Afire Love escrita por eve


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Oiie.
Boa leitura!



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P.O.V. Sophie

—Me seguindo? –pergunto assim que Daryl atravessa o portão.

Eu não o havia visto na floresta até ele me apontar a besta. Eu não sou uma caçadora, mas quando vi o cervo eu fiquei tão distraída que não notei sua presença. Meu primeiro reflexo foi puxar a arma do coldre, mas assim que o reconheci coloquei a arma de volta no cinto. 

—Inacreditável.  –diz ele e segue seu caminho sem sequer olhar para trás. Eu sorrio por conseguir irritá-lo um pouquinho.

Acho que o bom humor não é o forte desse homem. 

Logo em seguida Aiden, Nicholas e outras três pessoas atravessam o portão e dão início a uma confusão. Imediatamente várias pessoas aparecem para assistir e vejo um homem entrar correndo pelo portão para tirar Daryl de cima do Nicholas.

A briga é apartada e todos se dispersam depois de um sermão da Deanna. Eu vou para a casa do Aaron e Eric, onde passo a maior parte do tempo quando estou aqui. Aproveito para contar a eles que planejo sair de novo para recrutar quando ouvimos um barulho vindo da garagem.

—Eu deveria me preocupar? –pergunto ao perceber que o barulho não incomoda a nenhum dos dois.

—Deve ser só o Daryl consertando a moto. –explica Aaron.

—Falando nele... –começa o Eric.

—Nós temos que conversar sobre uma coisa. 

—O que foi? –pergunto. 

—Eu falei com a Deanna e nós achamos que seria uma boa ideia se o Daryl fosse um recrutador. –diz Aaron. –Ela não conseguiu pensar em nada pra ele e eu acredito que isso pode ser bom, ele sabe avaliar as pessoas.

—Ótimo pra ele. –digo.

—Na verdade nós achamos que ele deveria ir com você. –diz Eric me pegando de surpresa e acabo soltando uma gargalhada..

—Quem deveria ir comigo? O Daryl que me apontou uma besta? O que acabou de atacar o Nicholas? Vocês me odeiam ou algo assim? –pergunto surpresa por acharem que eu preciso de um caipira babá. E pior, um caipira babá completamente desequilibrado.

—Ele é uma boa pessoa. –defende Aaron.

—Há divergências. –brinco. –Acho que o Nicholas não é exatamente um fã.

—Isso é sério, Sophie. –continua ele. –É perigoso estar tanto tempo lá fora sozinha, foi realmente ruim da última vez e sabe-se lá o que poderia ter acontecido se não tivesse mais ninguém com você.

—Acho que se eu estivesse sozinha eu jamais teria sofrido um acidente pra começar. E eu não sei se estar lá fora com ele faria com que eu me sentisse segura, muito pelo contrário.

—Você pode pelo menos considerar a ideia? –pede Aaron.

—Eu tenho mesmo? –pergunto arqueando as sobrancelhas e ambos confirmam com a cabeça. 

[...]

Durante a noite me ofereço pra ficar de vigia. Quando vou render Spencer em seu turno ele me avisa que alguém do grupo da Geórgia vai ficar de guarda comigo. Não sem antes reclamar de que eles são selvagens. Acho que nós nunca tínhamos recebido um grupo tão grande antes. Eu não quero acreditar que eles são todos horríveis ou Aaron jamais os teria trazido para a comunidade. Talvez toda essa hostilidade seja apenas resultado de ter passado tanto tempo lá fora.

Alguns minutos após Spencer me deixar, uma moça realmente bonita aparece e se apresenta como Maggie. Diferentemente do Daryl, ela é extremamente simpática e nós conversamos banalidades. Eu definitivamente gosto dela. Depois de certo tempo estamos conversando sobre a nossa vida de antes.

—Você conheceu mesmo ele? –pergunta ela incrédula.

—Conheci. Tão lindo. –digo. –E tem um cheiro tão bom.

—Quem é lindo e cheiroso? –pergunta o rapaz que vi brigando mais cedo. Ele aparece do nada e abraça Maggie.

—Orlando Bloom. –respondo. –Espero que ele ainda esteja por aí.

—Você conhece o Orlando Bloom? –pergunta ele.

—Trabalhei por um tempo com entretenimento depois que saí da faculdade.

—Entretenimento? Você era stripper?

Eu rio e Maggie olha para ele com reprovação.

—Era jornalista, entrevistei ele uma vez, mas acabei vindo pra Washington pra escrever sobre política. –explico. –Mas não tinha mais política para escrever sobre. E você é?

—Glenn. –diz ele me estendendo a mão que eu aperto.

—Sophie. Então vocês também cumprimentam as pessoas? –pergunto e os dois me encaram confusos. –Conheci seu amigo Daryl hoje. Ele não é exatamente a mais adorável das criaturas.

—Ele não é tão ruim depois que você conhece um pouco melhor. –defende Maggie. –Ele só tem um pouco de resistência a estranhos, mas ele é ótimo.

—Ele me apontou uma arma e se meteu em uma briga com outra pessoa em menos de quinze minutos.

—Viu? Nós surpreendemos. –brinca Glenn. –Eu também soquei um dos seus amigos hoje e olha só como eu sou bacana.

Rio dele e tenho de admitir que é difícil condenar alguém por brigar com Aiden e Nicholas, eu mesma não deixaria de socá-los se tivesse a motivação certa. Mas eu também sou bacana, então ainda vou julgá-lo por me apontar a besta e ser tão descortês comigo.

—Quando nós nos conhecemos na fazenda do meu pai, essa garotinha, Sophia, desapareceu na floresta e Daryl não parou de procurá-la nem por um segundo. Ele nunca duvidou que a garota pudesse estar viva. 

—Na verdade de todos nós ele foi o único que não desistiu de procurar. Levou uma flechada e um tiro por causa disso. –continua Glenn. –Você vai acabar gostando de todos nós, só precisa dar uma chance. Nós realmente queremos ter uma vida aqui.

—O Aaron parece gostar de vocês, apesar de toda a história do sequestro. –digo. –Isso é o suficiente pra eu acreditar que não são totalmente ruins.

Nós continuamos conversando sobre o Aaron e como as coisas são na comunidade. Glenn também fala sobre o que fazia antes do apocalipse e sobre como ele e Maggie se conheceram, assim como conheceram o resto do grupo. Eles contam mais sobre o tal Daryl e sou obrigada a dar a ele certo crédito por tudo que ele fez por essas pessoas. 

Antes do amanhecer Holly e Natasha vem ficar no nosso lugar então me despeço de Maggie e Glenn e volto para casa, dessa vez considerando a possibilidade de recrutar junto ao Daryl.


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Notas finais do capítulo

Espero que vocês tenham gostado.
Beijooos! Comentem!



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