Afire Love escrita por eve


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Oi oi.
Finalmente Daryl e Sophie saindo juntos.
Boa leitura!



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P.O.V. Sophie

—Está atrasado. –digo quando Daryl finalmente aparece em sua moto.

Ele ainda não é minha pessoa favorita do mundo, mas acho que podemos pelo menos suportar a presença um do outro. E ele não é tão ruim quanto parece à primeira vista. Maggie estava certa, ele realmente é resistente a estranhos, mas até que conseguimos fazer um pouco de progresso. Principalmente nos últimos dois dias enquanto nos preparávamos para deixar a comunidade.

Hoje nós iríamos em uma busca mais próxima uma vez que Aaron e Eric não estão mais recrutando já que Eric ainda não se recuperou.

—Você tá adiantada. 

—Eu sou britânica, você está atrasado.

—Tanto faz. –diz ele dando partida na moto.  O homem sabe mesmo ser desagradável quando quer.

Eu apenas rio, resolvi levar grande parte da falta de educação dele no bom humor, além disso é satisfatório poder irritá-lo um pouco. Então apenas dou partida no carro e nós deixamos Alexandria.

 [...]

—Há mais mortos por aqui que o normal, pode ser que alguém esteja... –sou interrompida por Daryl.

—Alguém está. –diz ele apontando para a luz de alguma fogueira mais adentro da mata.

Nós havíamos passado o dia inteiro procurando por algum sobrevivente, já estava quase amanhecendo novamente e essa era a primeira pista de alguém vivo que havíamos encontrado desde que saímos de Alexandria naquela manhã.

—Ok, é melhor nos aproximarmos mais um pouco, estamos muito longe e há muitos deles por aqui. –digo apontando para o zumbi que havíamos acabado de derrubar, Daryl apenas acena positivamente com a cabeça e começamos a caminhar em direção a fogueira.

Nós caminhamos em silêncio por um bom tempo e já havia amanhecido completamente quando finalmente chegamos onde horas atrás havia uma fogueira e fico horrorizada com o que encontramos.

—Quem fez isso levou o que restava deles. –diz Daryl.

Havia restos de corpos espalhados pelo chão, pernas e braços. E estava mais do que claro que quem fez aquilo fez com cuidado.

—Acabou de acontecer. –diz Daryl.

Continuamos andando até que alguns metros a frente encontramos uma cena que realmente me deixa desestabilizada. Havia uma mulher nua amarrada em uma árvore com o abdômen aberto e completamente estraçalhado.

—Ela está amarrada, eles a destroçaram. Isso aconteceu há pouco tempo?  –pergunto a Daryl, perturbada com a cena.

Ele apenas confirma em silêncio. Eu me aproximo e levanto a cabeça dela, havia um “W” em sua testa e então ela abre os olhos e retorna como um zumbi, eu apenas tiro a faca do meu cinto e acerto em sua testa e vejo a cabeça pender para o lado. Continuo com a faca na mão e começo a cortar as cordas que a prendiam na árvore.

—O que está fazendo? –pergunta Daryl me observando.

—Não vou deixar ela aqui, amarrada desse jeito. Não gostaria de encontrar alguém que eu conheça dessa forma. –digo e paro quando estava prestes a cortar a última corda. –Não vai me ajudar?

Eu corto a última corda que a mantinha presa na árvore e Daryl coloca o corpo no chão.

—Está tudo bem? –ele me pergunta quando percebe que eu continuava a observar o corpo estendido sobre as folhas.

—É bem óbvio que não foi um zumbi que a amarrou aqui. Eu estou bem, é só que... –suspiro. –Nunca deixo de me surpreender com o que as pessoas são capazes

—Vamos sair daqui. –diz ele retornando pelo caminho que tínhamos vindo.

Nós vamos em direção ao local onde havíamos deixado o carro e a moto. Ele sobe na moto colocando a besta nas costas, luvas e óculos escuros.

—Algum problema? –ele me pergunta me vendo em pé encarando-o.

—Você tem estilo.

Ele apenas suspira irritado como resposta e eu entro no carro. Daryl vai na frente com sua moto e após mais alguns quilômetros ele para novamente numa pequena estrada coberta por folhas. Ele desce da moto tirando a besta das costas e eu saio do carro pegando minha mochila e meu arco e nós adentramos a mata novamente.

—Alguém passou por aqui faz um tempo. –diz ele olhando para as folhas no chão e recebendo um olhar confuso meu como resposta, mas resolvo não questionar como ele sabe disso.

—Se o virmos, recuamos e usamos o microfone. –explico. -Observamos e ouvimos

—Por quanto tempo?

—Até nós sabermos se podemos confiar. –digo. -Há pessoas más aqui fora o que vimos mais cedo é uma prova disso.

—Vocês expulsam pessoas? –pergunta ele enquanto continuávamos nossa caminhada.

—Sim. Uma vez na verdade.

—O que aconteceu?

—Às vezes simplesmente não dá certo e nós temos que levá-las para longe. –explico.

—E eles vão embora?

—Nós ficamos com as armas. Com todas elas. –respondo. –Eles acabam não tendo muita opção.

[...]

Nós continuamos andando até chegarmos a um campo aberto e avisto alguma coisa vermelha se movendo. Daryl pega um binóculo e eu tiro o microfone de dentro da mochila.

—O que ele está fazendo? –pergunto identificando a “coisa vermelha” como um homem com um poncho vermelho que se abaixa e começa a passar algo no rosto.

—Está passando alho-poró silvestre. Afasta os mosquitos. –eu me viro em direção a Daryl e começo a observá-lo com curiosidade. –Vamos lá.

Ele volta a caminhar e eu apenas o sigo, afinal ele parece saber o que está fazendo. Nós caminhamos em silêncio por um longo tempo até que perdemos o homem de vista. Mesmo após procurarmos em todos os lugares possíveis, não o avistamos novamente e acabamos nos deparando com o que parecia ser um depósito de comida. Eu tento convencer Daryl a entrar, contudo ele resiste.

—Verificamos em todos os lugares, está difícil encontrá-lo de novo. Às vezes eles somem, acontece. Mas não se vê algo assim todo dia. –digo apontando para os caminhões.

—Se fizermos isso agora, estaremos desistindo. 

—Eu disse ao Aaron que não iria muito longe dessa vez, nós estamos a 60 km de casa, está na hora de voltar. E você viu, tem pessoas perigosas aqui fora.

—Por isso devemos procurar pelas boas.

—Eu sei que precisamos de mais pessoas, e nós vamos encontrá-las, mas também precisamos alimentá-las. –insisto.

—Certo. –diz ele e começa a atrair os zumbis para o portão do depósito.

Após matarmos todos através da cerca, abro o portão e entramos.

—Eu também não gosto da ideia de desistir de procurar alguém, mas ele está com um poncho vermelho, dá para vê-lo de muito longe. –digo. – Se voltarmos com algum desses caminhões, ainda vai ser uma boa viagem.

Caminhamos até um caminhão e Daryl abre sua traseira e é nesse exato momento que tudo dá errado.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado.
Beijoos! Comentem!



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