Before You escrita por HR


Capítulo 3
Capítulo 3 - Na mira do inimigo




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Os raios de sol já estavam iluminando a sala inteira, quando Kate despertou de seu breve cochilo. O turbilhão de pensamentos e emoções não a deixaram dormir e ela ficou encarando o fogo até que ele se apagasse sozinho, na tentativa de que ele levasse junto sua inquietação, mas era óbvio que isso não iria acontecer apesar de que alimentar aquela ilusão pareceu uma boa forma de passar as horas da madrugada.

Então ela se levantou rapidamente em silêncio do sofá, afofando as almofadas e colocando-as de volta no lugar como se nem tivessem sido bagunçadas. Queria sair antes que acordassem para continuar procurando a garota que veio em busca, afinal, acreditava que só ela teria as respostas para tudo o que estava acontecendo.

—Bom dia, garota-chama. - Damon aparece, caminhando em sua direção com seu tom brincalhão. - Qual a temperatura para hoje? Numa escala fogosa de 1 a 10… 7?

—Não tem graça. - Ela apenas responde, colocando seu celular no bolso de trás da calça, depois de ver que a bateria havia carregado por completo e jogando sua bolsa sobre o ombro ela vai em direção a porta. - Eu estou de saída.

—Antes de ir… - Damon num vulto se posiciona frente a ela, olhando-a de cima a baixo com sua expressão curiosa - Você tem uma pulseira com verbena, por isso não consigo te compelir. Você não deu a mínima para as duas garotas com os pescoços mordidos e muito menos ao me ver mordendo elas. E você queimou uma pessoa aparentemente do nada, então… Ou você sabe da existência de vampiros e também é alguma coisa sobrenatural, ou você é meio sádica em um nível quase preocupante.

Ela ergue as sobrancelhas ao ouvir tudo aquilo e ao analisar suas colocações e em partes ele tinha razão. Seu último relacionamento foi com um vampiro e por isso sabia de algumas coisas a respeito de como escapar de armadilhas e tentar se manter protegida de outros, mas seu término não foi muito saudável e por isso guardava alguns traumas. 

—Eu não vou responder isso e por favor, saia da minha frente. - Ela mantém o olhar severo por instantes com ele, até que por fim ele dá uma pequena abertura, para que ela passe esbarrando por ele propositalmente.

—Já está de saída? - Stefan aparece, vendo-a tocar a maçaneta da porta. - Eu posso preparar um café, ou…

—Não, obrigada. - Ela se volta para eles antes de ir - Vocês já me ajudaram bastante… Eu preciso realmente ir.

Ela abre a porta e dá de cara com três pessoas encarando-a friamente. O mais a frente era Julian, com seu peito estufado e seu olhar duro e quase matador e levando em consideração os punhos cerrados ao lado do seu corpo, não parecia muito amigável. Havia também uma mulher loira de braços cruzados e maxilar trincado que estava mais atrás, juntamente com outro homem… O mesmo homem que ela havia queimado na noite anterior, mas que não estava mais com marcas. Então, ela imediatamente deu um passo atrás, enquanto os dois irmãos avançaram para colocar-se frente a ela, pois sabiam que aquilo não seria uma conversa agradável.

—Ela quase matou um dos meus! E vai pagar por isso.

—Eu ouvi um “quase”, não ouvi? - Damon gesticula debochadamente como se não tivesse escutado direito o que ele tinha dito - Ah, foi sim. Então quer dizer que não morreu.

—Não me faça tomar a única coisa que restou para mantê-los a salvo. - Julian tira do seu bolso uma granada, fazendo com que Damon se cale imediatamente ao se sentir irritavelmente acuado. - Eu concordei com a sua mãe de deixar a casa pra vocês, mas posso fingir que foi um acidente…

—Julian, isso é um mal entendido. - Stefan tenta amenizar a situação, cautelosamente - Ele estava ontem aqui na festa que Damon organizou e as coisas saíram de controle, mas não foi proposital! Não queremos atacar vocês, foi apenas…

—Ele estava se aproveitando de mim, não tinha o direito de…

—Kate, ele está com uma granada na mão. - Damon murmura, apreensivo pelo possível rumo daquela conversa.

—Por que a gente não leva tudo isso como um mal entendido e segue em frente? - Stefan dispara, sugerindo para Julian na esperança de que ele fosse milagrosamente recuar. - Não vai se repetir, eu prometo.

—Não faça promessas que não pode cumprir. - Damon murmura novamente.

—Mas quem é ela afinal? É curioso ouvir que os irmãos Salvatore  encontraram outra Elena para disputar e sim, os rumores correm... - Julian sorri provocantemente, vendo os irmãos encará-lo - Mas ela tem algo que Elena não tem e eu vou ficar de olho nela pra descobrir o que é. Estão avisados.

Os três dão meia volta e recuam por fim, fazendo com que Stefan consiga soltar a respiração aliviado. Kate percebe que talvez não seria uma boa ideia sair da vista dos irmãos Salvatore no momento, depois de ser ameaçada dessa forma. Precisava se conformar de que estaria presa a eles por mais algum tempo.

—Eu ainda não sei porque não matamos ele.

—Você sabe porquê. - Stefan apenas responde, lembrando da interminável busca por uma solução como essa.

—Quem é Elena? - Kate simplesmente pergunta depois de ter ficado com aquela informação curiosa na cabeça, fazendo com que os dois se olhem, desconfortáveis.

—Eu vou dar uma volta, não me esperem. - Damon apenas responde e passa pela porta como se ela não tivesse feito pergunta alguma, ignorando-a completamente.

—Que tal eu preparar algo pra você comer? Eu te respondo sobre isso com calma… - Stefan sugere de uma forma misteriosa, o que a deixa ainda mais curiosa sobre o assunto.


      Stefan prepara um omelete e um café fresquinho enquanto ia adiando a conversa do assunto principal falando sobre as várias tentativas frustradas que ele já teve com cafés até acertar a quantia exata de pó e água, e Kate sabia que era apenas uma forma de enrolar o assunto. Quem sabe Elena tinha sido uma pessoa tão horrível que ninguém gosta de lembrar ou falar; ou então alguém que foi muito amada; ou apenas que há muito tempo não é citada. E ela estava até desistindo de saber sobre, afinal, talvez eles também não estivessem preparados para falar do passado. E então, Stefan recebe uma ligação.

—Perdão, Bonnie eu esqueci! - Stefan esfrega uma das mãos no rosto enquanto continua conversando na ligação, notavelmente arrependido de algo.

Kate então desperta seu interesse na ligação ao ouvir o nome citado e termina seu último gole de café. Stefan guarda o celular no bolso e comenta algo sobre a ligação, mas seu interesse estava em descobrir apenas uma coisa.

—Bonnie? Bonnie… Bennett?

—Ah… sim. - Stefan franze a testa, confuso - Você a conhece?

—Não, mas eu preciso conhecê-la. Eu vim pra cá atrás dela, na verdade… Você pode me levar lá?

—Claro, sem problemas. - Stefan ainda se sente meio confuso com a relação das coisas, mas não se nega a ajudá-la.


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Notas finais do capítulo

E aí?? O que acham que vai rolar?



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