Sins of Hope escrita por DGX


Capítulo 17
Crimson Fire




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Opening

A gárgula disparava para cima de Asura, que usa os dois morcegos para proteger ambos, e começa a correr. Não podia arriscar lutar com o capitão desacordado em seus braços.

—Capitãozinho! Eu não quero que nosso reencontro seja um de nós morrendo pra uma gárgula inútil! O que te fez desmaiar assim? Nenhum veneno faz efeito em você, até onde me lembro... – Fala pensativo, enquanto esquiva de um golpe da gárgula.

Em meio a corrida, ele nota Nier começar a fazer algumas expressões estranhas e revirar os olhos por de baixo das pálpebras. Seu capitão parecia estar sofrendo com alguma coisa, além de suar bastante.

Ao notar que Nier estava desacordado e Asura impotente na luta, Skanfy ativa seu Arc Perfide e, da varanda do quarto de Nier, começa a disparar flechas na gárgula para tentar reduzir sua velocidade e ajudar seus companheiros.

Em dado momento de sua corrida, Asura sente Nier se debater nos seus braços, como se estivesse tendo um pesadelo.

—Capitãozinho! Tá difícil correr contigo fazendo isso, poderia parar e simplesmente acordar?

Quase como mágica pelo pedido do Pecado da Gula, os olhos de Nier se abrem, e ele estava com uma expressão de estar acabado e esgotado.

Seus olhos brilhavam intensamente, como se poder saísse deles, até que de repente, param e voltam ao normal, como se nada tivesse acontecido. Eles se voltam para Asura e demonstram cansaço, que sem entender o que estava acontecendo, fala:

—Bom dia, princesa. Dormiu bem? – Fala o vampiro tirando sarro de Nier. O garoto o encara por um segundo, e como se nada estivesse acontecendo, suas energias e expressão normal retornam, para o espanto de Asura.

—Asura! Há quanto tempo! – Nier pula do colo de Asura e começa a correr lado a lado com ele, fugindo da gárgula – Como tem passado?

—Sabe como é... vida de vampiro não é fácil. – Ele responde como se estivesse cansado. – É bem tediosa até. Mas derrotei um monte de bandidos e ladrões, e até bati num mago das trevas! – Asura ri após falar isso, como se se lembrasse do que fez e se divertisse com isso. – E você, capitãozinho? – Ambos dão um pequeno salto para frente, e se viram de costas enquanto deslizam no chão, encarando a gárgula em posição de combate.

—Bem, não tem muitas coisas que eu posso fazer, eu teoricamente tenho 17 anos... – Fala um pouco decepcionado. – Agora tenho um bar, viajo toda a Lioness atrás de informações sobre os paradeiros de vocês. – Asura acerta um soco na gárgula com sua enorme força vampírica que não parava de crescer, pela presença da noite na barriga do monstro.

—Entendi... E quem está com você? Senti duas presenças mais cedo... – Nier pula por cima de Asura e acerta uma joelhada na cabeça da gárgula, que amassa a pele rochosa do monstro. – Quem era a outra?

—Skanfy. Ela estava em Antares, achei que te encontraria lá, afinal, quem é a Gula é você. – Asura desliza por debaixo das pernas do monstro e faz um corte com sua Holy Dracula na veia femoral da fera, que começa a espirrar um sangue escuro.

—Haha! Verdade! Mais alguma novidade? – Nier desvia de um ataque desesperado da gárgula, toma impulso e acerta um gancho de direita no queixo do monstro, e o lança para cima.

—Sim! – Nier olha para o vampiro que se impulsionou para acertar a gárgula. – A princesa de Lioness está conosco. Camille é o nome dela. – Asura, com um movimento preciso por saber onde as veias e artérias do corpo se localizam, acerta a veia braquial esquerda da criatura, que urra de dor e raiva por estar sendo subjugada com tamanha facilidade.

—Ora, ora... onde ela dorme? – Fala Asura aterrissando, e mandando um olhar malicioso para Nier, que quebra a asa esquerda do monstro com um soco usando o poder concentrado da Gilgamesh.

—No quarto de baixo... – Responde sem graça o Pecado da Ira. A pergunta realmente o deixou desconcertado. – Skanfy pegou o quarto de frente para o meu, e Camille está no térreo. – Asura pega apoio no ombro de Nier, se lança contra seu oponente e lhe corta o olho direito, fazendo sangue espirrar do novo ferimento.

—Agora esse é meu quarto! – Asura fala rindo atrás da gárgula após lhe cortar um olho. – Vai fundo capitãozinho! – Nier ri da frase idiota de Asura e acerta um soco no meio da fera já ferida, e a faz voar alguns metros à frente, quase acertando Asura no processo – o que talvez fosse sua intenção.

—Certo, certo. – Fala Nier batendo as mãos para limpar o pó. – Agora, é hora de acabar com isso. – Profere seriamente, porém com um tom de brincadeira na fala.

—Concordo plenamente. Vamos fazer aquilo? – Asura responde jogando sua Holy Dracula para cima, como se fizesse malabares com ela.

Sim. – Pronuncia Nier, que lança um olhar de pena para a gárgula ferida, que já estava se regenerando.

Então, o Pecado da Ira e o Pecado da Gula se olham e sorriem. Já haviam decidido como acabar com o seu oponente. E gostavam disso.

Nesse instante, Asura começa a reunir todo o sangue do local, e coloca na lâmina da Holy Dracula, fazendo-a ficar completamente escarlate. Enquanto isso, Nier concentra uma enorme quantidade de chamas em sua Gilgamesh, que já deveria estar quente ao ponto de derreter metal. Então, Asura joga seu Tesouro Sagrado para Nier, que a pega no ar, e começa a colocar suas chamas no sangue concentrado.

As chamas produzidas por Nier sempre possuíam um tom alaranjado, porém em contato com o sangue misturado com a magia de Asura, e pelo poder e principalmente resistência da adaga, elas ficavam completamente vermelhas, e muito mais poderosas. A gárgula se levanta, em um estado muito melhor do que o que estava a instantes atrás, graças à regeneração acelerada natural de sua espécie misturada ao sangue de demônio. Ela parte em direção aos dois, rugindo com toda a sua força.

—Você é um oponente bem chatinho, hein? – Fala Asura zombando da gárgula. – Olha, mesmo achando que você não entenda, esse esforço todo aí é inútil, seria melhor você morrer para não passar pelo que vai vir a seguir...

Nier completamente concentrado em manter as chamas controladas, observa a gárgula indo em sua direção. Ele ergue a Holy Dracula acima de sua cabeça, e com o controle extra do poder que a Gilgamesh lhe dava, ele abaixa com toda sua força a arma, que dispara uma imensa rajada em forma de corte de chamas carmesins e escarlates.

—Crimson Fire!

A Crimson Fire era um dos golpes combinados mais destrutivos da Saligia. As chamas de sangue, como foram apelidadas por Krioni, o grande mago dos pecados, eram um dos golpes mais destrutivos e avassaladores que podiam reproduzir, principalmente se executado de maneira perfeita, como foi dessa vez.

A gárgula foi completamente obliterada em uma enorme explosão de chamas vermelhas, que com certeza seria um bom aviso para a Psychomachia que a Saligia estava de volta, e dessa vez, seria diferente o vencedor desse embate.


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