Kiss me, Weasley escrita por Anna Carolina00


Capítulo 1
O primeiro Weasley




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Tudo começou logo após o fim da Batalha em Hogwarts.

Rony e eu nos beijamos na câmara secreta e assim como o local em que estávamos, eu pedi para mantermos segredo.

A guerra abalou a todos, muita gente morreu… Foi uma grande alegria que todos os irmãos Weasley tenham sobrevivido! Depois do risco que corremos durante a última noite, a expressão de cansaço deixava claro como precisavam dormir, mas ninguém queria se afastar naquele momento, os vislumbres de maldições sendo direcionadas a família Weasley, incluindo Harry e eu, ainda nos assombrava. 

Como não havia espaço para todos na Toca, foi o senhor Weasley que resolveu o problema colocando uma grande tenda no jardim. Harry, Rony e eu havíamos dormido em barracas durante os últimos meses, mas ao vermos o local arrumado com sacos de dormir  para todos, nada parecia mais aconchegante do que dormir neles mais uma vez. Estávamos juntos, estávamos seguros… Enfim, poderíamos dormir em paz. 

O local foi enfeitiçado para simular uma noite fresca, só foi preciso poucos minutos para todos nós pegarmos no sono antes mesmo do sol estar a pino.

 

Chegou a noite e acordei, a tenda já estava vazia. Quando cheguei na cozinha, encontrei a matriarca trabalhando com suas panelas em um grande ensopado. Naquele momento, o que Molly Weasley mais desejava era ter uma refeição em família, agora realmente completa com a volta de Percy.

—Querida, que bom que acordou. Pode chamar os meninos? Vou servir o jantar agora.

A senhora Weasley, mesmo com vários arranhões e um corte no braço, fez questão de cozinhar para todos. 

Quando saí a procura, por mais incrível que pareça, os "atletas" já estavam com energia suficiente para jogar uma partida de quadribol mesmo no escuro. Quadribol combinado a barracas me lembraram da Copa Mundial de Quadribol, em particular, de um certo Weasley que voava com um taco de batedor em mãos… Não, não valia a pena pensar nisso agora. 

Eu não sabia como estavam marcando pontos, mas vi Harry e Gina quase se atropelando em uma direção e soube naquele instante que o jogo acabaria em segundos.

—E Ginevra Weasley pega o pomo de ouro! A torcida vai à loucura com a última manobra diabolicamente planejada pela ruiva! 150 pontos a 60 para a Grifinória!

Foi Fred quem narrou o fim do jogo. Gina e Harry logo aproximaram as vassouras e trocaram beijos. A "manobra diabólica", pelo que entendi de onde estava, foi a ruiva mandar um beijo para Harry que o deixou ligeiramente desconcertado, tempo suficiente para ela conseguir alcançar o pomo.

—Grifinória?! Andou bebendo, Fred!? A gente era a Grifinória, vocês podem ser a Irlanda ou a Sonserina quiserem… 

Charlie alcançou os gêmeos, os irmãos vinham em minha direção.

—Nem vem, jogamos mais tempo que você pela Grifinória! 

—Além disso, acabamos de presenciar a prova incontestável de que Gina é a melhor apanhadora que a Grifinória já viu! 

Fred e Jorge comentaram para o irmão. Ao fundo, Gui que alcançou a esposa agora voltavam andando, especulou:

—É assim que me tratam? Gasto tempo e suor para ensinar esse fedelhos a jogar Quadribol para dizerem que a caçula é a melhor apanhadora.  Desonra!

Os ruivos e a loira já estavam próximos o suficiente para eu passar o recado, quando o treinador de dragões comentou.

—Nem precisa chamar atenção, Mione, você tem a mesma cara que a mamãe  faz quando quer chamar para jantar. Captamos a mensagem! Uma ducha para todo mundo e já descemos para comer.

Dizendo isso, Charlie piscou para mim e aparatou. Seguido dos gêmeos que bateram continência e também sumiram no ar, Harry e Gina passaram por nossas cabeças ainda montados em vassouras.

Gui e Fleur seguiam andando, pelo visto pelo menos os mais velhos sabiam que uma pequena caminhada não faria mal a ninguém.

Imediatamente, percebi que faltavam Weasleys.

—Vocês viram Rony e Percy?

—Acho que foram para os quartos. Rony falou alguma coisa sobre dormir numa cama de verdade.

Me despedi dos dois e aparatei no andar de cima da Toca. Defendo que no meu caso não caminhei por motivos racionais: o jantar ia esfriar se eu fosse andando encontrar os irmãos restantes.

 

Cheguei ao quarto de Percy e bati na porta que se abriu com meu toque. Lá dentro, havia um Weasley choroso abraçado com um casaco de lã vermelho com a letra P. Aliás,  haviam dois casacos. Os dois que a senhora Weasley havia feito para o filho  que não compareceu aos últimos natais.

Quando notou minha presença, o assistente do Ministro se assustou e tentou esconder o rosto em lágrimas.

Me aproximei sem falar algo que poderia deixá-lo mais constrangido. Sem trocarmos palavras, Percy me encarou e seus óculos continuavam embaçados.

—Óculos reparo!

Apontei minha varinha e a armação ficou mais apresentável. O ruivo respirou fundo e pareceu se recompor.

—O jantar está pronto, sua mãe fez ensopado.

—Meu favorito!

O bruxo se levantou empolgado e antes de sair pela porta, me deu uma última olhada e murmurou um "obrigado".

 

Segui para o último Weasley ao qual deveria me dirigir e que me mais me deixava ansiosa naquele momento, seria a primeira vez que estaríamos sozinhos novamente desde o beijo.

Abri a porta de seu quarto e o ruivo estava dormindo.

Me sentei na cama e dei-me alguns segundos para contemplar seu rosto.

Havia um corte em sua sobrancelha e outro no lábio, lembro de sentir o gosto de ferro quando nos beijamos… E o gosto dele, uma sensação de angústia e euforia. Eu tinha medo de tê-lo beijado apenas pelo calor do momento, pela emoção de estarmos tão próximos de acabar com tudo… Não queria iludir meu melhor amigo, não era justo com ele alimentar esperanças de algo que não era real.

Mas ali, vendo sua serenidade, eu quis beijá-lo de novo. Sem ser envolvida pelo momento ou qualquer fator externo, eu apenas queria beijar Rony Weasley.

Assim o fiz.

Beijei Ron enquanto ele dormia. 

Para minha surpresa, fui enganada pelo ruivo à minha frente, que no mesmo instante me abraçou correspondendo o beijo e me puxando para a cama.

O beijo foi suave e sem exageros, fui preenchida por uma sensação de carinho daquele que me abraçava.

—Rony…!

—Sempre o mesmo tom de surpresa…

E ele me beijou dessa vez. Passamos alguns segundos trocando beijos, quando um lapso de sanidade me lembrou que o que vim fazer aqui.

—Jant..Rony..Temos.. Descer…

Em meio a vários beijinhos, Rony entendeu o recado.

O ruivo levantou e arrumou sua roupa para sair do quarto. 

—Hermione, você tinha razão sobre manter segredo. Papai e mamãe já tiveram muitas emoções por agora, não quero saber como vão reagir se souberem da gente, você é como uma filha para eles. Mas não nos impede de…

Rony completou a frase me puxando para um último beijo, saindo em seguida e me deixando desconcertada.

Bem, era isso que eu queria, certo? Sem pressão, sem ter que lidar com a família Weasley nos borbulhando de perguntas… Exceto que lá no fundo, uma parte de mim queria ter algo de verdade com Rony, algo como Fleur e…

—Gui?

Vi o ruivo assim que saí do quarto de Rony com uma cara de interrogação, em parte ele parecia estar se segurando para não rir da minha expressão de surpresa.

—Relaxa, Hermione. Eu não vi nada, nem ouvi nada. Mas dá uma ajeitada no cabelo se não quer uma Molly Weasley te enchendo de perguntas desnecessárias.

Gui seguiu para o banheiro  e eu arrumei meu cabelo em um coque enquanto descia as escadas.

Apesar das bochechas queimando, consegui manter a pose da "filha querida " que foi adotada pelos Weasley. Rony desempenhava muito bem o seu papel de filho glutão com um prato cheio e falando de boca aberta. Tudo como deveria ser.

Aquele dia representava um começo de uma era de paz para todos, mas mal sabia eu que para mim também seria uma era repleta de fortes emoções com os Weasley, todos eles.


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Notas finais do capítulo

Tenho uma ideia de como ela vai encontrar cada Weasley, mas a história não está completa. Não sei quando conseguirei postar os próximos capítulos, mas comentários com certeza me motivariam a postar mais rápido! :)



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