Os eventos ocorridos depois do meu funeral, vulgo julgamento da família Weasley no jardim d’A Toca, nem valem a pena serem comentados. Eu só estaria perdendo tempo numa coisa idiota que se arrastou por mais tempo do que o necessário. Além do mais, a sensação era de que eu vivia os mesmos minutos em looping infinito só que a cada hora protagonizados por Weasley’s diferentes. Era sempre um surto seguido por bate-bocas e tentativas de argumentação. Depois de duas ou três horas, eu já nem sabia mais pelo quê estávamos discutindo e se era mesmo necessário desenterrar tanta coisa que nem tinha mais a ver com a problemática principal. Antes que eu me desse conta, me vi assistindo ao meu pai chorar pelo dia que a vovó não deixou ele colocar um piercing no septo. Isso foi vinte anos atrás.

— Tá bom! Chega! Cansei de vocês! Eu vou ao Baile das Debutantes, vou estar bem bonita e educada, vou causar boa impressão, vou buscar ótimos contatos que possam influenciar meu futuro, honrarei o nome da família, e farei tudo isso ao lado de Teddy, quer vocês queiram, quer vocês não. Agora, se me derem licença, eu tenho uma prova de vestido em menos de trinta minutos!

Por alguns instantes, cheguei a acreditar que meu escândalo teria dado fim àquela confusão estúpida. Entretanto, quando eu estava para girar a maçaneta, um estrondo me tomou os olhos, em susto.

Os diálogos paralelos e ataques de histeria transformaram-se rapidamente em caretas, pois todo mundo sabia o que viria a seguir, como sinais de agouro em borras de chá. Era nossa rede flú, trazendo mais intrusos. Pensei em fugir, mas tinha consciência que não daria tempo.

De repente, Grandmère Apolline foi expelida pela lareira, flutuando em fio mágico, seguida por ele. Sim, o Teddy.