Dramione - Lembranças do passado escrita por Aline Lupin


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal, tudo bem? Segue mais um capítulo. Espero que estejam gostando.



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Hermione saiu do St. Mungus, se sentindo melhor fisicamente, mas seu coração estava a mil por hora. Não sabia o que fazer com relação ao pedido estranho de Draco. Ele queria sua amizade, mas para que finalidade? A história deles terminou muito mal anos atrás, não precisam reviver isso novamente. Ainda havia um casamento que deveria manter e filhos para cuidar, além da sua carreira no ministério. Não queria que um envolvimento com Draco resultasse em mais problemas. Mas se sentia tentada em aceitar, teria que admitir para si mesma.

Tentou de todas as maneiras possíveis não pensar nisso, focou a semana toda em seu trabalho. Louis a parabenizava por todo seu trabalho e empenho. Colocou Hermione como seu braço direito e os dois viviam sempre juntos. Louis frequentava sua casa, jantavam juntos em família e a amizade entre eles se fortificou. Rony parecia gostar muito dele, pois o rapaz era gentil e amigo. Harry e Gina também, então quase todos o fins de semana saiam juntos para tomar um drinque ou dois. Hermione estava empenhada em ajuda-lo a arranjar um esposa, pois ele era é muito sozinho. Louis havia dito que amava uma mulher, mas que nem a percebia. Estava melancólico há muito tempo.

— Louis, tente encontrar outras pessoas. Vamos sair essa noite - ela pede - Rony não vai poder ir conosco, apenas Gina vai comigo. Vamos com a gente.

Sentado em sua cadeira, analisando uma papelada, Louis tenta fingir não escutar.

— Louis! - ela exclama.

Ele salta da sua cadeira, colocando a mão no coração.

— Hermione, quer me matar? - ele indaga, indignado - Não vou sair essa noite. Quero afogar minhas magoas sozinho.

Hermione não quer desistir de tentar. Puxa sua cadeira e senta em frente a mesa dele. Louis continua fingir que está lendo, deixando uma cortina de cabelos dourados cairem em seu rosto. Mione suspira, batucando os dedos na mesa. Ele levanta a cabeça, encarando a morena com impaciência.

— Hermione, você é muito insistente - ele diz, suspirando de irritação - Muito bem, você venceu.

Ela exulta, soltando um gritinho. Ele dá risada.

— Agora, vai me contar quem é sua amada? - ela pergunta.

Ele fica rubro de vergonha.

— Mione, ela é casada. Não acho que gostaria de dizer o nome e você vai me julgar...

Hermione fica surpresa. Pega a mão dele, por cima da mesa.

— Nunca, eu entendo perfeitamente o que está sentindo.

Louis suaviza a expressão.

— Verdade? Você não está bem com seu casamento, Mione?

Ela fica sem graça e massageia a nuca.

— Bem, digamos que as coisas estão esfriando.

Ele assente.

— Entendo - ele afaga a mão dela, com carinho - Então entende meu dilema, não é? Somos dois ferrados nessa vida. A mulher que amo é minha prima. Conhece Astoria?

Hermione assente, mas por dentro está achando muito curioso isso.

— Eu já amava desde de sempre. Então ela se casou com o Malfoy - ele diz, com desprezo - Odeio aquele cara, sinceramente. Ele a roubou de mim, mesmo não a amando. Tenho certeza disso, pois Astoria sempre me contava tudo. Tinha vezes que Malfou a ignorava totalmente e ela vinha até mim, desabafar. Chorava de desanimo, pois sempre gostou dele. Isso me deixava dilacerado por dentro, Hermione - ele narrava tudo, com um olhar de angusita, o que deixa o peito da morena oprimido - Aconselhei-a várias vezes pedir o divórcio, mas ela tem um filho com ele e não queria dividir sua família. Scorpius era muito jovem na época. Agora ela decidiu pedir a separação. O Malfoy nem se importou, acredita? Como pode passar anos ao lado dela e não se importar? Enfim, resolvi então esperar um tempo e me declarei a ela. Astoria diz que só me vê como amigo.

Aquela revelação deixou Hermione chateada. Não imagina Draco negligenciando a própria esposa. E também, estava arrasada por seu amigo. Amava uma mulher que nunca poderia retribuir seus sentimentos.

— Eu sinto muito, de verdade - ela diz, se levantando e abraçando seu amigo.

Ele se deixa abraçar, sentindo seu coração doer. Sentia que Hermione era sua única amiga agora. Não se sentia mais solitário.

— Então, vamos sair e beber - ela diz - Sei que não é o recomendado, mas sou péssima em conselhos. Vocês conhecer pessoas hoje e quem sabe você não encontra o amor da sua vida?

Ele dá risada da sugestão da morena.

— Ai, Hermione, isso não vai dar certo - ele diz, mas concorda em sair com ela.

No final do expediente, os dois saem do ministério e se encontram com Gina em um bar bruxo, no centro de Londres. Para entrar, precisa de um convite e entrar de mascara, além da senha verbal. Gina está com uma mascara vermelha de veludo, Hermione optou por uma roxa, com pedras brilhantes e Louis está usando uma preta. Eles descem uma escada que leva a uma porta de cor azul marinho, com um visor. Gina bate três vezes na porta. O visor se abrir e um olho de cor roxa aparece.

— Senha - pede a voz estranha e masculina.

— Fire Whisky - Gina diz.

A porta se abre e dentro do lugar está tocando uma música envolvente. Um rock bruxo e carregado, com uma letra falando sobre amores perdidos. Os três adentram o lugar. O bar está com uma luz fraca, não permitindo ver tudo com clareza. Há mesas espalhadas, com bruxos, feiticeiros, vampiros, lobisomens e duendes. A conversa é alta, mas o som da música pode ser ouvido. A banda está tocando no fundo do bar, em um palco com luzes coloridas. Há morcegos voando no ar e garçons de várias espécies servindo bebidas. O teto é infinito, representando o céu noturno, como em Hogwarts. Hermione e Louis ficam fascinados.

— Uau, Gina, de onde você conhece esse lugar? - pergunta Mione, no ouvido da amiga.

— Adoro um bar, Mione. Estou sempre procurando e recebi um convite especial, por trabalhar com jogadora de Quadribol - ela responde.

Os três procuram uma mesa e um garçom, que parece ser um vampiro os atende.

— Uma cerveja escura, por favor - Hermione pede.

— Eu vou querer um fire whisky - Gina pede.

— Eu quero uma bebida forte, para esquecer tudo - Louis fala.

— Anotado. Indico ao senhor um conhaque barril de dragão - diz o garçom. Louis assente - Perfeito.

O garçom se afasta. Os três conversam sobre tudo, principalmente sobre a paixão de Louis. Gina fica condoída e indignada por ele. Hermione tenta defender Draco, sem pensar. Louis a olha com surpresa.

— Você conhece ele, por acaso? - perguntou Louis, desconfiado.

— Hum...- murmurou ela, envergonhada.

— Louis, deixa isso para lá. Estamos aqui para nos divertir - Gina diz, tentando cortar o clima tenso que ficou no ar.

As bebidas chegaram e os três brindaram.

— A amizade - diz Gina.

Tomaram seus bebidas e Hermione não viu o tempo passar. O três dançaram na pista de dança uma música eletrônica, pois a banda de rock já havia partido. Hermione disse aos seus amigos que já voltava, pois iria no banheiro. A fila estava grande e teve esperar muito tempo para poder entrar. Ao sair, deu de encontro com alguém, quase caiu, mas a pessoa segurou-a pelo cotovelo. Sentiu um cheiro amadeiro e masculino. Ela levantou o rosto e viu um par de olhos azuis acinzentados. Não poderia acreditar, era muita coincidência.

— Olá, Hermione - diz Draco, tão surpreso quanto ela.

— Olá - ela murmura.

Os dois se encaram. Suas respirações se misturam. Estão trêmulos pelo encontro. Draco não pode acreditar que o destino o fez se encontrar mais uma vez depois dias sem se verem. Ele queria aproveitar a chance que tinha e conversar com Hermione. Mas não sabia o que dizer. Ele percebeu que ainda segurava seu cotovelo e a soltou. Então o vazio os preencheu os dois, como se afastar fosse algo doloroso. Ela fechou os olhos, tentando organizar seus pensamentos. Uma música lenta começa a tocar. Os dois não sabem se é por causa da magia da melodia ou porque eles sentem algo um pelo outro e Draco pede para dançar aquela música com ela. A morena assente e ele a leva para a pista. Estão tão próximos que Hermione pode sentir seus músculos sobre seu corpo. Ele continua a lindo, mas os anos o beneficiou, pois não era mais um garoto, mas um homem muito charmoso. Sua barba por fazer o deixava ainda mais bonito, fazendo a suspirar mesmo que não quisesse. Ela sentia seu coração acelerado ao dançar com ele e pode sentir que ele também estava no mesmo estado. Draco a fitava com devoção, ela constatou. E realmente estava em êxtase por tê-la tão perto de si. Queria beijar os lábios dela, tocar sua pele de novo, mas se conteve. Era apenas uma dança, somente isso, pensou consigo mesmo. 

— Você vem sempre aqui? - ela perguntou.

Ele negou com a cabeça.

— Na verdade recebi um convite no hospital. Um amigo me entregou e disse para encontrá-lo aqui - ele respondeu, sem desviar o olhar dela - Mas acabei sozinho. Ele encontrou uma mulher aqui e eu fiquei de vela.

Ela riu. Ele sorriu ao ouvir o som da sua voz. Draco aproximou seus lábios do ouvido dela, arrepiando a pela do pescoço dela, pelo contato.

— Você está mais linda do que eu me lembrava - ele sussurra.

Ela ruborizou, sentindo seu corpo incendiar.

— E você continua muito atrevido - ela respondeu.

Ele gargalhou. Agora era a vez dela ficar extasiada ou ouvir sua risada.

— Eu sei, não pude resistir, Hermione - ele diz com carinho.

A música terminou. Começou uma mais rápida e os dois ficaram sem jeito. Não sabiam o próximo passo a ser dado. Eles se separaram relutantes.

— Hermione, eu...- ele começa a dizer, mas é interrompido.

— Mione? - chama Harry, atrás dela.

Draco fica desconfortável. Sabia que não haviam feito nada de errado, mas ao ver Potter lembrou do marido de Hermione. 

— Malfoy - diz Harry, cordial - Como tem passado?

— Bem. E você? Como está Alvo? - ele peguntou por educação. Sua vontade era sumir.

O mesmo acontecia com Hermione. Estava trêmula, seus sentimentos estavam a flor da pele. E Harry ter a visto conversar com Draco a deixa com remorso. Rony não merecia aquilo, ela pensava.

— Estou muito bem, obrigado - Harry diz, de bom humor - E Alvo está ótimo. Ele já está pronto para outra. 

Draco ri. Realmente adolescentes não tem noção de como é perigoso estar em cima de uma vassoura.

— Bem, Gina está nos esperando na mesa. Quer nos acompanhar? - pergunta Harry.

Hermione tenta dizer com os olhos e com um movimento dos lábios para que Draco não aceite. Ele não parece querer fazer o que ela pede, pois diz:

— Adoraria - e oferece um sorriso malicioso, o mesmo que usava com ela, quando a queria irritar.

Harry fica contente e os guia, a frente deles. 

— O que pensa que está fazendo? - ela sibilou para Draco.

Ele deu de ombros.

— Fazendo amigos, eu suponho - ele diz, irônico - E o mundo não gira só ao seu redor, Mione. Será apenas uma conversa inocente, então relaxe.

Ela não acreditava que aquilo estava acontecendo. Fugiu dele por anos e de repente ele cai de paraquedas na sua vida. E como e se atrevia a usar seu apelido? Ela iria mostrar pra ele como era relaxar, ah sim. Iria mata-lo. 


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