Sins of Hope escrita por DGX


Capítulo 38
Lestalum!




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Opening

Os dias haviam sido tumultuados para os Pecados, mas aparentemente a sorte acabara de sorrir para eles, afinal Gwyndolin veio ao seu encontro e os rumores de que ele seria executado não passavam de apenas rumores, aparentemente ele estava apenas descansando o seu corpo para quando se sentisse pronto para enfrentar outra batalha ao lado de seus companheiros.

Antes quatro, agora eram cinco em busca de dois dos seus amigos que ainda estavam perdidos, mas algo lhes dizia que Lestalum, a grande cidade portuária, lhes guardava muito mais do que apenas uma aventura, algo lhes dizia que o local lhes guardava mais um amigo, não apenas pela informação do gigante, mas também pela intuição de Nier, que não costuma falhar.

A viagem estava tranquila como de costume, alguns dias se passaram enquanto ouviram notícias sobre um necromante em Altíssia, o céu azul e o clima agradável de sempre. Quando Nier e seus amigos puderam avistar grandes navios, com certeza eles estavam chegando a Lestalum, a grande cidade portuária, lar de trabalhadores de todas as raças, mas devido às grandes cargas uma boa parte dos trabalhadores do grande porto eram gigantes, alguns contudo eram escravizados da pior maneira possível, e algo dizia a Nier que Lilian corria perigo e não estava nada bem, mas onde procurá-la afinal? Onde estaria aquela doce gigante que ele conhecia?

O cheiro do mar d’A Cidade Mais Distante da Capital começava a ocupar o Delito. A maresia misturada com o ar morno da primavera era agradável de se sentir, e todos começavam a se aproximar das janelas logo ao amanhecer.

—Ei, pessoal! Venham comer! – Grita alegremente a fada preguiçosa. – Fiz omelete essa manhã! – Aparentemente a maresia deu uma invertida no seu senso de preguiça, fazendo com que fizesse bastante comida.

—Opa! – Falou Takashi empolgado. – Tem cerveja? – Continuou com um tom leve atípico. Talvez a brisa do mar tivesse o deixado alegre, ou se reunir com seus companheiros após tantos longos anos.

—Já quer beber a essa hora? – Fala Gwyndolin, sério e com certa desaprovação. – Me vê três canecas, Skanfy.

—Não comecem a beber sem mim! – Asura sai de dentro da adega correndo e gritando, onde passou a noite dormindo.

—Estão brincalhões hoje, rapazes. O que aconteceu? L’air está afetando as esprits de vocês? Ou é o meu...— Skanfy se vira para eles que notam que sua aparência está diferente. Seus cabelos antes azuis, agora eram fúcsias e seus olhos amarelos lembravam os olhos de um felino. Seus dentes pareciam ter pressinhas, o que a deixava com uma aparência fofa, que contrastava com os grandes seios que decidiu ter para a ocasião, que se sobressaltavam em um generoso decote. – ...look du jour? — Ela fala com um tom sexy e confiante na voz, fazendo os três desviarem o olhar.

—Dois quarentões e um vampiro desviando o olhar? Essa é nova. – Nier fala descendo as escadas rindo, seguido por Camille.

—Bom dia pessoal! – Fala Camille acenando para eles. – Bom dia Skanfy! Bela aparência.

Nier se junta aos outros na mesa enquanto Camille decide ir olhar o mar. Fazia muito tempo que não o via, foi apenas uma vez a uma cidade costeira e não se lembrava muito bem, apenas que sua mãe e seu irmãozinho ainda eram vivos. Isso a deixou triste por alguns instantes, mas afastou as memórias ruins de tê-los perdido e tornou a olhar a água azul e incrivelmente cristalina para um porto, se perguntando se algum dia poderiam tomar banho de bar, já que aparentemente era uma tradição do verão de outros povos e queria experimentar. Quando os outros iam comer, algo pula em cima da mesa.

—Parece que estão se esquecendo de alguém, o ser mais importante desse bar! – Ryon pula na mesa, entre a omelete e os pecados, cheio de pompa. – Eu, é claro. – Ele dá um sorriso levantando a sobrancelha. – Comam após me reverenciarem.

—Poderia sair da frente, bola de pelos? Eu estou com fome. – Fala Takashi empurrando o gato com sua mão esquerda. – E não quero que atrapalhem meu café da manhã.

Ryon encara Takashi nos olhos. Dois olhares determinados, queimando por seus objetivos e convicções. Takashi puxa uma faca de seu cinto e tenta acertar Ryon, que desvia do ataque, escala seu braço e pula em seu rosto. O gato arranha ferozmente o rosto de Takashi, que puxa o bichano e o atira para longe.

—Nier! – Berrou Takashi, enquanto os outros riam. – O que esse seu animal tem, hein?

—Surtos de Krioni espontâneos. – Respondeu enquanto queimava outro boletim de notícias, fazendo Camille ficar triste pois sempre queria ler, mas nunca dava tempo de sequer pedir. Queria saber do estado de seu pai, mas possivelmente apenas leria mentiras.

Ryon se levanta e começa a se lamber. Então, percebe que Camille estava olhando o mar pela janela, e decide ir até ela. Como os outros estavam comendo na mesa, acabaram ficando distraídos demais para os planos diabólicos do gato.

—Olá princesa. – Fala o gato subindo no parapeito, após rebolar para seu pulo magistral.

—Oi Ryonzinho, tudo bem? – Pergunta com um sorriso gentil no rosto.

—Sir Ryon. – Corrige o gato. – E sim, estou bem. Está gostando de dormir com o Nier? – Diz o gato mexendo a língua rapidamente após a fala.

—É, bem, eu... – Ela começa a corar, e o gato ri da situação, se deliciando da vergonha que causou na princesa.

—Parece que eu te peguei novamente, princesa. – Ele encosta sua patinha fofinha no nariz da menina. – Você é uma pata. Uma princesa pata. – Ele começa novamente a mexer a língua sugestivamente, fazendo um som estranho.

Camille olha corada e irritada para Ryon. Ela reúne todas suas forças, respira fundo e fala nos ouvidos do gato:

—Sim, Sir Ryon, eu adoro dormir com o Nier. – Ela sorri com incrível maldade no olhar para o gato após falar isso.

O animal arregala os olhos. Jamais pensara que ouviria isso, ao menos em tão pouco tempo. Talvez... Bem, não importava. Ele sorriu, riu da situação com sua risada que mais parecia um miado, e se pronunciou:

—Ha! Evoluiu mais do que eu pensava, princesa. Agora, vá comer. Vou ver se tem um rato no porão ou algo assim. Preciso me exercitar e nada melhor que uma caça para isso. – Ele sai cheirando o ar, procurando a presa que seria seu café da manhã (ou o primeiro, já que planejava pedir comida para Skanfy depois de seu ratinho). Então, Camille se senta à mesa.

—Ainda tem um pouco para mim, não é? – Fala meiga e sorrindo. Entretanto, perde as esperanças quando vê o prato vazio, e os rapazes desviando o olhar bebendo seja lá o que tinha em suas canecas.

—Bien sur que tem! J'en ai mis plus dans mon prato porque je savais que eles poderiam devorar tudo rápido demais. – Skanfy fala rindo. Os garotos a olham com irritação por ter pego comida a mais.

—Obrigado, Skanfy! - Camille se senta ao lado de Skanfy e a abraça. Depois, começa a comer a deliciosa comida da fada.

Enquanto os pecados bebem e se divertem, Nier pigarreia e se pronuncia:

—Pessoal, já planejei nossa visita para Lestalum. Antes de abrirmos as portas e procurarmos por Lilian, precisamos comprar suprimentos. Estamos com baixos níveis nos estoques, segundo Ryon. E quando ele fala isso, quer dizer que está crítica a situação. Asura e Takashi, vocês dois vêm comigo, vamos ao mercado. – Fala apontando para os dois. – Temos bastante ouro, e vamos torcer para que a sedução vampírica de Asura funcione pra barganhar bastante. O resto pode ficar no bar mesmo, cuidando das coisas. Ele está meio sujo e se quiserem fazer um enorme favor...

—Colocando as meninas para limpar a casa, enquanto você sai com vos amis? – Fala Skanfy armando seu Arc Perfide em lua nova, para usar as adagas do arco.

—Eu vou estar aqui, Skanfy... – Fala o necromante amuado.

—Tu n'es pas un modèle de virilité, Gwyn. – Ela dá de ombros.

—Por que fazes isso comigo, Skanfy? –Pergunta com lágrimas de crocodilo nos olhos.

—Je sais pas. Tu ne m'inspires pas confiance fora de combate. – Responde a fada guardando seu Tesouro Sagrado, e fazendo Gwyn soltar um suspiro misturado em um gemido de desaprovação.

—Certo, certo... – Nier os interrompe. – Bom, vamos todos então. Mas vocês vão ter que ajudar a trazer todos os suprimentos. Vamos deixar a Mama mais longe.

Todos concordam com Nier, por mais que a fada sentisse preguiça de carregar compras. Cerca de duas horas depois, eles chegam a Lestalum. O que viria a acontecer nessa cidade, mudaria para sempre o mundo de Camille.


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