Sins of Hope escrita por DGX


Capítulo 33
O Garoto Misterioso




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Opening

Os quatro Cavaleiros Sagrados começam a partir em disparada até Askizanapor, porém antes que alguém pudesse de fato se aproximar do mago, um grande raio rosa desce dos céus, e acerta o caixão e o necromante.

—Droga! E agora? – Exclama Volk – Não podemos nos aproximar!

Enquanto o raio forte desce dos céus, eles param de sentir uma magia extremamente profana e sombria, e passam a sentir algo que poucos sentiram antes: magia de luz.

Passados alguns segundos, o raio começa a parar. Dela, o necromante cai de joelhos no chão com seu corpo esfarelando, e fala suas últimas palavras:

—Finalmente... quitei minha dívida, meu... Rei...

E seu corpo se desfaz em pó, sendo levado pelo vento. Os Cavaleiros Sagrados se reúnem ao redor do caixão, temendo o que sairia dali. Eles desembainham suas espadas, prontos para o combate.

Eles ouvem batidas dentro dele, e a tampa dele é empurrada. Um jovem, de cerca de 16 anos e cabelos verdes, está vivo, em trapos. Sua pele está pálida, sua boca seca e seu olhar disperso.

Agnite se aproxima do caixão e fala:

—Ei garoto, você está bem? Qual é o seu nome? Conhecia o homem que te carregava dentro desse caixão? – O garoto o olha confuso, sem entender nada.

Ao ver que ele estava atordoado, ele se vira para os cavaleiros e fala:

—Por favor, alguém vá até a igreja e pergunte ao padre se ele tem alguma roupa para dar ao garoto, e comida também, ele deve estar faminto.

Todos estavam espantados, e alguns cavaleiros foram para a igreja, atordoados. Um pequeno garoto, revivido por necromancia, de cabelos verdes e olhos amarelados, dentro de um caixão. Volk e Vatten se aproximaram dele e ajudaram a tirar o garoto do caixão, já que ele estava sem forças.

Enquanto é tirado do caixão por aqueles Cavaleiros Sagrados, o garoto abre os olhos lentamente observa aqueles vários cavaleiros ali presentes.

Sem entender muita coisa, o garoto se esforça para falar, como um sopro, a frágil voz daquele garoto fraco sai dizendo:

—Quem... são vocês? – Após essas palavras, ele tosse um pouco.

Agnite com olhar aliviado o responde:

—Nós somos Cavaleiros Sagrados de Lioness – Ele aponta com seu polegar para seu peito, confiante. – Consegue falar mais? Qual o seu nome? Está se sentindo bem?

O garoto acena positivamente com a cabeça e diz:

—Me chamo Edward... não me lembro de muita coisa, estou com um pouco de fome e sede...

Edward parecia atordoado e fazia força para ficar acordado. Agnite continua a falar:

—Muito bem Edward, não se preocupe, estamos no vilarejo de Altíssia, de Lioness.

Vênus ainda não havia se pronunciado em relação ao ocorrido, estava intrigada com o que estava acontecendo em sua frente, olhou para o lado percebendo a aproximação de alguns cavaleiros, que traziam em suas mãos roupa, comida e bebida para o garoto. Logo se pôs a andar, se agachando ao lado de Agnite, colocando sua mão sobre as costas do menino que ainda se encontrava sentado dentro do caixão.

—Somos cavaleiros sagrados e iremos cuidar de você – Ela se pronunciou com uma voz doce, o que era raro. – Esse é Agnite. – Fala apontando para o homem ao seu lado, que o ajudou e conversou com ele. – E esse, Vatten. –Continua a falar quando o mesmo se agacha ao lado deles. Vênus logo leva sua mão até o pão que um cavaleiro estava segurando, o dando para Edward, os três se assustam quando vêem o menino devorando o pequeno pão.

—Acho que vamos precisar de mais comida – Agnite fala olhando seus companheiros.

—Ele deve estar há muito tempo sem comer – Vênus debate, agora pegando a jarra de suco que outro cavaleiro tinha em mãos – Tome – Diz a erguendo em direção ao menino, que pega tomando rapidamente. Vênus se põe de pé após ver que ele havia se alimentado e se vira de costas para todos — Deem a roupa para que ele se vista e vamos voltar para a Igreja.

Enquanto eles ajudavam Edward a se vestir, Volk foi até onde o necromante morreu e viu que seus robes negros ainda continuavam ali. Ele os pegou e começou a analisar, e algo lhe chamou a atenção, uma parte dele estava costurada por cima, como se escondesse algo. Ele puxou uma pequena faca de seu bolso e a desfez, se assustando com o que estava escondido.

—Não pode ser! – Murmurou espantado. – Porém... isso explica muita coisa.

Ele guardou o robe com ele, se juntou aos outros que estavam partindo em direção a cidade, mas não sem antes olhar o caixão e notar um símbolo parecido nele. Estava certo do que era aquilo.

No fim das contas, o viajante era na verdade um necromante. Ele trouxe um jovem de volta à vida... Quem será que era Edward? Qual era a dívida do necromante? Que era o Rei que ele se referia? Tantas perguntas sem respostas, e isso incomodava os Cavaleiros Sagrados.

Quando voltaram para a igreja, Padre Hige os recepcionou, e os gratificou por terem ajudado com esse problema. Volk sabia o que fazer, deveria levá-lo para a Capital.

Vênus acabara de se despedir do Padre Hige, antes de sair pela porta da sala que ficava atrás da igreja, refletiu sobre o que Volk disse mais cedo, se a Psychomachia era realmente boa e a Saligia má. O pequeno padre percebeu, e chamou sua atenção.

—Tudo bem, minha filha? – Ela ouviu o padre perguntar e logo se virou sorrindo.

—Sim padre, até a próxima. – Respondeu saindo rapidamente de lá arrancando um suspiro do padre que notou sua mentira, passou pela igreja ajeitando suas luvas, estavam imundas pela pequena briga que tiveram antes.

—Já estava na hora, Sobrancelhas. – Agnite se pronunciou assim que Vênus saiu da igreja, fazendo-a franzir as sobrancelhas.

—Podemos ir. – Ela falou aos seus companheiros seguindo até eles.

—Vamos, hora de voltar para casa. – Volk deu a ordem e todos foram ao encontro de Lioness, levando Edward consigo.

Assim que saíram da cidade, Volk atrasou os passos e começou a falar com Vênus, deixando os outros três à frente.

—O que foi, Volk? – Perguntou Vênus.

—Veja isso. – Ele puxou os robes do necromante e os entregou para a garota.

—Robes de maga negra, o que tem de especial? – Indagou estressada.

—Veja o emblema. – Respondeu Volk sem olhar para ela.

—Hm? Como assim? – Quando ela bateu o olho no emblema bordado nele, sentiu como se seu coração despencasse. Um leão flamejante de perfil, porém com dois ossos cruzados abaixo.

—Isso é...

—O símbolo das Forças Secretas de Lioness. Os mesmos que foram desfeitos junto da Saligia, pela Psychomachia. – Respondeu encarando o caminho.

—Não pode ser! –Exclamou baixo. – Isso...

—Se prepare para quando chegarmos à Capital. E torça para chegarmos com a Saligia. Eles são a esperança desse reino.

Enquanto isso no palácio de Lioness, Kyara andava saltitante e cantarolando pelo lugar. Eu me adiantei ao pessoal e já mandei algo atrás daqueles idiotas! Espero que eles se divirtam com meu presentinho...


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