Afire Love escrita por eve


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Oi oi. Postando o segundo capítulo hoje como o promeitido.
Boa leitura!



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P.O.V. Sophie

Respiro aliviada ao finalmente ver os muros de Alexandria. Nosso acidente de carro já tinha um pouco mais de uma semana, isso queria dizer que eu já estava há quase um mês longe de casa. Steve, como já era de se esperar, não resistiu e se transformou antes mesmo do amanhecer, quando Natasha cravou uma faca em seu cérebro. Depois de enterrá-lo nós voltamos para a estrada e se passaram pelo menos dois dias até que encontrássemos um carro, mas agora estamos quase chegando e eu realmente espero que isso possa dar um pouco de ânimo às garotas que pouco falaram após a morte do amigo.

—Chegamos. –aviso parando o carro em frente ao portão.

Uma fresta do portão se abre e vejo Spencer examinar o carro até que me vê no banco do motorista e sorri antes de abrir o portão para que possamos entrar. Assim que atravessamos para dentro da comunidade eu desço do carro e Spencer me abraça.

—Demorou dessa vez. –diz ele ao me soltar.

—Tive alguns problemas. –digo e então as garotas descem do carro enquanto Spencer as acompanha com o olhar. –Pode chamar sua mãe para dar as boas vindas? Por gentileza.

Spencer concorda com a cabeça e se afasta, indo chamar Deanna. As garotas observam a sua volta e eu espero que elas possam ver isso como a chance de um recomeço depois do que aconteceu na estrada.

—Quem é Deanna? –pergunta Alice.

—É a nossa líder e também mãe do Spencer, o rapaz que abriu o portão para nós. –respondo. –Depois que conversarem, ela vai mostrar onde podem ficar. 

As duas assentem com a cabeça e continuam analisando a comunidade. 

—Vão mesmo nos deixar ficar aqui? –questiona Natasha.

—Não vejo motivos para não deixarem. –respondo. –Deanna vai pedir que entreguem qualquer arma que possam ter, não se preocupem, não é nada pessoal ela só sente que é mais seguro desse jeito e não gosta que as pessoas estejam armadas aqui dentro. Ela também vai querer conversar com vocês duas e depois vai arranjar um lugar para vocês e alguma coisa para que possam ajudar dentro da comunidade. Vai dar tudo certo.

—Obrigada. –diz Natasha.

—Podem me procurar se precisarem. –digo. –Vão saber onde me encontrar.

Deanna se aproxima de nós e se apresenta eu apenas a cumprimento com um aceno de cabeça e me afasto do grupo. Spencer me acompanha enquanto sigo a pé para a minha casa.

—Pode guardar o carro para mim? –pergunto lhe entregando as chaves.

—O que aconteceu com o seu carro de verdade?

—Perdi num acidente. Nós capotamos e depois ficamos cercados por uma horda. Havia uma terceira pessoa, mas ele foi pego. –digo e vejo ele fazer uma careta, Spencer não é do tipo que gosta de se arriscar. –Eu estou bem só bati com a cabeça e fiquei um pouco confusa na hora, mas isso já tem uma semana e não me matou até agora então imagino que vai ficar tudo bem, além disso, o corte foi superficial, parece mais feio do que realmente é. Aconteceu alguma coisa enquanto estive fora?

—Aaron trouxe um grupo no último recrutamento e minha mãe vai fazer uma festa de boas vindas para eles hoje à noite. Fora isso nada de diferente. Você vai aparecer?

—Sua mãe deve estar mesmo animada com eles. Mas eu não vou aparecer, estou cansada e queria ver o Aaron ainda hoje. –respondo até que por fim chegamos à minha casa. –Preciso de um banho se não se importa. Te vejo depois.

—Até mais. –diz ele me dando um abraço meio de lado. –Tenho que voltar para a vigia.

Entro em casa e encontro tudo exatamente como deixei há quase um mês atrás. Em seguida tomo um banho e tento dormir um pouco. Foi uma longa viagem.

[...]

Eu planejava dormir apenas um pouco durante a tarde, mas eu estava tão esgotada que acordo apenas na manhã seguinte com as batidas na minha porta.

—Você voltou! –diz Eric assim que abro a porta e me puxa para um abraço. –Porque não avisou nada?

—Eu apaguei assim que cheguei em casa, me desculpa. –respondo. –Onde está o Aaron? O que aconteceu com a sua perna? –pergunto notando que ele usava uma bota imobilizadora.

—Aaron está mostrando uma moto pro Daryl. Eu tive um problema e torci o pé lá fora, mas já tá tudo bem. –diz ele me soltando e então entra na minha casa. –Troca de roupa e calça seus sapatos, você vai tomar café da manhã com a gente e vai aproveitar para explicar porque demorou tanto.

Dito isso eu me arrumo e nós vamos para a casa onde Aaron e Eric viviam juntos, na entrada da garagem Aaron conversava com um desconhecido vestido em um colete com asas nas costas, Eric ao perceber meu estranhamento me avisa que ele faz parte do grupo que eles encontraram na estrada.

Assim que Aaron nota minha chegada ele se despede do homem e vem em minha direção me dando um forte abraço e me chama para entrar. Durante o café da manhã eu conto a eles que demorei para encontrar sobreviventes e quando finalmente pude achá-los nós tivemos alguns problemas no percurso.

—Eu já ia me esquecendo. –começo. –Encontrei uma placa do Arizona, ia trazer pra sua coleção, mas acabou ficando dentro do carro que capotou. Não lembrei de pegá-la.

—Você quase morreu e tá preocupada com uma placa? –Aaron pergunta e eu confirmo. –Eu perdi todas as outras então acho que não vai fazer tanta diferença.

E então é a vez dele explicar o que aconteceu enquanto ele estava fora de Alexandria. Aaron também recruta pessoas para a comunidade, mas eu prefiro as viagens longas que ele desaprova por achar perigoso, ainda mais por eu estar sozinha, mas entende que eu gosto de manter em mente como as coisas ainda são lá fora e que assim como ele eu não gosto de ficar presa.

Ele conta sobre o grupo da Geórgia que encontrou na estrada e como foi sequestrado por eles e então finalmente conseguiu ganhar sua confiança.

—Vocês reclamam do perigo das minhas viagens, mas eu nunca fui capturada. –brinco.

—Espera só até conhecê-los e até você vai ficar com medo de ser. –diz Eric. 

—Então porque os trouxe? –pergunto.

—Eles são o tipo de pessoas das quais precisamos. –ele me responde com sinceridade. –E eles não são bárbaros, apenas passaram por muita coisa até chegarem aqui. Além do mais eles tinham um bebê.

—Eu confio no seu julgamento Aaron, mas acho que seria uma boa ideia evitar ser sequestrado.

—Eles precisavam de nós e nós precisamos deles. Quando você os conhecer vai entender de verdade porque os trouxe para Alexandria.

—Eu confio no que diz, se acha que eles vão ser de ajuda então eu estou com você. –foi Aaron quem me encontrou e quem me trouxe até aqui, ele me salvou e salvou vários outros então se ele me disser que essas são boas pessoas então eu vou acreditar que são. –Me conta mais sobre eles. Já sabe o que Deanna tem em mente? O que estava aqui é um deles?

—Deanna já pensou em alguma coisa para quase todos, dois deles serão policiais. Rick, o líder era um xerife antes e também tem a Michonne. Acho que você pode se dar bem com muitos deles, Maggie e Glenn são muito simpáticos. –diz Eric com empolgação. –O que encontrou quando chegou é o Daryl, Aaron decidiu deixar ele consertar a moto que estava na garagem e ficar com ela. Deanna ainda não conseguiu encaixar ele em nada, ele é um pouco mais difícil de lidar, mas Aaron e eu estivemos pensando em algo.

Eu escuto atentamente quando os dois falam sobre cada um dos membros do grupo do xerife e passo o resto do dia junto do Eric e do Aaron. Os dois se tornaram meus melhores amigos aqui dentro. No geral eu me dou bem com todos aqui com uma ou outra exceção talvez, mas eles dois são diferentes, eles entendem as coisas como elas são agora e ainda sim mantém a fé nas pessoas.

Quando já está próximo de anoitecer eu deixo a casa dos dois e caminho livremente pelas ruas de Alexandria um pouco porque gosto mas também tenho esperanças de encontrar com o grupo que Aaron trouxe. Para a minha sorte encontro um garoto que não deveria ter mais de dezesseis anos circulando com um bebê em seu colo. Nós nos cruzamos e eu não consigo evitar o olhar curioso, não existem tantas crianças neste mundo e eu estou encantada. O garoto me dá um meio sorriso e segue seu caminho.

Eu realmente espero que essas pessoas sejam tão boas para nós quanto Aaron acredita que sejam. Eu adoro estar em Alexandria e ter sempre um lugar seguro para retornar, uma casa de verdade, mas acho um erro enorme a acomodação que paira sobre as pessoas de que isso vai durar para sempre. Nós temos que lutar para manter esse lugar seguro, existem ameaças lá fora que podem colocar tudo que nós construímos aqui em risco, só porque essas ameaças ainda não nos encontraram não quer dizer que nunca irão. E é bom saber que teremos mais pessoas para contar quando isso acontecer.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado.
Beijoos!



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