BakuVision escrita por Lenka Volkovesque


Capítulo 7
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Notas iniciais do capítulo

Quantas referências vocês conseguem contar?

Amo vocês, meus leitores.
Mesmo os fantasminhas; vocês não comentam, mas eu sei que estão aí. E eu sou muito grata, de verdade.



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Nishigawa, Residência Vision-Bakugou. 

A visão do aspirador de pó e do esfregão trabalhando sozinhos, como se tivessem vida própria, fez Ochako rir. Parecia estar no seriado da Samanta, a Feiticeira. 

Diante da bancada da cozinha, Katsuki terminava de preparar o café da manhã. Ochako o abraçara por trás; o afundar do queixo dela em suas costas fazia cócegas. 

— Eu tô com vontade de viajar - falou. 

— Pra onde você quer ir? - perguntou Katsuki, sem tirar os olhos da frigideira. 

Ela fez um bico enquanto pensava antes de responder: 

— Veneza. 

A comida japonesa na mesa de jantar tremeluziu, reintegrando-se e dando lugar a um café da manhã italiano. Uma fina circunferência de névoa vermelha originava-se da comida e teria transformado toda a casa num hotel veneziano se Ochako não tivesse interrompido com apenas um pedido. 

— Não! Estou falando de viajar de verdade. 

Katsuki limpou as mãos e virou-se para a esposa, que o envolveu em seus braços. 

— Viajar agora é inconveniente, R2. 

— Depois que o nosso filho nascer, poderemos ir aonde quisermos. 

— Não, Chako – beijou-lhe a testa. - Eu tenho tudo sub controle aqui. 

Fazendo bico, ela estava prestes a perguntar o que uma coisa tinha a ver com a outra, quando o som estridente da campainha interrompeu o momento do casal. 

Fronteira de Nishigawa, instalação Bengou-Kyuusei. 

De dentro da televisão, a voz do infame protagonista dizia: 

“Eu tenho tudo sob controle aqui”. 

Tooru Hakagure puxava todo o fôlego que conseguia numa só inspiração; esse fôlego seria a ignição para acender sua paciência. Ela precisaria muito disso. 

— Como o próprio Bakugou declarou – dizia o diretor Sekijiro -, sua teoria estava errada, Doutora. 

— Bobagem! - Tooru protestava, teimosa. - Essa fala pode significar qualquer coisa. Ninguém que foi enganado ou controlado sabe que foi enganado ou controlado. 

— Um cientista que se preze não despreza evidências óbvias - declarou o diretor, levantando-se e se retirando da ala de física. 

Hakagure nem teve a chance de retrucar. Ela teria lhe dito que empirismo não funcionava dessa forma, que evidências precisavam ser analisadas em todos os aspectos antes de se chegar a uma conclusão, em vez de se ater ao que parecia óbvio, e mil e outras coisas. A irritação lhe apertava a garganta. 

Iida retornara de outra ligação com Camie. 

— Você está bem, Tooru? 

— Porra nenhuma. Esse diretor de vocês parece ser pior que Thanos. 

Todos em volta pararam o que estavam fazendo e olharam para Tooru como se ela tivesse cometido a gafe das gafes na frente do imperador. Ela havia esquecido que pronunciar o nome do Titã Louco era um tabu. 

— Eu preciso de um chá gelado - disse para ninguém em particular. 

 

10:04. Nishigawa, residência Vision-Bakugou. 

Ao abrir a porta, Ochako se viu diante de um rosto deveras familiar; era o homem loiro com o sorriso de um conde e olhar digno de Hollywood. Ele foi o corsário que recrutou sua tripulação de piratas para extraviar embarcações mercantes; foi o rico mercador que lhe presenteou com ovos de dragão em seu casamento; foi o colecionador de tesouros espaciais que incumbiu ela e Katsuki de furtar alguns itens valiosos numa caçada interplanetária. 

— Monoma!  

— E trago presentes – erguera as mãos, mostrando algumas sacolas. 

Ochako abrira mais a porta, permitindo a passagem do vizinho. 

— Veio tomar café da manhã conosco? - perguntou puxando uma cadeira para o visitante. - O que traz o garoto britânico? 

— Americano, querida – corrigiu. - E eu soube que tinha pãozinho no forno – com um gesto, referenciou a barriga invisível de Ochako. - Tomara que se pareça com você. Já escolheram nomes? 

Ochako olhou em busca de respostas para Katsuki, que estava tão confuso quanto ela. Como ele sabia?  

— Neito... Quem mais está sabendo? - perguntou Ochako enquanto Monoma remexia suas sacolas.  

— Toda a vizinhança. Eu estou organizando o chá de fraldas de vocês. Por quê comprar o próprio enxoval quando se pode receber tudo de presente?  

Escorado na pia, Katsuki manteve a mesma cara desde que Monoma entrara. Quando percebeu, o vizinho enxerido perdeu o rebolado. Perguntou a Ochako: 

— Por que ele está com essa cara de carranca? - Virou-se para Bakugou e ofereceu – Quer que eu volte pela porta e comece de novo? 

Ochako tentou contornar a situação: 

— Não ligue. O esquentadinho tem ciúmes de você. 

Não tinha; não até onde Ochako sabia. Ela só achava engraçada a ideia de massagear o ego de alguém tão espalhafatoso, só pra ver no que dava. 

— E você, dele! Lembra-se do enredo do Bruxo? Você o viu me carregando nas costas e perguntou “Quem é esse? Só um amigo, eu espero”. 

— Pensei que você estivesse inconsciente naquela hora – Ochako ergueu uma sobrancelha, brincalhona. 

Katsuki serviu o café da manhã e sentou-se ao lado de Ochako. 

— Não, querida; eu estava com a garganta inflamada por causa de um gênio da lâmpada. Achei. - Monoma sucessivamente tirava objetos de uma das sacolas – Considerem isso como pré-presentes. Isso é um aquecedor de mamadeiras. Isso é um conjunto de sapatinhos de crochê. E isso é um... 

— Um álbum-diário - Ochako abrira, com os olhos iluminados – Olha, Kat. 

As páginas e capa eram azuis. 

— Também tem uma versão cor-de-rosa, se vocês preferirem – apontou Monoma. 

— Não, esse está ótimo - Ochako folheava com Katsuki. 

— Tem vermelho? - o feiticeiro finalmente abriu a boca. 

O álbum-diário dispunha de espaço para as recordações de todo tipo de memória que a chegada de um bebê traz. Desde boxes para os relatórios da mãe ao fim de cada mês de gestação, até páginas destinadas à colagem de fotos. Primeira vez comendo fruta, primeira ida ao parque, primeiro dia na piscina. Numa das páginas sobre árvore genealógica, algo tocou uma ferida do casal: nome dos avós. Katsuki crescera em orfanatos e reformatórios; Ochako não nascera, fora programada.  

Por baixo da mesa, eles deram as mãos. Sua família não tinha origens porque ela começaria por eles dois. 

Percebendo a atmosfera tensa, Monoma retirou-se desajeitadamente; ou apenas, fingindo constrangimento em respeito ao momento de fragilidade silenciosa. 

— A festa começa às 16h. Até lá dá tempo de escolher um cenário. Não precisam me acompanhar até a porta. Até mais! 

Quando Monoma saiu pela porta, toda a agitação que ele trazia foi embora junto. 

— Esse cara tem o espírito de carnaval no corpo – comentou Katsuki. 

—Não gostou da ideia de um chá de bebê? 

— Não gostei de ter tanta gente sabendo da nossa gravidez. 

— Devem ter notado minhas veias saltando e minha pele brilhando toda vez que eu ia ao mercado. 

— Não se sai anunciando gravidez por aí antes dos três meses, R2. 

— Vai ser legal, Kat. Toda essa gente me paparicando e dando presentes pro nosso filho. 

As bochechas rosadas de Ochako cintilavam, tal qual seus olhos. Ela queria muito ter amigos por perto para compartilhar as alegrias da primeira maternidade. Katsuki não tinha as manhas de negar isso a ela. 

— Tá bom. Eu dou um voto de confiança pra festinha do Monoma – acariciou a bochecha da esposa. - O que vai escrever no campo “avós maternos”?

— Dr. Cho, Dra. Hatsume ou Ultron? - mostrou a língua, travessa. 

— Então nós dois matamos seu pai? - referiu-se ao último. 

— Acho que sim. 

Quatro meses atrás. Hokkaido; batalha do Ultimato.  

— Não podem me deter nem se reunirem o maior dos exércitos - desdenhava Thanos. - Eu sou... inevitável - e estalara os dedos. 

Para a surpresa do titã, nada ocorrera. Em sua manopla, não constava uma gema sequer. 

— Está tudo bem – declarava All Might, pela última vez -, porque eu estou aqui. 

Em posse das joias, estalou os dedos, exatamente como o titã havia feito cinco anos antes. 

Como castelos de areia ao vento, o titã e toda a sua comitiva se desfizeram em pó. 

O poder celestial das seis joias era maior do que toda a energia que Toshinori Yagi conseguia aguentar. Todos os vilões que já enfrentara, toda onda de choque à qual seu corpo já fora exposto; nada disso se comparava ao que o poder das gemas causara em toda a sua estrutura. O corpo de Yagi pulverizava por dentro, aos poucos. 

Enfraquecido, deitou-se para dar seus últimos suspiros. 

— Nós vencemos, All Might – Izuku tremia, ao ajoelhar-se diante de seu mentor - Não morra agora, nós vencemos. 

Choroso, Midoriya fora puxado de seu longo abraço em Yagi. Outras pessoas queriam se despedir do herói. Shota Aizawa. Nemuri Kayama. Sorahiko Torino. Sujos de terra, fuligem e sangue, aqueles que eram próximos de Yagi choravam copiosamente. 

Toshinori Yagi nunca se casara, nem tivera filhos. Contudo, os amigos que ele deixava para trás choravam como se perdessem um parente de sangue. Izuku Midoriya se afeiçoara daquele herói e mentor como se fosse seu próprio pai. 

Num gesto de respeito e condolência, os heróis e guerreiros em volta ajoelharam-se, um por um. Apenas um homem não o fizera. Trajado em vermelho, o feiticeiro dera as costas e caminhou para longe dali. 

Hoje, 12:23. Nishigawa; localidade não especificada. 

À primeira vista, o ambiente em volta se parecia com uma cidade tão normal quanto qualquer outra. Entretanto, Izuku era capaz de sentir uma densidade estranha na atmosfera, que envolvia toda o distrito. Não, não era exatamente a atmosfera. Izuku sentia a anomalia num plano mefafísico; como um vilarejo em ruínas, abandonado pelos seus deuses, mas habitado pelos fantasmas penados dos cidadãos, que se recusavam a aceitar a própria morte. 

E Izuku Midoriya percebia isso cada vez mais, principalmente quando tentava conversar com algum civil. 

— Com licença. O senhor saberia me dizer onde fica a residência Vision-Bakugou? 

O florista lhe ofereceu um sorriso forçado. O arregalar dos olhos daquele senhor sugeriam receio, inquietação. 

— Gérberas são um excelente presente para os pais de primeira viagem! 

— Senhor... o prédio onde moram o Sr. e a Sra. Vision-Bakugou. Sabe me apontar pra que direção fica? 

— Não vá sem flores para a festa de boas-vindas do bebê. 

O sorriso do florista parecia fazer doer suas bochechas, tamanha vermelhidão em suas maçãs do rosto. Izuku sabia que não conseguiria tirar informações daquele homem. Voltou-se para uma senhora de sessenta e poucos anos, que escolhia entre rosas e astromélias. 

— Com licença, a senhora conhece o casal Vision-Bakugou?  

— Para a sorte de Izuku, ela respondeu, numa voz doce de avó: 

— Todos conhecem, meu menino. 

— Saberia me dizer pra que lado eles moram? 

— Já comprou algum presente para o bebê, meu jovem? Não vá sem levar flores. 

Estavam todos os cidadãos dissociados da realidade? Presos naquele teatro bizarramente roteirizado? Izuku saiu da floricultura e correu para a cafeteria ao lado. 

— Quem está fazendo isso a vocês? Foi o Bakugou? 

Todos os clientes na cafeteria olharam para Izuku em pânico; em suas bocas, os sorrisos se mantinham dolorosamente. 

— Ele machucou vocês? - insistiu. 

A balconista lhe dizia cordialmente: 

— Os dorayakis estão fresquinhos! Por que não leva alguns para o chá de fraldas do bebê Vision-Bakugou?  

O sorriso dela era assustadoramente grande. Seus olhos pareciam pedir socorro. 

— Pode me dizer onde eles moram? 

— Os dorayakis serão um quitute delicioso para a senhora grávida - ela insistia, sorrindo. 

— Senhora... Se eu levar os doces a senhora me mostra pra que lado eles moram? 

— Vá até eles e leve os dorayakis – dos olhos da comerciante, desciam lágrimas gélidas. 

O floricultor e a senhora das astromélias entraram na cafeteria. O florista entregou um buquê de orquídeas a Izuku: 

— Leve estas flores ao casal. São excelentes para dar boas-vindas a um bebê. São por minha conta - Por trás de seu sorriso generoso, seus olhos lacrimejavam, avermelhados. 

Eles estão amordaçados pelo feitiço; então estão pedindo socorro do jeito que conseguem, pensou Izuku. Quem quer que esteja controlando suas mentes, não lhes permite me ajudar a alcançar o feiticeiro.  

Os poucos cidadãos com quem Izuku tentou conversar encontraram nele uma fagulha de esperança. Mas como ele conseguiria salvar uma cidade inteira, estando esta cativa sob a tirania de uma magia poderosa? 

De longe, Izuku Midoriya conseguiu sentir uma perturbação na atmosfera. Quando olhou, viu uma densa onda de fumaça vermelho-rubi, aproximando-se deles numa velocidade uniformemente variada.  

Liberando sua explosão de supernova, Izuku tentou amortecer o impacto da magia escarlate, protegendo os civis presentes na cafeteria. Era energia prateada contra magia vermelha. 

Midoriya podia jurar que tossiria névoa vermelha, mas os rastros do feitiço se dissolveram como algodão doce na água. Quando recobrou seus sentidos, percebeu que a aparência da cafeteria havia dado lugar a um pequeno restaurante chinês. Todos do lado de fora estavam vestidos em roupas tradicionais da China Imperial; Dinastia Tang, mais especificamente.  

Izuku continuava em seu pouco discreto traje de herói, em espandex e kevlar. Os clientes de dentro do café também mantiveram suas vestes de civis do século XXI. 

O floricultor agarrou Izuku firmemente pelos ombros: 

— Você precisa detê-lo! Ele está controlando todos os nossos passos! 

O herói assustou-se com a abordagem brusca do homem grisalho. Os outros clientes juntaram-se a ele no pequeno alvoroço em cima de Fóton. 

— Ele controla nossas mentes e nos obriga a participar do circo dele! - disse a balconista. 

— Eu só quero a minha paz de volta – lamuriou a senhorinha das astromélias. 

— Nós não temos mais voz! - declarou um homem de trinta e poucos anos. 

O choque entre os poderes de Fóton e do Feiticeiro despertou aquele pequeno grupo de cidadãos.  

— Está bem, está bem! - Izuku tentou apaziguar os ânimos. - Eu preciso que vocês me confirmem quem está fazendo isso. É Bakugou? 

Variadas respostas positivas se chocaram em uníssono. A teoria que ele, Iida e Hakagure formularam estava errada. Felizmente para os cidadãos, Izuku tinha em seu alcance o responsável pelo enclausuramento do distrito de Nishigawa. 

— Certo, certo. Eu tenho um plano. Primeiro, precisamos nos vestir como serventes do palácio e adentrar durante a festa. Não preciso que venham todos. Alguns de vocês é suficiente. Quem se voluntaria? 

A balconista, o homem de meia idade e três outros clientes da cafeteria se habilitaram. 

— Maravilha.  

Izuku levara a sério os conselhos da Dra. Hakagure. Não irritar o feiticeiro; dançar conforme sua música. O poder de Izuku era capaz de despertar quantos grupos de cidadãos ele conseguisse encontrar; mas ele não arriscaria chamar a atenção de Bakugou daquela forma, agora que sabia que era ele o único responsável por toda aquela bizarrice. 

O herói olhou de volta para o ponto de origem da onda de magia. O que minutos antes era um pequeno complexo de prédios deu lugar a um enorme palácio imperial. Izuku não precisaria mais pedir informações para alcançar Bakugou e Uravision. 

 

Nishigawa. Cenário da China na Dinastia Tang. Palácio Imperial Vision-Bakugou. 16h40. 

Vestidos na seda bordada mais refinada, Ochako e Katsuki sentavam-se em tronos. Tão chique quanto o casal de imperadores, Neito Monoma fazia as vezes de grão-chanceler. 

Os convidados da festa levavam os mais variados presentes; a maioria destoava do ambiente por serem objetos do século XXI. 

— Tá do seu agrado? - perguntou Katsuki. 

— Vou ficar mal acostumada desse jeito – a imperatriz Ochako dizia, sentindo a textura das toalhas de bebê. 

— O anacronismo não incomoda quando você está sendo mimada, pelo visto. 

— Você nunca vai me perdoar pelo dia no Panteão, né? - deu-lhe a língua. 

Quando brincaram de ser Ares e Afrodite, sentaram-se à mesa com os outros dez deuses do Olimpo. Havia chocolate em calda para se comer com as frutas, e Ochako puxou a orelha de Katsuki, dizendo que a Grécia Antiga não conhecera a especiaria; o cacau foi descoberto nas Américas, durante as Grandes Navegações.  

Dois serventes trouxeram-lhe bandejas de comida. Ochako era agraciada por um súdito com outra grande caixa embrulhada quando Katsuki percebeu uma textura estranha no arroz negro. Parecia um risoto mal feito. Chamou a atenção da serva, perguntando quem havia feito aquela porcaria. 

As vestes imperiais pesadas, abertas em camadas e bordadas em fio de ouro de Katsuki Bakugou, de longe lhe conferiam aparência implacável, autoritária, cesarista, somados à sua voz grave e rouca, e seus 1,90 de altura. Para a funcionária da cafeteria, aquele figurino servia apenas como um adorno; o caráter autocrata e tirânico, para ela, era intrínseco à própria personalidade do feiticeiro. 

— O cozinheiro disse... - ela lutou contra o próprio medo para pronunciar aquelas palavras. 

— Pode deixar que eu mesmo quero ouvir da boca dele – e deu-lhe as costas. 

Foi mais fácil do que eu imaginei, ela pensou. Agora era com Fóton.

Quando Bakugou chegou à cozinha, todos os servos se retiraram, conforme pactuado pelo cozinheiro principal. Sozinhos no salão que cheirava a vegetais quentes, os dois se encararam; o imperador e o usurpador que fingia ser o mestre-cuca. Acostumado a ter todos olhando-o com obediência e temor à tarde toda, Bakugou irritou-se com o semblante imponente de seu então antagonista. O feiticeiro reconhecia aqueles olhos verdes; já lutaram lado a lado e contra o outro. 

— O que pensa que tá fazendo na minha cidade, engraxate do Yagi? 


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Notas finais do capítulo

Thanos: não, porque falar meu nome virou tabu no Japão.
Lord Voldemort: quem não sabe fazer, copia, né?



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