Steampunk escrita por Aiwa Schawa


Capítulo 5
Capítulo 4




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Capítulo 4

Bruxo Branco de Brandemburgo

Por mais estranho que fosse, logo após sermos interrogados e recusarmos por diversas vezes de falar mais do que sobre como éramos viajantes sem más intenções, ignorando qualquer argumento e qualquer evidência mostrada pelos alemães. Nós fomos todos colocados na mesma cela.

—Chris… parece que não vamos nos separar tão cedo.

Apesar de tudo ter dado errado, ao menos havíamos nos encontrado com ele novamente.

—Aiwa, como nós vamos escapar?

—Jacob… eu não faço ideia.

Ele estava em um estado deplorável, Jacob havia perdido boa parte do seu exoesqueleto, apenas uma parte que era diretamente conectada a sua coluna foi mantida, e somente pois ninguém da Alemanha tinha certeza de como remover aquela parte sem arriscar matar o Jacob no processo.

—Bem… eles tiraram minhas armas e só me deixaram com esse jaleco… Chris?

—Nada, os alemães até pegaram a minha espada.

—E minha…!

A reação irritada me dava certeza de que haviam tomado a faca modificada da Yuki também, assim, nossa situação estava tão ruim quanto poderia ser.

A cela eram três paredes de tijolos em um cinza com sinais de verde, sem sequer uma abertura para o lado de fora, portanto eu sequer tinha certeza se era noite ou dia naquele instante. Exceto pelo outro lado, as várias grades que eu podia passar um palmo entre sem problemas, mas nada mais. 

Fora isso… não havia nada, eles provavelmente esperavam que nós dormíssemos no chão.

Enquanto botava minhas mãos para o lado Chris estava encostado em um canto e Jacob e Yuki ambos sentavam cabisbaixos, eu tentei olhar para o lado de fora.

Claramente havia mais pessoas por lá, uma cela logo a nossa frente estava vazia, para ambos lados eu via um corredor de celas e mais celas, me abaixando ainda, eu via que acima de nós devia haver mais corredores ainda com celas, todos eles em um ambiente de certa forma, compartilhado. Eu via pelo menos mais três daqueles daquela cela.

—E Aiwa, o que você acha que vai acontecer com a gente? Eu não sei muito sobre a Alemanha, nunca pensei ter de vir até aqui sem ser durante a guerra.

—Bem, se ninguém nos ajudar… eu acho que vamos ficar presos por talvez uma década…

“Droga! Eu não tenho uma década! Mas também não tem como sair daqui tão cedo… eu preciso pensar em algo e logo”

Sem muitas opções, eu tentei olhar ao redor para qualquer coisa que eu pudesse usar, se tivesse qualquer material, eu podia tentar construir alguma coisa para nos tirar daquela situação, sim! Era minha melhor chance, a única chance, contudo…

Naquele dia, eu desmaiei no chão e dormi pela noite sem ter encontrado nada, ou melhor, eu havia encontrado o que podia ser encontrado. E não era suficiente para fazer nada.

E no dia seguinte…

—AGORA! O CIENTISTA!

Eu acordei sendo levantado pelos braços e com gritos em alemão. Quando percebi, eu havia sido algemado e fui retirado da minha cela.

Carregado por dois homens por através daqueles corredores, eles não falaram nada, apesar de eu ter tentado perguntar, mas eu sabia que não seria para algo bom.

Mas… ao chegar lá, eu vi uma figura ao longe, um homem meio-calvo, com um curto sobretudo preto, calças e camisas em um verde pouco marrom. Um marcante monóculo em seu rosto.

Edwin Thursby estava lá. E lá, eles me deixaram, em algo como um corredor, apenas uma porta dividia aquele lugar do lado de fora.

Corri até ele, me afastando em disparada dos guardas e falei para ele:

—Edwin! O que você…

—Aiwa…

Ele me segurou forte nos ombros, me parando e com um tom autoritário, ele me fez parar de falar.

Naqueles olhos, havia algo muito diferente nos olhos de Edwin… eu não sabia como, mas minha mente não falhava, quando vi aqueles olhos, eu percebi. Apesar daquele homem ser Edwin Thursby, ele não era o meu mestre, ele não era o homem que vim resgatar.

—Já notou, né…? Você realmente é esperto, e preciso de um favor…

Ele começou a sussurrar em inglês, os guardas estavam indo me puxar, mas antes disso acontecer, ele falou:

—É parte do meu plano, por favor, me cobra…

Assim, eu fui puxado pelo jaleco e jogado para longe.

—Se mova assim novamente e nós vamos atirar.

O guarda gritou em alemão e eu não tive escolha senão me manter estático, esperando o que fosse que eles tivessem planejado para mim. 

E após alguns minutos… um homem diferente, um loiro de cabelo curto e portando uma boina, com várias estrelas e medalhas por seu corpo, eu tinha certeza que era um general bem condecorado.

Ao lado dele, havia um homem de jaleco, um cientista.

Os guardas alinharam a mim e a Edwin um ao lado do outro, o guarda se pôs à nossa frente e fez a grande pergunta:

—Aiwa Schawa, é esse seu nome?

—Sim…

Ele falava em alemão, deviam já ter percebido que eu conseguia falar, não era um desafio, claro.

—Edwin Thursby, apesar de sua reputação, ele diz que seu gênio é uma farsa, enquanto você, supostamente um mero assistente, é o verdadeiro inventor do coração a vapor, isso é verdade?

—...!

“Edwin… eu sei que você não é o mesmo, mas é esse o seu plano?! Mesmo que eu tenha ajudado bastante, nem de longe daria para fazer uma afirmação dessas sem mentir, logo…”

Me acalmei, fiquei em silêncio com meus lábios torcidos por alguns segundos, mas eu vi, se havia alguma chance de eu sair daqui logo, a esperança disso estava em Edwin Thursby.

—Então?! Isso é verdade ou não!?

Com um rosto inexpressivo, eu respondi a ele:

—Sim, esse homem aqui é apenas uma farsa, poucos aceitariam meu incrível projeto normalmente, um amigo do rei era exatamente o que precisava para conseguir fundos para meus experimentos!

Todos os homens, exceto Edwin, fizeram um rosto de surpresa com aquilo, minha afirmação foi o quão ousada eu podia a fazer ser, com toda minha energia eu disse aquilo, então… após mais uma dezena de segundos que pareciam horas, aqueles dois guardas levaram Edwin consigo, enquanto ele sussurrou uma ultima vez…

—Está tudo de acordo com o plano…

Assim, o general pressionou uma arma contra minha cabeça e falou:

—Comece a andar.

E eu entendi o que iria acontecer, não imediatamente, mas eu sabia o que viria a ocorrer logo após.

Quando a porta foi aberta, eu encontrei uma Berlim ensolarada, suas casas largas dispostas ao meu redor, porém, cobrindo quase toda minha vista.

Pessoas de todos os tipos, trabalhadores com seus ternos, camponeses de roupas das mais simples, homens e mulheres, todos eles haviam circuncidado aquele lugar. E o motivo estava bem em minha frente.

Eu parei um pouco, congelado ao ver a minha frente um instrumento de morte, uma guilhotina.

—MORTE AO CIENTISTA!

—MORTE AO CIENTISTA!

—MORTE AO CIENTISTA!

E aquilo ainda era pior do que eu esperava, do lado de fora havia uma multidão inteira, todos eles gritavam as piores coisas para mim, enquanto eu sentia que minha pele queimava com aquele sol, parecia que o mundo inteiro havia se virado contra mim, pois era a verdade.

Naquele dia, eu deveria ser executado.

Aquele general passou a minha frente, abaixou sua arma, então me perguntou:

—Você tem algum ultimo pedido?

—Sim… diga para minha família que eu estava pensando neles até o fim.

Após ouvir isso, ele avançou, além da guilhotina, declarou em uma alta voz.

—ESSE HOMEM É O CIENTISTA! FOI ELE QUEM CRIOU O MALDITO CORAÇÃO! E AGORA IREMOS ACABAR COM SUAS INVENÇÕES NEFASTAS! MATAREMOS O TRAIDOR! GLÓRIA A ALEMANHA!

As palavras dele acordaram a multidão, os gritos se afogavam uns aos outros, eles pediam minha morte, minha imediata execução, que eu sofresse e que minha alma fosse enviada ao inferno, mas por fim…

—INVENTOR DO CORAÇÃO NEFASTO, O QUE VOCÊ TEM A DIZER EM SUA DEFESA?!

Foi quando eu vi, que eu só tinha uma coisa a falar, se eu quisesse o caminho que encontraria a maior chance de sair vivo, eu teria que dar mais um passo, então…

—Eu sou Aiwa Schawa! Eu não sou apenas o cientista insanamente louco que inventou o coração a vapor, o primeiro autômato de guerra e revolucionou o mundo que nós vivemos agora! Eu tenho poderes muito além de um humano normal! Eu sou descendente de uma raça além de qualquer outra… eu sou um BRUXO! Agora! Poderes das trevas! Ouçam o meu apelo, darei-os o que for! Irei lhes dar a alma de todos os impuros que tentam se opor a mim! EU! O BRUXO BRANCO DE BRANDEMBURGO! Eu não posso morrer! Meu corpo não é o de um mortal! Agora! Deixem com que o vento das trevas sopre! Destrua então o resto da força que a luz ainda possui! 

—...

—...

Minha criatividade havia acabado, eu tentei falar o máximo possível antes deles perderem a paciência, quis dar quanto tempo o Edwin achasse necessário, contudo… naquele dia.

Eu fui jogado contra a guilhotina, mantendo minha esperança até o ultimo segundo, eu esperei que pudesse ainda ser salvo, mas eu sabia também, eu ouvi a lâmina passar… naqueles segundos…

NAOMI!!!!!!

E quando eu vi, um corte foi feito, por um segundo eu senti a dor do meu pescoço sendo cortado levemente, então…

Minha visão voou, eu deixei de sentir todo o meu corpo, apenas minha visão sobrava, que nela então… eu vi o sol, olhar diretamente daquela forma, ironicamente, naquele instante, logo antes de morrer, eu fiquei cego.

Então… eu finalmente morri.

Mas bem, é importante lembrar, todos sabemos que mortos não falam. Por experiência própria, eu garanto que eles também não escrevem. Então como isso faz sentido? Bem… é nessa parte que a nossa história fica realmente complicada. E honestamente… houve algumas partes que nem mesmo eu pude decifrar.

Pois enquanto eu estava sendo levado para a minha morte, o resto da esquadrilha real ainda estava na cela, sem ter ideia do que ocorria comigo.

—Droga… levaram ele… Jacob, o que você acha que vão fazer com o Chihuahua?

—Eu não faço ideia… espero que ele não demore muito. Nós ainda temos alguma chance de escapar, eu tenho certeza disso! Essa prisão deve possuir alguma falhar.

Eles discutiam tópico após tópico sobre como sair de lá, então…

O chão tremeu, era impossível saber imediatamente o motivo, mas então, em frente a cela deles…

—Edwin Thursby…?

—Edwin Thursby!

—Edwin Thursby.

—Não tem tempo para explicar! Me sigam antes que seja tarde demais!

O homem de monóculo havia aparecido, ele estava suado e havia um rasgo em seu ombro, porém, ele carregava um molho de chaves, que então ele colocou na fechadura da cela deles e…

Com um estalo, a cela estava aberta.

—Ah…!

Porém o som de tiros repentinamente veio, com balas na direção de Edwin, ele pulou para trás e conseguiu desviar delas, mas agora, ele não lutaria.

Não que precisasse.

Jacob correu para fora, logo viu dois guardas correndo com armas na mão e apontando em sua direção, sua reação, claro…

—AAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!

Com um único soco no rosto, um alemão voou pelos ares, torceu as grades de outra cela e se prendeu na cavidade que ele mesmo criou, o outro.

Quando percebeu, ele havia tomado um chute vindo de cada lado de seu corpo, Chris e Yuki o derrubaram, ainda estando consciente… eles ainda tiveram de o chutar no chão antes dele gritar mais.

Com aquela cena resolvida, Chris pulou para questionar Edwin, porém ele previu suas perguntas e o cortou:

—Não, eu não tenho tempo para isso, nós precisamos pegar as armas de todos vocês agora mesmo. O tempo corre e ele vai nos deixar para trás…!

—Um momento! O que você está faz…

—Eu não posso explicar agora! Nós não temos tempo!

Ele era extremamente insistente naquele ponto, não sem motivo.

Assim, o grupo se armou com as armas dos guardas e correu na direção que o cientista apontava, enquanto passavam por uma cela, então, Edwin jogou uma chave para o prisioneiro e gritou:

—Pode começar!

Esse então que abriu sua própria cela, em seguida todos os prisioneiros saíram e correram pela prisão, abrindo cela por cela, sem parar e lentamente… um motim começou.

Assim, quando o grupo achou a sala onde suas armas e equipamentos foram confiscados, eles recuperaram tudo o que havia lá, suas armas, normais e especiais, então finalmente… o cientista pareceu ter um momento em que ele estava calmo…

—Edwin! Você precisa vir conosco! E o Aiwa....

—Ele está perto, precisam ir esse corredor e a esquerda, corram com tudo ou não dará tempo, entendeu? Depois que isso acabar eu posso explicar tudo. 

O grupo se olhou, a situação era bizarra, mas a urgência na voz de Edwin era absolutamente real, além dele ter sido o homem que os resgatou, era provavelmente a única chance sobrando de fugirem da prisão.

—Vão na frente! Eu não posso lutar.

Ele abriu a porta e todos eles seguiram por ela, então viraram a esquerda e correram com tudo o que tinham.

—Chris! O que está acontecendo!

—Não sei! O que o Edwin estava fazendo aqui?! Por que ele…

—Confiem no Edwin! Eu sei que ele tem algum plano!

Quem falava a favor do cientista “capturado” era Yuki, ela mostrou plena confiança no homem e logo… deveria provar o quanto confiava, pois havia dezenas de inimigos próximos.

O grupo pulou para atrás de uma coluna, então… suas habilidades foram mostradas.

Jacob atirou sem pensar, o recuo daquela metralhadora era insignificante para ele, aquela arma jamais poderia ser usada assim por outra pessoa, a arma que disparava fogo 100 vezes por minuto sequer tremia na mão de Jacob enquanto ele disparava contra os guardas.

Enquanto Chris pensava…

“É agora…”

Então ele saiu de cobertura, apontando seu revolver e… com um único tiro, seis homens caíram ao chão.

A habilidade dele com aquela arma era sobre-humana, a ponto de que ele podia mirar precisamente, atirar em seis alvos diferentes em pontos vitais, gastar toda sua munição, e ainda fazer parecer que ele havia disparado apenas uma vez.

Pelos cantos do corredor, Yuki corria para as linhas de frente, impossível de segui-la, ela conseguia se afastar da mira das armas, quando se aproximou ela, no entanto, atraiu fogo de mais, dois tiros a acertaram no ombro, logo após ela ter acertado o pescoço de um guarda ao lançar uma faca.

“Maldição! Eu não vou deixar!”

Chris gritou isso para si mesmo e puxou a arma de um guarda, uma pistola semiautomática, então…

Ele fez a mesma coisa, aquele “truque” dele era um que requeria enorme concentração, um ato que cansava a mente e o corpo bastante, mas naquele momento, ele não tinha outra opção se não usa-lo novamente, apesar de sequer ter passado alguns segundos desde a última vez.

Como antes, pareceu ter sido apenas um disparo, mas o resto dos guardas caiu.

Jacob correu, ele largou a arma no chão e pôs Yuki em seus braços, agora os dois continuaram a correr sem parar até o fim onde…

Ao quebrar uma porta, eles encontraram…

Seu colega, Aiwa Schawa, decapitado em frente a uma multidão. Não havia um pingo sequer de vida para se encontrada no corpo dele.

AIWA!

Jacob chegou a gritar, mas sem resultados, enquanto Chris tornava-se tão pálido quanto as nuvens que sobrevoavam o céu.

E logo após… alguém se juntou aquela cena, com as mãos nos ombros e ofegante…

—Não se preocupem… eu imaginei que pudéssemos falhar dessa vez.

—...! Edwin, o seu…

—Não. Eu não sou o Edwin que vocês procuram. 

—Como assim, você está louco?! É Edwin Thursby, não é?!

—Christopher… Christian… eu não sei direito, mas eu não sou o homem que procuram. Sou o Edwin de outro mundo. Eu vim cuidar de algumas coisas, mas eu preciso que o Aiwa ouça o que tenho a dizer, ele é o único que entenderia a gravidade da situação.

—Como assim!? Ele está bem ali…! Morto!

—Não por muito tempo.

Ele pegou algo em seu bolso, um relógio, então puxou um botão, começou a cuidadosamente o girar.

—Se segurem em mim, vocês vão ter uma segunda chance de salvar o seu colega, apenas mais uma. Entenderam?

—...!

—Você não…!

Era difícil de acreditar, mas Edwin propunha exatamente o que todos ao seu redor imaginavam.

Mais um segundo e aquele grupo seria cercado por guardas e pela multidão, linchados lá mesmo. Contudo…

Ufa!... Agora eu posso voltar para a minha cena.

Em outro mundo, um que era o que eu nasci, mas em breve não mais seria… eu havia terminado meu longo discurso sem significado, querendo ganhar o maior tempo possível para Edwin fazer algo, eu pensei que ele simplesmente não tinha conseguido a tempo, agora… minha vida havia acabado.

Contudo…

Daquela vez, assim que eu terminei aquele discurso vazio… algo aconteceu.

Foi como se o ar tivesse se distorcido, toda a massa se condensando em um único ponto, como em um vortex, repentinamente, um corte foi feito na realidade e dele, junto do vento de um furacão e de um forte trovão que lançou aquela guilhotina em minha frente pelos ares. O vento e o raio que mudaram meu destino…

Dele, Yuki, Jacob, Chris e Edwin saíram, todos eles pularam do vortex, tão armados quanto antes da captura, então… veio um grito que eu nunca soube de quem veio.

—AIWA! CUIDADO!

Então, eu disparei na direção deles, sabendo que havia por pouco, escapado da minha morte.

Foi assim que, apesar de ter tido minha cabeça cortada e separada do meu corpo… eu ainda sobrevivi, eu ainda posso falar. Mais importante, ainda posso escrever isso…

Após isso, foi uma longa batalha para nos livrarmos da multidão e daqueles soldados, quando finalmente parecia que tínhamos algum tempo… 

Edwin me agarrou pelos ombros e começou a lançar palavras após palavras, quase um mantra insano, quase incompreensível.

—Vá à noroeste! Continue até achar uma caverna na fronteira entre estados! É lá o meu esconderijo! Vocês tem que matar aquele Edwin, impedir aquela realidade de ser formada! Eu não tenho muito mais tempo, Aiwa! Por favor! Você precisa mudar o futuro!

Era difícil entender o tipo de preocupação que um viajante do tempo poderia ter, ainda mais quando nenhuma falha em sua viagem no tempo parecia existir, ainda assim, logo depois de tudo o que ele falou, Edwin me jogou para longe, pegou seu relógio e…

Sugado pelo vortex e com um trovão, Edwin sumiu outra vez. Dessa vez não meramente para fora do país, mas para fora do tempo em que estávamos.

—É… agora nós precisamos achar um outro dirigível, né?

Nós tínhamos perdido um, contudo, após tudo o que nós tínhamos passado, eu imaginei… um desafio desses não seria nada demais para nós. Na verdade, talvez nada pudesse ser demais para nós daqui em frente. Afinal… a esquadrilha real podia até mesmo salvar a vida de um morto, quantas outras pessoas podiam fazer algo assim? Eu contaria nos dedos.


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