Devuelveme el Corazon escrita por JuliaMiguel


Capítulo 2
Capitulo 2


Notas iniciais do capítulo

Oi gente desculpa a demora...



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/801909/chapter/2

A colheita

estava sendo farta nos últimos anos, mas o loiro tinha medo de que algo acontecesse na fazenda. Havia tomado seu café, feito os exercícios de fisioterapia que a doutora havia passado no dia antes pedindo para que ficasse menos tempo em pé com a prótese na perna direita. 

Estava na plantação com seu pai quando o funcionário veio avisar que a nova veterinária ajudante do doutor Weasley havia chegado, com ajuda do pai e da muleta seguiram até o estábulo.

— Você a conhece, Taker? - perguntou Draco Malfoy.

— Não senhor. Nunca a vi pelas bandas daqui. — disse, guiando os dois. — Parece ser moça da cidade grande. Mas ela disse que conhecia a fazenda.

— Conhecia a fazenda? —  Perguntou Scorpius espantado.

— Sim. Lá está ela. — disse apontando para a jovem junto a Star — Mas o que tá acontecendo? — disse peão vendo a com a égua. — Eu disse a ela para ficar longe da baía, senhor. — falou olhando para Scorpius com se explicasse que não era culpa dele. — Essa doutora é muito atrevida…

— Rose…

Fazia nove anos que o loiro não a via, mas ela ainda continuava linda, mesmo com os cabelos curtos e aqueles óculos fino. Ainda era a garota mais linda que ele já havia conhecido. 

Ela o olhava e Scorpius podia saber que ela se perguntava da muleta ao seu lado onde os olhos verdes estavam fixos.

— Scorpius. — Ela disse em uma voz de surpresa.

Os dois ficaram em silêncio alguns instantes como se lessem um ao outro.

— Não se preocupe Taker. — Foi Draco quem disse algo quebrando o silêncio. — Star conhece a senhorita Rose melhor do que ninguém.

— Ele está certo. — Foi Scorpius que disse. — Rose nunca faria mal a Star. Pai, o senhor pode se acertar com a senhorita Weasley, a doutora Parkinson pediu para evitar ficar muito tempo em pé com a prótese. — disse passando a mão na perna direita. 

—Eu entendo. John o leve para a casa eu vou conversar com a doutora.

Scorpius apoiou o braço no ombro do rapaz e saiu do local, mas não sem antes olhar novamente.

— É bom vê-la novamente Rose. — disse Draco abraçando a jovem.

— Digo o mesmo senhor Malfoy. Digo Draco.

— Astoria e Adhara vão ficar felizes em vê-la. 

— Eu também. 

— Então como está esse nosso garotão? —disse passando a mão no cavalo.

— Vai sobreviver. — falou Rose rindo.

— Por que não me disse que ela estava de volta Al? — fala Scorpius ao telefone.

Ele olhava de longe Rose se despedir de seu pai e de sua mãe de longe. Ver a ruiva havia trazido de volta sentimentos que ele havia guardado durante muito tempo somente para si.

Depois que a ruiva foi embora o loiro nunca mais se envolveu sério com alguém, sempre fugindo de relacionamentos. Também não havia conseguido se vender Star ou deixá-la no Haras Weasley, era a única coisa que ainda havia de Rose, além das lembranças

— Você falou com ela? — ouviu Albus perguntar do outro lado da linha

— Não.

— Olha cara, eu não falo com ela desde a nossa despedida no Haras. Ela nunca veio para as festas da família. Nem no casamento da Molly e do Fred ela pode vir. 

— Eu sei Al. Eu fui um babaca.

— Eu sei.

— Um Idiota, egoísta.

— Mesquinho, arrogante, possessivo. Eu sei disso tudo, porque tem nove anos que eu escuto essas lamúrias. Cara, a gente pode conversar sobre isso sexta-feira, no Três vassouras? O escritório tá uma loucura hoje com o inventário do doutor Lestrange.

—Tá bem Al, até sexta.

— Como foi, doutora Weasley? — perguntou Jane, ao ver Rose entrando.

— Separe esses remédios para a fazenda Malfoy e marque um retorno para segunda-feira. — falou entregando um papel para a jovem. — E Jane, podia ter me informado que era na fazenda Malfoy, e por favor me chame de Rose, temos quase a mesma idade.

— Ah claro, desculpe Rose, não sabia que conhecia a cidade.

— Eu nasci e cresci aqui, só fui embora para estudar.

— Alguma ocorrência?

— Algumas visitas de rotina que seu tio costuma fazer em algumas fazendas, parece que lá no Wood vai demorar.

— Faça a lista, só vou pegar algumas coisas lá dentro. Algum funcionário dos Malfoy deve buscar esses remédios na hora do almoço, providencia tudo. Obrigada.

Já era horário de almoço quando Rose voltou a clínica, viu um carro da fazenda Malfoy parado na porta, pensou em dar a volta, mas precisava almoçar e terminar algumas visitas. Passou pela primeira porta e ouviu uma conversa vindo de dentro.

— Essa Doutora é muito atrevida Jane, falei para ela não ir na baía e ela foi, você sabe como o patrãozinho é com aquela égua. — Ouviu o funcionário que havia recebido na fazenda. — O estranho é que ele não deu escândalo como sempre dá ou brigou comigo, patrãozinho ficou esquisito. E a Star, não avançou nela, aceitou o carinho e tudo. Eu não entendi.

— Ela não avançou porque já me conhecia. — falou Rose sem expressão.

— Doutora, senhora…

—Eu ouvi parte senhor Taker. Mas como eu disse, Star já me conhece. Agora se o senhor já tiver pegado os remédios e as minhas recomendações já pode ir, preciso passar algumas coisas a Jane.

— Claro. Desculpe Doutora, Tchau Jane.

Nisso ele saiu do consultório deixando um Jane bem perplexa.

— Rose, John é um pouco falador. Ele assim como eu não é daqui e o senhor Malfoy mais novo é um difícil de lidar, ainda mais com essa égua.

— Eu não preciso de explicações Jane, eu só preciso fazer o meu trabalho certo.

— Certo. Seu tio ligou, disse que volta depois do almoço. 

— Ok, já comeu?

— Ainda não. 

— Pode ir, eu cuido daqui.

Assim que Jane passou pela porta, Charlie entrou na Clínica.

— Como está sendo seu primeiro dia? — perguntou assim que viu a sobrinha.

— Conturbado. Tudo certo na fazendo Wood?

— Sim. Já almoçou?

— Ainda não.

— Pode ir. Eu aproveitei passei em casa e já almocei. Volte em uma hora. — disse seguindo para dentro de sua sala.

Rose estava colocando as coisas em sua bolsa quando ouviu a sineta da porta 

— O doutor Weasley está lá dentro, segunda porta. — disse ainda sem olhar para a porta.

— Na verdade eu vim falar com você.

Os olhos de Rose encontraram a dona da voz. Os cabelos loiros compridos, a pele clara, o rosto e corpo de modelo.

— Pode almoçar com uma velha amiga Rose?

— Claro Lyra.

Fazia quinze minutos que as duas estavam sentadas uma em frente a outra sem dizer uma única palavra. Foram nove anos sem cartas, mensagens ou ligações. Sem contato. Não sabiam por onde começar, se pedir desculpa ou perdão seriam suficientes. Rose sempre havia sentido falta de Lyra, do seu humor ácido e dos discursos de deboches. Ali sentada as duas frente a frente pode ver as mudanças da loira. Os cabelos mais longos, os olhos um pouco mais fundos e a pequena elevação na barriga.

— Você está grávida?

— 4 meses.

— Não sabia que tinha casado.

— Não casei. — disse Lyra mostrando a aliança de noivado na mão. — Íamos casar mês que vem, mas resolvemos adiar o casamento para daqui um ano.

— Seu pai deve ter quase matado seu noivo.

— Você nem imagina, já estávamos morando juntos desde que voltamos da faculdade.

— Já sabe o sexo?

— Menino. Mas não conta para ninguém. Albus ainda não sabe quero fazer surpresa.

—Entendo. Espera. —Disse Rose surpresa. — Você está grávida do meu primo? Quando isso aconteceu? Como isso aconteceu?

— Achei que soubesse. Começamos a namorar na faculdade. Scar disse que demoramos demais. Há um ano e meio que ele me pediu em casamento, mas as coisas não saíram como planejamos. — disse passando a mão na barriga.

— Fico feliz por vocês.

— E você, como é a capital?

— Agitada. Você ia amar! Lojas para todos os lados. Bares, baladas. Mas confesso que senti falta do bom e velho Três Vassouras.

— É uma pena não poder beber na sua festa de boas-vindas.

—Verdade. Então Severus está advogando tão bem que conseguiu contratos com quase todos, tia Gina me contou.

—Te contou que ele e o pai brigaram por causa disso?

— Não.

—Seu tio não havia aceitado muito bem ele ter pegado alguns casos na cidade. Como delegado, achou que foi uma afronta. Mas graças a minha sogra os dois já se acertaram.

— Só a tia Gina mesmo. Espera. — falou Rose olhando para a porta. —Aquela é a Natalie Parkinson? 

— Ela mesmo. — falou Lyra revirando os olhos. — Ficou viúva do segundo casamento têm poucos meses. Era um fazendeiro bem mais velho que ela, sem filhos ou parentes. Ela acabou herdando tudo. Sem contar o que conseguiu arrancar do babaca do Lucca Zabine no divórcio deles.

— Achei que ela não estaria aqui. Ela tem uma irmã mais velha certo?

—Sim a Doutora, Alex Parkinson, namorada da sua prima Rox.

—Então ela que é a namorada da Rox? Uau. Isso é muita informação.

—Como não sabia disso. Não tem rede social?

—Não. Desinstalei todas as minhas redes socias quando sai da cidade. Sem Facebook, Instagram, Twitter, ou qualquer outra.

—Em que mundo você vive? Sério?

—Em simplesmente não queria ver certas coisas e acabei me acostumando com isso.

—Vocês dois são mesmo incorrigíveis.

—Nós dois? —Perguntou Rose confusa.

—Hum, hum. —Confirmou Lyra com a cabeça. —Você e o babaca do meu irmão. Sem redes socias, sem contato.

Rose ficou calada com as palavras da Malfoy, queria pergunta o que havia acontecido com Scorpius. Porém não se sentia no direito. Havia tentado não saber dele por nove anos. Mas era como uma tortura agoniante. Todo a fazia lembrar o loiro. Com o tempo as coisas foram ficando menos evidentes, porém seu retorno a cidade havia lhe trazido diversas sensações que havia adormecido com o passar de nove anos. Claro que sabia que em algum momento veria ele. Sabia que em algum momento iram se reencontrar. Mas não esperava que fosse tão rápido e que todos aqueles sentimentos adormecidos por nove longos anos fossem despertar aos poucos.

—Obrigada, por almoçar comigo. —Disse Lyra ao chegarem na porta da clínica. —Eu senti sua falta. Você era minha única amiga.

Aquelas palavras haviam pegado Rose de surpresa. Não havia pensado muito quando decidiu ir embora sem explicar para ninguém o motivo.

—Eu também senti sua falta. E eu ainda posso ser sua amiga.

Sexta feira havia chegado e Rose estava arrependida da ideia de uma boas-vindas. Encontrar todos aqueles que havia deixado para trás era algo um pouco arrepiante. Mas acima de tudo esperava que ele não fosse. Esperava que ele não aparecesse esta noite. Se olhou no espelho pela ultima vez antes de ouvir a buzina de Roxanne chamar na porta. Hugo já havia ido na frente, já que o bar era de sua namorada. Rox havia insistido em leva-la, mesmo Rose falando que podia ir em seu próprio carro, a morena dizia que a prima iria fugir, então fazia questão de leva-la.

Passou o cominho inteiro conversando com a namorada da prima que estava indo junto com elas. Rose achou a garota extremamente divertida e completamente diferente da prima.

Ao chegarem no bar, Hugo e Alice já estavam sentados em uma mesa junto com Lilly e Anthony Zabine.

—Não sabia que a Lilly estava saindo com Zabine mais novo. — Falou Rose vendo os dois na porta.

—Você não sabe de muita Rosita. —Respondeu Roxanne puxando a namorada para a mesa.

Todos cumprimentaram Rose que recebeu diversos abraços de Alice e Lilly.

—Espero que ainda tenha abraços para mim.

—Jay. — Disse Rose alegre ao ver o Potter mais velho. — Deu uma envelhecida Sirius.

—Você é que está sempre jovem Rostia. — Falou Abraçando a prima.

Atras de James estava Dominique que não se dava muito bem com Rose.

—Oi Domi.

—Oi Rose. Vejo que a cidade grande te deu algum senso de moda. — Falou a loira de forma acida.

—Dominique. —Logo foi repreendida por James.

—Vejo que a Europa te deixou mais venenosa. Cuido Jay. —Respondeu Rose ao comentário da prima.

Logo em seguida os outros primos chegaram, Fred II e Molly, Louis, Lucy, Ted e Victoria.

Rose era coberta de perguntas de como era a vida na capital, a faculdade ou coisas banais. Soube que Ted e Victoria tinha deixado o filho deles de 3 anos com os avôs Tonks e Remus, para poderem vir disse Rose teria a oportunidade conhece-lo no domingo no almoço na Toca.

Já estavam na segundada roda de bebidas quando Albus chegou com Lyra. A loira já veio saltitante abraçar a amiga que se nunca tivessem ficado separadas. Albus já foi um pouco mais devagar. Rose sabia o motivo, claro havia cortado o laço com o primo por conta de Scorpius, e se arrependia muito. Sentia falto do primo, dos concelhos e claro de ter algum como apoio.

—Al.

—Ro. É bom te ver de novo. — Disse abraçando a prima. —Senti sua falta. –Disse no ouvido da prima.

—Eu também.

—Aqui Scar, estamos todos aqui. —Gritou Lyra interrompendo o abraço dos primos.

Rose não acreditava que ele havia vindo, até olhar para porta e vê-lo parado na mesma congelado no lugar com os olhos fixos nela. O viu respirar profundamente como se o ar faltasse em seus pulmões, ele dava passos lentos como se quisesse fugir daquele lugar, aos poucos foi se aproximando da mesa onde estavam. Para a ruiva parecia que o mundo havia parado e só havia os dois ali, num salão vazio e sem música. Sentia a garganta secar quando mais perto loiro ficava. Mas denso ficava o ar entre eles. O loiro parou bem na sua frente fazendo com que Rose soltasse o ar dos pulmões sem nem perceber que havia prendido.

—Olá Rose.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Devuelveme el Corazon" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.