A angústia de Reuel escrita por Melian a Maia
Notas iniciais do capítulo
Para entender as referências é necessário ler ou jogar o livro Saga de Viera em Time Princess. Os personagens desse conto foram criados pela IGG para o Jogo Time Princess e meu conto apenas narra a história pela visão de outro personagem.
A partir do capítulo 9 todo diálogo e e trama desta história foram escritas por mim.
Ao sair do Santuário, o sumo sacerdote de depara com o Caos, gritos e choros. Vários elfos atordoados lhe pedem ajuda.
— Vossa Eminência, o que fazemos? para onde vamos nesse momento?
— Senhores, peço que procurem nesse momento abrigo em suas casas, estou buscando informações sobre a segurança do nosso povo, assim que estivermos seguros os alarmes serão tocados.
— Obrigada Vossa Eminência.
Reuel corre em direção aos aposentos do Cardeal e de Olga, no meio do caminho ele é interceptado por Emílio.
— Vossa Eminência!
— Emílio! Onde está Olga?
— Deixei ela em seus aposentos senhor, soldados estão em luta contra um grupo de Elfos próximo ao templo, como está a Rainha?
— Ela está em segurança no seu Santuário, deixei o Cardeal cuidando dela, vou levar Olga para junto deles. Emílio, reforce a guarda do Santuário, assim que todos estiverem em segurança me unirei a vocês.
— Sim, vossa Eminência!
Reuel e Emílio seguem em direções opostas. Reuel sobe apressado as escadas que levam ao quarto de Olga. Ao chegar nos aposentos, Reuel encontra Olga visivelmente desolada.
— Vossa santidade...
Reuel se põe na porta e a chama suavemente. Olga se vira para ele abalada e entristecida e diz:
— Entre, Eminência.
Reuel acena com a cabeça e entra em silêncio de repente ele lembra que descobriu uma forma de quebrar a maldição e pensa em contar a ela, mas logo se lembra que a árvore foi destruída e hesita em falar. Olga percebe seu nervosismo e inquieta se põe em sua frente olhando em seus olhos. Reuel toma coragem e finalmente lhe fala:
— Encontrei uma maneira de quebrar sua maldição.
— De verdade?! Olga responde com um brilho no olhar mas ao observar a expressão de Reuel logo ela se põe aflita. Ela segura as mãos de Reuel com força e pergunta:
— O que é?
— É… A luz da árvore Sagrada.
— O quê?
Olga fica atônita e trava tentando processar a informação.
— Como eu disse antes, a única maneira de quebrar a sua maldição é com a magia do dragão ou com o poder dos deuses. Procurei por “poder divino” em muitos livros, mas infelizmente… Só encontrei informações vagas, porém descobri algo. O único poder divino que ainda existe e que é suficientemente forte para quebrar sua maldição é a Luz da Árvore Sagrada.
— Mas a Árvore Sagrada foi destruída! Toda Aurethel foi coberta pela escuridão. Onde posso encontrar a luz para quebrar minha maldição agora…?
Lágrimas rolam no rosto de Olga incontrolavelmente. Reuel fica consternado com sua dor após revelar o que tinha descoberto e sem pensar acaricia o rosto de Olga e enxuga suas lágrimas. Olga olha para Reuel e inconsolável se joga em seus braços buscando consolo.
— Santi...
Reuel, pego desprevenido, congela suas mãos no ar, porém seu coração busca por consolá-la e assim ele gentilmente encosta suas mãos nas costas de Olga e a acaricia como uma forma de reconforta-la
— Não se preocupe, vamos restaurar a Árvore Sagrada.
Nesse momento, como por impulso Olga levanta seu rosto porém, por estar muito próximo do rosto de Reuel, seu nariz percorre o queixo e os lábios do elfo até encostar em seu nariz. O tempo congela e nesse momento dois corações batem no mesmo ritmo e seus lábios quase se encontram. Como um choque, os dois se afastam envergonhados e Olga pergunta:
— A Árvore Sagrada… Realmente… Pode ser restaurada?
— A restauração da Árvore Sagrada requer encontrar o poder divino que os deuses deixaram em nosso mundo. Se reunirmos este poder, poderemos restaurar com sucesso a árvore. Será difícil, mas não será impossível.
Em um momento eufórico, Olga põe suas mãos em seus lábios e começa a dar pequenos pulos como uma criança, mas de repente ela para e o desespero toma seu corpo novamente.
— Oh não… Preciso voltar à Viera Oeste em breve… Vossa Eminência, não posso esperar tanto tempo.
Com o olhar desesperado, Olga estende seu braço e mostra a marca em seu pulso, já quase tomada por uma mancha vermelha. Angustiado, Reuel vira o rosto e se põe em silêncio.
— Vossa eminência, consegue pensar em outra coisa?
Olga pega a mão de Reuel mais uma vez e dessa vez com mais força.
— Eu…
— Zo… Hum, Olga.
Nesse momento o Cardeal surge e Olga solta a mão de Reuel se virando em direção do mesmo.
— Vossa Excelência!
O Cardeal lança um olhar Significativo para ambos e se virando para Reuel diz:
— Eminência, tenho alguns assuntos importantes a discutir com a dama sagrada. Se me permitir, por favor.
Reuel acena com a cabeça, se despede e se vira para partir quando…
— Eminência! …
Implora Olga angustiada. Reuel fica parado, hesitando por um momento, se vira para Olga e diz:
— Vai dar tudo certo. Restauraremos a Árvore Sagrada o mais rápido possível.
Assim Reuel se afasta e deixa o Cardeal e Olga a sós. Ao descer as escadas ele encontra alguns soldados e delega que eles protejam os aposentos dos visitantes. Enfim, parte em direção ao Santuário para ter com a Rainha e Emílio.
Ao chegar no Santuário Bethrynna e Emílio os aguarda sérios. Após cumprimentar a rainha o sumo sacerdote questiona:
— Encontraram os invasores?
— Sim Vossa Eminência, estão presos. Disse Emílio um pouco hesitante.
— Algum problema?
— Meu senhor, descobrimos quem foi a assassina que teve acesso aos aposentos dos visitantes, na verdade o acesso fora aos aposentos de Olga… encontramos uma Adaga pendurada próximos a alguns adornos na parede.
— Mas isso não faz o menor sentido, por que a dama sagrada estaria envolvida com elfos das trevas se acabara de conhecer nosso mundo?
— Meu senhor… Não temos essa resposta… Mas é preciso que tanto a Dama Sagrada quanto o Cardeal sejam postos sob custódia até que a verdade seja descoberta.
— Não! Isso é absurdo! Vossa Majestade não podemos por em Custódia nossos mais leais aliados.
Bethrynna olha de forma austera para Reuel e Emílio, ponderando cada frase dita por ambos e por fim se levanta de seu trono e declara.
— Um grande atentado ao nosso povo foi meticulosamente executado gerando dor e grande sofrimento. Nossa guarda sempre foi conhecida como intransponível, portanto as ponderações do jovem Capitão Emílio possuem fundamento.
— Não! Não acredito nessa hipótese!
— Silêncio Reuel, sua rainha ainda não finalizou suas palavras.
Bethrynna olha de forma ainda mais severa para Reuel e volta a declarar.
— No entanto… Acusar deliberadamente nossos aliados é perigoso e nocivo a nossa aliança… Sendo assim, proponho uma reunião em caráter de emergência entre nossos guardiões e os hóspedes. Exporemos a situação a todos e aguardaremos suas palavras.
— Emílio, prepare o Salão de Deliberação e cuide para que essa reunião aconteça da forma mais pacífica possível.
— Sim, Vossa Majestade.
Emílio parte após uma reverência enquanto Reuel cerra seu punho com a cabeça baixa.
— Reuel… A provação se iniciou e você precisa estar preparado para enfrentá-la. E enfrentá-la com furor e rigidez não me parece ser a escolha correta. Não se rebele contra seu povo ou estará fadado à dor e ao desespero. Nossa missão é descobrir o motivo pelo qual destruíram a Árvore Sagrada. Doa em quem doer a verdade deverá aparecer.
— Sim, Vossa Majestade.
— Volte para seus aposentos e busque seu equilíbrio para agir com sabedoria acerca dessa questão.
— Sim, vossa Alteza.
— Está dispensado.
Reuel se curva em reverência e deixa o salão da Rainha em direção aos salão de deliberações. A escuridão que paira sob Aurethel o impede de saber se ainda é dia ou já anoiteceu, uma angústia sufocante toma seu peito.
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