Notas da História:

Trecho da historia
"Só podia ser brincadeira! Por mil demônios, eu tinha comprado essa viagem idiota para espairecer e parecia que eu estava com mais raiva do que ter ficado em casa.
—Não adianta ficar com essa cara- O olhei como se eu pudesse fatia-lo em mil pedaços.
—Miguel pelo amor de deus como você não pode estar bravo com essa situação? Primeiro é nossos bancos juntos no ônibus, chegamos aqui nesta porcaria de hotel e descobrimos que não tinha reserva para quartos separados para nos dois e fomos obrigados a dormir juntos, a gente se odeia! Não suportamos conviver lá no condomínio do apartamento e agora vamos ter que ficar a viagem toda juntos!- acho que se eu continuasse a falar sairia espuma da minha boca de tanta raiva que eu estava. Mais ele parecia estar em outro mundo, nem se quer tinha prestado atenção no que eu dizia, desferi um tapa no braço dele e ele pulou.
—Ai surtada o que foi? - ele massageou o braço.
—Pelo menos ouviu o que eu disse? - ele deu ombros.
—Parei de escutar no “Miguel” – fechei a mão em punho para não dar na cara dele- Clarisse a última coisa que eu queria é estar aqui com você na minha cola, mais podemos tirar algo bom disso tudo- o olhei esperando a resposta- eu não estava te ouvindo por que eu não queria e sim por que eu estava prestando atenção naquilo- disse ele me virando em direção ao um homem que estava vendendo coisa para tour em Paraty.
—O que você quer que eu veja?-perguntei sem paciência e ele revirou os olhos, como eu odiava quando ele fazia isso.
—As coisas para solteiros são o dobro no preço, porém quando se trata de casal principalmente casal que está em lua de mel o preço cai bastante- fiz careta.
—No ônibus isso já era evidente, a maioria vem para lua de mel ou para fazer viagem romântica- ele bufou.
—Ok, mais é ai que tiramos vantagem- cruzei os braços impacientes esperando a resposta- Podíamos fingir ser um casal- o olhei esperando que aquilo fosse mentira.
—Nem morta- respondi
—Pelo amor de deus, uma única vez você poderia ser menos insuportável- mordi minha bochecha internamente para não responde-lo.
—Primeiro que você que é um insuportável, e segundo de longe dá para reparar que a gente se odeia, eu jamais conseguiria fingir que sou sua esposa- antes que eu pensasse em alguma coisa ele agarrou minha mão e me puxou.
—Oi, somos recém-casados e queríamos uma passagem para o tour em Paraty- Miguel passou o braço em torno do meu ombro e eu ignorei o arrepio que aquilo me causou.
—Olha só que casal bonito- disse o moço que vendia as passagens nos olhando.
—Somos não é mesmo querida? - Eu abri a boca para dar uma resposta atravessada e ele me beliscou discretamente, dei um gritinho surpresa e até mesmo o moço se assustou.
—Aiiii – Miguel me apertou mais – Meu deus eu sou a mulher mais sortuda por ter esse homem do meu lado, como fui abençoada com essa união- disse entre os dentes, eu mataria o Miguel, ah eu faria isso com todo o prazer do mundo. "