Extinção escrita por Alina Black


Capítulo 66
Renesmee - Solidão


Notas iniciais do capítulo

Amores esse capitulo é pequeno, embora eu não curta capítulos pequenos mas é apenas para mostrar o ponto de vista de Nessie e como prometi sem muita repetição.
Eu não sei se ainda tenho leitores e isso ta me desmotivando mas pouco a pouco vou finalizando a história.



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As últimas horas com Jacob foram um turbilhão de emoções, a cada segundo que ficamos juntos eu desejava que o momento de nossa breve despedida nunca chegasse enquanto vivíamos cada segundo como se fosse precioso demais para ser desperdiçado.

Sentados ao redor de uma mesa de madeira rústica, nós compartilhamos risadas e histórias enquanto jogavam cartas. O jogo tornou-se um cenário perfeito para uma cena inesperada: a pequena Sarah, com sua destreza e charme infantil, venceu todas as rodadas, deixando todos boquiabertos com sua sorte e habilidade e por mais incrível que pudesse parecer, Jake parecia frustrado em perder todas as rodadas para sua filha enquanto eu sorria observando o brilho nos olhos de Jacob ao interagir com Sarah. Era momentos como aquele que eu queria guardar para sempre em meu coração.

Mais tarde, Jake me levou para explorarmos um lugar especial: o lago oculto no fundo da caverna. A água era cristalina, refletindo a luz das lanternas que levaram consigo. Nadamos durante horas e curtimos cada momento juntos conversando, trocando sonhos e fazendo amor.

Por fim, o momento da despedida chegou.

Meu coração estava pesado naquele fim de tarde, enquanto observava Jacob se preparar para a missão de resgate de Billy Black junto com os outros membros da matilha, apesar de por outro lado eu estar ansiosa para conhecer meus avós Charlie e Renée que também seriam resgatados eu sabia aquela era uma tarefa perigosa, cheia de incertezas e riscos. O medo me consumia, apertando seu peito com uma intensidade avassaladora.

Eu estava encostada próximo a uma das caminhonetes enquanto o observava dar as ordens finais e organizar os mantimentos quando ele se aproximou e tocou uma mexa do meu cabelo, em alguns momentos era como se Jacob soubesse exatamente o que se passava em minha mente, ele me decifrava de uma forma a qual eu não conseguia descrever.

— Tudo vai ficar bem.

As palavras dele me trouxeram um pouco de conforto, mas não o suficiente para dissipar completamente o medo que me consumia. - É o que mais desejo. – Sussurrei tentando controlar minhas lágrimas.

Ficamos frente a frente, e colamos nossas testas olhando nos olhos um do outro como se quiséssemos memorizar cada detalhe, mas logo fomos interrompidos por Sarah — Vou sentir saudade de você e do Seth – Sara choramingou, Jake imediatamente se ajoelhou e apertou seu nariz dando um beijo em sua testa – Eu também vou sentir saudade de você filha, poderia cuidar da Nessie para mim?

— Pode deixar que cuido dela.

Coloquei as mãos nos ombros de Sarah e sorri.

O som dos motores dos veículos ecoou pela floresta, ecoando como um lembrete constante do perigo iminente que eles enfrentariam. Nessie permaneceu na entrada da garagem ao lado de Sarah enquanto ele se afastava, juntando-se aos outros homens que se preparavam para partir os observando até que não pôde mais ver as silhuetas dos homens.

O silêncio que se seguiu foi ensurdecedor. Pela primeira vez nos últimos dois meses me senti sozinha e vulnerável, com seus pensamentos girando em torno do que poderia acontecer com Jacob e os outros.

— Não fique assim – Disse Liah se colocando ao meu lado e de Sarah – Eles voltaram logo.

Eu assenti e olhei para Sarah, seus olhos demonstravam que assim como eu ela também estava triste, ela estava sem as duas pessoas que ela mais amava no mundo, Jake e Seth, mas apesar da pouca idade ela estava confiante, confiava em seu pai porque ele havia prometido a ela que jamais a deixaria sozinha.

A noite já se aprofundava quando finalmente deixei o quarto de Sarah, a luz suave do abajur lançando sombras dançantes pelas paredes enquanto ela dormia tranquilamente. O conto de fadas que narrei para ela ainda ecoava em minha mente, um lembrete suave da inocência que ainda habitava nosso abrigo subterrâneo.

Caminhei silenciosamente pelos corredores da ala Sul de volta ao meu quarto, sentindo o peso da solidão em cada passo. O espaço vazio ao lado da minha cama parecia mais frio do que o habitual, um lembrete constante da ausência de Jake. Deitei-me, envolvendo-me nos lençóis que ainda guardavam o seu perfume, e fechei os olhos, permitindo-me mergulhar nas memórias dos momentos que compartilhamos.

“ Jake como eu sinto sua falta. ”

A saudade era uma companheira constante, mas mantinha-se gentil, alimentando a esperança que ardia em meu peito. A esperança de que, em breve, Jake estaria de volta, trazendo consigo o calor e a segurança que só a sua presença poderia oferecer. Até lá, eu me apegaria às lembranças, aos sonhos e à promessa silenciosa de um reencontro.

E assim, entre a saudade e a esperança, adormeci, sonhando com o dia em que nosso abrigo subterrâneo seria novamente preenchido com risadas e histórias compartilhadas, e onde cada noite seria embalada pela certeza de que, ao acordar, não haveria mais espaço vazio ao meu lado.


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