Afire Love escrita por eve


Capítulo 40
Capítulo 40


Notas iniciais do capítulo

Olá leitores, como vocês estão?
Gente do céu eu desapareci eu sei e peço mil desculpas por isso. Acho que eu nunca comentei aqui, mas eu faço duas faculdades e como eu estava no fim do semestre minha vida estava uma loucura e eu não estava tendo tempo nem pra lavar o cabelo. Enfim, espero que vocês possam me perdoar pelo sumiço. Agora está um pouco mais tranquilo, mas como já estamos na reta final da história eu vou voltar a postar uma vez por semana.
Boa leitura!



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P.O.V. Sophie 

Eu não vejo a hora disso acabar de uma vez por todas.

Nós finalmente tínhamos um plano e depois de um discurso motivador de cada um dos líderes da comunidades, nós estávamos oficialmente indo pro tudo ou nada. Daryl e Dwight criaram um meio de se comunicar através de flechas e isso estava nos ajudando a conseguir boas informações para montar o nosso ataque.

Nessa primeira parte do plano Carol e eu iremos guiar uma horda para o Santuário. Isso significa que nós vamos explodir bastante coisa até a horda chegar onde queremos. Por alguma razão Rick e Daryl acharam que nós seríamos uma boa dupla quando se trata de explodir coisas.

—Você está odiando isso não está? -digo quando vejo Carol olhar para o próprio relógio pela décima vez em vinte segundos.

—Digamos que eu tenho uma certa experiência com conflitos e gostaria de poder evitar de vez em quando.

—Muita experiência pelo que eu ouvi dizer. -lembro que Daryl não quis contar a ela nada do que estava acontecendo porque Carol já havia feito demais por todos eles. -Isso é pior do que ter que fingir ser uma dona de casa inútil?

—Acho que os dois são bem ruins.

—Talvez você devesse encontrar um equilíbrio. 

—Era o que eu estava tentando fazer quando fui embora.

—Você estava tentando se isolar de todo mundo, esse é outro extremo. -digo e ela não parece muito contente com essa conversa. -Daryl gosta muito de você, sabe.

—Pelo que eu percebi ele também gosta muito de você.

—Você está na vida dele há mais tempo, tenho certeza de que se conhecem muito bem. -começo. -O que eu quero dizer é que ele vê quando você está deixando de ser você e eu sei que ele se sente péssimo porque não há nada que ele possa fazer, mas ele não entende isso então acaba se culpando.

—Como sempre. 

—Exatamente. -concordo.

—Então você está preocupada que ele se sinta mal por minha causa? -pergunta ela. -Por não poder me salvar?

—Acho que nem eu sei direito o que estou querendo dizer, nós duas nunca tivemos a oportunidade de nos conhecermos muito bem, mas eu arriscaria dizer que eu comecei essa conversa com o propósito de pedir a você que tente se encontrar sem ter que afastar todo mundo, o que inclui o Daryl.

—Bom, isso é algo para pensar caso a gente sobreviva a tudo isso.

—Você vai sobreviver.

Nós voltamos a ficar em silêncio enquanto a horda chegar para explodirmos o nosso segundo carro aquele dia quando Daryl chega. Ele também iria ajudar nessa parte e quando já estivesse perto o suficiente ele levaria os zumbis até o Santuário enquanto Carol e eu encontraríamos os nossos grupos. Ela iria com um grupo do Reino e eu encontraria minha própria turma de Alexandria.

Nós caminhamos até chegarmos a apenas algumas ruas de onde ficava o santuário. Carol e eu armamos a última bomba e quando está tudo pronto nós esperamos pelo bando. Nós os ouvimos antes que eles apareçam no nosso campo de visão. Chegou a hora de nos separarmos.

—Acha que pode fazer isso sozinho? -Carol pergunta a Daryl e ele confirma.

—Se cuida. -diz ele antes que Carol nos dê às costas e siga seu próprio rumo. -Você também, Watson.

—Sempre sou cuidadosa, é você que sempre acaba como refém, Dixon. -digo e então dou um beijo rápido em sua testa. -Fica bem, Daryl Dixon e se você precisar ser resgatado é só me chamar no rádio que eu venho correndo te salvar dos caras maus.

—Irritante e convencida.

—Do jeito que você gosta. -brinco. -Até mais tarde.

—Até. -diz e ele e eu sigo o meu caminho.

[...]

Encontro Aaron e Eric no lugar combinado para que então possamos tomar um dos Postos Avançados dos Salvadores. Eles estavam no meio de vários carros que nós cobrimos com todo tipo de placa de metal que pudemos encontrar e que usamos para nos proteger, então não tenho muito tempo para subir no carro.

—Tudo certo? -pergunta Aaron.

—Sim, a essa hora o bando já deve estar lá.

—Não vejo a hora disso acabar.

Bom, não é nenhuma novidade que Eric está odiando toda essa história, ele odeia que estejamos nos arriscando tanto assim, mas sabe que essa é a única alternativa e está disposto a fazer o que for preciso.

Quando nós chegamos até o Posto os carros são organizados de forma que juntos se transformam em uma barricada. No momento em que paramos já é dado início a uma intensa troca de tiros. É óbvio que eu nunca estive em uma guerra antes, mas existem algumas coisas que você pode esperar desse tipo de situação, por exemplo, eu sabia que ia atirar para todos os lados sem nem ver a quem eu estava acertando ou se eu estava de fato acertando alguma coisa, mas nossas ordens foram claras: não era necessário mirar na cabeça, na verdade seria melhor que eles se transformassem. 

Só que na prática a confusão era bem pior porque existe uma brecha bem pequena para atirar em outras pessoas sem ser atingido quando elas estão revidando e assim como você, também não sabem onde estão mirando. Nós pelo menos estávamos preparados para isso porque era o nosso ataque, mas aquelas pessoas no pátio do Posto Avançado foram pegas de surpresa. Aquele era o nosso primeiro ataque depois do Santuário, onde nós esperamos ter criado uma confusão grande o suficiente para que eles não tivessem tempo de avisar aos grupos de apoio o que estava acontecendo. Dwight também estava nos ajudando nisso.

Acontece que nós estávamos em uma posição melhor pela primeira vez, nós estávamos preparados e estávamos ganhando. O problema é que quando isso acontece pode haver um impulso que te faz querer partir para cima e dar um fim aquilo que você começou. E quando isso acontece, quando os tiros do lado inimigo começam a cessar e você acha que aquele é o fim, você pode acabar se descuidando. Além disso, quando você vê os seus sendo atingidos você passa a fazer o seu trabalho por ele também e alguns dos nossos estavam sendo atingidos. Eric era um deles.

Eu não sei precisar em que momento aconteceu, mas Eric foi atingido e estava coberto de sangue enquanto isso Aaron estava desesperado tentando sustentar o peso do seu namorado. Eu obviamente não sei dizer o quão ruim o ferimento pode ter sido, mas seu abdômen estava praticamente jorrando sangue e o olhar de Aaron não me tranquiliza em nada.

—Vai. -digo a ele. -Eu dou cobertura.

Os dois se afastam para a mata atrás de nós e Aaron tenta fazer pressão no ferimento, mas eu não consigo prestar atenção nisso por muito tempo, agora tudo que eu posso fazer é impedir que alguém, morto ou vivo, chegue perto deles dois.

[...]

Depois que a confusão está controlada e há poucos Salvadores para revidar o ataque eu me dou a liberdade de procurar por Aaron e Eric. Não dá muito trabalho pois os dois estavam juntos debaixo de uma árvore. Felizmente quando me aproximo Eric ainda está vivo e consciente, mas pelo jeito que ele me olha ele parece acreditar que esse é o fim.

—É muito ruim? Nós ainda podemos levar você até o Reino. -digo me abaixando para tentar ajudar a fazer alguma coisa em relação ao tiro.

—Não dá tempo. -diz Eric com a voz fraca.

—Nós podemos fazer isso. -digo, não quero ter que abrir mão dele. Eric me estendeu a mão quando eu cheguei em Alexandria, desde o momento em que eu atravesse os portões daquela comunidade ele tem me tratado como se eu fosse da sua própria família e nunca me pediu nada em troca. Ele e Aaron me deram uma chance sem ao menos me conhecerem.

—Me perdoa por te arrastar pra isso, eu sei que você não queria lutar. -diz Aaron com a voz embargada.

—Eu quis, sim. Isso é maior do que qualquer outra coisa. -responde Eric. -E vocês precisam ficar juntos.

—Eric… -começo mas ele me interrompe no mesmo instante.

—Vocês tem que ir agora.

—Eu não vou deixar você aqui sozinho. -diz Aaron já sem conter as lágrimas, não dá pra aceitar um pedido desses de quem a gente ama ainda mais se essa pessoa parece estar prestes a nos deixar.

—Sophie. -diz Eric. -Por favor.

Eu não quero ter que desistir dele, Eric é bom demais, ele sempre foi bom demais, mas neste momento com Aaron se recusando a ir embora, Eric foca seus olhos nos meus e eu entendo que aquilo é um pedido para tirar o Aaron daqui. Esse lugar não é seguro, se algum Salvador escapar vai buscar retaliação, além disso a maioria deles que já morreu deve estar se transformando a essa altura e se Aaron se recusar a ir embora então eu também posso perdê-lo.

—Obrigada por me acolher, desde o ínicio. -digo enquanto deixo as lágrimas rolarem livremente, não tenho mais como segurar a tristeza que eu estou sentindo por ter que ir embora quando tudo que eu queria era ficar. -Por não ter me dado nada além de amor o tempo inteiro, eu estaria completamente sem rumo se não fosse pela sua bondade, pela bondade de vocês dois. Vocês são minha família.

Então eu afago o cabelo de Eric e dou um beijo no topo de sua cabeça. Depois disso eu me afasto e deixo os dois terem os seus últimos momentos sozinhos. Tento dar privacidade a eles, mas estou de olho em Aaron o tempo inteiro, agora é questão de tempo para que alguém faça o que tem que ser feito e impeça a transformação e se Aaron não fizer então serei eu.


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Notas finais do capítulo

Capítulo bem triste hoje, queria voltar com um capítulo mais alegre, mas não rolou kkkkjk.
Muito obrigada a todos que leram o capítulo de hoje e não desistiram dessa história.
Até semana que vem. Beijos!



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