Shinku no Kogoro - Season 2 escrita por NortheastOtome1087


Capítulo 3
A historia de Yumeji




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[Cenário: Casa dos Nagano, quarto do Atsushi]

[Atsushi está no seu quarto mexendo no seu smartphone. Ele está postando coisas nas redes sociais, e ao mesmo tempo teclando com seu amigo Kogoro. Ele então decide fazer uma vídeochamada.]

Kogoro: E aí, Atsushi?

Atsushi: Oi Kogoro, tá tudo bem na sua casa?

Kogoro: Sim, tudo ótimo. Sem problemas. E na sua casa, tá tudo bem por lá?

Atsushi: Mesma coisa. Papai ainda tá se recuperando, mamãe tá fazendo o almoço e eu to aqui relaxando depois de uma longa tarefa de casa.

Kogoro: Aff, nem me lembre disso.

Atsushi: Algum problema?

Kogoro: Sabe o que é...

[Cenário: Jiraiya Goketsu, quarto do Kogoro]

[Kogoro também está no seu quarto mexendo no smartphone.]

Atsushi: Você ainda está bolado por causa das notas que você recentemente recebeu?

Kogoro: Sim. Minhas expectativas já estavam baixas, mas eu já estou no abismo.

Atsushi: Fica calmo, é só o primeiro bimestre. Além disso, você ainda tem a chance de fazer recuperação.

Kogoro: Mesmo assim! Matemática nunca foi o meu ponto mais forte. Nem química! Nem física! Nem inglês e nem biologia!

Atsushi: Credo, você realmente tem problemas...

Kogoro: O que é que eu faço agora? Jiraiya pode ser bonzinho, mas ele também leva meus problemas a sério.

Atsushi: Olha, eu não sei o que aconteceu pra você ter tirado notas tão baixas, mas eu sei que posso ajudar você a tirar notas maiores. Além disso, você não é tão burro quanto você pensa que é, aliás, você também tirou notas boas.

Kogoro: Não tente me consolar...

Atsushi: Não estou te consolando. Estou te motivando. Você pode ser um aluno exemplar.

Kogoro: Mas...

Atsushi: Eu não estou te impedindo de lutar. Mas você deve saber que luta não é apenas socar e chutar, mas também fazer o melhor por tudo o que você ama.

Kogoro: Atsushi...

Atsushi: Kogoro... Se você ama a Rekka mais do que tudo neste mundo, você deve retribuir o favor para ela. E eu não me refiro apenas a defender o colégio de caras maus.

Kogoro: Mas o que posso fazer?

Atsushi: Se você pode estudar língua japonesa, você pode estudar matemática. Se você pode estudar história, você pode estudar biologia. Se você pode estudar artes, você pode estudar química.

Kogoro: Não estou entendendo o que você disse, mas sei o que você quis dizer com isso.

Atsushi: E é por isso que você precisa de minha ajuda. Acho que você já deve saber, mas eu posso não ser o delinquente mais durão de Tóquio, mas posso ser o mais esperto.

Kogoro: E o que você pode fazer por mim? Ir para minha casa e me ajudar nas matérias mais difíceis?

Atsushi: Exatamente o que você disse.

Kogoro: Sério mesmo? Mas...

Atsushi: Não tem “mas”. Você é o meu amigo, e eu faria tudo por você.

Kogoro: Atsushi-san... Muito obrigado.

Atsushi: Não tem de que. Amigo é pra essas coisas.

Kogoro: E então, você pretende estudar comigo hoje?

Atsushi: Na verdade, eu estava pensando se você podia estudar na minha casa.

Kogoro: Bem, eu adoraria. Vamos ver se o Jiraiya vai aceitar...

Atsushi: Tudo bem. A gente se encontra mais tarde.

Kogoro: Certo. Tchau.

[Cenário: Casa dos Nagano, quarto do Atsushi]

[Atsushi está no seu quarto mexendo no seu smartphone.]

Atsushi: Até mais.

[Atsushi desliga o smartphone.]

Atsushi: (Eu me pergunto o que aconteceu com Kogoro para ele ter notas tão medíocres em matemática, física, química, inglês e biologia.)

[Cenário: Ruas de Tóquio]

[Yumeji, bancho do colégio Nobume, está caminhando pela cidade e observa as pessoas. Eventualmente ele acaba voltando pra casa.]

[Cenário: Casa do Yumeji, corredores.]

[Yumeji entra na sua casa para ver a família. Ele pega uma máscara verde em um dos penduradores e coloca em seu rosto.]

[Cenário: Casa do Yumeji, sala de estar.]

[Yumeji entra na sala de estar.]

Yumeji: Mãe, Harumi, cheguei!

Mãe do Yumeji: Tá usando a máscara de rosto?

Yumeji: Estava no pendurador dos corredores.

Mãe do Yumeji: Ótimo. Você sabe que enquanto você estiver nesta casa, você deve usar a máscara de rosto.

Yumeji: Sei disso.

[Cenário: Casa do Yumeji, cozinha.]

[Yumeji vai para a cozinha ver a sua mãe. Ela tem cabelos castanhos, olhos azuis, e usa um lenço de cor amarelo.]

Yumeji: O que você está fazendo de almoço?

Mãe do Yumeji: O de sempre. Arroz, peixe, vegetais, legumes...

Yumeji: Você está ciente de que você não pode usar o fogão enquanto estiver doente, não sabe?

Mãe do Yumeji: Por que você acha que nós ficamos usando máscaras nessa casa? Além disso, você é jovem demais para usar o fogão e sua tia saiu para comprar comida.

Yumeji: Entendo... Normalmente é ela que faz a comida.

Mãe do Yumeji: Infelizmente a vida é assim. Desde que seu pai morreu eu e sua tia vivemos com enormes problemas financeiros. E as coisas só pioraram quando eu adoeci.

Yumeji: Mamãe...

Mãe do Yumeji: Por que você não vai olhar para sua irmã mais nova? Ela está no quarto querendo te ver.

Yumeji: Ah, sim. A Harumi. Me chama quando o almoço estiver pronto, está bem?

[Yumeji sai da cozinha para ver a irmã.]

[Cenário: Casa do Yumeji, quarto da Harumi.]

[Harumi, a irmã mais nova de Yumeji, ouve alguém batendo a porta. Tal como a mãe, Harumi tem cabelos castanhos e olhos azuis, além de ter duas marias-chiquinhas com laços cor-de-rosa.]

Harumi: Quem é?

Yumeji: É o seu irmão.

Harumi: Tá usando a máscara?

Yumeji: Sim.

Harumi: Pode entrar.

[Yumeji entra no quarto da sua irmã]

Harumi: E então Onii-chan, como foi o seu dia?

Yumeji: Tudo ótimo. Sem nenhum problema. E você?

Harumi: Tudo bem. Já fiz algumas das minhas lições de casa. Só que eu estou com problemas em fazer o dever de matemática. Você pode me ajudar?

Yumeji: Sim. Com que posso te ajudar?

Harumi: Equações de primeiro grau.

[Harumi mostra o seu caderno para Yumeji.]

Yumeji: Você começou a aprender equações de primeiro grau quando?

Harumi: Ontem. O professor me passou esse dever de casa para eu fazer hoje. O prazo para terminar é semana que vem.

Yumeji: Vai precisar de minha ajuda?

[Harumi balança a cabeça pra cima e pra baixo dizendo que sim.]

Yumeji: E então, como é que foi a aula ontem?

Hiromi: Foi boa. Os professores mandaram novos assuntos para eu e meus colegas estudarmos.

Yumeji: Legal.

Hiromi: Inclusive foi ontem que o professor me falou sobre as equações. Pelo que me lembre, equações são aquelas letras no qual a gente tem que encontrar o número misterioso. É algo como... 4x + 6 = 30.

Yumeji: Entendo. Bem, esse é um assunto que pode ser considerado fácil ou difícil dependendo de como você vê a situação.

Hiromi: Como assim?

Yumeji: Você sabe de matemática básica, não sabe?

Hiromi: Sim, eu sei.

Yumeji: Quanto é 4 + 6?

Hiromi: Hmm... 10.

Yumeji: Certo. E 4 – 6?

Hiromi: Hmm... Eu sei que 6 – 4 dá 2.

Yumeji: Isso mesmo. E 4 – 6 também dá 2, só que com um sinal de menos na frente do número.

Hiromi: Tipo -2. Meu professor também me ensinou isso.

Yumeji: Tá bom... E 4 x 6 é igual a...

Hiromi: 24.

Yumeji: Pelo visto você memorizou a tabuada.

Hiromi: Obrigada. Mas 6 dividido por 4 dá 1, porém sobra 2.

Yumeji: Tá vendo? Se você sabe somar, subtrair, multiplicar e dividir, você pode fazer equações.

Hiromi: Legal!

Yumeji: Agora pense bem.... Existe um número que junto com 4 e 6 dá 30. A questão é descobri-lo. E então, você sabe que número junto com 4 e 6 é igual a 30?

Hiromi: Hmmm... Eu sei que 4 + 6 é igual a 10. Então x deve ser um número que junto com 4 e 6, que dá 10, é igual a... Já sei!

Yumeji: E então, você descobriu?

Hiromi: 4 + 6 é igual a 10. Se 4x + 6 = 30, e 4 + 6 é igual a 10, então o número que se somado com 4 e 6 dá 30, é o número 20.

Yumeji: Como você tem certeza disso?

Hiromi: 20 é o número que, se somado com 10, dá 30. Em outras palavras, se x for 20, então 4 + 20 + 6 é igual a 30.

Yumeji: Não subestime uma equação. Você descobriu que o número que se somado com 4 e 6 dá 30, mas lembre-se do jeito como a equação é dada.

Hiromi: Jeito?

Yumeji: A equação é 4x + 6 = 30. Você respondeu uma equação que pode ser descrita como 4 + x + 6 = 30. Nesta outra equação, o x é um número que, se multiplicado por 4 e somado com 6, dá 30.

Hiromi: Então 4x é uma multiplicação?

Yumeji: Sim.

Hiromi: Então... Se 20 é o número que, se somado com 6 e 4 dá 30, x deve ser o número que se multiplicado por 4 e somado por 6, dá 30.

Yumeji: Isso mesmo. E então, você sabe qual é?

Hiromi: Hmmm... Um número que que se multiplicado por 4 e somado por 6, dá 30... Deixe eu pensar...

Yumeji: Você ainda tem muito tempo para pensar. Matemática é complicado, mas logo você se acostuma as dificuldades. E então, onde está a tarefa de casa?

[Hiromi abre o seu caderno de matemática e mostra a seu irmão as tarefas que ela tem que fazer. Yumeji revira as páginas.]

Yumeji: Nossa, realmente você não está sendo mais uma criança. Melhor se acostumar com as equações de 1º grau.

Hiromi: Mas o que eu posso fazer?

Yumeji: A mesma coisa que todo aluno faz para saber de tudo sobre a matéria. Estudar. Felizmente, o prazo da tarefa é para semana que vem, então vai dar tempo de te ensinar sobre equações.

Hiromi: Legal.

Yumeji: Bem, vamos começar com o básico. As equações de primeiro grau são sentenças matemáticas que estabelecem relações de igualdade entre termos conhecidos e desconhecidos, representadas sob a forma ax+b = 0, em que a e b são números reais, sendo a um valor diferente de zero  e x representa o valor desconhecido.

Hiromi: ax + b = 0?

Yumeji: Isso mesmo. O valor desconhecido é chamado de incógnita, que significa "termo a determinar". As equações do 1º grau podem apresentar uma ou mais incógnitas. No geral, as incógnitas são expressas por uma letra qualquer, com x, y, z sendo as mais utilizadas. Além disso, nas equações do primeiro grau, o expoente das incógnitas é sempre igual a 1.

Hiromi: Deixa eu ver se entendi... Na fórmula ax + b = 0, a e b são números mas x representa uma letra?

Yumeji: O termo certo é incógnita, mas pelo visto você está pegando o jeito.

Hiromi: Agora eu sei a fórmula, mas ainda estou com dúvida sobre o que é para fazer na equação.

Yumeji: Fique calma que a gente tá chegando lá. O objetivo de resolver uma equação de primeiro grau é descobrir o valor desconhecido, ou seja, encontrar o valor da incógnita que torna a igualdade verdadeira. Para isso, deve-se isolar os elementos desconhecidos em um dos lados do sinal de igual e os valores constantes do outro lado.

Hiromi: Isso parece ser interessante.

Yumeji: Vale lembrar que a mudança de posição desses elementos deve ser feita de forma que a igualdade continue sendo verdadeira. Quando um termo da equação mudar de lado do sinal de igual, devemos inverter a operação. Assim, se tiver multiplicando, passará dividindo, se tiver somando, passará subtraindo e vice-versa.

Hiromi: Tudo isso?

Yumeji: Eu falei que equações não são fáceis para iniciantes.

Hiromi: Você pode me dar um exemplo de equação?

Yumeji: Vamos para um bem simples. 2x = 2.

Hiromi: Bem, esse é fácil demais. Você disse que x é a incógnita cujo valor determina a verdadeira igualdade, não é mesmo? Acho que a resposta é 1.

Yumeji: Justifique sua resposta.

Hiromi: 2 x 1 dá 2.

Yumeji: Mas essa questão também pode ser respondida de um jeito mais tradicional.

Hiromi: Como assim, tradicional?

Yumeji: Pense bem, 2x = 2. Você resolveu a questão olhando diretamente para a incógnita. Porém, quando você faz uma equação, você deve pensar como um aluno que quer resolter uma equação.

Hiromi: Como?

Yumeji: 2x = 2, certo? Porém, vamos colocar o 2 na igualdade, e com isso, a gente divide dois por dois. E dois por dois...

Hiromi: É igual a 1!

Yumeji: Isso mesmo.

Hiromi: Legal! Eu quero aprender mais sobre as equações.

Yumeji: Perfeito. Acho que eu ainda tenho alguns livros que falam sobre equações e que podem te ajudar. Fique aqui que eu já volto.

[Yumeji sai do quarto da Hiromi.]

[Cenário: Casa do Yumeji, corredores.]

[Yumeji vai para o sótão. Quando ele vai para o local, ele tem alguns flashbacks. O primeiro é focado em Yumeji impedindo Rikiya de espancar Setsumaru.]

Yumeji: Pare agora, Rikiya!

[O valentão da Nobume se vira para ver que está sendo observado por Yumeji.]

Rikiya: Ba... Bancho Yumeji!

[Yumeji se aproxima de Rikiya.]

Rikiya: E aí Yumeji-sama, como vai você? Tá tudo bem por aqui?

Yumeji: Hmph. Não banque o idiota comigo. Estou ciente de que você ia bater em um de meus colegas, não é mesmo?

Rikiya: Bem, acontece que...

Setsumaru: Rikiya tava atrás do meu dinheiro.

Yumeji: Hmph. Ainda com esse hábito de furtar dinheiro dos outros? Parece que certas coisas nunca mudam, não é mesmo?

Rikiya: Eu... Eu posso explicar...

Yumeji: Não precisa dizer mais nada.

[Os olhos de Yumeji deixam claro que eles não tolera violência contra os estudantes da Nobume. Rikiya solta Setsumaru.]

Rikiya: Você está salvo... Por enquanto.

[Rikiya então sai do pátio.]

Yumeji: Aquele filho da mãe... Acha que é o dono do colégio só porque ele é um dos estudantes mais fortes.

Setsumaru: Muito obrigado por me salvar, Yumeji-sama.

 [O flashback acaba.]

Yumeji: (Desde o dia em que meus pais se divorciaram, minha vida nunca mais foi a mesma. Uma mãe doente... Uma irmã mais nova que preciso proteger... Nem mesmo a minha tia pode ser capaz de se defender sozinha...)

[Yumeji tem um outro flashback que mostra a sua infância. Ele foi uma vítima de bullying, sendo espancado por vários valentões.]

Yumeji: (Eu me lembro que... Quando eu era pequeno, eu era o saco de pancadas favorito de todos os delinquentes do meu antigo colégio.)

[Yumeji também se lembra de ter um pai abusivo. Toda a vez que Yumeji entra em casa machucado, ele leva uma surra de seu pai.]

Yumeji: (Meu pai era muito cruel. Ele não gostava de ter homens fracos na família, e toda a vez que ele me via ferido, ele sempre me dava uma surra.)

[Yumeji também se lembra de que sua mãe também cuidava dele e de sua irmã.]

Yumeji: (Minha mãe cuidava de mim. De fato, ela é a única pessoa que limpava as feridas que o meu pai fazia. Ela é uma pessoa muito importante.)

[Outra cena ocorre, em que o pai de Yumeji e Hiromi sai de casa.]

Yumeji: (Eventualmente, o meu pai não queria mais saber de mim. Nem da minha mãe e nem da minha irmã. O que pra mim já era ótimo, já que estava cansado de sofrer nas mãos dele.)

[Mais uma cena acontece, com a mãe de Yumeji e Hiromi sofrendo com várias dívidas.]

Yumeji: (Mas infelizmente, tudo tinha um preço. Um alto preço. Meu pai deixou um prejuízo alto em ienes, e minha mãe não conseguia pagar tanto.)

[Em outra cena, vemos a mãe de Yumeji e Hiromi cumprimentando a sua irmã, que também é tia dos dois filhos.]

Yumeji: (Nem mesmo a minha tia foi capaz de ajudar.)

[Mais uma cena acontece. Yumeji vai para o sótão e ao encontrar uma revista com várias gravuras de lutadores.]

Yumeji: (Acabei me tornando o único homem da casa. Se tem uma coisa que o meu pai me ensinou, é que pessoas fracas não são dignas de viver. Então eu fiz o impensável: Eu me tornei um delinquente.)

[Outra cena acontece, no qual Yumeji dá vários socos em bandidos.]

Yumeji: (Decidi lutar. Lutar e não olhar atrás. Se eu não for capaz de lutar, eu não serei capaz de proteger as pessoas que eu amo.)

[E em mais uma cena, vemos Yumeji usando a sua roupa de bancho no colégio Nobume.]

Yumeji: (Eventualmente, eu acabei me tornando o bancho do colégio Nobume,e consequentemente, uma das pessoas mais fortes do colégio. Porém, ser um bancho não é uma tarefa fácil. Você deve ser responsável pelos eventos que ocorrem na escola, manter a paz e o equilíbrio, mas acima de tudo, proteger os seus colegas. E esse é o preço por querer ser forte.)

[O flashback acaba]

Yumeji: (E agora eu tenho o dever de proteger as pessoas que eu amo, tanto dentro de casa quanto dentro da Nobume. É um trabalho duro, mas infelizmente, alguém tem que fazer, e se ninguém pode fazer...)

[Cenário: Casa dos Terada, sótão.]

[Yumeji consegue chegar ao sótão. Ele acende a luz e desce as escadas. Ao chegar em um armário cheio de livros, ele pega alguns livros de matemática antigos que ele tinha. Depois de pegar os livros, ele acaba dando uma olhada na revista em que tinha lutadores na capa, sua inspiração principal para ser um delinquente.]

Yumeji: Se não fosse por você, eu não estaria aqui.

[Yumeji então sobe as escadas e apaga a luz.]

[Cenário: Casa do Yumeji, quarto da Harumi.]

[Harumi continua olhando para o caderno. Yumeji abre a porta.]

Yumeji: Cheguei. Desculpe o atraso, é que eu tava meio com problemas.

Harumi: Você sempre tem problemas.

[Yumeji pega os livros e o coloca na cama da Harumi.]

Yumeji: Não tanto quantos os que eu tinha com o nosso pai.

Harumi: Onii-chan...

Yumeji: E então, você está pronta para aprender mais sobre as equações?

Harumi: Sim!

Yumeji: Bem, então vamos lá...

[Cenário: Colégio Tojo, corredores.]

[Nos corredores do colégio, o estudante que apareceu anteriormente está discutindo seus planos com mais quatro estudantes. Ele também se revela como o presidente do conselho estudantil. Note que seus rostos ainda estão ocultos pelas sombras.]

Estudante A: Como estão os seus planos de dominação escolar para hoje, Seitokaicho?

Presidente do Conselho Estudantil: Ainda estão se concretizando, mas minhas intenções já foram realizadas.

Estudante B: Você ainda não se esqueceu daquelas amargas memórias do passado, esqueceu?

Presidente do Conselho Estudantil: Por que esquecer? Aliás, esse é o motivo porque estou aqui agora.

Estudante C: Este colégio... Bem, foi graças a você que a Tojo é uma das escolas mais famosas de toda a Tóquio.

Presidente do Conselho Estudantil: Sim, mas recentemente, a Tojo começou a perder popularidade. De cada 10 crianças em Tóquio, apenas 4 delas entram para a Tojo. As outras 6 são destinadas para outras escolas. Pra piorar, isso também inclui vários dos nossos alunos.

Estudante A: Sim, a Tojo foi uma das escolas mais populares de Tóquio durante 10 anos. Hoje ela está perdendo sua essência.

Presidente do Conselho Estudantil: Mas é por isso mesmo que devemos contraatacar. Não podemos deixar que a Tojo seja uma sombra do que ela foi antes.

Estudante D: E como podemos fazer isso? Nós somos apenas estudantes.

Presidente do Conselho Estudantil: Tem certeza? Vocês por acaso sabem com quem vocês estão lidando?

[O presidente do conselho estudantil revela ter olhos vermelhos. Os quatro estudantes se sentem intimidados por ele.]

Presidente do Conselho Estudantil: Olhem aqui, eu faria tudo por esse colégio, ainda que seja pelo motivo mais minúsculo. E quero que vocês saibam o motivo porque eu fui escolhido para ser o presidente do conselho estudantil.

[Os quatro estudantes ficam com medo do presidente, mas estão cientes que ele sabe o que está fazendo.]

Presidente do Conselho Estudantil: Bem, estão dispensados. Vocês podem ir.

Estudante A: Certo, Seitokaicho.

[Os quatro estudantes saem dos corredores. O presidente dá um sorrisinho malicioso.]

[Cenário: Casa dos Nagano, quarto do Atsushi]

[Kogoro e Atsushi estão estudando.]

Atsushi: Bem, acho que já está na hora de ir.

Kogoro: Ué, mas já acabou?

Atsushi: Sim.

Kogoro: Finalmente, eu já não estava aguentando mais.

Atsushi: Ué, mas porque você está assim?

Kogoro: Essas fórmulas e números destroem o meu cérebro, poxa!

Atsushi: Mas você vai ter que se acostumar com elas durante seu segundo ano, por mais que você odeie. Essas fórmulas são essenciais para você ir para o terceiro ano, e principalmente, fazer uma boa faculdade.

Kogoro: Era isso que eu temia.

Atsushi: E então, quando é que nos vamos nos encontrar de novo neste mesmo lugar?

Kogoro: Bem, eu acho que pode ser amanhã neste mesmo horário.

Atsushi: Ótimo. Mal posso esperar para a gente estudar mais e mais.

Kogoro: (E eu mal posso esperar para ser esfaqueado pelas fórmulas...)

Atsushi: Até mais Kogoro. A gente se vê amanhã!

Kogoro: Até mais!

[Kogoro arruma as coisas para voltar para a sua casa.]

[Cenário: Ruas de Tóquio.]

[Kogoro sai da casa de Atsushi. Durante sua caminhada, ele acaba se encontrando com Yumeji, que coincidentemente também estava caminhando. Os dois cruzam caminhos e saem. Kogoro não tem nada a dizer exceto reclamar.]

Kogoro: Eu não acredito nisso! Como se não bastasse lidar com essa conversa toda eu ainda tenho que lidar com aqueles números? Mano, o 2º ano do ensino médio com certeza vai ser o pior de todos...

[Kogoro acaba encontrando dois delinquentes cercando uma pequena garotinha.]

Garotinha: Não, por favor, não façam isso comigo!

Delinquente 1: Hahaha! Não se preocupe, não vamos tentar te machucar.

Delinquente 2: Nós só vamos roubar um beijinho seu...

[Kogoro observa o conflito e se prepara para o combate.]

Kogoro: No entanto, ainda existem coisas que eu posso aproveitar...

[Kogoro interrompe a parada dos delinquentes.]

Kogoro: Parem agora!

[Os delinquentes ficam surpresos ao ver Kogoro.]

Delinquente 1: Sujou! É ele...

Delinquente 2: O lendário delinquente... Kogoro, o Escarlate...

Kogoro: Se vocês não se renderem agora, vou arrancar suas peles uma por uma!

Delinquente 1: Droga...

Delinquente 2: Pode dizer o que quiser, mas nós não vamos sair daqui até conseguirmos o que queremos...

[Kogoro olha para a garotinha]

Kogoro: Você está bem?

[A garotinha balança a cabeça pra cima e pra baixo dizendo que sim.]

Delinquente 1: E então, quer lutar?

Delinquente 2: Nós temos energia de sobra...

Kogoro: Hmph... Vamos encerrar essa batalha...

[O capítulo acaba com Kogoro pronto para lutar contra os dois delinquentes.]


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Notas finais do capítulo

Glossário:


Seitokaicho: Presidente do conselho estudantil



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