Sins of Hope escrita por DGX


Capítulo 41
Eu Vou te Salvar




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Opening

Algo terrível aconteceu. Skanfy, a fada da preguiça, foi sequestrada em plena luz do dia. Um sequestro extremamente espalhafatoso aconteceu para a pegar. Nesse momento, Nier corria em direção a última posição da magia de Skanfy, que estava com Asura. Como ainda eram 13:30, ele estava completamente impotente, sendo apenas mais forte que um humano normal, mas incapaz de enfrentar grandes problemas. Enquanto isso, Takashi partiu em direção às docas do porto.

E, como tudo que é ruim tem como ficar pior, os sequestradores atacaram Camille e Gwyndolin, levando a garota de olhos esmeraldinos. Gwyn começava a voltar desolado para o bar, até topar com Asura e serem encontrados por Nier.

Voltando um pouco no tempo, logo após o sequestro de Skanfy...

—Malditos escravagistas... – Reclamou Asura, enquanto começava a recuperar a sua consciência, depois da surra que ele levou. Ele estava deitado no chão, onde estava espalhado todas as compras que ele tinha feito com a Skanfy. – Eu vou acabar com a raça de cada um de vocês! – Gritou impotente, no chão.

Asura e Skanfy estavam andando pela cidade, conversando sobre que refeição a Skanfy iria preparar quando a Lilian se reunisse com eles, quando dez homens encapuzados apareceram. Asura e Skanfy estavam sem suas armas, e era mais ou menos uma hora da tarde, então Asura estava enfraquecido, mas ele tinha força para lutar com meros humanos, sem falar que ainda tinha sua magia de sangue.

Mas os inimigos não eram meros oponentes, pois quando Asura lançou suas adagas de sangue contra eles, um dos encapuzados criou uma enorme bolha de água, que absorveu as adagas e as dissolveu dentro dela. Para Asura, água era seu maior pesadelo, pois era a principal fraqueza da sua magia, já que o sangue não conseguia coagular dentro da água, fazendo com que suas armas fossem completamente desfeitas.

Depois disso, outro encapuzado foi na direção de Asura, ele era o maior dos dez, embaixo do capuz, tinha uma máscara branca com ornados verdes. Asura deu um soco na sua cara com potência máxima, mas não pareceu afetá-lo. Então, o seu oponente contra-atacou com um soco, que jogou o vampiro contra a parede da casa ao lado, e com a força do impacto, fez um buraco na casa.

Depois disso, Skanfy tentou golpear o grandão, mas ele e outros dois seguraram seu golpe e outros dois deram um soco violento em seu estômago, que fez a fada se contorcer de dor, além de outro usar um pano – provavelmente com éter – e fazê-la desmaiar.

Depois de testemunhar a cena, Asura ficou extremamente furioso, ao ver a companheira sendo atacada daquele jeito, ele voou na direção dos agressores e deu uma chuva de socos rápidos e poderosos contra eles, mas eles não pareceram ser afetados. Um deles segurou Asura pelo cabelo, e enterrou a cabeça com o corpo contra o chão, depois, ele ficou pisando no vampiro um monte de vezes, com força e velocidade.

Enquanto perdia a consciência, Asura viu sua querida companheira sendo segurada pelo grandalhão verde e ele e os outros encapuzados começaram discutir sobre por quanto a sexy mulher seria vendida. Eles foram embora rindo, enquanto Skanfy retornava fracamente a consciência, e com fraqueza, chamava pelo nome de seu companheiro.

—Hoje não deve ter sido seu dia de sorte, não é mesmo, senhor Asura? – Gritou uma voz desconhecida. 

Asura olhou para cima do telhado da casa destruída e viu uma figura agachada nele.

O jovem tinha pele e cabelos brancos como Asura. Ele parecia ser alto como ele, só que mais magro e com músculos um pouco menores. Estava sentado lá como se estivesse apreciando um show. Mas o que chamou a atenção de Asura, foram seus olhos vermelhos que estavam em profundas olheiras.

—Senhor? Desculpe, mas eu acho que nós não nos conhecemos. – Falou o vampiro.

—Mas sei tudo sobre você. – Ele pulou do telhado para chegar perto de Asura. – Asura, o Pecado da Gula, o Herói da Saligia, o devorador de vacas, o manipulador de sangue, e principalmente, o herdeiro de Vlad Tepes, o primeiro rei vampiro. – Falou com confiança na voz.

—Herdeiro? Ninguém me chama assim além dos meus companheiros da minha espécie, que está completamente extinta. – Falou semicerrando os olhos. – Quem é você e o que quer de mim?

—Sou Togina, um mero mensageiro da Facção Negra dos Vampiros.

Asura ficou surpreso.

—Facção Negra? Achei que seu exército tinha sido completamente exterminado durante sua pequena revolução. – Falou desdenhando.

—Não, nós nos escondemos nas ruínas de Transylvania, depois de perdermos o nosso líder, Izraf em combate. – Explicou Togina. – Depois de anos esperando, nosso exército está fortalecido novamente. E nós desejamos que você nos lidere. – Falou com uma certa súplica pomposa na voz.

—Como? – Asura estava confuso. – A Guerra Santa acabou, porque vocês estão se preparando para lutar? Os demônios e os anjos se foram, não temos mais inimigos para enfrentar.

—Temos um inimigo que devemos derrotar eventualmente. Aquele que derrotou o nosso líder, o anjo Vendrick. – Quando falou o seu inimigo, o Pecado da Gula arregalou os olhos.

—Como? Vendrick? Você sabe quem ele é? – Gritou Asura confuso.

—Sim, nós conhecemos o membro dos Dez Mandamentos. Foi ele quem derrotou o nosso líder e exterminou a Facção Vermelha. Ele é uma criatura que usou o extermínio de nossa raça como troféu. Precisamos da sua ajuda para derrotá-lo. – Alegou o suposto mensageiro.

—Isso é piada? – Reclamou Asura. – Mesmo se eu quisesse ajudá-los, nós não teríamos chances, ele é forte demais.

—Temos uma chance. – Ele falou, surpreendendo o Pecado. – Se você começar a utilizar o poder das trevas dentro de você, teremos uma boa chance.

Asura ficou em silêncio por um momento. Então, ele respondeu:

—Não. – Falou solenemente. – Eu não me tornarei em um monstro só por vingança. Aliás, ele está bem selado, então não valeria nem um pouco a pena.

Togina ficou surpreso. Como assim Asura não iria ajudar? Como assim o herdeiro do Trono de Sangue não iria combater seu exterminador? Ele estava o fazendo de idiota, por acaso?

—Como assim “não”? Se despertar o seu poder, você poderia dominar toda a Britânia e subjugar as outras raças! – Bradou irritado.

—Eu não tenho interesse em subjugar outras pessoas. – Respondeu Asura, enquanto uma leve brisa balançava seus cabelos. – No momento, prefiro ajudar os meus companheiros a salvar este reino. – Ele deu um leve sorriso com o canto da boca.

—Mas eles não passam de um simples grupo de criminosos, você é o príncipe destinado a sentar no trono do antigo rei! – Berrou Togina, desesperado pela recusa de Asura.

—Prefiro ser um membro da Saligia a ser o rei cruel que vocês querem que eu seja. – Asura estava decidido. O idiota do Vendrick estava selado, então não poderia o matar, ou matar esses outros vampiros.

—Entendo... – Começou a falar Togina, mudando seu tom de voz para algo mais psicótico nas próximas palavras. – Acho que não adianta tentar insistir na minha oferta. Porém, lembre-se disso... – Togina estendeu uma de suas mãos e cortou o pulso com uma pequena adaga, despejando um pouco de sangue sobre a boca de Asura que se sentiu revigorado. Após isso, prosseguiu sua fala, gritando histericamente e com um olhar deturpado no rosto:

—Uma nova guerra santa está chegando, diferente das outras! E quando ela começar, milhares morrerão, incluindo seus amigos! Se você se preocupa com eles, se transforme na esperança da nossa raça e destrua os nossos inimigos!

Depois de beber o sangue, Asura ficou zonzo por alguns segundos, e quando acordou, Togina tinha sumido, assim como seus ferimentos e seu cansaço. Ele levantou, e olhou aos seus arredores, mas sem nenhum sinal do outro vampiro. Ele deu um estalo com sua língua e o xingou.

—Maluco! – Ele sentiu uma presença familiar chegando até ele.

—Asura, você está bem? – Perguntou Gwyn, que tinha chegado no local.

—Sim, mas a Skanfy foi raptada! Nós fomos derrotados facilmente. Eu acho que eles queriam vender a Skanfy como uma escrava! – Gritou preocupado.

—Sério? Mas achei que vocês eram fortes o suficiente para se virarem sozinhos... – Falou o necromante confuso.

—Eu também achava, mas esses caras estavam em um número maior e nos pegaram em uma emboscada, e Skanfy não conseguiu nos proteger sozinha... – Disse irritado por sua impotência. – Espera, cadê a Camille? – Ele olhou para os lados procurando-a, afinal via apenas Ryon desmaiado no colo do companheiro.

—Ela também foi raptada. Eu sem querer perdi ela de vista por um segundo, e quando tinha visto, ela não estava mais do meu lado. – Falou irritado com isso, deixando sua magia e espírito escaparem.

—Precisamos chamar o capitão rápido e–

—E irmos logo salvar as nossas companheiras. – Disse Nier com os olhos sem brilho algum, que estava em cima do telhado, segurando a adaga de Asura, o arco da Skanfy e o cajado e bolsa de Gwyndolin. Ele também soltava uma magia muito grande de si, quase revigorante por estar perto de alguém tão determinado.

—Capitão! – Gritou o luxurioso. – E quanto ao Takashi?

Nier entregou a adaga para Asura e o cajado e a bolsa para Gwyn, que invocou mortos para ajudá-los e um bem forte para levar o gato para o bar.

—Takashi foi atrás da Lilian, que também está na mesma situação. A Lilian pode cuidar de si mesma, mas estou preocupado com a Camille e a Skanfy. Precisamos ir encontrá-las rápido. – Falou completamente sério e irritado, sem mudar seu tom.

—Sim senhor! – Ambos responderam.

Asura estava aliviado por ver que seus dois amigos estavam junto dele, agora ele tinha certeza que podiam salvar suas companheiras. Que se dane o aviso daquele maluco do Togina, enquanto ele tivesse seus companheiros ao seu lado, Asura poderia fazer qualquer coisa.

—Skanfy, já estou indo te salvar! – Murmurou para si mesmo.

Porém, ele não havia percebido uma coisa, por ser uma criatura das trevas e acostumado com as magias de seus companheiros, ele facilmente confundia o miasma deles com suas magias. Os seus miasmas eram diferentes, o de Gwyn parecia como lâminas cortantes e o de Nier como uma pressão esmagadora. Mas para ele, eram apenas suas magias. Ele próprio emitia algum quando estava irritado, porém não estava em condições de estar emitindo e ferindo algumas pessoas que estavam ao seu redor, desmaiadas.


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