Deadly Sins escrita por Any Sciuto


Capítulo 6
Scars To Past




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Ana andava pelo corredor do hospital trippler como se o mundo estivesse prestes a acabar. Já faziam quatro horas desde que Steve fora trazido para o hospital. Como ele havia perdido muito sangue, uma transfusão se fez necessária.

Ana tinha se sentado com Hetty e com Danny para um depoimento completo logo depois que ela foi examinada e liberada com uma concussão leve.

— Eu vou literalmente ter um troço. – Ana suspirou e Elisa veio para perto dela. – Ele não pode morrer.

— Ele não vai. – Elisa abraçou a amiga.

Mesmo que elas só tivessem se conhecido há quase 48 horas atrás, ela sentia uma verdadeira conexão com a garota.

— Uma coisa que eu aprendi nessa coisa de frequentar hospitais, é que os rapazes são durões. – Elisa suspirou. – Callen levou seis tiros há um tempo. Ficou bem mal no hospital, em coma. Desenganado pelos médicos.

— E como você lida com isso tudo? – Ana perguntou. – Eu me sinto completamente impotente.

— Está tudo bem em sentir medo. – Elisa sorriu. – Acho que podemos respirar aliviadas com a morte daquelas duas.

Callen estava no necrotério do hospital. Ele desceu até lá para acompanhar Arkady que veio depois de descobrir sobre o que Anna fazia. Ele se sentiu mal pelo amigo ter perdido a única filha, mas não por ter salvo Elisa dela.

— Grisha. – Arkady chamou Callen. – Pode vir até aqui?

— Claro. – Ele entrou dentro da sala fria. – Eu sinto muito.

— Está tudo bem, eu acho. – Arkady cobriu o rosto da filha. – Anna se tornou instável nos últimos tempos. Estava com um ciúme possessivo. Acho que foi melhor ter sido por você.

— Eu sei que você está sofrendo. – Callen apenas viu o rosto molhado do amigo. – Eu realmente sinto muito.

— Ela iria matar Elisa. – Arkady ainda não acreditava que a filha tinha chegado a esse ponto. – Você fez o que foi treinado. Se Anna tivesse pedido ajuda...

— Você vai levar ela para Los Angeles? – Callen perguntou enquanto Arkady colocava a mesa de aço dentro do congelador.

— Sim. – Arkady respondeu e fechou a porta do freezer e saiu da sala sem outra palavra.

— Estou aqui para identificar um corpo. – Um homem disse e olhou para Callen indo. – Obrigado.

Danno olhava para os anjos na capela do hospital. Não saber se Steve sobreviveria a mais um tiro era ruim.

— Sei que tenho sido um amigo ruim, mas se ele sobreviver, vou parar de zoar ele sobre pagar tudo e ele ser um homem muito mão de vaca. – Danno ouviu passos de salto alto pela capela. – Eu já estou terminando minhas orações.

— Fique, Danno. – Tani se sentou ao lado dele. – E você não é um mau amigo. Ou não teria entrado em pânico quando chegamos até lá.

— Sim, talvez você estivesse sem reação no começo, mas eu também estava. – Lincoln falou. – Eu realmente fiquei feliz por aquelas duas mulheres terem morrido.

— Sim, se elas não tivessem, a gente iria. – Junior sorriu. – Lou está lá no corredor. Ele está falando com a esposa.

O médico caminhou até a sala de espera em busca de Ana.

— Família de Steve McGarrett? – O médico viu Ana se levantar. – Você é da família?

— Sou a noiva dele. – Ana mostrou o anel. – Ele vai ficar bem?

— Vai, sim. – O médico a viu suspirar. – Acredite, parecia pior do que realmente era. Acho que a quantidade de sangue que ele perdeu fez tudo parecer pior.

— Será que eu posso ver ele? – Ana sorriu.

— Claro que sim. – O médico voltou com ela para o quarto de Steve. – No momento, ele está mais alto que mula de droga, mas logo vai melhorar.

Elisa sorriu ao lado da amiga. Ela se virou rápido e sentiu uma tortura terrível.

— Elisa? – Ana correu a tempo de impedir a amiga de cair no chão. – Alguém me ajude aqui!

Duas enfermeiras correram até a sala e puxaram uma maca, colocando Elisa sobre ela.

— Avise ao noivo dela. – Uma delas instruiu Ana. – Estamos levando ela para um quarto.

Callen estava sentado esperando a noiva voltar, mas quando apenas Ana voltou, ele sentiu um aperto no peito.

— Callen, Elisa desmaiou no quarto de Steve. – Ana disse. – Eles me disseram para chamar você.

— Obrigado. – Callen correu para a sala de emergência. – Sou o noivo dela. O que aconteceu?

— Não sabemos. – A enfermeira terminou de colocar os eletrodos em Elisa. – Talvez seja uma queda de pressão ou a concussão que ela sofreu.

— Já mandei fazer testes de sangue. – A médica entrou. – Faça o favor de ficar com ela.

Callen se sentou e viu os olhos de Elisa se abrirem.

— Fique deitada, amor. – Callen a instruiu. – Você desmaiou no quarto de Steve e eles resolveram internar você.

— Estava tudo indo tão bem. – Elisa suspirou. – Eles sabem o que está errado?

— Não, mas a tomografia mostrou que você está bem. – Callen sorriu. – Então, eles fizeram um exame de sangue.

— Ok. – Elisa se ajeitou e voltou a dormir quando um dos remédios fez efeito.

Talvez Callen tivesse cabelos brancos logo de tanta preocupação, mas ele não queria nem pensar no que poderia estar errado. Havia um único cenário em que isso era algo maravilhoso.

Danno entrou no quarto de Steve e sorriu, sabendo que o amigo logo ficaria bem.

— Ei, seu marshmallow gigante. – Danno sorriu. – É bom você não dormir duas semanas inteira. Estou querendo provocar você.

Ana sorriu com a amizade dos dois.

Callen estava olhando pela janela do quarto onde Elisa foi acomodada. Ele viu a porta abrir e a medica entrar, com um sorriso no rosto.

— Bem, eu trago ótimas notícias. – A médica sorriu novamente. – Fizemos uma testagem para todos os tipos de doença e nenhuma delas apareceu. O único resultado positivo foi para a melhor de todas. – A médica entregou um charuto de chiclete. – Parabéns, vocês serão pais em menos de sete meses.

A médica viu o sorriso no rosto de Callen. Ela adorava trazer boas notícias.

— Entrarei com as vitaminas pré-natais e recomendarei que ela descanse bastante. – Ela sorriu. – Eu vou voltar em duas horas.

Elisa acordou sentindo o cheiro gostoso das margaridas. Ela viu um vaso cheio delas assim que acordou e percebeu que estava sem o soro no braço e em um quarto privativo com banheiro.

Callen estava dormindo sorrindo com um charuto de doce na boca e ela pegou antes de ele se engasgar.

— Ei. – Callen acordou assim que sentiu o doce ser puxado. – Há quanto tempo acordou?

— Tempo suficiente para admirar um homem bonito dormir. – Elisa sorriu. – Prevejo boas notícias pela frente.

— Bem, seremos pais em menos de sete meses. – Callen sorriu para ela. – E eu estou pensando em fazer um casamento no Havaí.

— Então, melhor chamar o pai de noiva. – Elisa desceu da cama e o empurrou para o banheiro. – Eu não sei o que é, mas eu preciso de você agora, Grisha.

Callen levou Elisa para dentro do banheiro do quarto e trancou a porta. Ele se sentia tão quente com a notícia da gravidez que pouco se importou com o local. Diziam que a gravidez era uma das épocas mais quentes do casamento.

Eles estavam pertos de descobrir.


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