The Revolution escrita por lipemorais


Capítulo 19
Capítulo 19


Notas iniciais do capítulo

Desculpem pela demora, alguns problemas pessoais

Mas aqui está o de hoje :)



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SEHUN

 

Eu não dormi bem essa noite, dormi e acordei o tempo todo, em meus sonhos eu via alguém sem rosto levitando e cortando todo mundo ao meio sem mover um músculo e eu era sempre o próximo que ele vinha atacar. Eu sempre via uma sombra em um céu com misturas de vermelho, amarelo, laranja, flutuando no meio do ar, sem rosto, apenas o vulto, braços se movendo de um lado para o outro e corpos sendo destruídos caindo para todos os lados.

Eu nem consigo imaginar alguém com tanto poder e tanta maldade e vontade de matar. Eu nunca conseguiria ir para o labirinto, pelo menos não sei se conseguiria.

Tenho pensado nisso nos últimos dias, tenho treinado com todo mundo disponível e recebendo dicas aqui e ali de dominação de poderes, eu quero sair para ajudar a procurar a saída daqui, mas toda vez que eu penso nisso, sinto meu estomago pesar, não consigo tirar da cabeça a imagem do Suho e do Kai todo machucados quando me acharam.

Os recentes eventos, todo mundo machucado ao voltar do labirinto, o Suho inconsciente e mal de saúde como ele está, tudo isso me deixa assustado. Eu não falo para ninguém, mas sinto minha espinha gelar só de pensar em pôr o pé para fora daqui. Eu não sei se é sorte ou bom para mim, mas desde que eles acharam essa nova área do labirinto, eles se focaram nela e meio que esqueceram a questão de fazer rondas para procurar uma saída.

Isso me deixa um pouco inquieto.

Eles estão tão focados em achar a saída que estão esquecendo que pode haver alguém perdido no labirinto, como eu estava, como todos estávamos quando chegamos aqui...as vezes me pergunto se alguém não morreu nesse tempo.

Além de todos os pensamentos e preocupações, tem o fato de que aqui é muito difícil conseguir dormir, o céu tem esse constante conflito de cores, nuvens cinzentas misturadas com tons de roxo as vezes, em alguns outros, tons de laranja, tons de branco, eu acredito já ter visto até mesmo um pouco de luz branca bem fraca entre as nuvens fechadas, dormir debaixo dessa loucura de cores é bem difícil.

Acordei há alguns minutos e estou olhando para o teto da minha cabana, no escuro, no silêncio, quase em paz, quase me sinto bem, me pergunto se é uma coisa que gosto de fazer, gostava de fazer, na verdade. Não me lembro de nada da minha vida, mas ainda assim sei que deve haver algo fora daqui. Como sei isso? Já tentei tanto, mas tanto, me lembrar de qualquer coisa, mas nada me vem à mente, absolutamente nada.

Resolvo me levantar e ir treinar, é a única coisa que posso fazer ultimamente mesmo, então não vejo porque não me dedicar ao máximo, sem falar que é uma maneira que eu tenho de me aproximar dos rapazes...todos parecem se dar muito bem e eu quero ser assim também, afinal, se estou vivo é graças a eles e quero conseguir ajudar a procurar a saída daqui.

Coloco uma camiseta regata branca que tem no baú de roupas, outro detalhe que me deixa intrigado até demais, um short vermelho e vou para o centro da área comum, vejo algumas pessoas fazendo uma coisa ou outra em suas cabanas, Lay não me vê ao ir para a cabana de recuperação para ver como Suho está, não o chamo, ele está muito preocupado com o estado de saúde dele.

Desde que cheguei aqui eu não me lembro de ter visto o céu na cor que está hoje, as nuvens cinzas estão perdidas e bagunçadas com um tom de azul, dá quase para pensar que é um dia nublado, mas o brilho estranho e doente ainda está lá e me faz lembrar que não é bem assim.

Eu tive algumas instruções boas para poder treinar e me disciplinar a usar minhas habilidades, agora eu já consigo me “ativar”, por falta de uma palavra melhor, com mais facilidade e consigo fazer algumas coisas, como um projétil de ar comprimido que consegue derrubar alguém, consigo me levitar no ar por alguns segundos, da última vez consegui levitar um pouco mais de dois metros.

Me estico, me alongo e brinco com o ar um pouco, faço ele rodar ao meu redor com mais velocidade bagunçando meu cabelo e levantando minha camiseta um pouco, faço algumas bolhas de ar voar pelo ambiente e então as desfaço antes de acertar alguma coisa.

Já percebi que minhas mãos acabam ficando geladas todas as vezes que controlo o ar ao meu redor, particularidade minha, e para poder controlar eu preciso fazer minhas mãos ficarem geladas, é como me ativo.

Alguns minutos se passam e aos poucos todos vão acordando e saindo de suas cabanas e só então me dou conta de que não comi nada e já vim direto treinar.

— Ele está bem dedicado. – Tao me cumprimenta abocanhando uma maçã e com mais duas nas mãos – Você não deve treinar de estomago vazio – E me joga uma das que segura. – Como está se saindo? Já consegue muitos truques?

— Mais ou menos. – Respondo e levito meio metro no ar e cruzo as pernas – Mas ainda me falta muita coisa, - volto a ficar de pé no chão – eu sinto que posso ir muito mais além...

— Todos nós temos essa limitação, por assim dizer – ele dá uma última mordida na maçã e segura o miolo na palma da mão – Está vendo aqui? – Eu assinto – Eu não conseguia fazer isso antes, hoje consigo.

Então, em poucos segundos a maçã começou a se refazer bem na minha frente – Como o Kris disse ontem, todos temos poderes que se desencadeiam com alguma coisa, o dragão dele se desencadeou com o tal Namjoon, eu consegui refazer coisas quando uma pedra do labirinto simplesmente desmoronou em cima do Chen. Armadilhas. – Ele completa ao ver minha expressão surpresa – Fomos pegos de surpresa e tudo que eu pensava era que queria levantar aquela parede, mas não tinha a força.

— O Lay conseguir sugar a vida daquele animal que ele disse foi algo semelhante, não?

— Exatamente. – Ele dá uma piscadinha. – Isso é algo que precisa ser discutido...ontem acabou sendo deixado de lado... – Ao mencionar o assunto, a tensão ficou perceptível – Foi legal o jeito que você se posicionou...

— É o que fazia sentido. – Respondo.

Ficamos alguns segundos em silêncio, Namjoon consegue causar problemas mesmo depois de morto, é Tao que quebra o silêncio – Então, já está pronto para sair para o labirinto? – Ele pergunta animado.

— Eu tenho pensando nisso, embora tenha um pouco de receio. – Respondo sem jeito.

— Não se preocupe, hoje nós já aprendemos a lidar com o que aparece no labirinto e suas criaturas...temos tido alguns problemas com as da nova área do labirinto...mas claro que você irá primeiro para a área velha...seria loucura ir para a nova.

Ele fala isso na intenção de me acalmar, mas tudo que consegue é me deixar mais nervoso ainda.

Logo, percebo que mais pessoas se concentram ao meu redor, para me assistir treinar e me aquecer. Kris me dá uma dica daqui, Xiumin me dá uma sugestão dali, Chen me diz como projetar projéteis com mais facilidade.

— Podemos ter poderes diferentes, mas o princípio não muda muito, basicamente você acumula energia e a projeta para fora do corpo. Certo? Tenta de novo.

Faço como ele diz, concentro energia em minhas mãos, sinto o ar se agitar ao meu redor e se focar em minhas mãos e então libero em direção a parede de pedra que fecha nossa área segura. Dessa vez o projétil acerta com bem mais impacto e ecoa bem mais alto.

— Se fosse uma das criaturas, ela teria morrido com certeza. Muito bem. – Ele me dá umas batidinhas no ombro.

— Eu tenho uma ideia...não sei se vocês vão topar. – Falo olhando em volta, com exceção de Lay e Baekhyun, que estão na cabana de cura, todos estão em um círculo ao meu redor

— Pois não? – Tao pergunta.

— Tentem me atacar que eu tentarei me defender, não venham com muita força nos ataques...estou em iniciação ainda.

Eles parecem ser pegos de surpresa com meu pedido, mas é Kai que fala primeiro – Não posso dizer que é uma má ideia...afinal, ele precisa treinar com algo que se mova e possa revidar. Eu topo. Posso? – Ele pergunta estralando os dedos. – Eu vou pegar leve.

— O Lay já anda ocupado demais, peguem leve pessoal. – Ouço Chanyeol debochar. Não sei se aprecio ou não.

Kai dá um sorrisinho e então some no meio do ar. Ele provavelmente aparecerá atrás de mim, no segundo que penso isso, sinto um empurrão pelas costas – Pensa mais rápido, Sehun. – Ele some novamente e me empurra pelo lado direito – Anda Sehun, faz alguma coisa. – Ele me empurra pelo lado esquerdo e some de novo e reaparece onde ele estava antes. – Foi pra isso que você pediu pra te atacarmos?

Admito que me irrito um pouco, mas fecho os olhos e me concentro e sinto o ar ao meu redor, identifico toda a área e em um segundo consigo sentir tudo e todos ao meu redor. – Manda ver.

O ar se modifica onde Kai estava e então eu vejo, ao se teletransportar ele viaja pelo ar quase igual uma fumaça e ele aparece na minha frente dessa vez, ele está metido. Com as duas mãos o acerto no peito e o faço voar com uma bolha de ar.

Ele tem que se teletransportar para o chão para não cair.

Me concentro mais um pouco e solto uma lufada de ar por toda a área e então consigo identificar tudo ao meu redor sem fechar os olhos. Kai se teletransporta e aparece atrás de mim novamente, mas eu consegui antecipar onde ele apareceria com meu radar e o empurro com as duas mãos no peito e dou uma lufada mais forte de ar que o derruba.

Ele não chega a se levantar, apenas some e reaparece bem abaixo de mim e me dá uma rasteira, eu não consigo evitar e caio sentado no chão, antes que eu me levante, ele puxa minha mão esquerda para baixo, depois minha perna e fica sumindo e aparecendo me impossibilitando ficar em pé.

Dessa vez ele some e aparece tão rápido que fica difícil conseguir saber onde ele vai aparecer, até que isso me irrita e eu faço uma bolha de ar comprimido estourar ao meu redor e consigo o jogar um pouco longe e então eu levito no ar por alguns segundos, o suficiente para me distanciar dele um pouco. Preciso aprender a voar de verdade, me mover no ar e com velocidade.

— Você consegue ativar essa levitação com facilidade? – Kai pergunta.

— Sim, porque?

— Eu vou te agarrar e te soltar lá de cima, acha que consegue se segurar e evitar de se estatelar no chão?

Eu só afirmo com a cabeça porque eu não sei se de fato consigo, mas tentarei. Desço ao chão, ele corre na minha direção, some, reaparece e me agarra pela cintura então sinto uma corrente elétrica percorrer meu corpo junto com um puxão atrás dos olhos e quando me dou conta estou lá em cima, quase na mesma altura das paredes da área segura e então começo a cair.

Acontece tudo tão rápido que quando dou por mim estou quase dando de cara no chão, mas estou parado a centímetros, eu consegui levitar por um segundo antes de cair de barriga no chão.

Todo mundo vibra e comemora, assobiam, batem palmas e gritam depois disso. Uso o ar para me levantar e deixar em pé, Kai está batendo palmas ao longe – O progresso foi bem grande, - ele some e sinto braços se fechando ao redor do meu pescoço e o ar me some dos pulmões – mas acho que ainda precisa aprender algumas coisinhas de combate físico.

Ele aperta ainda mais ao redor do meu pescoço e paro de respirar e começo a sentir a cabeça pesada, ele não está para brincadeiras mesmo. Tento agarrar sua cabeça e fazer alguma coisa, mas está fora do meu alcance, então faço a única coisa que me vem à cabeça é me jogar no chão e o faço, caio por cima dele e sinto o aperto soltar, aproveito a brecha e faço o ar se colocar entre nós e me empurrar para longe dele e quando volto para o chão faço uma grande lufada acertá-lo.

Ele se teleporta e foge da lufada e se teleporta novamente e me dá uma rasteira que me derruba de barriga no chão – Eu costumo ser bem mais rápido nos teletransportes – ele me oferece a mão para me ajudar a levantar – e usar golpes de luta, mas como nós somos aliados, não vou fazer isso.

— E eu ainda estou aprendendo. – Brinco ao ficar de pé. – Eu cheguei a conseguir ver onde você iria se teletransportar, logo no começo, antes de você aumentar o ritmo.

— Sério? Como isso? – Ele pergunta mais surpreso do que eu poderia imaginar.

— Você meio que fica igual fumaça ao teletransportar e se condensa novamente quando aparece em um lugar, então eu conseguia ver onde a fumaça ia se materializar, mas ao ficar de um lado para o outro a mudança de fumaça para pessoa ficou muito rápida para eu conseguir acompanhar, mas funcionou tipo um radar...eu conseguia ver e saber onde todos estavam e o que faziam.

— Isso é algo que nós dois iremos praticar muito, - ele soa muito interessado nessa descoberta – pode vir a ser muito útil no futuro. No labirinto. – Ele se afasta e coloca a mão esquerda atrás das costas – Consegue saber quantos dedos estou levantando?

— Nada nesse nível de detalhe, mas se vocês se misturarem eu acho eu consigo diferenciar cada um.

Eu nem terminei de falar e Kai já saiu gritando “fica de costas e não olha” e ficou ao lado do pessoal. Quando ele disse ok eu liberei uma lufada de ar e fiz meu radar funcionar. Ao fechar os olhos eu consegui ver a figura de cada um como se fosse feita de fumaça, mas eu conseguia identificar cada rosto.

— Da esquerda para a direita, Kris, Chen, Kai, Chanyeol, Kyungsoo, Tao, Xiumin. – Mais uma vez eles estouram em vivas e assobios.

— Você está muito bom, cara! – Xiumin pula nas minhas costas – Avançando mais rápido que eu.

— Você já consegue voar, ou só flutuar? – Tao pergunta.

— Por enquanto só consigo flutuar.

— São duas habilidades que você vai ter que praticar bastante, porque vão ser muito úteis. – Tao comenta mordendo a unha do polegar. – Eu tenho uma ideia. Todo mundo se afasta – Ele fala já se afastando. – Eu vou usar minha velocidade para me mover pela área aqui e você vai tentar me derrubar com suas rajadas de ar, mas usando o radar para tentar me localizar, ok? Sem usar aquelas explosões igual você fez com o Kai.

— Ok, mas posso pedir uma coisa? Faça paradas, se for só você correndo acho que não consigo, pelo menos não ainda.

— Fechado.

Ele sai correndo e eu uso minha lufada de ar para refazer o radar mais uma vez e logo pego o rastro dele, mas é difícil de saber porque a sua figura igual fumaça fica muito bagunçada, quando parado a sua figura tem traços e definições, ao correr, ele vira apenas um mero vulto. É impossível saber e antecipar para onde ele vai.

Abro os olhos e percebo que não vejo nada, enquanto ele corre eu simplesmente não vejo nada, meu radar que me dá esse rastro de fumaça, é quase fácil demais então. Apenas floreio a mão e mando uma lufada de ar para pará-lo.

Mas eu erro.

— Você conseguiu pegar meu ritmo, - ele diz ao se colocar do meu lado – mas eu acelero meu corpo ou minha zona temporal, será bem difícil você conseguir me pegar, mas você conseguiu jogar bem onde eu iria andar no segundo seguinte, essa era a ideia.

— Então...

— Eu acho que o radar já está bem desenvolvido. – Ele responde.

— Yes! – Kai comemora e me dá tapinhas nas costas. – Isso aí Sehun, muito bem, muito bem mesmo.

— Vamos deixar o rapaz descansar um pouco, sim? – Kyungsoo chama – já estamos nessa há algum tempo e ele deve estar cansado.

Eu não respondo e apenas me jogo sentado no chão. – Sim, ele está bem cansado. – Eu brinco.

KAI

 

— Você sabe que eles não irão querer isso, não é? – Chanyeol pergunta.

— O pior é que eu imagino que seja bem assim mesmo... – eu coço a cabeça – para falar a verdade nem eu sei se é muito certo isso...é errado achar que ele terá os mesmos problemas, não é? – Ele assente – Mas nunca se sabe, ele pode ter a mesma personalidade. Você e o Kris são bem parecidos. O que você acha?

— Eu não acho nada.

— O que você faria, Chanyeol? – Eu insisto.

— Eu já disse que não sei de nada. – Ele se arruma em sua cama. – Ao mesmo tempo que acho que esse garoto não merece ser esquecido, eu também tenho medo dele ser igual o tal Namjoon.

Eu estou na cabana de Chanyeol conversando sobre Luhan. Eu quis saber quem era Namjoon e o porquê de ele ter sido morto pelo Suho e agora que eu sei, eu não sei se quero salvar o garoto. Por mim, eu apenas sairia para rondas, mas desde que descobrimos a nova área do labirinto, não fizemos mais rondas, estamos concentrados apenas nessa área nova e por ter trazido o assunto Namjoon à tona, o pessoal está bem nervoso.

Agora é fácil de perceber.

Depois que passou a empolgação e animação do treino de Sehun, tudo voltou ao normal e é perceptível o jeito como estão descontentes, principalmente os mais velhos aqui dentro. Eu não gosto do clima pesado que ficou, não gosto mesmo e principalmente que fui eu que o causou, mas eu precisava saber e ainda acho errado o fato de matar um garoto.

Entendo que fez pelo nosso melhor, mas ainda acho errado.

— Foi como disseram, era ele ou todos os outros. Matar não é certo, mas nesse caso foi a única solução. – Chanyeol diz se deitando jogado na cama. – Isso é tudo uma loucura, cara.

— Nem me fale.

Depois de conversar com Chanyeol eu fui para minha cabana e fiquei pensando sozinho. Ir atrás ou não do garoto? Ele tem culpa de ter sido jogado aqui?  Não. Posso saber se ele será louco igual ao outro que tinha uma natureza igual a dele? Sem a mínima chance. Mas ele ainda merece o benefício da dúvida como todos nós.

Eu decido ir a cabana de recuperação para saber de Suho. Lay está ao lado dele ainda tentando acelerar sua recuperação, Xiumin e Kyungsoo estão lá também, apenas por estar e querer ficar perto dele. Todos me olham um pouco torto ao entrar na cabana.

— Como ele está? – Pergunto.

— Não deve demorar a acordar, - Lay responde – agora está apenas descansando. Seja lá o que for que era esse tal sapo que ele enfrentou com o Chen, era algo realmente perigoso e poderoso. – Ele não tira as mãos do peito de Suho por um segundo.

— Mesmo depois da energia a mais que você sentiu? Ele não acordou ainda?

— Sabe, foi engraçado, quando eu toquei nele e transferi a energia a mais em mim, foi quase imediata a recuperação, mas depois disso, o corpo dele não conseguiu voltar ainda. Como eu disse, acho que quase o perdemos, o corpo dele deve estar tentando se recuperar. – Lay responde parecendo fascinado com essa situação, até animado por ter conseguido descobrir uma nova habilidade.

Kyungsoo e Xiumin não tiram os olhos de Suho.

— Acho que você podia ensinar ele a lutar, Kai, um pouco, seria bem útil. – Kyungsoo fala sem olhar para mim e até demoro um pouco para entender. – Sehun. Você disse que poderia ensinar uma coisa ou outra de luta para ele, será bom sim.

Eu assinto e concordo meio lerdo.

— Você quer falar alguma coisa? – Xiumin pergunta, mas ele é mais seco.

— Bem, na verdade eu...

— Suho... – Lay sussurra.

Suho está de olhos abertos, ainda parece muito cansado e ficar esse tempo todo sem comer ou beber já o fez emagrecer um pouco, mas ele finalmente acordou.

— Chen... – Ele tenta se levantar alarmado.

— Ele está bem, estamos todos bem. – Kyungsoo o tranquiliza. – Fica aí deitado que eu trago alguma coisa...

— Pode deixar que eu pego alguma fruta e mando o Kris grelhar algum pedaço de carne. – Lay já sai da cabana.

— Como está se sentindo? – Kyungsoo pergunta.

— Como se tivesse sido moído. – Mesmo com dor ele dá um sorriso sem graça.

Ótimo, ele acordou, agora posso falar com todo mundo, porque eu vou buscar o Luhan no labirinto.


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