Eu desejo que você seja feliz escrita por Dani Tsubasa


Capítulo 2
Capítulo 2 - Dor


Notas iniciais do capítulo

Encontrei a fanart deste capítulo aleatoriamente, e não consegui descobrir quem é o autor. Peço que se alguém souber, me diga pra que eu possa creditar.



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Enquanto via Ichigo segurar as lágrimas ao vê-la se dissolver a sua frente, todos os momentos que vivera com ele passaram por sua cabeça. A luta contra Grand Fisher; a maneira como ela o rejeitou para impedir Byakuya e Renji de mata-lo quando finalmente vieram atrás dela; a cara de surpresa impagável de Ichigo ao se deparar com Renji, Matsumoto, Hitsugaya, Ikakku e Ayasegawa em sua escola, usando os mesmos uniformes dos demais estudantes; um dos momentos em que ele a protegera no último segundo numa batalha difícil, e do chão Rukia o olhava enquanto ele discutia com o inimigo, enquanto se mantinha a sua frente para protege-la; o alívio que sentiu ao vê-lo se levantar ileso em outra batalha, apesar de metade da parte superior de seu kimono estar faltando; de tudo que sentiu ao mesmo tempo quando o viu na sua frente sorrindo, no segundo em que ia ser executada, e na vontade que teve de sorrir, chorar e agradecer ao mesmo tempo.

Já dentro do portal, olhando para baixo, Rukia pode ver a tristeza no olhar de cada um de seus amigos, ainda que Uryu e Chad tentassem parecer sérios. Orihime não fazia questão nenhuma de esconder o que sentia, e Rukia sabia que mais tarde a ruivinha iria chorar. E Ichigo a encarava, mesmo que já não pudesse vê-la, mas Rukia sabia que de alguma forma ele ainda podia senti-la e saber onde ela estava. E ela sabia que aquele sorriso triste era um disfarce para a dor que estava rasgando seu peito por dentro, e que ele também choraria mais tarde, quando conseguisse ficar sozinho em algum lugar. Havia um pequeno sorriso, mas a dor estava estampada em seus olhos.

Quando o portão fechou, já não tendo mais noção se a dor mortal que sentia era sua ou dele, Rukia desabou, e as lágrimas escaparam de seus olhos.

— Rukia... – Renji começou, mas não soube o que dizer.

Em sua irmã Byakuya pode enxergar a si mesmo, muitos anos atrás, no momento em que decidiu entre suas próprias lágrimas se determinar ainda mais a cumprir a promessa que fizera a Hisana. Em seus anos como shinigami ele se tornara péssimo em lidar com sentimentos, especialmente depois da morte de sua esposa, e agora, ele se sentiu como poucas vezes em sua vida, frustrado. Ele queria abraçar Rukia e secar suas lágrimas, mas uma parte de sua mente também gritava que superar essa dor a ajudaria a crescer. E enquanto refletia e observava Renji tentar em vão consolar a amiga, eles chegaram à Sociedade das Almas.

— Eu cuidarei dos relatórios, vocês dois estão dispensados – Byakuya falou – Renji, acompanhe Rukia até em casa e depois me encontre no esquadrão.

— Tem certeza, capitão? Não deveríamos ir todos nós?

— Foi uma tarefa rápida – Byakuya escolheu bem suas palavras, não querendo minimizar a dor de sua irmã chamando a missão de abandonar Ichigo de simples— Não precisamos ir todos nós. Rukia, eu a encontrarei em breve. Vá pra casa e descanse. Pedirei a Ukitake que a dispense do que for possível por alguns dias.

— Não, nii-sama...

— Rukia... – ele poderia completar a frase de várias formas, mas nenhuma pareceu menos dolorosa, e o silêncio da irmã o fez pensar que ela entendera.

— Tudo bem, capitão. Vamos, Rukia. Ele tem razão, é melhor você tirar um tempo pra você.

Assim que Byakuya desapareceu, ela aceitou que Renji andasse ao seu lado por algum tempo, até parar e encará-lo, esperando que sua gratidão pela ajuda do amigo ficasse clara, mesmo por trás de suas lágrimas.

— Renji, por favor... Agora já estou mais perto de casa. Vá com o nii-sama. Eu vou sozinha a partir daqui.

— Mas, Rukia...

— Obrigada – ela sorriu e desapareceu, usando o shumpo como Byakuya fizera momentos atrás.

Renji sentiu o coração doer, mas aceitou. Rukia nunca chorava. Depois de perder Kaien, ela nunca mais tinha chorado, e se tornara ainda mais fria e distante. Para ela estar chorando assim agora, seu laço com Ichigo devia realmente ser algo muito além do que qualquer um deles podia estimar.

******

Depois que um Renji preocupado chegou a seu encontro, Byakuya agilizou os relatórios o quanto pode, mas não encontrou a irmã em seu esquadrão, e nem o esperando para o jantar. Recusou o pedido de um dos empregados da mansão para procurar por ela e subiu as escadas até chegar ao quarto de Rukia. A porta se destacava, sendo a única porta branca com detalhes azuis entre as portas marrons dos outros cômodos.

— Rukia? – Ele chamou, sem ouvir nenhuma resposta por um tempo considerável.

Cautelosamente entreabriu a porta, vendo a shinigami adormecida em sua cama. Fechou a porta atrás de si, e foi até ela em passos silenciosos. As marcas de todas as lágrimas que havia chorado ainda estavam em seu rosto, e ela abraçava um de seus coelhos esquisitos de pelúcia, esse na cor lilás, e que sabia que ela ganhara de Ichigo Kurosaki em algum momento no mundo dos humanos.

— Você se envolveu muito, Rukia – sussurrou para ela, ainda que ela jamais fosse saber que ele dissera isso, e sentou-se no chão ao lado da irmã – Mas não podemos mais reclamar disso.

Por um breve instante ele desejou que nunca tivessem encontrado Rukia da primeira vez que ela sumiu, que tivesse ficado perdida para sempre com Ichigo no mundo humano. Seu olhar sempre fora distante e solitário, mesmo antes da morte de Kaien. Como o próprio Renji lhe relatara uma vez, muito depois da quase execução de Rukia, ninguém vira o rosto da shinigami tão vivo quanto quando ela passou a conviver com Ichigo. E apesar de todas as circunstâncias, era tão cruel afastá-la dele agora. Ela já tinha sofrido e perdido tanto, ainda que como shinigamis não pudessem deixar isso acima de seu dever. E foi quando finalmente Hisana chegou, mais uma de muitas vezes, a seus pensamentos, que pela primeira vez depois de sua morte, ele também chorou. Ouvindo as gotas de chuva começarem a atingir o exterior da casa, continuou olhando para Rukia sem ideia do que fazer por ela.

— Hisana... Eu gostaria que você estivesse aqui agora.

O que Ichigo Kurosaki fizera com todos eles?

******

Orihime, Uryu e Chad decidiram ir para casa após todas as suas tentativas de consolar Ichigo se mostrarem em vão, embora ele tentasse fingir que estavam funcionando, e agora, já de noite, os três saíam juntos de novo para procura-lo, uma vez que ninguém fora capaz de encontra-lo em qualquer lugar depois que ele entrou em seu quarto. Ou é isso que sua família pensava, pois ele não estava lá quando Yuzu foi procura-lo apenas alguns minutos depois.

— Podiam ter me dito antes – Urahara falou, com Yoruichi transformada em gato empoleirada em seu ombro – Estava cuidando de outras coisas e nem percebi onde ele estava.

O loiro apontou para cima, indicando o telhado da escola, o último lugar que faltava para procurarem. Não tinham muita ideia de como Ichigo chegara lá em cima sem poderes, mas ele sempre fora bom em dar seu jeito nas coisas, e aquele também era o lugar para onde ele e Rukia sempre fugiam no horário de almoço.

— Como vamos entrar sem violar gravemente o sistema de segurança da escola? – Ishin se perguntou.

— Vamo quebrar tudo! – Karin sugeriu.

— Não, Karin, deve ter outro jeito – Yuzu respondeu.

— Deixa comigo, eu cuido dos sensores – Uryu falou – Não acredito que ele me obrigou a chegar a esse ponto – falou indignado – Mas é necessário.

— Eu acho que sei como ele chegou lá – Chad falou – Keigo nos mostrou uma vez. A área dos funcionários é restrita aos alunos, mas o acesso até o telhado é fácil de lá. Basta destrancar a porta, e Ichigo já deve ter feito isso.

— Então vamos logo! – Orihime implorou, e alguns minutos depois estavam no telhado, diante da cena mais triste que já tinha visto de Ichigo.

O ruivo estava sentado no chão, encostado na parede ao lado da porta, encarando o céu com um olhar vazio. Algumas lágrimas ainda caindo de seus olhos e sua respiração parecendo difícil. Ao invés de fazer um de seus escândalos dramáticos, Ishin caminhou até o filho e se abaixou ao lado dele.

— Filho... Você quase nos matou de preocupação. Vamos pra casa.

Ichigo encarou o pai após finalmente parecer perceber que ele estava ali, e fez menção de responder alguma coisa, mas nenhum som saiu de seus lábios.

— Eu sei – Ishin lhe disse – E nada disso é culpa sua, nenhuma das vezes. Nunca vou me cansar de lembra-lo disso.

Algumas gotas de chuva acertaram o chão em volta deles, e o olhar de Ichigo pareceu misturar tristeza, revolta e ainda mais dor.

— É melhor irmos logo – Urahara falou.

— Vamos, filho.

Ichigo se encolheu, provavelmente sem perceber o que fazia, numa tentativa inconsciente de não ser perturbado, exatamente como fizera no dia da morte de Masaki, quando Ishin o encontrou chorando sozinho em seu quarto. Quando Ichigo relaxou o corpo, novamente distraído por sua dor, Ishin levantou o filho, apoiando-o pelos ombros e o fez seguir o grupo no caminho de volta pelas escadas. Quando voltaram ao solo, as gotas de chuva começavam a se multiplicar, não lhes dando muito tempo para uma conversa tranquila.

— É melhor irmos todos pra casa – Uryu falou – Acho que todos nós estamos abatidos e precisamos descansar. Nos veremos assim que possível. Eu acompanho você até em casa, Orihime.

— Não precisa. Já é tarde.

— Exatamente por isso, eu não a deixaria sozinha a essa hora da noite.

— O Ishida-san tem razão. Tudo que não precisamos agora é adoecer. Então todo mundo pra casa – Urahara falou, despedindo-se com um aceno de mão e se afastando com Yoruichi.

De longe ambos observaram os amigos e a família trocarem algumas palavras e se despedirem, indo a família Kurosaki numa direção e os demais em outra.

— Pobrezinho... – Yoruichi falou, agora em sua forma humana, enquanto observavam a família de Ichigo se distanciar.

— Todos nós sabíamos que isso ia acabar com ele, mas tive uma esperança de que não tanto.

— Ela não deve estar bem também. Espero que Bya-bo saiba lidar com isso.

— Não se preocupe. Ele nem sabe que consegue, mas vai. Também aprendeu muito com o Ichigo.

— Quem não se surpreende e não aprende algo com esse garoto? Não vou ficar surpresa se ele recuperar os poderes antes de percebermos.

— Pra falar a verdade, nem eu. Mas é melhor discutirmos nossas suposições sobre o futuro em casa, antes que essa chuva realmente nos pegue.

******

Os meses correram, e Ichigo parecia melhor, mas nunca mais fora o mesmo. Ele parou de sorrir, de conversar com os amigos como antes, e raramente não recusava convites de Chad, Orihime e Uryu para saírem juntos. Até mesmo seu olhar parecia diferente. E foi por isso que Karin estranhou quando Ichigo chegou da escola num dia qualquer, aparentemente normal, mas com um olhar vivo, com uma energia e força que não sentia nele há muito tempo.

— Ichi-nii... Tá tudo bem? – Ela perguntou quando Ichigo entrou em casa e se encaminhava para as escadas.

E algo mais estranho ainda aconteceu. Ichigo sorriu antes de olhar para ela.

— Eu tô bem, Karin. Cadê a Yuzu e o papai?

— Foram ao mercado buscar umas coisas pro jantar, você devia se aprontar enquanto eles não chegam.

— Vou tomar banho.

— Tá...

Karin o observou subir as escadas sem conseguir dizer mais nada. O velho Ichigo estava de volta? Aquele Ichigo cheio de vida que não viam há quase um ano e meio?

— Muito estranho... É melhor eu me certificar de que seja qual foi o caminho que você encontrou, seja seguro, Ichigo.

Chegando a seu quarto, Ichigo largou seu material escolar na mesa e pegou o objeto no qual vinha pensando o dia inteiro, o cartão negro da XCucion. Ginjou esperava sua resposta, e ele já a tinha.

******

— Rukia!

— Renji! – A tenente se assustou com a urgência do amigo ao encontra-lo na sala de reuniões do 13° esquadrão e sentou-se a sua frente – Aconteceu alguma coisa?

— O capitão mandou eu te chamar. Tem algo errado acontecendo e ele acha que é importante estarmos lá, especialmente você.

— Aqui?

— Não. No mundo dos humanos.

Rukia arregalou os olhos, sentindo seu coração disparar e suspirando sem perceber. Já esperando por essa reação, Renji continuou.

— Uma atividade estranha foi detectada pelos oficiais de investigação do 2° esquadrão. Parece que alguém ou alguma coisa está reunindo um grupo incomum de híbridos em algum lugar de Karakura.

— Híbridos... Como Nelliel? Em Karakura?!

— Mais ou menos, mas os arrancars são hollows evoluídos e modificados, esses são algo que parece humano, shinigami e hollow ao mesmo tempo. Parecem estar vivos. A única pessoa que conhecemos que tem tudo isso é...

— Ichigo – ela sussurrou, depois de tanto tempo evitando o nome dele.

— Sim. Foi o que pensamos.

— Acham que ele pode estar fazendo isso?

— Não. As leituras mostram pessoas totalmente diferentes dele. E sabemos que ele está sem poder de shinigami, mas o capitão acha que ele ainda pode ser o alvo principal, como foi desde criança por causa de sua energia incomum. Hoje eles detectaram que Ichigo esteve na presença de pelo menos um deles, por isso decidiram reunir os daqui que se tornaram mais próximos dele.

— Mas... Ele está sem poder. Por que teria valor dessa forma pra quem quer que seja?

— Não sabem ainda, as suposições ainda não estão todas confirmadas. O capitão Mayuri conseguiu vários dados com aqueles computadores super desenvolvidos dele. Queria ir pessoalmente investigar a situação e coletar cobaias, mas o capitão da 1ª divisão proibiu. Ele acha que é melhor resolver de maneira discreta, especialmente se Ichigo estiver em jogo. Todos aqui ainda são muito gratos a ele. Assim que recebemos essas informações, decidiram que você tinha que saber, mas não encontramos você hoje cedo.

— Eu estava trabalhando com o capitão.

— Imaginei que fosse isso. Mas agora quero que você venha ao encontro dos outros.

Rukia pareceu se esquecer de como falar por enquanto. Se tudo isso estivesse certo, havia tanto a se pensar a respeito...

— Rukia...?

— Eu achei que ele estaria seguro sem poderes. Quando nos conhecemos tudo que ele queria era sua vida de volta, e finalmente ele a teve. Se fizermos qualquer coisa, se fomos até lá e essa situação mudar, você acha que ele estará feliz?

Renji refletiu um pouco, sendo pego de surpresa pelas suposições dela.

— Eu não sei. Mas você perguntou a ele se ele ainda queria isso naquele dia?

— Não... Eu tive medo da resposta.

— E então? Rukia... Muitas coisas diferentes podem acontecer. Talvez ele recupere seu poder, talvez não, mas só Ichigo pode dizer o que quer. Independente disso precisamos concluir as investigações e decidir o que vai ser feito. No momento estão tentando descobrir porque o líder da organização se interessou especificamente pelo Ichigo.

— Isso é suspeito.

— Bastante. Então você virá?

Rukia apertou os punhos sobre os joelhos, e levantou-se.

— Sim. Se ele pode estar em perigo, não há o que discutir.

— É isso que eu queria dizer! E sabe... Muito antes do capitão me contar como você ficou naquele dia, eu já sabia. Eu não tive muito o que dizer pra te ajudar, mas eu sabia. E eu tenho certeza que você não foi a única que sofreu daquele jeito.

Ela sorriu.

— Obrigada, Renji.

— Rukia – Ukitake surgiu na porta, tossindo algumas vezes.

— O senhor está bem? – Ela perguntou.

— Estou, não se preocupe comigo. Eu nem vou perguntar do que se trata, mas já terminamos tudo por hoje. Vá. Vá ajudar o Ichigo.

******

Rukia sentiu o fôlego faltar quando sentou-se na beirada da cama dele. O ruivo estava completamente adormecido e o relógio marcava mais de duas da manhã. Renji a esperava lá fora, respeitando seu pedido de vê-lo sozinha.

Em todo esse tempo, Ichigo não tinha mudado absolutamente nada. Ele continuava lindo e seu cabelo ruivo permanecia o mesmo. Secou as lágrimas que ameaçaram escapar de seus olhos e fitou o armário, levantando-se e indo até ele, surpreendendo-se ao abri-lo. Estava tudo do mesmo jeito. Ele mantinha o armário exatamente como ela o deixara, como se alguém estivesse dormindo ali, apesar dos sinais de limpeza no móvel. Um de seus desenhos estava preso com fita no fundo do armário, ela nem percebera que o tinha deixado. Ichigo sempre falava do quanto seus desenhos eram horríveis, mas ele guardara esse. Era o primeiro que ela havia feito, para ensiná-lo a diferenciar almas.

Fechou o armário e voltou a sentar-se ao lado de Ichigo. Tomou a mão dele na sua, sorrindo com a nítida diferença de tamanho entre suas mãos, e em como a cor muito mais clara de sua pele se destacava na dele. Inclinando-se até alcançar sua testa, Rukia repousou seus lábios ali, fechando os olhos e tentando guardar a sensação, e sussurrou com os lábios ainda próximos a sua pele.

— Obrigada, Ichigo...

Ichigo acordou assustado, encarando o teto por alguns instantes enquanto tentava se lembrar do sonho que estava tendo. Era bom, mas também doía... Olhou para o lado, mas estava sozinho, o armário e a janela estavam fechados. Ergueu uma de suas mãos na frente dos olhos e a tocou com a outra, conseguindo jurar que sentira alguém ou algo a segurando. Depois deslisou os dedos pelo centro da testa, sentindo a pele do local formigar.

— Ela não precisa da janela aberta, seu burro – falou para si mesmo, ainda assim olhando para a rua vazia do lado de fora – Rukia...

Parados abaixo da janela, Renji e Rukia observavam o ruivo olhar para a rua com expectativa, como quando se acorda de um sonho real demais para ser distinguido da realidade. Ichigo olhou para eles por um instante, mas logo desviou o olhar, não dando sinal de vê-los.

— Então é verdade... – Renji falou.

— Parece que sim.

— Você está bem? – Ele perguntou, não deixando de notar a umidade nos olhos dela – Ele falou alguma coisa?

— Não. Ele dormiu o tempo todo. Acordou quando soltei a mão ele e atravessei a parede. Eu estou bem.

— Hum... É melhor voltarmos agora. A confiança do capitão em nós cresceu muito nesses últimos meses pra ele ter nos confiando essa missão, é melhor não desperdiçarmos isso.

— É verdade.

Os dois viram o olhar de Ichigo se acalmar pouco a pouco, até o ex-shinigami voltar a se deitar, e os dois finalmente partirem dali.


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