A angústia de Reuel escrita por Melian a Maia


Capítulo 8
Esperanças Estilhaçadas


Notas iniciais do capítulo

Para entender as referências é necessário ler ou jogar o livro Saga de Viera em Time Princess. Os personagens desse conto foram criados pela IGG para o Jogo Time Princess e meu conto apenas narra a história pela visão de outro personagem.
A partir do capítulo 9 todo diálogo e e trama desta história foram escritas por mim.



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Ao sair do Santuário, o sumo sacerdote de depara com o Caos, gritos e choros. Vários elfos atordoados lhe pedem ajuda. 

— Vossa Eminência, o que fazemos? para onde vamos nesse momento?

— Senhores, peço que procurem nesse momento abrigo em suas casas, estou buscando informações sobre a segurança do nosso povo, assim que estivermos seguros os alarmes serão tocados.

— Obrigada Vossa Eminência. 

Reuel corre em direção aos aposentos do Cardeal e de Olga, no meio do caminho ele é interceptado por Emílio. 

— Vossa Eminência!

— Emílio! Onde está Olga?

— Deixei ela em seus aposentos senhor, soldados estão em luta contra um grupo de Elfos próximo ao templo, como está a Rainha?

— Ela está em segurança no seu Santuário, deixei o Cardeal cuidando dela, vou levar Olga para junto deles. Emílio, reforce a guarda do Santuário, assim que todos estiverem em segurança me unirei a vocês.

— Sim, vossa Eminência!

Reuel e Emílio seguem em direções opostas. Reuel sobe apressado as escadas que levam ao quarto de Olga. Ao chegar nos aposentos, Reuel encontra Olga visivelmente desolada.

— Vossa santidade...

Reuel se põe na porta e a chama suavemente. Olga se vira para ele abalada e entristecida e diz: 

— Entre, Eminência.

Reuel acena com a cabeça e entra em silêncio de repente ele lembra que descobriu uma forma de quebrar a maldição e pensa em contar a ela, mas logo se lembra que a árvore foi destruída e hesita em falar. Olga percebe seu nervosismo e inquieta se põe em sua frente olhando em seus olhos. Reuel toma coragem e finalmente lhe fala: 

— Encontrei uma maneira de quebrar sua maldição.

— De verdade?! Olga responde com um brilho no olhar mas ao observar a expressão de Reuel logo ela se põe aflita. Ela segura as mãos de Reuel com força e pergunta:

— O que é?

— É… A luz da árvore Sagrada.

— O quê? 

Olga fica atônita e trava tentando processar a informação.

— Como eu disse antes, a única maneira de quebrar a sua maldição é com a magia do dragão ou com o poder dos deuses. Procurei por “poder divino” em muitos livros, mas infelizmente… Só encontrei informações vagas, porém descobri algo. O único poder divino que ainda existe e que é suficientemente forte para quebrar sua maldição é a Luz da Árvore Sagrada.

— Mas a Árvore Sagrada foi destruída! Toda Aurethel foi coberta pela escuridão. Onde posso encontrar a luz para quebrar minha maldição agora…? 

Lágrimas rolam no rosto de Olga incontrolavelmente. Reuel fica consternado com sua dor após revelar o que tinha descoberto e sem pensar acaricia o rosto de Olga e enxuga suas lágrimas. Olga olha para Reuel e inconsolável se joga em seus braços buscando consolo.

— Santi...

Reuel, pego desprevenido, congela suas mãos no ar, porém seu coração busca por consolá-la e assim ele gentilmente encosta suas mãos nas costas de Olga e a acaricia como uma forma de reconforta-la

— Não se preocupe, vamos restaurar a Árvore Sagrada. 

Nesse momento, como por impulso Olga levanta seu rosto porém, por estar muito próximo do rosto de Reuel, seu nariz percorre o queixo e os lábios do elfo até encostar em seu nariz. O tempo congela e nesse momento dois corações batem no mesmo ritmo e seus lábios quase se encontram. Como um choque, os dois se afastam envergonhados e Olga pergunta:

— A Árvore Sagrada… Realmente… Pode ser restaurada?

— A restauração da Árvore Sagrada requer encontrar o poder divino que os deuses deixaram em nosso mundo. Se reunirmos este poder, poderemos restaurar com sucesso a árvore. Será difícil, mas não será impossível. 

Em um momento eufórico, Olga põe suas mãos em seus lábios e começa a dar pequenos pulos como uma criança, mas de repente ela para e o desespero toma seu corpo novamente. 

— Oh não… Preciso voltar à Viera Oeste em breve… Vossa Eminência, não posso esperar tanto tempo.

Com o olhar desesperado, Olga estende seu braço e mostra a marca em seu pulso, já quase tomada por uma mancha vermelha. Angustiado, Reuel vira o rosto e se põe em silêncio. 

— Vossa eminência, consegue pensar em outra coisa? 

Olga pega a mão de Reuel mais uma vez e dessa vez com mais força.

— Eu…

— Zo… Hum, Olga. 

Nesse momento o Cardeal surge e Olga solta a mão de Reuel se virando em direção do mesmo. 

— Vossa Excelência!

O Cardeal lança um olhar Significativo para ambos e se virando para Reuel diz: 

— Eminência, tenho alguns assuntos importantes a discutir com a dama sagrada. Se me permitir, por favor. 

Reuel acena com a cabeça, se despede e se vira para partir quando…

— Eminência! … 

Implora Olga angustiada. Reuel fica parado, hesitando por um momento, se vira para Olga e diz:

— Vai dar tudo certo. Restauraremos a Árvore Sagrada o mais rápido possível.

Assim Reuel se afasta e deixa o Cardeal e Olga a sós. Ao descer as escadas ele encontra alguns soldados e delega que eles protejam os aposentos dos visitantes. Enfim, parte em direção ao Santuário para ter com a Rainha e Emílio. 

Ao chegar no Santuário Bethrynna e Emílio os aguarda sérios. Após cumprimentar a rainha o sumo sacerdote questiona:

— Encontraram os invasores?

— Sim Vossa Eminência, estão presos. Disse Emílio um pouco hesitante.

— Algum problema?

— Meu senhor, descobrimos quem foi a assassina que teve acesso aos aposentos dos visitantes, na verdade o acesso fora aos aposentos de Olga… encontramos uma Adaga pendurada próximos a alguns adornos na parede.

— Mas isso não faz o menor sentido, por que a dama sagrada estaria envolvida com elfos das trevas se acabara de conhecer nosso mundo?

— Meu senhor… Não temos essa resposta… Mas é preciso que tanto a Dama Sagrada quanto o Cardeal sejam postos sob custódia até que a verdade seja descoberta.

— Não! Isso é absurdo! Vossa Majestade não podemos por em Custódia nossos mais leais aliados.

Bethrynna olha de forma austera para Reuel e Emílio, ponderando cada frase dita por ambos e por fim se levanta de seu trono e declara. 

— Um grande atentado ao nosso povo foi meticulosamente executado gerando dor e grande sofrimento. Nossa guarda sempre foi conhecida como intransponível, portanto as ponderações do jovem Capitão Emílio possuem fundamento.

— Não! Não acredito nessa hipótese!

— Silêncio Reuel, sua rainha ainda não finalizou suas palavras. 

Bethrynna olha de forma ainda mais severa para Reuel e volta a declarar. 

— No entanto… Acusar deliberadamente nossos aliados é perigoso e nocivo a nossa aliança… Sendo assim, proponho uma reunião em caráter de emergência entre nossos guardiões e os hóspedes. Exporemos a situação a todos e aguardaremos suas palavras.

— Emílio, prepare o Salão de Deliberação e cuide para que essa reunião aconteça da forma mais pacífica possível.

— Sim, Vossa Majestade. 

Emílio parte após uma reverência enquanto Reuel cerra seu punho com a cabeça baixa.

— Reuel… A provação se iniciou e você precisa estar preparado para enfrentá-la. E enfrentá-la com furor e rigidez não me parece ser a escolha correta. Não se rebele contra seu povo ou estará fadado à dor e ao desespero. Nossa missão é descobrir o motivo pelo qual destruíram a Árvore Sagrada. Doa em quem doer a verdade deverá aparecer.

— Sim, Vossa Majestade.

— Volte para seus aposentos e busque seu equilíbrio para agir com sabedoria acerca dessa questão.

— Sim, vossa Alteza.

— Está dispensado. 

Reuel se curva em reverência e deixa o salão da Rainha em direção aos salão de deliberações. A escuridão que paira sob Aurethel o impede de saber se ainda é dia ou já anoiteceu, uma angústia sufocante toma seu peito.


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