Nightmare escrita por AccioPudim


Capítulo 2
I ain't got nothin' to smile about


Notas iniciais do capítulo

AI MANO EU TÔ COMO? EM CHOQUE.
eu acho que eu nunca tive tantos reviews em um capitulo como eu tive no primeiro capitulo dessa fic, então assim, obrigada a todas que comentaram, vocês me fizeram mais feliz. ♥♥♥♥♥♥♥♥♥
acho que esse capítulo não vai responder as perguntas das pessoas, MAS eu prometo que todas as respostas virão, no tempo certo. juro que não é por mal.
eu tinha o intuito de deixar os capítulos sem títulos, mas fiquei revoltada e agora eu tô colocando frases da letra da música da Halsey no titulo, e é isso. se puderem reparar eu agradeço.
obrigadinha de novo a Trice por ser a beta mais maravilhosa que existe!
AAAAA esse capitulo é 100% dedicado a Tahii por ter favoritado a fic, obrigada ♥
Boa leitura!



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— Faz duas semanas, Malfoy – Albus me falou enquanto colocava a pipoca no microondas – Você falou que ela simplesmente sumiu do mapa, como acha que vai conseguir encontrá-la?

— Eu não sei, até pensei em colocar aqueles posters de desaparecida pelo campus, mas não sei muito bem como agir.

— É uma saída – Ele ficou em silêncio por um momento, e ficamos escutando a pipoca estourar ao passo que os dois estavam imersos nos próprios pensamentos. – O que a garota que mora com ela disse?

— Apenas que ela não voltou e nem deu notícias. As coisas dela continuam no quarto, a garota não sabe o que fazer, se ela guarda as coisas e começa a procurar uma nova pessoa para dividir o apartamento ou se ela espera para o começo do novo semestre para ver se ela aparece.  

— Acho que você pode fazer os posters sim, mas não sei, colocar no campus pode não ser a melhor ideia – Albus me passou a pipoca e saiu andando. – Hoje em dia temos a famosa internet meu caro, jogar nas redes sociais já ajuda bastante.

— Ela não tem redes sociais.

— Não na dela, nas suas! – Ele puxou o laptop e começou a montar o post, colocando as informações dela e o meu contato. – Só preciso de uma foto dela agora.

Mostrei as fotos que eu tirei dela e Albus pareceu intrigado demais para continuar fazendo o poster, era aquele mesmo olhar que eu vi no rosto do meu pai durante o jantar, o mesmo olhar de minha mãe tinha quando observava a foto que eu tenho de Rose no criado mudo, o mesmo olhar que eu estava ficando cansado de ver.

— É estranho – ele voltou a vida depois de muito tempo parado – ela é familiar, até demais.

— Meus pais falaram a mesma coisa – comentei e peguei o celular, eu adorava aquela foto. Tirei no dia que eu a pedi em namoro, estávamos na nossa cafeteria favorita, ela estava animada com a saída das notas no dia seguinte e não parava de falar em como aquilo era importante para ela, de como aquelas notas poderiam ter um impacto na sua vida profissional.

Rose estava radiante naquele dia, e como se fosse possível, seu sorriso abriu ainda mais quando eu fiz a pergunta. Ela estava tagarelando com um sorriso no rosto e quando eu vi já havia perguntado. Eu sabia que estava apaixonado, que eu queria oficializar aquele relacionamento, mas eu não sabia que seria algo tão espontâneo.

Foi algo tão mágico que eu quis recordar daquele sorriso para sempre, e por isso tirei a foto. Era com esse sorriso que eu sonhava todas as noites, era esse sorriso que eu sentia falta. Eu a queria de volta. Eu desejava saber o que aconteceu e, assim, pedi para Albus utilizar aquela foto.

Acabei postando tudo naquela noite mesmo, eu não podia negar o quanto estava preocupado, até meus pais estavam estranhando o meu jeito de agir. Essa era a primeira vez que eu me sentia assim, preocupado com a pessoa com que eu estava vendo. Era a primeira vez que eu entrava em um relacionamento porque estava realmente apaixonado e não apenas pela imagem que isso passava.

Apaixonado. Essa é a palavra certa, essa era a primeira vez que eu passei a amar alguém e não tive a chance de contar isso a ela.

Se eu fechasse os olhos, conseguia ver a imagem dela deitada na minha cama, com a minha camisa surrada do colégio, fazendo caretas para mim enquanto tentava me convencer que ficar no apartamento e pedir comida era melhor do que sair para ir em um restaurante.

Eu passei a noite em claro depois que os pais dela a puxaram para fora do meu apartamento, meu pai pediu desculpa pelo comportamento dele, mas eu não conseguia entender como o seu comportamento poderia influenciar na saída repentina. Eles fizeram as mesmas perguntas para os pais de Albus quando eles começaram a se aproximar, como o garoto se comportava, se eles tiveram alguma técnica para o deixar calmo em momentos de estresse. Não havia nada de errado com o comportamento de seus pais.

É claro que a chegada dos Malfoy naquele dia havia pego a todos de surpresa, porém não pareceu um problema durante o jantar, eles conversaram sobre as coisas mais fúteis e ele estava gostando do pai de Rose, Draco até comentou que deveria ser a razão da menina não estar se sentindo bem e foi pedir desculpas para ela.

Eu ficava passando a noite na mente toda vez que colocava a cabeça no travesseiro, tentando descobrir o que poderíamos ter feito diferente, contudo tudo parecia estar normal até o comentário sobre a adoção, até fiz meus pais não tocarem naquele tópico em específico, mas os pais de Rose se tornaram mais ríspidos depois disso.

E, como um supetão, lembrei-me da pergunta feita segundos antes dos pais de Rose levantarem e puxarem ela com eles:

— Desculpe a pergunta, mas você nunca teve curiosidade sobre os seus pais biológicos?

Literalmente o que eu havia falado para o meu pai não falar, foi isso, só pode ter sido. Rose já havia comentado que não sabia nada sobre os pais biológicos e que preferia assim, porque a única vez que perguntou sobre isso, os pais ficaram brancos como fantasmas.

Mesmo que tudo isso explicasse o comportamento dos pais de Rose, isso nunca explicaria o sumiço dela depois do jantar. Procurei por acidentes, até entrei em contato com a polícia, mas era como se ela tivesse desaparecido do mapa. Os amigos dela do curso também estavam preocupados, mas parece que apenas eu me importo o suficiente para ir atrás disso.

Nunca tive o contato com os pais dela para saber se eles tinham conhecimento de algo, se ela estava com eles, se eles também estavam bem. Tudo o que eu tinha de informação sobre eles era que moravam em uma fazenda próxima a cidade de Rye. E não posso nem ao mesmo dizer a distância, porque Rose nunca soube dizer isso, as vezes dizia que demorava 15 minutos para chegar, em outras, falava que chegava a ficar uma hora no carro. É como se o caminho sempre mudasse.  

Mais uma vez passei a noite na minha cabeça enquanto me deitava para dormir, amanhã teria sido o dia que eu a apresentaria para todos, o dia que eu ia dizer que a amava, eu tinha tudo planejado; e tudo foi tirado de mim rápido demais para que pudesse impedir.

Foi a primeira vez que eu não acordei animado com o Natal, minha mãe estava esperando alegre para o café da manhã, era uma tradição comer as tortinhas de frutas que o papai noel não comia quando acordávamos. Hoje sendo mais velho, minha mãe acordava cedo apenas para colocar as tortinhas no forno e elas estarem frescas quando o restante da casa levantar.

Tentei ficar animado quando estávamos a caminho da casa dos Weasley. Desde que eu e Alvo viramos amigos, as famílias passavam o natal juntos, afinal quanto mais gente no almoço, melhor. Meus pais nunca foram amigos dos pais de Albus, entretanto depois de alguns anos de forçada convivência, uma afinidade foi criada. Então, desde que eu tinha 11 anos, a gente passou a comprar presentes para todos os primos e para os avós de Albus. Eles sempre nos receberam de braços abertos, mesmo com toda a história de conflito entre as famílias. Gosto de pensar que o convívio com eles fez com que fôssemos pessoas melhores e superássemos de vez o passado sombrio da minha família.

A fazenda dos avós de Albus ficava afastada da cidade, assim sempre acabávamos indo após o café da manhã para não chegarmos atrasados. Mas, como sempre, somos os últimos a chegar, porque o resto da família sempre acaba passando o feriado todo na fazenda.

Foi Hermione que abriu a porta, com um grande sorriso no rosto. A tia de Albus, pela primeira vez, parecia ter um rosto familiar, reconfortante, não consegui deixar de sorrir de volta. A sala estava quente e aconchegante, consegui ouvir a senhora Weasley gritando ao fundo, pelo jeito precisava de ajuda com algo, porém antes que eu pudesse pensar vi três cabeças ruivas entrando na cozinha às pressas.

Parei para reparar que tirando alguns membros, todos naquela casa eram ruivos. Alvo e seu irmão mais velho eram algumas das exceções e eram eles que me esperavam para começar as competições de xadrez que aconteciam todo Natal. Eu era o único que conseguia chegar perto de competir com o tio de Albus, Rony. Ele era um verdadeiro mestre no jogo, e sempre estava brincando comigo sobre isso.

Quando nos sentamos à mesa, notei que o assento ao meu lado estava vago. Olhei em volta e percebi que todos estavam sentados, Alvo notou também e virou para a avó, tentando ser o mais discreto possível:

— Vovó, eu avisei que a namorada do Scorpius não iria vir.

— Ah meu querido, pensei que ela poderia mudar de ideia – a senhora na ponta da mesa falou.

— Por que ela não veio, Scorpius? – Harry, o pai de Albus, perguntou-me, logo sorrindo para continuar: – Fiquei animado quando Albus comentou que uma ruiva finalmente tinha chamado a sua atenção.

— Ela está desaparecida – Albus contou, tentando não gritar, mas alto o suficiente para que todos ficassem quietos.

— A última vez que a vi foi num jantar na minha casa – expliquei. – Não tive contato com ela desde então, ela sumiu do mapa.

— Ela vai aparecer, querido, não se preocupe – Hermione me falou com um olhar solidário.

— Meu Merlin! – Meu pai falou, levantou-se e ficando mais pálido que o comum, olhando para Hermione como se ela fosse uma assombração.

Eu conseguia ver a cabeça do meu pai queimando, ele estava em estado de choque e nenhum de nós conseguia fazer algo para ajudá-lo. Puxamo-lo para a sala e observamos ele tombar no sofá enquanto um sorriso macabro formava em seus lábios. Rony e Harry estavam parados atrás de mim; minha mãe tentava tirar meu pai daquele estado.

Aos poucos, ele foi voltando a respirar normalmente e seus olhos voltaram a piscar. Ele chorava, mas dava risada ao mesmo tempo. Perguntei se estava tudo bem, contudo tudo o que ele me respondeu é que ele e Harry precisavam conversar em particular porque acabara de achar uma pista sobre um caso antigo de Harry.  


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Notas finais do capítulo

e ai minhas lindezassss?
sim, o Scorpius é um namorado extremamente fofo e dedicado, e muito apaixonado. eu sei eu sei. perfeito.
e sim, o Scorpius está tão perdido quanto vocês, mas acho que deu para ter uma noção do que está acontecendo do outro lado não é?
as teorias tão fazendo sentido né mores?
espero que tenham gostado e estou esperando vocês nos comentários.



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