Em nossos Sonhos escrita por Keyla Cardoso


Capítulo 4
Capítulo 04


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem e desculpa a demora!

'A leitura é o alimento da alma. Bom apetite'



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Capitulo 04

Jared se mexeu na cama e bocejou enquanto coçava os olhos; era a manhã de seu terceiro dia de viagem, ele havia parado em um motel de beira de estrada na noite anterior. Sua viagem estava sendo boa até aquele momento; mesmo sem saber muito bem para onde estava indo. 

Sempre que parecia estar encontrando a direção certa, seu lobo ficava inquieto e o mandava seguir em outra direção. Ele pegou o celular na mesa de cabeceira e olhou a hora: 8:15am. 

Ele viu que tinha algumas mensagens de Sam e de Mia, mas ele não os abriu naquele momento. Colocando o celular de lado novamente, ele se levantou e procurou uma troca de roupas na mochila. 

Jared não gostava de ficar distante da reserva, um dos motivos era ter que usar roupas e parecer normal. Na reserva, ninguém questionava os jovens andando semi nus pelas ruas; mas quando eles estavam na cidade era diferente. Eles sempre atraem olhares e sussurros e ele odiava isso. 

Ele tomou um banho rápido e vestiu a calça jeans escura e a camiseta preta que ele havia pego. Se olhando no espelho, ele passou a mão pelos cabelos os bagunçando ainda mais. Após escovar os dentes e recolher suas coisas, ele caminhou até a recepção do motel, a chave bem segura em sua mão esquerda e a bolsa pendurada no ombro. 

—Bom dia, gostaria de encerrar minha reserva. —Ele disse ao se aproximar do balcão. 

A garota loira não era a mesma que estava ali na noite passada, apesar de se parecerem bastante. Pela semelhança entre as garotas, Jared deduziu que aquele era um negócio de família. 

—Seu nome, por favor? —A garota sorriu e se inclinou sugestivamente, deixando seu decote bem à vista. 

—Jared, Jared Cameron. — respondeu mantendo os olhos no rosto dela. 

Seu lobo se mexeu inquieto com o cheiro enjoativo do perfume dela e praticamente implorou para que Jared corresse dali. 

—Aqui, Sr. Cameron. —Ela sorriu recebendo a chave e entregando um recibo para ele. —Volte sempre, ficaremos felizes em recebê-lo. —A garota flertou com um sorriso. 

Se fosse algum tempo atrás, Jared provavelmente chamaria a garota para sair e quem sabe até mesmo eles não ocupariam um dos quartos do motel; mas naquele momento, ele não conseguia sentir nada além de um desconforto em seu estômago causado pelo flerte descarado da jovem. 

Com um aceno de cabeça ele se virou e saiu do motel para o ar morno do lado de fora. Seu lobo ronronou ao se encaminhar para longe do perfume opressor e altamente enjoativo da recepcionista. 

Jared tirou as chaves do carro do bolso e deu partida; seu estômago protestou após 20 minutos de viagem. Ele avistou uma placa de um restaurante a distância e decidiu que seria ali sua primeira pausa do dia. 

Ele pediu um café da manhã completo, com ovos e bacon extra. Quando terminou de comer e pediu a conta, a garçonete lhe lançou um olhar estranho, como se dissesse: 'uau, como você consegue comer tudo aquilo e ainda se manter em forma?' Jared apenas sorriu e saiu do pequeno restaurante. 

Ele já estava acostumado a lidar com esses olhares sempre que ia comer fora; seu metabolismo de lobo queimava calorias muito rapidamente, então era preciso uma grande quantidade de alimentos gordurosos para mantê-lo saciado por pelo menos algumas horas. 

Jared dirigiu por mais alguns quilômetros em silêncio absoluto, apenas o vento soprando nas árvores que delimitavam a estrada podiam ser ouvidos. Seu lobo estava inquieto, pedindo pra ele largar o carro ali e ir dar uma corrida… 

Mas ele não podia simplesmente largar o carro na beira da estrada; então ele se pôs a dirigir o mais rapidamente que o limite de velocidade permitido.

Ele havia enchido o tanque de gasolina na noite anterior, então não parou novamente até sentir a mudança no ar ao seu redor. 

Não foi algo que ele percebeu imediatamente; levou vários minutos até que ele percebesse que o vento entrando pela janela do carro havia se tornado mais frio, e o cheiro das árvores aquecidas pelo sol de verão, era inexistente naquele ponto. 

Ele parou o carro e olhou ao redor em busca de alguma placa de sinalização; mas percebeu que deveria ter perdido as últimas em seu desejo de acalmar o lobo.

Desistindo de procurar sua localização, ele fez o que o lobo desejava que ele fizesse: continuou a dirigir. 

Jared dirigiu por mais alguns metros e conseguiu distinguir alguns prédios. Quando a rodovia mudou para uma avenida simples ele avistou uma placa que dizia: 'Bem vindo a Anchorage, Alasca'

Seu lobo interior ronronou e de alguma forma, ele soube que estava mais próximo de sua companheira. Ele continuou dirigindo, maravilhado em como o céu estava claro quase oito horas da noite. 

Jared dirigia calmamente, observando as construções que se tornavam cada vez mais frequentes; prédios se mesclavam com construções mais simples e antigas, o novo e o velho se misturando como em uma obra de arte. 

Ele desviou os olhos de uma das construções bem a tempo de pisar no freio; um cachorro grande (bem parecido com um lobo) estava parado apenas alguns metros à frente de seu carro, com olhos arregalados e uma expressão assustada. 

Calmamente, ele desceu do carro e se aproximou do cachorro de pelagem marrom e branca que rosnou e mancou para longe. Descendo o olhar para a pata do cachorro, ele viu que estava pendurada e parecia inchada. Se agachando perto do cachorro, ele permitiu que seus olhos brilhassem em amarelo ao mesmo tempo que estendia a mão. 

O cachorro inclinou a cabeça para o lado, mas permitiu que Jared o tocasse. 

—Está perdido amigão? Como você machucou sua pata, hem? Vamos lá, vou te levar até algum lugar onde possam achar seu dono. —Jared disse enquanto erguia o cachorro e o levava em direção ao seu carro e o colocava no banco do passageiro. —Como será seu nome? 

Jared voltou a dirigir enquanto buscava o centro da cidade, onde provavelmente ainda haveria alguém para lhe informar onde ele poderia deixar o cachorro perdido. Ele fez curvas e entrou em ruas bem pavimentadas; na terceira rua que ele entrou, ele ouviu uma voz masculina ao longe gritar: 

—Jack, cadê você garotão? Jack! 

Jared olhou pro cachorro que estava com as orelhas levantadas e em alerta. 

—Você é o Jack, em? —Ele perguntou e o cachorro abanou o rabo animadamente. —Sim, é… vamos lá, vou achar seu dono. 

Seguindo a voz que chamava pelo cachorro, ele encontrou um homem de aparentemente quarenta anos.

—Hey senhor. —Ele chamou parando o carro no meio fio. 

O homem virou para ele e franziu as sobrancelhas enquanto se aproximava desconfiado, os olhos castanhos muito familiares para Jared. 

—Pois não, jovem. 

—Acho que esse cachorro aqui é do senhor. —Ele indicou o cachorro no banco do passageiro. 

A expressão do homem se suavizou e ele suspirou aliviado. 

—Jack seu enorme saco de pelo, onde você se enfiou? —Ele resmungou pro cachorro enquanto passava a mão pelo rosto. 

—Eu estava chegando na cidade e o achei no meio da pista. Estava procurando algum lugar para deixar ele quando ouvimos você chamar por Jack e ele ficou todo animado. —Jared explicou e o homem deu um aceno positivo. 

—Muito obrigada, jovem. Poucas pessoas fariam o que você fez. A propósito, eu sou o Charlie. —O homem estendeu a mão que Jared apertou. 

—Jared. Eu estou precisando de uma hospedagem e seu cachorro está machucado, posso levá-lo até onde o senhor está hospedado e aproveito para reservar um quarto também. —Ele sugeriu. 

—Bom, normalmente eu não sou muito seguro de entrar em carro desconhecido, mas você me parece uma boa pessoa. Vamos lá. —Charlie disse se afastando e abrindo a porta traseira e se sentando. —Eu não estou hospedado em um hotel cinco estrelas não, viu garoto. Eu sou apenas um cara que faz transporte entre o norte do estado e a capital; então a minha hospedagem é bem barata. 

—Não me importo realmente com isso; estive dormindo em motéis de beira de estrada nas últimas duas noites. —Jared encolheu os ombros e virou na rua que Charlie indicava. 

Jared percebeu que o caminho os levava para fora do centro da cidade, para uma área com menos prédios e mais construções baixas e antigas. 

—Como Jack fugiu? —Jared perguntou olhando para o homem pelo espelho retrovisor. 

—Eles ficam numa espécie de celeiro nos fundos do lugar em que estou hospedado. Aparentemente um outro hóspede foi buscar seu cachorro e deixou a porta aberta, aí esse espertalhão aqui fugiu e me deu um susto. —Charlie respondeu estendendo a mão para alisar a cabeça do husky. —Vire à direita e siga mais um pouco, estamos chegando. De onde está vindo, garoto? 

—Forks, o senhor conhece? —Ele disse ao notar a expressão que o rosto de Charlie ostentava.

—Morava por perto. —Charlie disse e não acrescentou mais nada.

Jared parou o carro no pequeno estacionamento indicado por Charlie e desceu do veículo. 

—Você pode me esperar aqui enquanto eu coloco o bonitinho ali e peço para o Mark dar uma olhada na pata dele? —Charlie disse indicando o galpão a poucos metros da construção principal. 

Apesar de não sentir frio, Jared podia sentir o vento soprando contra seu rosto; então, para evitar os olhares que já haviam começado, ele abriu a bolsa e tirou o casaco de dentro. Ele parou por alguns segundos e observou o desenho que sua irmã havia feito. 

Ele sentia estar cada vez mais perto dela e a percepção disso, fez seu coração acelerar e se lobo se agitar contente. 

—Tudo certo aí, garoto? —Charlie disse e Jared guardou rapidamente o desenho. 

—Sim, apenas pegando o casaco. —Jared sorriu e mostrou a peça para Charlie que confirmou com a cabeça.

—Venha, vou te pagar uma bebida e alguma coisa pra comer enquanto conversamos. —Ele começou a seguir para o prédio. 

—Ah não senhor, ainda não tenho idade pra beber. Só tenho dezessete anos. —Jared disse o seguindo. 

—Aprecio sua honestidade, garoto. Você passaria facilmente por vinte e um. 

Jared sorriu e entrou pela porta que Charlie mantinha aberta pra ele. A primeira impressão do garoto é que eles tinham acabado de entrar em um bar de motoqueiros; haviam muitas mesas espalhadas ao redor do cômodo, um balcão com alguns bancos altos, no canto, ele viu uma escada que provavelmente levava aos quartos no andar superior. Algumas pessoas estavam sentadas nas mesas e no balcão; o cheiro de bacon e carne na chapa fez o estômago dele roncar, o que não passou despercebido por Charlie. 

—Escolha uma mesa, vou pedir algo pra você. —Charlie indicou algumas mesas vazias ao canto e se encaminhou pro balcão. 

Jared se sentou na mesa mais próxima e aguardou alguns minutos; cerca de dez minutos depois, Charlie voltou com duas cervejas e se sentou à frente de Jared. 

—O lanche demora alguns minutos para ficar pronto. —Ele disse entregando a cerveja para Jared. —Então, o que lhe trás ao Alasca? 

—Não sei. —Jared respondeu sinceramente. —Eu terminei a escola a três dias e decidi fazer uma viagem; então, só sai dirigindo meio sem rumo, então, acabei aqui. 

—Você literalmente saiu dirigindo sem rumo? —Charlie disse dando um gole na cerveja. 

—Sim. Senti que seria bom pra mim tirar um tempo antes de entrar na faculdade. Talvez eu fique por aqui por alguns meses, se eu conseguir alguma coisa pra fazer… —Jared disse encolhendo os ombros e dando um gole em sua bebida. 

Nesse momento, seu telefone tocou no bolso da calça e ele pediu licença para Charlie e foi até o lado de fora para atender. 

—Alô? 

Fiquei preocupada, não deu notícias hoje. —A voz de Mia chegou em seus ouvidos e ele sorriu. 

—Desculpe, aconteceram algumas coisas hoje e eu acabei esquecendo de ligar. —Jared se desculpou e olhou para o céu claro acima de sua cabeça. —Adivinha onde estou. 

Sinto muito, Jar. Mas minha bola de cristal quebrou. —A garota respondeu e Jared teve certeza que ela havia revirado os olhos. 

—Estou no Alasca, Mia. E aqui ainda está claro, acredita? —Ele disse animado e ouviu a risada de sua irmã. 

Como você acabou aí, Jar? —Ela brincou fazendo Jared rir. 

—Não sei, mas estou. Como estão todos por aí? Mamãe está bem? E a matilha? 

Sam disse que se você ligasse, era pra dizer pra você se transformar e falar com eles. Segundo eles é estranho ter um elo faltando por tanto tempo. —A garota respondeu— Mamãe está bem, vive reclamando a falta que você faz, mas está bem. 

—Diga ao Sam que vou me transformar assim que possível; e pra mamãe, diga que eu a amo. —Jared disse e sentiu seu peito inchar de saudades de sua família. —Preciso ir agora, Mia, mas eu te amo, ok? Vou tirar bastante fotos e te enviar. 

Também te amo idiota. Fique seguro e volte logo, já sinto sua falta. —Ela disse e nem deu tempo para Jared responder antes de desligar o telefone. 

Jared sorriu e guardou o aparelho no bolso novamente. Quando ele chegou na mesa, dois hambúrgueres estavam em um prato à frente de seu lugar. Charlie já comia um de seus lanches. 

—Aí está garoto, acabou de chegar. 

—Obrigada, Charlie. —Jared agradeceu dando uma mordida satisfatória no primeiro lanche. 

—Quando eu volto pra casa, Bella fica muito possessiva com o que eu como. Ela sabe que durante as viagens eu sobrevivo disso aqui. —Charlie comentou como se estivesse falando com um amigo antigo e não com um jovem garoto que ele acabou de conhecer. 

—Bella é sua esposa? —Jared questionou dando um gole em sua cerveja. 

—Oh, não. Bella é minha filha; somos apenas nós dois. Minha esposa faleceu em uma avalanche de neve nove anos atrás. —Ele comentou encolhendo os ombros. 

—Sinto muito. 

—Bom… foi difícil, mas superamos. Desde então é eu cuidando de Bella e Bella cuidando de mim. 

Jared sorriu e decidiu falar um pouco sobre sua vida também. 

—Também cresci sem meu pai. —Ele disse pescando algumas batatinhas do prato à sua frente. —Ele morreu alguns meses antes de eu nascer. Quando eu estava com uns dois ou três anos, minha mãe conheceu um cara, mas quando ele descobriu que estava grávida, ele simplesmente sumiu. 

—E então ficou você, sua mãe e a criança… —Charlie disse enquanto pegava o segundo hambúrguer de seu prato.  

—Sim, uma garotinha… foi ela quem acabou de me ligar. —Jared comentou sorrindo. —Sempre foi minha mãe por nós e nós por ela. 

—Você parece um bom garoto, Jared. Sua mãe deve ter muito orgulho de você, assim como eu tenho de Bella. —Charlie disse dando um último gole em sua garrafa. —O que você faz? Eu conheço muita gente por aqui, posso te arrumar alguma coisa antes de voltar pra casa. 

—Eu lido bem com carros, com animais, tenho bastante resistência física também, então qualquer trabalho que exija força bruta pode ser bom pra mim. —Jared respondeu enquanto comia o segundo hambúrguer. 

—Vou ver o que posso fazer. —Charlie sorriu e se levantou. —Os lanches e a bebida estão pagos. Mariah lida com a questão da hospedagem, —Charlie indicou a mulher ruiva que caminhava entre uma mesa e outra retirando pratos e entregando pedidos. —Fale com ela, ela irá lhe arrumar um quarto. Boa noite garoto, obrigada por ajudar Jack. Te vejo depois. 

Jared observou o homem subir as escadas e terminou de comer seu lanche em silêncio. Quando o prato à sua frente estava vazio, ele se levantou e foi até a mulher ruiva que limpava o balcão com um pano. 

—Boa noite, eu sou Jared. Charlie disse para procurá-la caso eu quisesse um quarto. —Ele sorriu quando a mulher ergueu olhos bondosos para ele. 

—Olá Jared. Eu sou Mariah, venha sente-se aqui. —Ela indicou um dos bancos à frente do balcão. —Nós temos duas opções, se for ficar só essa noite você paga a diária de trinta dólares, sem café da manhã incluso; agora se você for ficar mais de uma semana, cobramos duzentos e quinze dólares e tem café da manhã e jantar incluso. 

—Talvez eu fique menos de uma semana, mas com certeza eu vou ficar mais de uma noite. Então eu vou ficar com a semanal mesmo; posso pagar pra senhora agora? —Ele disse pegando a carteira do bolso de trás. 

—Sim. —Ela sorriu guardando o dinheiro no bolso do avental. —Agora vamos lá, vou te mostrar seu quarto e onde é o banheiro. 

Jared seguiu a mulher até a escada no canto esquerdo do salão e os dois subiram rapidamente os degraus. No andar de cima, havia um corredor e várias portas de ambos os lados. 

—Nossos quartos não são grandes, mas trocamos as roupas de cama uma vez por semana e damos total privacidade aos nossos hóspedes. —Ela sorriu e indicou as duas portas que ficavam no centro do corredor, uma de frente para outra. —Ali são nossos banheiros, se quiser um banho quente, sugiro acordar antes das 6h. E aqui é seu quarto, fique a vontade e tenha uma ótima noite. 

Jared aceitou a chave que a mulher lhe entregou e fechou a porta quando ela saiu. Havia uma janela com cortinas cinza acima da cabeceira da cama de solteiro, que ficava encostada em uma das paredes, um guarda roupas pequeno na parede oposta e um móvel baixo com gavetas  aos pés da cama. 

Jared deixou a mochila aos pés da cama e caminhou até a janela e observou a vista à sua frente, o sol começava a se pôr no horizonte, deixando um céu arroxeado para trás. Ele pegou a câmera fotográfica na bolsa e bateu algumas fotos da paisagem mística para compartilhar com Mia depois.

Jared se desfez de suas roupas e se deitou; amanhã ele procuraria um lugar isolado onde pudesse deixar seu lobo correr livre por um tempo. Mas agora, ele e o lobo entraram no consenso de que precisavam descansar. 

 

Ele adormeceu quase imediatamente e seus sonhos foram povoados por olhos castanhos, grandes cachorros que se pareciam com lobos e, por incrível que pareça, o sorriso gigante de Charlie. 


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