Scorose - Quase sem querer escrita por Aline Lupin


Capítulo 29
Um mergulho profundo




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P.O.V Narrador

Fora do castelo, a situação no mundo bruxo era de tensão. Mesmo que Voldemort tenha sido derrotado a mais de uma década, ainda haviam bruxos das trevas, que seguiam seus ideais, de sangue puro e continuavam a propagar essas ideias mundo a fora, para outros iguais a eles. Adrien, o líder dos Dragões era um deles. Mesmo não sendo levado a sério pelo Ministério, como ameaça, Harry acreditava que sim. Ele era a causa de várias mortes no mundo trouxa e responsável por assassinar uma família inteira, que havia uma nascida trouxa. Por algum motivo, Draco Malfoy estava perto da cena do crime, naquele dia e havia sido denunciado pelos moradores locais. Mas, nada fazia sentido. Harry sabia que Malfoy era inocente.

— Boa tarde, Malfoy – ele disse, sentando-se em frente ao seu antigo inimigo de escola.

Estavam em uma sala para interrogatório. Harry havia consigo permissão especial para coletar as memórias de Malfoy e analisar. Finalmente o Ministério abriu o caso da prisão dele e resolveu investigar as mortes de trouxas e nascidos trouxas. Estava se tornando um padrão. Adrien estava demonstrando seu poder e supremacia no mundo bruxo e estavam realmente levando a sério isso. Hermione, como ministra, estava sendo pressionada. Havia muitos dentro do ministério que não queriam dar atenção a isso e ela estava em uma encruzilhada, pois não decidia sozinha o que deveria ser feito em seu governo.

— Potter – Malfoy disse, com uma voz rouca, mas ainda assim, soberba.

Ele não era mais um homem elegante de sempre. Apesar de não haver mais dementadores em Azkaban, toda sua felicidade e vitalidade. Ele estava magro e as vestes eram cinzentas, combinando com presídio. Os cabelos precisavam ser aparados, pois batiam nos ombros, em ondas platinadas.

— Eu o chamei aqui, pois acredito que podemos trabalhar juntos, Malfoy – Harry disse, sério, se inclinando para frente da mesa – E quero muito que me ajude. Quero que me entregue à memória do dia em que esteve no interior da Inglaterra, na casa de Amélia Williams. Preciso entender o que aconteceu aquele dia e saber o que Adrien buscava lá naquela região.

Malfoy respirou fundo. Parecia em conflito. Abatido e cansado.

— Potter, eu disse que fui eu quem matou a jovem. Não há mais nada a se dizer sobre isso.

Harry passou a mão pelo rosto, cansado. Estava cansado daquele discurso de Malfoy. Tinha certeza de que havia algo mais a ser analisado. E com as lembranças daquele dia, talvez, pudesse encontrar alguma pista sobre Adrien. E Malfoy era a chave de tudo. Afinal, Adrien confessou em uma conversa que teve com Harry, antes dele fugir, que a família Malfoy tinha uma ligação especial com ele.

— Malfoy, apenas colabore conosco. Queremos fazer nosso trabalho – isso não comoveu Malfoy, que olhou para o lado, entediado – Não sente falta da sua família? Da sua esposa? Filho? – Malfoy retesou o maxilar, mas parecia que não iria ceder facilmente – Posso ajuda-lo com isso, Malfoy. O que tiver acontecido àquela noite, eu irei compreender. Não irei julga-lo. Eu me lembro de você, depois da guerra. Seu olhar de pânico e arrependimento. Duvido muito que estava realmente envolvido com o assassinato dessa jovem. Conte para mim o que houve. Eu irei ajuda-lo com isso. Eu prometo. Tem minha palavra.

Malfoy fitou Harry. Seus olhos cinzentos demonstravam a sua exasperação. Algo aconteceu de grave naquela noite e Harry sentia que iria descobrir uma pista importante. Não mentia quando disse que iria ajudar Malfoy. Sentia que o homem era inocente. E detestava injustiças.

— Preciso que me dê sua palavra de que vai fazer de tudo para que isso não atinja minha família, Potter – Malfoy disse, por fim, sério.

— Eu farei o possível, Malfoy – prometeu.

— Isso tudo tem relação com meu filho, Scorpius. Ele caiu em uma armadilha, naquele dia, um ano atrás. Adrien estava convocando jovens para se juntar a ele e se tornar mais forte e respeitado. A família Willow se tornou seguidora das ideias de Adrien, que não se diferem das de Voldemort. Ele parece ser mais fraco do que o antigo Lorde das Trevas, mas quer chegar a ter o poder que ele teve. E acredita na existência das varinhas das varinhas, Potter – Malfoy respirou fundo, olhando para as próprias mãos, marcadas pelo tempo. Harry respirou fundo, tentando reter todas as informações obtidas. Estava surpreso. A varinha das varinhas estava no túmulo de Dumbledore. E poucos bruxos acreditavam na história das Relíquias da Morte. Harry iria mais uma vez verificar se tudo estava correto e se a varinha continuava lá – Meu filho era amigo intimo de Leon Willow. O rapaz o chamou para passar as férias em Portsmouth. Eu fui busca-lo, pois ele estava demorando a voltar. Não o encontrei na mansão do Willow. Mas, se você quer saber, eu coloquei um chip rastreador no celular de Scorpius. Eu sempre tive muito medo de algo acontecesse com ele. Até o encontrei na casa de Amélia Williams. Ela já havia sido assassinada. Adrien estava lá, com outros rapazes e alguns eram ex-comensais da morte. Entrei em combate com eles, mas eram muitos e sai para a rua, tentando aparatar com Scorpius, mas fui visto por trouxas. O restante da história você já sabe, Potter. Eu me entreguei para que meu filho não sofresse as consequências.

Harry respirou fundo, uma, duas, três vezes. Gostava de Scorpius. O rapaz não poderia ter feito isso. Ele parecia ser diferente, apesar de taciturno. Olhou fundo nos olhos de Malfoy. Percebeu que ele estava aflito, preocupado com o filho. Ficaria tão devastado se acontecesse algo de ruim com Alvo. Nunca poderia se perdoar. Daria sua vida a ele. A todos os seus filhos. E Malfoy não era diferente. Era um pai zeloso.

— Malfoy, vamos precisar da sua memória daquele dia. E teremos que interrogar Scorpius – Harry disse.

— Não, você prometeu não colocar minha família nisso, Potter. Como se atreve? – Malfoy vociferou, batendo o punho na mesa.

Harry não se intimidou por isso.

— Malfoy, eu não estou fazendo isso para prejudica-lo. Vamos manter tudo fora do olhar da mídia. Vamos proteger Scorpius. E ele não enfrentara nenhum inquérito ou tribunal. É menor de idade e estava sendo coagido por Adrien. Mais um motivo para o Ministério intervir e caçar aquele bruxo. Eu preciso disso, Malfoy. E você será inocentado. Vai voltar para sua família. Scorpius estará bem – Malfoy negou com a cabeça – Acha mesmo que iria prejudicar você? Confie em mim, Malfoy. Sua mãe me salvou, quando eu precisei. E eu os tirei de Azkaban. Nossos desentendimentos estão no passado. Não vou prejudica-lo. Tem minha palavra.

Malfoy assentiu, pressionando os lábios finos e rachados. Então, Harry sacou a varinha, conjurando um frasco e apontou para têmpora do bruxo.

*

Há situações em que não temos como controlar. Rose sabia disso muito bem. Mas, não conseguia entender que não tinha forças para mudar o que estava ao seu redor. Era teimosa. Havia puxado isso da sua mãe. Queria muito ter tudo sobre controle. Mas, enquanto não podia mudar o fato de que Scorpius não queria falar com ela, Rose escreveu uma carta para David, seu amigo meio-vampiro. Iria enviar direto a tio Harry, para que ele entregasse ao rapaz.

Caro David,

Sinto sua falta. Realmente sinto mesmo. Sabia que aqui esta parando de nevar? É eu sei que você gosta de neve, mas infelizmente, eu fico com minha rinite atacada pelo frio. Então, estou dando graças a Merlin ou a deusa Demeter, por nos presentear com dias mais amenos.

Era tão divertido ir à Casa dos Gritos com você e brincar de representar. Lembra como colocávamos seus figurinos e ensaiávamos peças de teatro? Conto de Inverno, de Shakespeare é minha preferida, por mais que você ame Hamlet. Será que ele era um bruxo? Há livros dele aqui na biblioteca e fico pensando se ele poderia ter sido como nós, portadores de magia.

Você sente minha falta? Espero que sim.

Alvo está enviando seus comprimentos, assim como Lily, Hugo e Lorcan.

Da sua amiga para sempre,

Rose Weasley.

Rose selou a carta com cera de vela e se encaminhou até o corujal, deixando seus amigos no Salão Comunal da Grifinória. Todos estavam aproveitando à tarde de folga, naquele sábado. Alvo estava com Meredith, tentando fazer a garota perdoa-lo por ter sido tão relapso e um péssimo namorado.

A ruiva riu consigo mesma, pensando que Alvo teria muito trabalho para convencer sua amiga. Ela pensou em Scorpius e o quanto ele havia a magoado, por seu silêncio. Ela havia decido que não iria correr atrás dele mais, mas esperava no fundo que ele viesse até ela. Rose não era de ferro. Gostava do garoto e queria estar com ele, como haviam ficado no Natal. Abraçados, em uma casa da árvore. Ela se sentiu em casa com ele. Protegida. Por que ele simplesmente havia esquecido sua promessa de não fugir dela?

Ela havia feito algo muito errado, em sua raiva. Agora era amiga de Leon e eles saiam às vezes para ir a Hogsmeade. Ele tentava agrada-la de todas as maneiras, comprando doces e levando-a Madame Puddifoot. Rose ia, simplesmente, pois estava se sentindo solitária. E Scorpius fingia não vê-la nos corredores do castelo, nem quando se esbarravam eventualmente. Conseguiu trocar de parceiro da monitoria, então ela estava realmente se sentia péssima. Leon pelo menos era agradável e parecia querer sua companhia.

Ela suspirou e chegou no corujal, encontrando uma coruja marrom, para fazer seu serviço de enviar a carta ao Tio Harry, assim como as outras que carregava para seus pais. Ela despachou a coruja e estacou ao ver Scorpius entrar no corujal, com uma carta na mão. Ele a olhou com surpresa, depois com neutralidade.

— Scorpius – Rose falou, em voz baixa.

Ele respirou fundo e desviou o olhar, se dedicando em despachar sua carta. Assim que a coruja saiu voando pelo janelão, ele se afastou, para a saída. Rose andou rápido, para alcança-lo, antes que ele descesse as escadas. Segurou a manga do seu sobretudo e o abraçou pelas costas. Ele enrijeceu, mas não se moveu.

— Scor, sinto sua falta – ela disse, abraçando ele com força.

Sentiu sob sua palma o coração dele acelerado. Ele também sentia algo. Não sabia se era saudades, mas ele sentia alguma coisa.

— Rose – ele sussurrou, com a voz rouca – Não faz isso.

— Não fazer o que? – ela perguntou, com a cabeça recostada nas omoplatas dele.

Ele se soltou e virou para ela. Olhou-a com exasperação. Enfiou as mãos dentro da calça jeans, engolindo seco. O pomo de adão dele subia e descia. Rose se aproximou, tocando seu peito com a palma da mão.

— Scor, por que esta fazendo isso comigo? – ela perguntou, em voz baixa – Por que esta se afastando tanto? Eu sinto seu coração acelerado. Sei que ainda gosta de mim. Eu gosto de você tanto.

Ela fechou os olhos, contendo as lágrimas. Sentiu os braços dele, em volta dela. Ele beijou seus cabelos, respirando fundo. Estava tremulo. Ela cingiu os braços dela, em volta da cintura dele. Ficaram silêncios por alguns instantes, apenas sentindo um ao outro.

— Eu não posso ficar perto de você Rose. Temo que vá me odiar se souber toda verdade sobre mim – ele sussurrou, contra os cabelos dela.

— Sobre o que? – ela perguntou, preocupada, afastando um pouco sua cabeça do peito dele – Eu jamais odiaria você, Scorpius. Estou apenas odiando essa distância entre nós.

— Eu não posso falar – ele disse, tenso – Não posso contar a ninguém. Mas, Leon sabe. E ele está tentando me atingir, ao ficar perto de você.

Ela procurou no olhar dele algo que explicasse o que ele queria dizer, mas só via angustia.

— Scor, seja lá o que você tenha feito e envolva Leon vou compreender. Sou sua amiga – ela garantiu.

Ele fez uma careta, mas suavizou a expressão. Tocou o rosto dela com seus dedos. Ela se inclinou para ele, com saudades.

— Rose, minha Rose – ele disse, com a voz rouca – Tenho medo de perder você. De perder seu respeito.

— Scor, está me assustando com isso – ela disse, receosa – O que pode ter sido tão grave assim?

— É...- ele teria dito, se não estivessem escutado passos atrás de si.

Ele se afastou. Ela se sentiu enregelada pela falta dos seus braços ao redor dela. Um aluno terceiranista da Lufa-Lufa entrava, com uma carta na mão e não deu atenção a eles. Scorpius olhou uma última vez para Rose, como se pedisse desculpas e desceu as escadas, apressado. Ela engoliu seco, parando no patamar, o vendo descer, apressado e depois, andar pelo gramado, com pressa. Queria saber o que havia acontecido de tão grave. E ele parecia disposto a se manter calado. Mas, Leon talvez contasse a ela o que ela queria saber.

*

Encontrou-se com ele, no Lago da Lula Gigante. Sentaram-se em frente ao lado, sob uma toalha de piquenique. Ela trouxe um contrabando de bolinhos e suco de abobora, os preferidos de Leon. Se ela o subornasse, ele talvez falasse alguma coisa.

— Rose, minha querida – ele disse, com humor – Para que esse banquete?

Ela procurou algum sinal de que ele fosse realmente mal, como parecia que Scorpius acreditava. Não viu nada. Apenas o olhar de um garoto comum, com seus quase dezessete anos. Parecia até mesmo transparecer ingenuidade, devido aos seus olhos verdes e cabelos loiros.

— Era apenas para passarmos à tarde. Sei que gosto desses bolinhos de canela e suco de abobora – ela respondeu, com inocência.

Ele sorriu e pegou a mão dela, que estava apoiada no colo e depositou um beijo em seu dorso. Ela afastou a mão, sem demonstrar que estava incomodada. Leon parecia ter a mania de querer toca-la sempre que se encontravam.

— Eu estou começando a achar que quer me comprar, Rose – ele disse, rindo – Mas, eu estou fazendo o mesmo, querendo sua atenção.

Ele tocou o queixo dela, beijando sua bochecha, rapidamente. Ela respirou fundo, irritada. Se queria que o plano desse certo, precisava que ele ficasse a vontade.

— Não estou comprando sua atenção – ela disse, sorrindo forçadamente – Apenas aproveitando uma tarde livre. Por que para você é sempre como se os outros tivessem segundas intenções?

Leon estava com um pedaço de bolinho na boca e tomou o suco de abobora.

— Por que – ele disse, limpando a boca com o dorso – Normalmente é assim que as coisas funcionam, Rose. As pessoas só tem interesse sobre nós, quando temos algo a oferecer.

— Por isso, você esta perto de mim? Para ter algo que posso dar a você? – ela perguntou, um pouco irritada.

Ele sorriu, de forma estranha. Ela se afastou um pouco dele.

— Realmente sim, Rose. Você era minha namorada, lembra disso? – ele chegou mais perto dela, puxando sua nuca. Suas bocas quase se encostavam. Seu hálito tocava o rosto dela – Então, pode-se dizer que eu a quero de novo.

— Não mesmo, Leon – ela se afastou, levantando rapidamente – Não pense que isso que estamos fazendo é para voltarmos a ser o que éramos. Você me magoou e não o quero como namorado. Estava aceitando a ideia de sermos amigos. Mas, você é ardiloso, mentiroso e ainda esta ameaçando Scorpius.

Ele riu, balançando a cabeça. Não se deu ao trabalho de levantar. Continuou sentado, a encarando. Ela queria tirar aquele sorrisinho dele.

— Rose, Rose, Rose. Muito esperta – ele disse, estalando a língua, colocando mais um pedaço de bolinho na boca. Lambeu os cantos dos lábios, em deleite – Eu sinceramente acreditei que iria demorar a notar isso. Uma pena mesmo. Mas, se quer que seu namoradinho fique livre, é melhor fazer o que eu mando.

Ela o encarou, com raiva. Estava prestes a sacar a varinha, quando ele se levantou e segurou o pulso dela, com força.

— Rose, não me tente. Não sabe com quem esta lidando – ele tocou o rosto dela, com o dedo indicador. Ela se afastou, enojada, mas não conseguiu soltar o pulso do aperto dele – Scorpius é um frouxo. Essa é a verdade. Não teve coragem de cumprir um simples ritual. Mas, se você quer mesmo saber, ele não é o que pensa.

— O que quer dizer? – ela perguntou, olhando fundo nos seus olhos.

Havia cinismo ali, o que não reconhecera antes.

— Bom, digamos que ele estava prestes a entrar para uma seita – Leon respondeu – Mas, ele é muito fraco. Infelizmente, teve escrúpulos no momento certo. Eu tive que fazer por ele o restante. Mas, eu não vou contar o resto, se é o que pensa. Como vou ameaçar meu brinquedinho? – ele riu e puxou Rose para mais perto – E você, Rose, vai voltar a ser minha namorada, como era antes. A não ser que queira que eu conte ao Ministério o que ele fez naquela noite, em que o pai dele foi acusado de matar uma trouxa.

Rose abriu e fechou a boca.

— Foi você? – ela perguntou, nauseada.

— Hum, quase acertou – ele riu – Mas, eu não vou contar a você isso. É informação privilegiada. Mas, o que eu sei, pode prejudicar Scorpius. Pobre Scorpius. Ele seria preso em Azkaban, sem chance de sair.

Rose balançou a cabeça, incrédula. Aquilo não poderia ser verdade.

— Está mentindo – ela disse, entredentes, tentando soltar o pulso.

— Não mesmo – ele reafirmou e a puxou de volta, a fazendo bater contra seu peito – Rose. Não me teste. Estávamos indo tão bem.

Rose o fulminou com o olhar e conseguiu alcançar a varinha, com a outra mão, dentro do bolso da calça e apontou para o peito dele.

— É melhor se afastar, Leon – ela ameaçou.

— Tsc, tsc. Acha que tenho medo de você, Rose? Não iria ferir uma mosca. É muito frágil para isso – ele provocou, com um brilho de arrogância nos olhos.

— Estupefaça! – ela gritou, sendo atirada para o lago, enquanto Leon era atirado para o outro lado, batendo com a cabeça na árvore.

Rose sentiu seu corpo afundar no lago.  Primeiro, ela notou que não conseguia enxergar nada, nem ao menos respirar. Debateu-se contra a água, sentindo que não iria conseguir atingir a superfície. Não estava com sua varinha. Foi à segunda coisa que notou. Deu braçadas para tentar conseguir achar uma saída, mas era péssima nadadora. Sentiu que engolia água, ao tentar respirar. Debateu-se mais algumas vezes, sentindo a consciência e os músculos pesarem. De repente, apenas fechou os olhos, se entregando a inconsciência.


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