava a morena. Ele desistiu de ficar afastado, por isso aproximou-se do trio.

— Você é mesmo minha filha! Você é muito focada e loucamente teimosa! — Sakura disse com lágrimas nos olhos, então observou a aproximação do rosado enquanto era abraçada pela morena. — E você é… —

— ...muito teimoso, pouco focado, muito apaixonado e extremamente preguiçoso. — O rosado brincou ao mesmo tempo em que ajoelhava-se e abraçava as duas.

Sakura e Sarada ficam em silêncio, mas correspondem ao abraço do rosado enquanto Sasuke apenas observa com um nítido contentamento. De forma inconsciente, Rin sabia que deveria abraçar Shiawase de forma semelhante assim que retornasse para casa. Ele olhou para Sakura no momento em que ela desfez o abraço.

— Certo! Nós três vamos treinar para melhorar seu controle de chakra. — Sakura disse enquanto fechava sua mão direita em punho.

— Hã? — Sarada e Rin falam em uníssono.

O rosado viu um pouco do que as duas fizeram, por isso que não sentia-se à vontade para ajudar em qualquer que fosse aquele treinamento. Ele olhou para Sasuke em busca de apoio, mas ele o ignorava.

— Sim, vocês deveriam fazer isso de novo para não se esquecer de como se sentiu agora. — Sasuke disse. 

— Mas estou sem Chakra! — Sarada disse apressada.

— E eu acabei de sair de um treinamento. Eu estou precisando de um banho ou de um bom… — Rin não concluiu seu comentário.

— Isso me lembra do treinamento com Tsunade. Ela falava que o treinamento de verdade começava depois do meu limite! Ela não me deixava parar nem quando quebrava alguns ossos, porque ela podia me curar depois. — Sakura disse.

"Nostalgia mesmo" pensou o rosado que acabou suspirando. Ele imaginou que seria difícil ir contra a decisão já tomada de Sakura, por isso que levou seu punho direito à palma esquerda no momento que se pôs de pé. O gesto chamou a atenção de Sasuke, mas também da kunoichi das lesmas que acabou tendo de sorrir ao perceber as semelhanças que o rosado tinha com eles.

— Shannaro, Kuso Baka. — Rin sussurrou, mas então voltou sua atenção para a kunoichi que o treinará por um certo tempo. — Vamos quebrar alguns ossos, Sakura-sama. —

— Nii-san!? — Sarada disse.

— Assim que se fala, Rakun. — Sakura disse.

Sasuke soltou um risinho baixo, divertindo-se com aquele momento em família. 

[ ۝ ]

 Misa estava com os joelhos dobrados e a respiração ofegante, com as mãos em seus joelhos enquanto seus olhos azuis se concentraram em Shojoji que fora lançado pela sua técnica contra a parede atrás dele. O braço direito do bandido estava com uma queimadura em segundo grau que chegava um pouco acima dos cotovelos. "A queimadura seria pior se não tivesse usado o escudo, além disso… tem aquela explosão espiral de chamas como efeito secundário. Essa técnica dela é bem curiosa" pensou o Hatake enquanto observava a Yamanaka ainda ofegante, mas que levantava o braço direito com o punho fechado em clara demonstração de vitória. A loira sentiu um arrepio percorrer seu corpo no momento que ouviu uma salva de palmas lentas, então olhou na direção do responsável.

— O assassino acordou antes do amanhecer, e pôs as botas. Ele pegou um rosto da antiga galeria e andou pelo corredor. Ele entrou no quarto que sua irmã vivia, e então ele… — Death cantava ao mesmo tempo que possuía um sorriso malicioso e pouco cruel em seus lábios. — ...visitou o seu irmão, e então ele… — Fez-se uma pausa, então ele continuou. — Andou até o corredor, e chegou até uma porta e olhou para dentro. Pai? Sim, filho? Eu quero te matar. Mãe, eu quero… — Uma pausa.

A Yamanaka olhou para Kakashi. O Sexto Hokage olhou para os ANBU que estavam responsáveis por Death e aquela loira com máscara compreendeu, por isso começou a puxar o assassino para o longo corredor escuro.

— Este é o fim, belo amigo. Este é o fim, meu belo amigo, o fim. Dói te libertar. Mas você nunca vai me seguir. O fim das risadas e mentiras suaves. O fim das noites que tentamos morrer. Este é o fim. — Death continuou cantando enquanto era puxado para dentro do corredor, então vociferou. — ATÉ NOSSO O PRÓXIMO ENCONTRO, MISA! GYAHAHAHAHA! —