Memórias Paternas escrita por KayallaCullen, Miss Clarke


Capítulo 1
Pequeno presente


Notas iniciais do capítulo

Sejam bem vindos a mais um short fic da família Thompson.
Espero que se apaixonem pelas memórias desses pais incríveis, sempre dispostos a fazerem de tudo por seus filhos.
E o primeiro a nos dar seu ponto de vista será...Adrian Thompson, o pai de Elliot, o protagonista de Recomeçar.
Espero que gostem do capitulo de hoje.
Um boa leitura a todos.



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POV. ADRIAN THOMPSON

Dirigia pelas ruas molhadas de Londres tomando o maior cuidado possível, evitando assim qualquer acidente que pudesse me atrasar para o concerto que minha esposa iria realizar no conservatório de música inglês, dando início à temporada cultural da cidade que sempre ocorria durante o verão, marcado pelo fim das chuvas e o começo da temporada de calor no país.

Havia sido uma verdadeira batalha sair mais cedo do laboratório, ainda mais agora que ele havia sido reconhecido pelos órgãos competentes como uma referência na fabricação de medicamentos de qualidade, redobrando meu trabalho não só como gestor e responsável técnico da empresa, mas sabia que poderia contar com meu primo Oscar para qualquer coisa, porque além de primos e sócios na empresa, éramos extremamente unidos.

Sabia que poderia contar com meu primo para qualquer coisa, nada mudaria a nossa relação que se fortaleceu ainda mais quando nos unimos durante a faculdade, para criarmos os laboratórios Thompson. Oscar tomando conta de todos os tramites que envolviam a administração da empresa, enquanto eu cuidava da parte administrativa e coordenação da produção dos medicamentos no laboratório.

—Achei que chegaria cedo, Adrian. - Meg me repreendeu maternal, arrumando as almofadas do sofá da sala assim que entrei em casa atrasado para o concerto da minha esposa.

Meg já estava na minha família antes de eu nascer, meu pai havia lhe contratado para ajudar minha mãe na administração da casa assim que os dois se casaram, já que ela fez questão de deixar claro que não abriria mão de continuar trabalhando apenas porque se casou com o herdeiro de Colin Thompson, primo de sexto grau da rainha e quinquagésimo na linha de sucessão ao trono britânico.

—Eu também, Meg. Até sai mais cedo do laboratório, mas o trânsito estava um caos provavelmente por causa do concerto. Ava já saiu? - questionei esperançoso e Meg me olhou com pesar, me fazendo entender que minha esposa não estava mais em casa.

—Sinto muito, querido, Ava foi na frente com seus pais porque precisava passar o som, antes do concerto, mas ela deixou o seu convite no quarto de vocês. Se for rápido para se arrumar, conseguiremos chegar ainda durante o primeiro ato. - Meg sugeriu e concordei agradecendo, subindo as escadas correndo, sem querer perder um minuto a mais.

Tomei um banho rápido e vesti meu terno pegando meu convite em cima da cama, antes de descer as escadas com pressa querendo chegar até o conservatório no meio do primeiro ato, já que provavelmente iria perder o início do concerto, devido ao caos que estaria o trânsito a essa hora.

—Que bom que chegou, filho. - minha mãe disse sorrindo amável para mim, assim que me sentei ao seu lado e Meg se acomodou ao meu.

—Perdi muita coisa mãe? - questionei preocupado desviando os olhos da minha mãe pra ver a minha esposa no palco, tocando lindamente como todas as outras vezes.

Ava possuía uma intimidade com a música que jamais iria entender, era como se a música fizesse parte dela...Como se as duas fossem uma só, algo que me deixou fascinado quando a ouvi tocar pela primeira vez, quando fui ao teatro assistir a um concerto com meus pais em comemoração ao aniversário de reinado da nossa prima distante, a qual nunca conheci já que estávamos no final da linha de sucessão, não nos dando assim o direito de frequentar o círculo íntimo extremamente restrito da rainha.

Mas aquela noite, que tinha tudo para ser igual a todas as outras comemorações daquele tipo tediosas e cheias de pessoas esnobes, que só queriam ostentar o parentesco que possuíam com a monarca vigente, fui surpreendido pela mais doce melodia que já tinha ouvido na vida a qual era tocada por um anjo de beleza sem igual.

Desde aquele dia, não conseguia mais tirar aquela música da minha cabeça e muito menos a pianista que a tocou, até que a encontrei novamente em uma festa de arrecadação de fundos realizada pelo conservatório, a qual fiz questão de apoiar para que pudesse conhecer a pianista que havia dominado meus pensamentos e meu coração.

Assim que fomos apresentados, senti como se já nos conhecêssemos a muito tempo, pois existia uma espécie de conexão entre nós tão forte e arrebatadora, impedindo que ficássemos longe um do outro. Era como se Ava fosse o meu ar e eu o dela, impulsionando-me assim a pedi-la em casamento dois meses depois que havíamos nos conhecidos, o que para meus pais era uma tremenda loucura, mas no final eles respeitaram a minha decisão porque sabiam que o sentíamos era verdadeiro.

Era como se algo dentro de mim, soubesse que não teria muito tempo ao lado da mulher da minha vida, por isso anisava em desfrutar cada momento ao seu lado como se fosse o último, fazendo dele especial e único.

—Não filho, o primeiro ato começou a pouco tempo. - meu pai assegurou ao lado da minha mãe e respirei aliviado, por saber que não havia me atrasado tanto para a apresentação da minha esposa.

Após o termino do concerto, fui até o camarim parabenizar minha esposa e sugerir que fossemos comemorar com um jantar, mas tudo que Ava disse foi que estava cansada demais e queria ir para casa, um desejo que foi respeitado por todos, mas no fundo sabia que minha mulher estava decepcionada com  meu atraso, quando havia prometido que a levaria para o concerto.

—Ava...- comecei a dizer assim que a segui até o closet e ela virou séria para me ver, deixando claro em seus olhos castanhos escuros que não estava contente.

— Por favor, não comece Adrian, sei muito bem o que irá dizer. Você me prometeu, quando me pediu em casamento que o nosso relacionamento seria a sua prioridade, mas não foi o que demonstrou hoje quando me deixou ir sozinha para o concerto. - Ava disse me olhando entre lágrimas e vi nos seus olhos o quanto estava decepcionada comigo.

—Me perdoe, amor. Eu sai mais cedo do laboratório, mas o trânsito estava uma loucura...Sinto muito Ava por tê-la deixado sozinha, prometo que será a primeira e última vez. Será que você, pode me perdoar? - questionei sincero olhando nos olhos da minha esposa que respirou fundo antes de sorrir suave, sinalizando que não estava mais brava comigo.

Sem dizer uma palavra, me aproximei de Ava trazendo-a para os meus braços e enxuguei suas lágrimas com beijos, prometendo que jamais a deixaria sozinha novamente, antes de beijá-la apaixonadamente.

—Me desculpe, amor, por tudo isso. Não devia ficar exigindo sua atenção, afinal a empresa está crescendo e consequentemente você ficará mais tempo ocupado, não quero que pense que não apoio os seus sonhos, Adrian, por que os apoio. Sou extremamente orgulhosa por presenciar cada conquista sua. - minha esposa disse aconchegada ao meu peito e beijei o alto da sua cabeça com carinho, enquanto a envolvia nos meus braços.

—Está tudo bem, minha querida, vamos esquecer tudo isso, que tal? - sugeri e ela concordou sorrindo.

—Tudo bem, afinal jamais conseguiria ficar brava com o pai do meu filho por muito tempo. -Ava disse sem importância e concordei, mas assim que compreendi o que ela havia acabado de falar a afastei do meu peito, para olhar seus lindos olhos castanho escuros que tanto amava.

—O que disse? - questionei emocionado com os olhos cheios de lágrimas enquanto a olhava.

—Disse que estou grávida, Adrian...Estou esperando um filho seu, amor. - Ava disse igualmente emocionada e sorri em meio as lágrimas, antes de abraçar a minha mulher com carinho, grato pelo presente que ela estava me proporcionando naquele momento.

Passada a emoção da notícia, pedi que Ava se sentasse na cadeira que havia no closet e me ajoelhei ao seu lado, acariciando a sua barriga ainda inexiste na qual o fruto do nosso amor crescia.

—Oi, filho, você não sabe o quanto estou feliz em saber da sua existência, meu amor. Prometo ser o melhor pai do mundo para você, Elliot. - disse amoroso para a barriga da minha esposa, antes de beijá-la com carinho enquanto Ava acariciava meus cabelos.

—Elliot? - minha esposa questionou curiosa e me afastei de sua barriga, para olhar em seus olhos castanhos.

—Me desculpe, sei que devíamos ter decidido os nomes juntos, mas sempre imaginei que se um dia tivesse um filho queria que ele se chamasse Elliot, que significa o senhor é meu Deus...Mas se você não gostar, podemos...- comecei a dizer e Ava colocou seu dedo indicador nos meus lábios, me silenciando enquanto me olhava nos olhos.

—Pra mim, está perfeito, amor. Se tivermos um menino ele se chamará Elliot, mas e se tivermos uma menina? Como ela irá se chamar? -minha esposa questionou curiosa e pisquei confuso, pois nunca havia pensado nessa possibilidade.

—Nunca pensei nessa possibilidade, querida. - disse sincero e Ava sorriu amorosa para mim, acariciando meu rosto com carinho.

—Bom, já que meu marido não pensou em nenhum nome para uma possível filha, tenho um nome em mente, isso se você concordar em escutá-lo.

—Claro, amor. - disse sincero e Ava sorriu para mim, antes de voltar a falar.

—O que acha de Leah? Sempre amei esse nome e significa aquela que tem olhos doces. - Ava disse empolgada e sorri concordando o que lhe deixou feliz.

—Por mim tudo bem. Se tivermos uma menina ela se chamará Leah, mas se tivermos um menino ele se chamará Elliot.

—Por mim, está ótimo. - Ava disse feliz e sorri amoroso para ela, segurando seu rosto em minhas mãos para olhar seus doces olhos castanho escuros.

—Eu te amo tanto, Ava, mas do que um dia pensei em amar alguém e muito obrigado, por me dar a chance de ser o pai do seu filho. Prometo que serei o melhor pai do mundo, para o nosso pequeno presente.

—Eu também te amo, Adrian, jamais duvidei de que seria o melhor pai do mundo para o nosso filho. - ela disse confiante e nos beijamos com carinho, enquanto pedia a Deus que os meses passassem rápido para que pudesse ter o nosso tão sonhado filho ou filha, logo nos meus braços.


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Notas finais do capítulo

O que acharam do primeiro capitulo desse especial?
Espero que tenham gostado da novidade.
Bom domingo para todos.
Beijos e até o próximo capitulo.



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