Back To The Past escrita por Mrs Kress


Capítulo 8
Capítulo 8 - Freddie


Notas iniciais do capítulo

Hey pessoal!!

Aqui estou com mais um capítulo dessa fic que estou amando escrever. Afinal, amo clichês também hahahah

Tenham uma boa leitura!!



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Estava anoitecendo quando Sam resolveu ir para casa e eu a acompanhei como tínhamos combinado durante a tarde. Precisávamos conversar com Sophie. O quanto antes melhor.

Estacionei o carro em frente à sua casa, me lembrando das inúmeras vezes que costumava ir até lá quando namorávamos. Observei por um tempo Sam ajudando Sophie a descer do carro com seus brinquedos e ir até a porta para destrancá-la, elas haviam saído minutos antes que eu de casa.

Respirei fundo e desci do carro indo até a casa e reunindo coragem. A ideia de ser pai ainda era nova e me assustava um pouco, por mais que eu quisesse fazer parte da vida dela. Não só dela, na verdade, mas queria ser parte da vida de Sam também, se ela me aceitasse.

—Mamãe, podemos jantar pizza hoje à noite? – Sophie a encarou animada com os olhos brilhando.

—Bom, vou fazer uma exceção hoje.

—Ele vai jantar com a gente também? – os olhos castanhos da menina pararam sobre mim e só agora pude perceber como eles eram parecidos com os meus.

—Sim – Sam respondeu incerta e se abaixou até ficar na altura da filha – Nós precisamos conversar com você. Uma coisa muito importante.

Continuei parado no mesmo lugar, próximo a entrada da casa ainda sem saber se eu deveria falar alguma coisa agora ou não. Sophie alternou os olhares para mim e depois para sua mãe.

—Ele é meu pai? – perguntou por fim.

Sam e eu nos entreolhamos por um momento. Ambos pegos de surpresa.

—Sophie... – Sam começou.

—Sou – a interrompi – E espero que esteja tudo bem para você se a gente passasse algum tempo juntos.

O silêncio se instalou no ambiente por longos segundos.

—Certo – a pequena disse por fim.

—No seu tempo, meu amor – Sam a abraçou – Podemos terminar a conversa no jantar. Hora do banho, vem, vou pegar sua roupa – Sam se levantou e se virou para mim – Pode ficar à vontade enquanto isso – apontou para a sala.

            _Obrigado.

Dito isso, ela e Sophie desapareceram pelo corredor e eu me dirigi até a sala e me sentei em um dos sofás. A decoração da casa ainda parecia intacta, com exceção de que agora havia fotos espalhadas de Sam com Sophie, ou só da pequena, ou com a família toda.

Não demorou muito até Sam aparecer na sala.

—Pedi duas pizzas para nós – tentou puxar assunto assim que se sentou do meu lado – Sophie está terminando de se trocar. Ela gosta de se arrumar sozinha agora – sorriu.

—Acha que ela está bem com a notícia?

—Bom, ela ainda não me fez nenhuma pergunta, mas parece bem.

(...)

Sam e eu não conversamos muito depois disso e depois de cerca de meia hora as pizzas enfim chegaram. A mesa já estava posta e logo nos acomodamos nos lugares e nos servimos.

—Então... – Sophie começou após dar a primeira mordida em sua pizza – Mamãe disse que você estava viajando e trabalhando. O que você faz?

—Sou ator.

—Sério? – ela pareceu se animar – Por que nunca te vi na televisão?

—Ahn... Porque ele...Ahn... Os filmes dele não passam nos canais que nós assistimos – Sam se atrapalhou um pouco com as palavras. Mas eu percebi que era só uma desculpa. Com certeza ela evitava.

—Você já participou de muitos filmes?

—Bom, até hoje devo ter feito uns seis – dei de ombros – Alguns exigiram muita preparação.

—Onde você mora?

—Em Los Angeles.

—Que incrível – o sorriso dela aumentou ainda mais – Será que um dia você pode me levar junto? Eu quero conhecer Los Angeles – o brilho em seus olhos aumentou ainda mais.

Sam pareceu ficar imóvel.

—Claro e sua mãe pode ir também se quiser – sorri para a loira afim de deixá-la mais tranquila.

—Nós podemos ir, né mãe?

—Vou pensar no caso, além disso, é muito longe e seu pai deve ter muitas coisas para fazer lá e....

—Bom, eu tenho um jato particular. O tempo de viagem não diminui tanto, mas a viagem fica mais confortável.

Sophie pareceu ficar ainda mais encantada, mas continuou comendo sua pizza.

—Mesmo assim, preciso pensar no caso – Sam permaneceu firme.

—Como vocês se conheceram?

Sophie pegou nós dois de surpresa.

—A cidade é pequena, a gente conhece todo mundo aqui e estudamos na mesma escola que você – Sam respondeu antes que eu pudesse falar algo.

—E sua mãe vivia implicando comigo.

—Freddie! – a loira me repreendeu arrancando gargalhadas da pequena.

—Mas é verdade, até perdi as contas de quantos apelidos você me deu.

—Se vocês viviam brigando, como se apaixonaram um pelo outro?

—Ahn... É complicado – Sam começou, mas estava evidente seu desconforto com as repentinas perguntas.

—Na verdade, começamos a ficar próximos depois que o avô da sua mãe faleceu – comecei – Ele era muito conhecido na cidade e todos o adoravam, mas estava doente e não aguentou. Ela ia para a escola, mas estava muito triste, não conversava com ninguém e ficava sempre na dela, até estranhei que ela não estava mais brigando comigo – ri ao me lembrar – Então um dia resolvi ir conversar com ela.

Flashback On

Estávamos no intervalo das aulas e como de costume eu estava em uma das mesas mais afastadas em um canto do refeitório, sempre gostei desse lugar porque eu conseguia observar tudo ao meu redor, e, então, eu enxerguei a Sam sentada em um banco sozinha do outro lado cabisbaixa. Não era uma cena muito comum, já que ela estava sempre sorrindo, mas eu já sabia sobre seu avô e imaginei que aquilo ainda mexia muito com ela.

Tomei coragem e resolvi me aproximar dela e sentei ao seu lado no banco. A princípio ela me olhou discretamente de lado.

—O que pensa que está fazendo aqui? – soltou quando percebeu que eu não iria sair de lá tão cedo.

—Vi que estava sozinha.

—Eu quero estar sozinha. Então, se não se importa, pode sair.

—Não – fiz careta – estou bem aqui.

—Ótimo, saio eu então – quando ela fez menção para sair eu segurei seu braço.

—Tá querendo perder a mão? – ela logo me ameaçou.

—Claro que não – a soltei rapidamente – Só queria te fazer companhia, eu sei que as coisas não estão fáceis para você depois do que aconteceu com seu avô.

Ela ficou quieta por alguns minutos e ficou me encarando por um tempo até que lágrimas começaram a escorrer do seu rosto. Meu coração se apertou a ver aquela cena, afinal de contas, Sam Puckett nunca chorava na frente de ninguém.

—Se você precisar de alguém para conversar ou só para ficar sem fazer nada, eu estou aqui.

—E por que você faria isso? Não é como se eu tivesse sido a melhor pessoa do mundo com você – se apressou para limpar as lágrimas que insistiam em cair.

—Porque eu sei que no fundo você é uma boa pessoa.

Vê-la tão triste e frágil me fez querer protegê-la, mesmo que eu só tivesse 14 anos e ela 13, parecia certo cuidar dela.

Flashback Off

Quando terminei de contar notei que Sam me encarava com uma expressão totalmente indecifrável, enquanto Sophie nos encarava.

—Acho que estou cheia – a pequena disse empurrando o prato.

—Também estou – Sam rapidamente concordou.

—Mamãe, podemos assistir um filme?

—Claro, meu amor. Mas assim que acabar, você vai direto para o quarto dormir, combinado?

—Sim – se dirigiu a mãe e depois me encarou – Vai ficar também?


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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam??

Não se esqueçam de deixar um comentário me contando ;*



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