Sobre piratas, tesouros e laranjas escrita por distopya


Capítulo 3
Sobre a distância de dois corações frágeis


Notas iniciais do capítulo

oi, oi! tudo bem com vocês? mais uma one que trago aqui pra vocês!
espero que gostem!



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A primeira coisa quando viu o jornal, Nami sentiu algo se partindo. 

O seu coração. 

Luffy perdeu seu irmão diante de seus olhos e ela não pôde fazer simplesmente nada. As suas mãos estavam tremendo e lágrimas incessantes desciam nos seus olhos chocolates. Apostava que todos os seus companheiros, em qualquer lugar que fosse naquele mundo tão grande, estavam lendo aquele jornal estúpido e tentando à qualquer custo ir atrás dele. 

Nami se sentia tão impotente. Se lembrava do momento antes de irem para o Arquipélago Sabaody. Ambos estavam deitados na grama do Sunny olhando o céu limpo e o ar balançando os cabelos de ambos e de mãos dadas. A pele morena era quente e reconfortante. Protetor. 

Teve uma guerra, Luffy participou e perdeu Ace. 

Sua fuga naquela ilha do céu, Weatheria, foi por água abaixo quando roubou uma bola climática e os estudos sobre jardim climático. Naquele exato momento, estava presa numa espécie de cela de criminosos. Todos daquele país eram apenas senhores altos com barbas longas com vestimentas estereotipadas de mago. Pareciam tão fracos e ingênuos… Até chegou a sentir pena deles mas lhe faltava tempo.

— Só me deixem sair, por favor!! Estou com muita pressa! Eu devolvi tudo, não foi? 

Implorar não causou efeito nenhum. Ela tinha devolvido todas as coisas que tinha pego. Felizmente, o senhor Haredas  — o que a acolheu — tinha chegado lá e pegou o jornal. 

— Qual o problema tão de repente? Parece que você tentou roubar uma bola climática e partir para o oceano. Alguém sem experiência não pode pilotá-la. Você morreria, além do mais… 

— Você está vendo o homem no jornal? Esse é o Luffy, o meu capitão! 

Ouviu várias reclamações dos senhores e Nami optou pela opção de que eles sabiam de tudo o que acontecia no mundo através dos jornais. 

—  Nossa tripulação estava espalhada pelo mundo todo… Então Luffy teve que enfrentar uma batalha terrível sozinho… Ele direto ao ápice da batalha para salvar seu irmão Ace… 

Nami sentia sua garganta se fechar, o estômago embrulhado e as lágrimas caíam incessantemente. 

— Não se preocupe com isso, não há nada o que eu possa fazer. 

— Ele perdeu Ace diante de seus olhos! E eu não tinha ideia nenhuma do que aquilo estava acontecendo! Luffy vai voltar para o nosso ponto de encontro!! — gritou com a voz embargada. 

Estava em seu ápice. Sentia fúria e tristeza. 

Fúria por tudo o que aconteceu com ela e com os seus companheiros. Separados por um destino cruel. Estava num ambiente desconhecido, mesmo que Haredas tenha a acolhido, seu medo e desconfiança aumentava. 

Tristeza por não estar ao lado de Luffy quando ele realmente precisava. 

—  Quero me apressar e estar lá com ele antes que seu coração se perca!! 

Quando escutou a porta da cela sendo aberta, não mediu esforços para correr carregando todo o estudo do jardim climático e o senhor Haredas junto. 

 — Obrigada, pessoal! Até mais!! 

— Mas o que?!! Ela não só fingiu o choro, mas está mantendo o senhor Haredas refém e pegou de volta os bens materiais!! Atrás dela! Ninguém deve sair do centro de pesquisa de Weatheria. 

— Não importa onde, só me deixe em algum lugar lá embaixo. 

— Isso é loucura! 

Luffy, você está bem? Me perdoe, Você sempre esteve lá por nós e quando era a nossa vez, nós… Merda, estou sentindo tanta falta de você! 

— Garota, você ainda está fingindo chorar… 

— Cala a bo-

Antes que pudesse falar mais alguma coisa, tinha tropeçado num jornal no meio do caminho, fazendo-a tropeçar e cair no chão junto com Haredas. 

O jornal! E é a data de hoje! A ruiva olhou para a sua foto na manchete e entendeu logo a mensagem. 

— Os perseguidores estão chegando, senhorita.

— Ele não se preocupa nenhum pouco com o que estamos sentindo. Por que ele é tão egoísta?! 

Nami engoliu seco e deixou mais algumas lágrimas derramarem. O seu peito doía de saudade e as fotos do jornal não eram o suficiente. Mas tinha que aguentar, afinal… Dois anos de treinamento e o Novo Mundo era o próximo passo para a sua jornada, de Luffy e de seus amigos. O que vier pela frente, tinha que enfrentar a todo custo. 

Navegação era sua habilidade e não queria ver nenhum deles morrer. 

Ela respirou fundo e se levantou. 

 — Me desculpe. Eu fiquei transtornada com as notícias dos jornais.  — deu uma risada fraca. Ela pegou a mochila e estendeu todo o estudo climático dos senhores. — Andem, podem tomar seus pertences de volta. 

— Por que está devolvendo o que roubou?! 

— Não ia embora daqui, Gatuna?! 

— Ei, ei, ei, ei, ei! Deixe ela explicar! 

— Sinto muito por ter roubado os pertences de vocês. Me perdoem por isso — suspirou cansada — Meu nome é Nami, sou uma navegadora. Eu e minha tripulação fomos separados e… eu… eu quero estudar o tempo! Eu só peço que me ensinem tudo sobre o tempo. Quero treinar para ser uma ótima navegadora e salvar a vida dos meus amigos. Seu eu puder fazer qualquer coisa para recompensar todo o alvoroço…  

 — Coitadinha… Não devíamos prendê-la naquela cela, foi crueldade demais com ela. - disse um dos senhores. 

— Minha jovem, venha comigo. — disse Haredas.

Nami apenas assentiu e o seguiu silenciosamente. Entraram numa biblioteca e todas as estantes recheadas de livros. 

— Esta ilha, Weatheria, flutua pelos céus conforme a vontade do vento. Nós estamos sempre em jornada, de vez em quando descemos ao mar para pegar suprimentos e “informações”. 

— Informações? 

— Bem, em forma de registros. Registros do tempo em todo mundo. Com a Grande Rota como centro, ainda existem tantos fenômenos temporais desconhecidos que você não acreditaria. O nosso mundo é realmente grande. 

 — "Chuva de trovões”? Isto é algum tipo de piada?! — indagou enquanto folheava um livro qualquer que pegou na estante. 

— Isso acontece em uma ilha chamada “Novo Mundo”, se planeja navegar por lá. Vai precisar usar sua imaginação muito mais do que já usa! 

Novo Mundo… 

— Haredas-san, me ensine sobre o tempo do Novo Mundo! Tudo o que você souber! 

— Você parece desesperada. — comentou, enquanto se sentava na mesa e bebericou um pouco de chá. 

— É claro que estou! — gritou. — A vida de todos os membros da tripulação depende disso. Eu sou a navegadora, tenho uma responsabilidade enquanto estamos navegando. Preciso ser capaz de levar o nosso capitão a qualquer lugar que ele queria ir não importa onde possa ser… Se Luffy diz que quer se tornar o Rei dos Piratas, então eu não posso ser uma navegadora qualquer. 

— Criança, mas que sortudo capitão ele é para ter você como um membro da tripulação. Se preocupando tanto assim com ele. 

Nami ficou calada por um tempo. As memórias passaram como um furacão em sua mente. 

Mas uma era especial. 

Ele deu sua liberdade. 

“Luffy, me ajuda…” 

“Mas é claro!!” 

— Eu não tenho escolha. 

— Não tem? 

— Isso mesmo… — respirou fundo e se sentou na sua frente. — Ele sempre pensa alto, mas quando se dá conta, ele não sabe nada sobre o mar. Ele está com carência no “sentido de perigo”. Ele é tão imprudente… Um idiota… — limpou a garganta e voltou a encarar Haredas. — Se eu deixá-lo ir, ele vai morrer. Ele é estúpido, então eu tenho que cuidar dele. 

— Ho ho ho, isso soa como capitão desastrado, criança. Mas tem um apreço que eu sinto, não é? 

Sentiu as bochechas ficarem um pouco vermelhas. O sentimento foi crescendo no meio de tantas aventuras e intrigas. Observou bastante e notando uma mudança. O que será que ele deve estar fazendo? Queria tanto sentir o calor de seus braços… 

— É por isso que quero ajudá-lo. 

Agora é a minha vez! Me deixe te salvar, Luffy. 


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Notas finais do capítulo

o que acharam? sabe, estou amando fazer essas ones!
espero que tenham gostado.
não sejam tímidos, quero conversar com vocês e saber o que acharam!
também aceito pedidos!



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