Vicious escrita por ladyenoire


Capítulo 7
On The Edge


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura!!!



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Há alguns anos atrás:

Hawk Moth era um nome um tanto extravagante na visão do homem. Entretanto, ele precisaria de um codinome de qualquer forma. Então, já que Hawk Moth era o nome que estava se espalhando por toda Paris como uma praga, assustando os mais fracos como se fosse um bicho-papão e fazendo até os mais fortes temerem, que assim fosse.

De agora em diante ele seria Hawk Moth.

— Senhor? – a mulher questionou, parando atrás dele. – Temos notícias do primeiro experimento. – virou na direção da voz e pegou o tablet da mão dela. – Aparentemente, foi um sucesso.

As estatísticas estavam a seu favor, sem dúvida. Se conseguissem potencializar os resultados, certamente poderiam se tornar ainda mais poderosos do que já eram.

— Excelente! – por mais que estivesse empolgado, sua reação era contida – Diga para observarem a cobaia até que o efeito passe.

— E se não passar?

— Então teremos que arrumar uma nova cobaia. – a mulher assentiu, porém antes que pudesse se retirar, ele a chamou novamente – E sobre a questão do meu filho? Conseguiu algum retorno?

— Sim. Ao que parece está tudo encaminhado. Providenciarei as passagens para Londres assim que possível. – ele assentiu – Precisa de mais alguma coisa?

— Não, era só isso. Obrigado, Nathalie. – a mulher sorriu.

— Não há de que, senhor Agreste.

~—————~

Adrien encarou o seu próprio reflexo no espelho. O suor escorria do seu rosto e pingava na pia, como se ele tivesse aberto a torneira. Ele se sentia exausto, confuso, com medo... Não tinha ideia de como tinha reduzido a sua cama a cinzas por completo com apenas um pesadelo. Um garoto normal não seria capaz disso.

Ele voltou seu olhar para dentro do quarto grande, encarando o local aonde costumava ficar sua cama e que agora não restava nada. Ela estava destruída...

— O que... O que está acontecendo comigo? – fitou suas mãos.

Realmente tinha sido ele a ter feito aquilo? É claro, quem mais poderia ter sido? Mas como isso era possível?

Adrien secou o rosto e pegou seu casaco. Não tinha como sair de casa no meio da noite, já que era menor de idade, mas ao menos podia ir até o jardim da sua casa. Precisava tomar um ar fresco, precisava pensar e esclarecer as ideias.

No entanto, assim que sua mão tocou o casaco, aconteceu de novo.

O tecido se desfez em sua mão assim que a energia preta surgiu nela sem que ele a conjurasse. Adrien se afastou em choque, com medo de tocar em qualquer coisa ou em qualquer pessoa.

Será que ele teria que viver assim de agora em diante? Não, ele precisava pedir ajuda. Mas quem o ajudaria em algo tão... Tão irreal? Seu pai, é claro. Por mais que Gabriel fosse um homem da ciência, com certeza era o único a quem Adrien poderia recorrer agora, mesmo que não fossem tão próximos como antes. Seu pai certamente não se recusaria a ajuda-lo.

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~—————~

 

Nos dias de hoje:

Gabriel caminhava pelo último andar da empresa e Nathalie, que era a única que frequentava livremente aquele andar além dele, passou a acompanha-lo.

— Senhor, tenho notícias da filha da Sra. Tsurugi. Ela já embarcou para o Japão com a sua mãe. – disse com a voz baixa. Por mais que estivessem sozinhos e que fosse permitido falar sobre o assunto naquele andar, um pouco de discrição nunca era demais.

— Ela não possui nenhuma sequela dos eventos anteriores? – Nathalie negou – E sobre o akuma?

— Segundo os registros da polícia que a Srta. Rossi conseguiu ter acesso, o efeito passou sozinho algumas horas depois de ela ser levada. – Lila Rossi não era uma completa inútil afinal, ter uma repórter ao seu lado tinha que ter suas vantagens.

Uma pena que Lila Rossi tinha objetivos rasos, o que atrapalhava sua visão da situação como um todo – ela não fazia ideia de para quem e para o que trabalhava. No entanto, ainda assim seus serviços valiam a pena.

Gabriel parou em frente à janela redonda. Grande parte da cidade poderia ser vista dali, sendo um local perfeito para refletir e repensar os seus objetivos.

— Eu tenho alguma reunião marcada pra hoje?

— Tem duas reuniões, uma com os investidores dos Estados Unidos e outra com Sr. D'Argencourt. – respondeu, olhando o cronograma do chefe.

— Desmarque então. – Nathalie o encarou, como se perguntasse se ele tinha certeza de que queria fazer isso – Com o fracasso de Riposte e Miraculer, precisamos monitorar o desempenho da nossa próxima akumatizada. – Gabriel esboçou um sorriso, mas não tinha nada de alegre ou puro sobre aquele sorriso – E honestamente, acredito que esta seja promissora.

— Como quiser, senhor. – a secretária se retirou, deixando Gabriel completamente sozinho no extenso corredor.

O sorriso de Gabriel deixou seu rosto, tão rapidamente quanto tinha chegado. O homem então caminhou mais um pouco e parou diante do maior e mais elegante quadro daquele corredor. Sua extensão cobria a parede do alto até em baixo, porém era estreito, pois representava a arte de uma mulher de pé.

Ele fitou o enorme quadro da sua falecida esposa com uma expressão indecifrável. Desejava que Emilie estivesse ao seu lado, pois assim, tudo pareceria mais simples. Ele sentia falta da época em que sua família era feliz e unida. Todavia, Gabriel tinha sido vítima de um destino fatídico, que acabou separando a sua família e fazendo seus objetivos tomarem um rumo completamente diferente do que ele imaginava.   

Apesar disso, ele sabia que era somente uma questão de tempo até que se reerguesse e retomasse as rédeas da sua vida. Depois de anos de pesquisas e experimentos, ele finalmente estava no controle. Gabriel não deixaria nada nem ninguém controlar o seu destino, ele era o único que tinha poder para fazer isso.

~—————~

Adrien ainda se encontrava encharcado devido à missão de resgatar Chloé, impedir a explosão da bomba e imobilizar Miraculer. O loiro encarava a parede do laboratório em sua frente, pensando no que diria à Marinette – que havia ficado no local para prestar esclarecimentos para a equipe que levaria a akumatizada até a sede da Miraculous.

Logo sua parceira chegaria e embora soubesse que o tipo de confiança que pediu para Marinette ter nele, não precisaria de nada em troca, Adrien também sabia que devia algum tipo de explicação a ela.

— Plagg, claws out!

— Olá, Chat Noir. Do que você precisa?

— Pode me passar a localização da Ladybug? – não queria fugir dela, sabia que era impossível. Mas talvez pudesse adiar a conversa que certamente teriam, ao menos um pouco.

— A Ladybug já está no prédio da sede. – Adrien levantou em um pulo. Quanto tempo tinha ficado encarando a parede?

Decidido em se esquivar da parceira, ao menos até o fim do dia, Adrien tratou de sair do laboratório o mais rápido possível e ir para qualquer outro lugar – talvez o banheiro masculino – até que fosse seguro sair. Porém sua tentativa foi totalmente frustrada assim que saiu pela porta e deu de cara com Marinette.

— Oi.

— Oi. – ela respondeu e encarou Adrien no fundo dos seus olhos. O loiro sentia-se estranho ao ser encarado dessa maneira, sentia-se exposto. Mas se apenas o olhar intenso de Marinette já tinha o deixado desarmado, a frase seguinte dita por ela, seria o golpe final – Precisamos conversar.


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Notas finais do capítulo

AAAAAAAAAAAAAAAAA E O EPISÓDIO WISHMAKER???

Se vocês acham que eu vou fazer uma shortfic ou oneshot sobre Wishmaker só porque foi um episódio icônico, vocês estão CERTÍSSIMOS! Ainda não sei o que vou fazer, só sei que vou hahaha!

Agora sobre Vicious, eu disse que esse capítulo seria interessante. Eu ainda pretendo mostrar um pouco mais sobre a perspectiva do Gabriel. Aliás, aqui vai uma dica, o objetivo dele não é exatamente igual ao do desenho (quis fugir um pouco do óbvio).

Muito obrigada por terem lido, nos vemos nos próximos capítulos! Espero que tenham gostado ♥ xoxo



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