Sins of Hope escrita por DGX


Capítulo 10
O Despertar da Escuridão




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Opening

Finalmente a jornada da princesa Camille começa a fazer sentido e tomar forma, dois pecados dos sete foram encontrados, e para sua sorte um deles é o capitão e o outro uma excelente cozinheira, e pelo que ela conseguiu ver uma ótima lutadora também. Mas sua jornada ainda é longa e a cada passo coisas novas os aguardam,

Distante deles, eles conseguem avistar a cidade de Rodório, o centro comercial de toda Lioness, o sentimento de nostalgia começa a tomar conta do coração da princesa, mas esse não é o momento para dar lugar aos sentimentos nostálgicos, afinal ela estava no meio de uma missão muito séria para salvar o reino.

Um amplo lugar com tudo o que se possa imaginar em termos de comércio, é uma cidade excelente para se estocar comida para longas viagens e até mesmo, quem sabe, encontrar um novo companheiro, mas ao chegar à cidade tudo que Nier pôde sentir era uma presença familiar para ele. Talvez aquilo fosse um de seus aliados, mas podia muito bem ser um Cavaleiro Sagrado da época que servia ao Reino, então para não levantar suspeitas, decidiu que era melhor continuarem escondidos e disfarçados.

Skanfy pode facilmente se camuflar entre a cidade e camuflar seus poderes, uma arma a favor de Nier e Camille, afinal um confronto naquele momento não seria nada bom para qualquer um deles, uma vez que não conhecem a habilidade e a preparação do inimigo, se realmente quiserem continuar por ali, deverão arrumar um jeito de não chamar a atenção.

Após mais algum tempo, Nier, Camille, Ryon e Skanfy conseguiram chegar à Rodório. Não houve nenhum problema no caminho, afinal, ninguém em sã consciência iria tentar atacar uma porca verde gigante, com dois poderes monstruosos em suas costas.

A porca gigante escavou, nos arredores próximos da cidade, um buraco para se enterrar e instalar o bar. Quando acabou, Nier abre as janelas do bar e se senta na mesa central, e pede para que Camille e Skanfy se sentem com ele.

—Sir Nier? O que quer?

—Vérité, capitaine, o que quer?

—Bom, gostaria de falar que eu e Camille ficaremos no bar para atender os clientes, recolher informações e afins. Você pode ir até a cidade, Skanfy, sua magia de mudar de forma sempre é útil. Espero que não tenha esquecido como se espiona os outros. Afinal, a única pessoa que Krioni tem dificuldade de rastrear é você...

—J'ai passé dez anos despercebida tanto por vocês quanto por qualquer Cavaleiro Sagrado. Se houver qualquer rumor nesta cidade, eu com certeza encontrarei.

—Ótimo, e pegue isso. – Nier puxa uma cesta com várias folhas de papel. – Estamos em Rodório, e não sei quanto a vocês, mas vejo muito dinheiro aqui. – Ele sorri para Skanfy, que suspira e sorri de volta.

Neste momento, Ryon, gato de Nier, sobe na mesa e encara fixamente seu colega.

—Quer dizer que teremos vários clientes? Será que eu deveria aprender alguns truques para conseguir mais dinheiro?

—Não, continue apenas falando e pegando fogo em uma área controlada. Não quero lidar com um incêndio sem um rio aqui perto...

—E teremos muita comida? Skanfy não vai estar para cozinhar para mim...

—Fazer o que. Assim que ela julgar que conseguiu tudo o que queria, ela voltará ao bar. Não é?

—Bien sûr - Ela puxa Ryon para perto dela e o alisa sorrindo, fazendo com que ele se deite na frente dela.

— Sir Nier, eu ainda não aprendi direito a servir os clientes... Enquanto estávamos em Antares, você e Lady Skanfy fizeram todo o trabalho pesado, enquanto eu apenas recolhia algumas canecas aqui e ali...

—Certo, certo... tem uma primeira vez para se aprender tudo, não? E ninguém vai reclamar caso você erre, eu garanto isso. Então, vamos lá? Camille, pode ver as toalhas de mesa? – Fala o garoto com um sorriso gentil no rosto.

—Claro! É pra já – Ela sai do recinto, deixando Nier e Skanfy sozinhos.

—Sentiu também? – Nier fala com uma expressão completamente diferente da qual se dirigiu à princesa.

Skanfy também para de alisar Ryon, e fica séria.

—Oui... C'est le mesmo nível de poder de um pecado, para se sentir a essa distância. Alguém está de olho em nós, de longe. Não consigo dizer onde, nem quem. Vamos rezar para que seja Krioni e suas maluquices, odiaria lidar com um mago... Não hesite em usar todo o seu poder em um flash, capitão. Essa é a maneira mais simples de me chamar, se a situação fugir do controle.

—Digo o mesmo, Skanfy. Consigo carregar todos do bar para longe, e a Mama é muito mais resistente do que parece. Também não hesite em pedir reforços, e quero você de volta antes do anoitecer, não importa o que esteja fazendo. A noite é muito perigosa.

—Je comprends, capitaine. Cuide bem da princesa e do Ryon.

—Certo, e cuide-se também, Skanfy.

Após falar isso, Skanfy sai pela porta do Delito, e Camille chega com o que Nier pediu.

—Aqui está! - Ela sorri gentilmente para Nier, que retribui o sorriso e se levanta para ajudá-la.

Entregar panfletos e caçar rumores, uma bela missão dupla! Skanfy ri ao pensar isso assim que sai do bar. Então seu semblante fica sério enquanto ela suspira e fecha os olhos. Quando ela os abre novamente seu rosto não está mais sério e um sorriso surgiu em seu rosto, afinal de contas... Skanfy, o Pecado da Preguiça pode estar um pouco preocupada com o que está e com o que vai acontecer com o reino, porém, Alicia, uma jovem cozinheira de taverna tem apenas como preocupação sua tarefa de entregar panfletos.

Entregar seu corpo a um personagem enquanto sua mente se foca em qualquer frase dita com preocupação ou em um deslize momentâneo de algum habitante, isso era o básico para começar sua investigação. Foi o que ela fez, entregou panfletos com uma falsa animação e frases ou propagandas convidativas enquanto se concentrava em ouvir as conversas das pessoas que por ali estavam, na sua busca por algum rumor ou de uma informação importante. 

Tudo permanecia como deveria ser, comerciantes não se incomodavam com coisas como o "fantasma" ou o retorno da Saligia para tomar o Reino, na verdade eles o usavam como desculpa para vender falsos artefatos contra fantasmas e que afastavam grandes pecadores de si. Se Skanfy não estivesse em seu personagem, ela com toda a certeza estaria com problemas nos olhos de tanto ficar revirando-os. Os habitantes de Rodório em geral tinham alguns rumores, mas nada realmente importante. Na verdade, além de certos artefatos de alguns vendedores, ela não viu ou ouviu nada estranho ou suspeito. Na verdade, a única coisa suspeita era a energia ficando mais forte.

Outra coisa que incomodava profundamente a fada, porém não da via do charlatanismo, era o preconceito fortíssimo que sentia contra os não-humanos. Ela não fazia ideia se era um sentimento reprimido das pessoas ou se era um fingimento para passar despercebido pelos reais racistas. Embora fosse acostumada a ser hostilizada, inclusive por semelhantes, não gostava de ver propaganda anti não-humanos e partes dos corpos à venda, como asas de fadas, sangue de gigante e orelhas de druidas.

Tudo permaneceu assim até o fim da tarde, momento em que ela começou a ouvir um som que ia ficando cada vez mais alto, ela procurou a fonte do som e então a encontrou nos céus.

—Gargouilles - Ela percebeu após um instante que só podia se tratar de uma coisa: A Psychomachia, ela havia os encontrado! Mas o que seria isso? O que seria isso tudo? Um presente de boas-vindas? Um ataque direto? Um alerta? 

Fosse o que fosse, a garota começou a correr de volta ao bar como Nier havia a orientado a fazer quando achasse necessário, pois ela, naquele momento, havia encontrado até mais do que procurava.


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