Smile Danger escrita por TVS095


Capítulo 1
Turma 3-Z


Notas iniciais do capítulo

A história tá em andamento, há treze capítulos prontos e seis postados no spirit e wattpad.



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Hoje é mais um começo de ano letivo para o Colégio Gintama. Um ano que promete coisas novas tanto para os alunos quanto para os professores — alguns deles.

Na turma 3-Z, você encontrará de tudo um pouco, sobretudo alguns clichês: garotos populares com uma pitada leve de sadismo, pirralhas gorilas, nerds otakinhos, protagonistas, figurantes e um coala diabético.

— Bom dia!

Começou o professor Gintoki Sakata, com seu óculos de enfeite, uma camiseta social azul e por cima um jaleco branco. Gintoki é o típico professor que as garotas têm uma quedinha. Mas francamente, ele é apenas um coala preguiçoso e diabético que tenta esconder isso dos seus alunos, mas falha miseravelmente, além de não conseguir se livrar do espírito da preguiça.

Dificilmente Sakata dá aulas produtivas e cheias de ensinamentos para seus alunos. Bom, talvez o único ensinamento que os dê é o da paciência.

A luz de fora, que invade a sala através das janelas, batendo nele formando uma sombra na diagonal à direita, chamou a atenção de uma bela garota chamada Nobume Imai, nossa protagonista.

— Vejamos, me falem sobre as férias de vocês — disse o de cabelos prateados.

— Gintoki-sensei, por que não fala das suas primeiro? — perguntou Shinpachi Shimura, o nerd irritadiço e perfeccionista da classe.

— Ah, fiz as mesmas coisas de sempre — afirmou o de permanente natural num tom desanimado.

— Tipo ler revistas da Shounen Jump e ir para algum puteiro? — Acrescentou Sougo Okita, um dos sadistas bonitões e dorminhoco.

Está aí mais uma coisa que ele não sabe esconder e que arrancou gargalhadas dos alunos: Gintoki vive no puteiro e é um puta galanteador viciado em mangás.

— Sempre muito engraçadinho, Okita — comentou o professor sem jeito e tossiu, cobrindo a boca. — Já que é o comediante da classe, conte para a turma como foram as suas férias.

— Hibernei — respondeu, sem acrescentar mais nada.

Sougo Okita é o famoso bad boy desinteressado do 3-Z. Não desinteressado de burro, jamais. Esse sujeito não deve ser subestimado. O loiro não tem interesse em quem fica o secando que nem dementadores. Ele sabe a impressão que causa nas pessoas, se aproveita disso e depois vaza.

Já Shinpachi Shimura, é o nerd e cara legal que é desvalorizado pelas minas — uma pena. Ele anda com algumas garotas e o Yamazaki. Sougo não gosta dele.

Alguém, precocemente, bateu a porta da sala com tudo na coluna ao lado quando a abriu, tirando alguns de seus devaneios, acordando outros, assustando terceiros, enfim, chamando a atenção.

— Está atrasado, Kamui! — exclamou o professor, com seu livro em mãos.

Gintoki olhou rapidamente para o relógio em seu pulso, em seguida direcionou o olhar para o fundo da sala.

— Procure um lugar para sentar. Vou deixá-lo entrar, mas só porque é o primeiro dia de aula. Não esqueça disso!

Ele disse isso, mas claramente não lembrará disso daqui a dez minutos.

Kamui Yato, é do tipo que sorri para todos, é gentil com todos e bondoso com todos. O miss simpatia da classe, além de ser o nosso protagonista. Tem até um fã clube. O ruivo consegue ser mais popular que o Okita. Sobre notas? Não é um dos mais inteligentes e nunca se mostrou capaz disso. Ele é da turma do fundão, além de ser barulhento, chamativo e inquieto. Mas isso não desfaz o fato dele ser considerado novato por ter entrado no final do ano letivo passado.

— Oh, sinto muito Gintoki-sensei — Ele disse, transpirando pela testa e um pouco ofegante, mas nunca esquecendo o largo sorriso na face.

Não há dúvida que se atrasou devido a quantidade de garotas que estavam no seu caminho, torrando sua paciência.

...

O primeiro sinal para o intervalo tocou, liberando por quarenta minutos os alunos da prisão. Embora Nobume não se importasse de permanecer no mesmo lugar ouvindo um pouco de música com seus fones de estampa de rosquinhas, afinal, ela é reservada e preserva sua individualidade, o que alguns confundem com "estranha ou diferente", não significa que não se abra para algumas pessoas ou evite contato social. Kyuubei Yagyuu aproximou-se dela, cruzando os braços sob o busto.

— Pelo visto continua sendo a mesma Imai do ano passado — comentou. — Como foram as férias?

— Foram... legais — respondeu retirando uns dos lados do fone.

— Legais, você quer dizer as mesmas?

A garota assentiu. Então olhou para os lados percebendo que algo estava faltando.

— Onde está a Otae? — indagou calmamente.

A Yagyuu suspirou profundamente.

— Eu liguei para ela ontem e ela me disse que viria, mas como você pode ver, Otae não está aqui. Você acha que aconteceu alguma coisa? — Sua voz denota preocupação.

Nobume deu de ombros.

— Sinceramente, qualquer coisa pode ter acontecido... — Ela fez uma pausa para pensar. — Talvez ela tenha queimado a casa. — Pareceu sugestiva.

— Otae não seria capaz disso!

— Mas ela produz armas bioquímicas no lugar de comida. — Tentou argumentar.

— Não exagere, Imai. Será que eu deveria ir na casa dela vê-la?

— Não sei. Faz tempo que não a vê?

— Dois dias apenas. Talvez Shinpachi saiba de alguma coisa.

— Realmente — Ela olhou para a cadeira vazia ao seu lado — Pena que ele não está aqui.

— Isso não é um problema. Irei atrás dele. Você vai comer?

— Não estou com fome agora — respondeu um pouco distante.

— Ah, está bem. Te vejo na cantina!

— Ok.

Kyuubei saiu a procura de Shinpachi, e Imai caminhou rumo a porta, apoiando suas costas na parede ao lado, aumentando o volume da música.

— Virou monumento agora? — Okita manifestou-se, levantando para cima sua máscara vermelha com olhos, para olhos. A face sonolenta está bem nítida.

— Sim. Quem sabe eu não seja o Neo Armstrong Cyclone Jet Armstrong Cannon — retrucou com sarcasmo.

Sougo está logo após a garota de cabelos longos, na primeira carteira da primeira fileira. Ele ainda consegue dormir estando num lugar desses. Ou o loiro desafia a autoridade docente ou simplesmente não se importa com isso. Provavelmente é a segunda opção.

— Então vou tirar uma foto! — exclamou com o aparelho já em mãos. Como ele fez isso?

Ela o ignorou.

— Acho que vou postar em alguma rede social com uma legenda bem constrangedora — Provocou.

Imai mostrou o dedo do meio para ele que devolveu mostrando a língua.

Com os braços cruzados frente ao corpo e olhando para as janelas do corredor, não muito distante, alguns passos levemente ligeiros se aproximavam, até que Kamui quase a derrubou ao aparecer de repente no local, esbarrando nela. Mas rapidamente ele a puxou pelo braço e, por alguns instantes, olhou fixamente para os olhos vermelhos da garota.

— Você se machucou? — perguntou, afastando um pouco da franja dela.

Nobume retirou as mãos dele de seu corpo e negou com um balançar de cabeça.

— Não, está tudo bem.

— Ah, isso é ótimo! — exclamou com um sorriso.

Sem querer puxar assunto, abriu caminho para ele passar. Nesse momento Okita começou a bater palmas.

— Que cena linda. Faz de novo, esqueci de gravar!

Com um suspiro, Imai decidiu sair da sala para comprar donuts. Algumas garotas passaram por ela, apressadamente e entraram na classe. 

 


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Notas finais do capítulo

Obrigada por lerem.



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