Sins of Hope escrita por DGX


Capítulo 14
O Mago de Sangue e o Paladino de Gelo




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Opening

—Então, é só disso que você é capaz, monstrengo?

Asura tinha acabado de arremessar a gárgula cidade abaixo. Ele estava no céu um pouco acima da cidade, em cima de seus adoráveis morcegos feitos de sangue, criaturas compostas apenas por asas, sem nenhum corpo ou cabeça.

Se fosse durante o dia, aquela luta teria sido muito difícil para Asura travar. Mas como já era praticamente noite com um céu quase escuro e com algumas dispersas estrelas aparecendo, a força de Asura já era o suficiente para superar a dessas imitações baratas de morcego. Ele recebeu um corte em seu braço, e com isso tinha invocado uma lâmina de foice e cortou várias vezes o corpo da gárgula, deixando-a com inúmeras feridas abertas. Mas o mais assustador sobre as gárgulas é sua resistência, pois podem aguentar bastante as feridas que recebem.

A luta foi tão prolongada que a área da cidade em que eles estavam lutando estava coberta de destruição e sangue (dos corpos ao redor e o da gárgula), e então eles foram para cima no céu para lutar. Para Asura, era fácil desviar dos golpes dela e então atacar a gárgula. Quando a gárgula ficou atordoada devido ao cansaço que sentia da luta, Asura tinha juntado as duas mãos como um martelo e mandou ela cidade abaixo.

O grito estridente da criatura foi o sinal de que a luta ainda não tinha acabado. A criatura fez um esforço enorme para se levantar, e estava bem cansada, mas ela deu outro rugido para dizer que ainda iria tentar matar Asura.

—Pelo visto, ainda quer acabar com minha raça. Nada mal para um monstrengo como você, que nada é além de uma cópia minha. Mas acho que está na hora de acabar com essa luta fútil. Está na hora do jantar.

Asura usou sua magia, Blood Manipulation, e juntou todo o sangue na área ao redor acima da sua cabeça, até formar uma enorme bolha escarlate.

A gárgula começou a juntar a força nas pernas e deu um poderoso salto em direção de Asura, com uma enorme intenção assassina, gritando como se não houvesse amanhã.

A enorme bolha começou a mudar de forma e se tornou uma enorme lança de sangue, duas vezes maior que a gárgula. Ela apontava na direção da gárgula cinzenta.

—Adeus, gargulóide. Está na hora de sua execução.

Com um movimento da mão direita, Asura lançou a lança de sangue contra a gárgula, que foi perfurada de cima para baixo. E enquanto a gárgula no espeto ainda pendia no céu, Asura mexeu a mão esquerda e gritou:

—Parasyte!

A lança se abriu e o corpo da gárgula explodiu completamente, como uma enorme bolha de sangue estourando. Asura então trouxe a enorme bolha de sangue até ele e começou a beber em um só gole. Depois de terminar a refeição, Asura ficou com uma expressão enojada em seu rosto.

—Esse sangue tem gosto de pedra... – Disse colocando uma mão na boca, como se fosse vomitar. – Bom, não podia esperar menos dessas criaturas patéticas. Até as vacas tem um gosto bem superior. Pelo que estou sentindo, as outras gárgulas devem ter sido eliminadas. Ao julgar pelos poderes ainda restantes, só podem ser mais dois da Saligia. Mas o que eles estariam fazendo por aqui?

Antes de terminar de raciocinar, Asura sentiu o poder de mais uma presença, ao longe. Um poder mágico grande e poderoso, que podia ser comparado a um da Saligia, ou até mesmo maior. Talvez fosse a pessoa que mandou as gárgulas atacarem a cidade.

—Perfeito... Estava mesmo na hora de uma refeição decente em anos!

Enquanto isso, o Cavaleiro Sagrado chefe da cidade, Volk, estava no quartel de Rodório, fazendo suas tarefas como responsável pela cidade e seus arredores. Foi designado por Zengate em pessoa para fazer isso, por ser um prodígio na arte do combate e magia, além de ser muito inteligente. Durante o fim da tarde, ele começou a ouvir gritos, e designa soldados para averiguar a situação. Ao perceber a demora para seu retorno, ele sai do quartel, e percebe que há magia no ar, uma magia sombria e destrutiva, uma magia de monstros. Ele vê no centro da cidade uma gárgula voando após sentir que os outros focos de magia foram destruídos. Só faltava aquele. Agora, a noite começa a cair sobre Rodório, e Volk tem uma escolha óbvia em sua frente. Ele saiu do quartel e correu para a cidade.

Volk observava o monstro assolando os moradores e chega até eles em um piscar de olhos, mas o que ele vê é ainda mais doloroso, pois os seus amigos estavam sendo destroçados pelo monstro. Sentiu o seu coração ser penetrado pelo poder que carrega, o seu corpo começar a fluir a energia que começa a produzir vapor, devido ao choque do ar quente do local com o frio emanado de seu corpo. Ele começou a se aproximar do monstro, e congelou seus pés com sua presença.

—Hunf.... O seu erro foi escolher tal cidade para atacar, e para o seu azar, eu... o Cavaleiro Sagrado de seis estrelas, Volk, estou encarregado desta cidade, e o declaro culpado por tais atos contra os meus amigos e esta cidade, e como Cavaleiro Sagrado e cumpridor de meus deveres, o condeno.... A morte pelo fio de minha espada!

Volk falava se movendo cada vez mais rápido para o local onde a gárgula estava, ele retirou a sua espada que rangeu pelo atrito contra a bainha, pegou impulso no chão, e a magia ao seu redor se condensa em sua espada e a aponta para o monstro, cerrando os olhos, ele dispara uma rajada fria, que aprisiona o monstro dentro de um bloco enorme de gelo.

Volk ficou aliviado por ter congelado a terrível gárgula cinzenta. Comparada às outras, aquela tinha um poder bem maior. Mas ele se acalmou assim que estava impossibilitada de se mexer.

Era isso o que ele pensava, quando viu o gelo começar a se rachar. Volk não entendeu como aquilo era possível. Seu Ice Coffin era capaz de segurar um grifo, que era bem mais poderoso que uma gárgula, mas a gárgula que enfrentava era diferente das outras.

Mas o que há de errado com essa gárgula? E que poder sombrio é esse que ela está emanando?

O gelo se quebrou e a gárgula, que estava livre, rugiu. Enquanto rugia, com um grito enorme e horrível de se ouvir, sua pele cinzenta como pedra se tornou escura como uma obsidiana, seu corpo cresceu e ficou duas vezes maior, e os olhos, que eram negros como a noite, ficaram vermelhos como rubis feitos de sangue.

Depois de terminar a transformação, Volk ficou completamente paralisado de medo. Nunca havia enfrentado um monstro com um poder mágico tão massivo e maligno quando aquele. O medo era tanto, que não conseguia mexer um milímetro, como se o Ice Coffin tivesse se virado contra ele.

A gárgula negra juntou mana pela boca, e depois, cuspiu um raio negro na direção do cavaleiro sagrado, e ao acerta-lo, destruiu tudo que estava em sua frente. Com uma nuvem de poeira cobrindo o local, e por destruir o cavaleiro, acabou saindo do local, voando até os dois inimigos que mataram seus companheiros.


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