Sobre piratas, tesouros e laranjas escrita por distopya


Capítulo 4
Sobre o que vai ser daqui pra frente


Notas iniciais do capítulo

tenham uma boa leitura!



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Os mares do Novo Mundo pareciam ter dado trégua aos Chapéus de Palha e a energia que emanava no corpo de Nami parecia se esvair por completo. Sentia-se tonta e as pernas pareciam querer virar gelatina. Apenas saiu do convés mais cedo do que esperava atraindo a atenção de seu capitão, que foi atrás dela. 

Nami, depois de muita luta, se livrou das sandálias e se deitou rapidamente na cama e se enrolou nas cobertas, toda encolhida. Luffy entrou no seu quarto e a viu deitada na cama. 

— Ei Nami, todo mundo estava indo na cozinha comer a janta. Por que saiu tão de repente? 

A resposta da ruiva foi apenas a respiração descompassada. 

— Ei, você está vermelha. — e tocou em sua testa. — Está quente! Está com febre! Ferrou! 

Um gemido fraco escapou dos lábios da navegadora. Luffy enrolou o cobertor no corpo de Nami, para que esta ficasse mais aquecida possível e a carregou no colo ‘estilo noiva’ e foi até a enfermaria. A pôs com cuidado na cama da enfermaria e gritou chamando Chopper. 

— Chopper, a Nami está com febre!

O grito causou alvoroço no navio. Chopper correu até a sua enfermaria para tratar sua navegadora, Sanji com fogo nos olhos dizendo “por que não me avisou, cabeça de avestruz?!" Zoro ficou tranquilo com a situação, não era a primeira vez que Nami ficava doente. Robin apenas pediu para que a navegadora ficasse bem, Brook tocou uma música relaxante e logo depois um chute do cozinheiro navio depois de uma pergunta se podia ver a calcinha da ruiva, Carrot e Jinbei ficaram preocupados mas sabiam que Nami era forte para vencer febre, Franky fez sua típica pose SUPER sabendo que sua irmã ia melhorar, Usopp apenas ficou calado na sua e fazendo guarda no ninho do corvo, com um sorriso nostálgico nos lábios. 

… 

Já era tarde da noite e Nami acordou zonza e com fome. Percebeu que estava na enfermaria e uma presença ao seu lado da cama. Olhou para o indivíduo percebendo que era Luffy dormindo e de braços cruzados e o chapéu tampando seus olhos. Apenas sorriu. 

Calçou as pantufas e se enrolou em um outro cobertor e saiu da enfermaria. Ela foi até a cozinha e ligou a luz, sua barriga implorava por comida. Felizmente, tinha uma sopa de carne lhe esperando em cima da mesa. Se sentou devagar na cadeira e pegou a colher. 

Comeu a refeição tranquilamente e quando terminou, lavou as louças sujas e as guardou em seu devido lugar, logo desligou a luz do cômodo. Ao sair da cozinha, se deparou com a figura de Luffy saindo da enfermaria; na certa acordou e não encontrou na cama. 

— Nami, estava te procurando! Foi um baita susto que tomei! Shishishishi… 

— Relaxa, eu só estava tomando uma sop- — logo foi interrompida pela mão do moreno tocando sua testa. 

— Ah, você não está mais com febre! Que legal, amanhã vai poder navegar! Shishishishi…

A ruiva sorriu. 

Os dois voltaram à enfermaria, Luffy fez questão de ajustá-los cuidadosamente debaixo dos cobertores e a pôs encostada em seu peito para que esta ficasse confortável. Nami sentiu suas bochechas adquirirem um tom avermelhado mas relaxou logo em seguida. Sua mão tocou propositalmente na cicatriz em forma de X em seu peito e acariciou lentamente a área hipertrófica. 

Aquela marca significava muitas coisas… 

Luffy encarava o teto, numa expressão neutra. Não sabia como agir naquele momento em que Nami dedilhava delicadamente sua cicatriz. Aquilo foi a maior prova de que não conseguira salvar alguém que ama. Tinha se beliscado várias vezes para ver se tudo aquilo que tinha passado era mera de um pesadelo no qual nunca ia acordar. 

Bem na beira do delírio

Um suspiro escapou de seus lábios e balançou a cabeça afastando os pensamentos nebulosos. 

— O que foi? 

— Nada… Não é nada. - engoliu seco. 

— Você quer que eu…

— Não, não, não pare. É reconfortante… - respondeu. Logo, mordeu o lábio inferior. 

Nami continuou e uma lágrima escorreu de seu rosto. 

— Quer desabafar, sobre como se sentiu? 

— Eu nunca falei? — indagou confuso. 

A ruiva balançou a cabeça. 

— Foi como um aperto no coração, sabe? Não sei como explicar.  — dedilhou delicadamente a cicatriz do seu ombro, sentindo sua textura — Era como se uma onda estivesse tentando me afogar… Jinbei estava lá e eu me concentrei. Me foquei no que eu ainda tenho. Meus companheiros, shishishishi shi. Também me concentrei um pouco em você porque sentia falta de seus sermões e das suas pancadas shishishi. 

Logo, seus dedos alisavam a sua tatuagem. A memória dos dias que passou em Cocoyashi apareceram em sua mente, do quanto ela se forçava a ser capaz de carregar o destino de uma vila inteira pela liberdade e vê-la se ferindo de ódio. Teve momentos que Nami sempre esteve ao seu lado, nos bons e nos maus momentos, fortalecendo suas estruturas. O sentimento que perdurou a vida de ambos durante dois anos separados, aprimorando as suas habilidades e protegerem um ao outro e seus companheiros. E o relacionamento baseado em confiança e respeito mútuo ia se fortalecendo com o passar dos dias. Protegendo um ao outro. 

— O que vai ser daqui pra frente? - indagou, olhando para nenhum ponto fixo na parede da enfermaria.

— Bom, minha jornada até eu me tornar o Rei dos Piratas vai ser bem longa, mas vai ser bem divertida e cheia de aventuras, shishishishi… 

A garota apenas sorriu e bocejou. Se aconchegou mais no garoto borracha para se aquecer. 

— Nami… 

— Hum… 

— Eu te amo. 

— Eu também. 


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Notas finais do capítulo

espero que tenham gostado!



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