Shingeki no Kyojin — A Grande Guerra Titã. escrita por Sevenhj777


Capítulo 57
Explodindo o passado.




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Entre a correria, muitos soldados simplesmente abdicavam seus cargos, temendo o caos e a destruição anunciados que vinha dos portões principais, enquanto na retaguarda o Titã Colossal impedia fugas em massa, na dianteira o perigo se aproximava: Thomas compreendeu finalmente porquê Akira e o Titã Quadrúpede pararam de atacar, eles não precisavam. Um grande exército se aproximou da entrada principal, carregando troncos e outras armas de cerco.

 

— De novo! — gritou o patriarca Manifield, ajudando a carregar o tronco, novamente batido contra o portão.

 

— Não deixem-os entrar! — gritou Thomas, segurando o portão junto aos seus soldados. — Merda! — gritou em fúria. Alguns soldados inimigos escalavam os muros, e por isso tinham que prestar atenção em inúmeros obstáculos simultaneamente.

 

Nas ruas, entre o vai e vem, Azulon caminhava em fúria, com os dentes rangidos.

 

— Covardes! Covardes!

 

Gritou, vendo os soldados que na parte que mais precisava, recuavam da batalha, temendo suas próprias vidas. Azulon estava em completa fúria, agarrando fortemente um arco e flecha de um dos inúmeros cadáveres que compõem as ruas da cidade.

 

— Então farei eu mesmo. Pela família Becker!

 

Os olhos se semicerraram, olhando para o fundo, onde fortes passos eram ouvidos.

 

Como previsto, a Titã Fêmea manteve os fios imponentes na mesma altura, diferentemente de sua portadora. No entanto, os olhos azuis estavam mais determinados do que antes, num tom de fúria na medida que mais um golpe foi realizado contra o Bestial.

 

Dylan se esquivou mais uma vez por pouco. Não era bobo, seu titã não tinha grande velocidade ou precisão, por isso uma titã com tanta mobilidade quanto a dos Manifield era seu predador natural.

 

Raivoso, vapor saiu do focinho e a mão aberta foi usada para tentar um tapa, mas Lisa esquivou com facilidade. A Titã Fêmea bufou, ergueu a perna direita e, com força, deu um chute contra o peito do Titã Bestial, quebrando ossos e o repelindo, ainda de pé, contra a praça principal da cidade.

 

A marca da sola da Titã Fêmea ficou marcada no peito de Dylan, que se curvou brevemente para regenerar. Lisa, subitamente, deu um grito territorial que arrepiou cada um dos seus pelos, prevendo que mais coisa viria.

 

— Eu prefiria a Ellie. — disse, na nuca.

 

E seu pedido é uma ordem: uma luz dourada começou a surgir entre rachaduras que brotaram debaixo dos seus pés, o chão se rompeu e, enquanto o Titã Bestial afundava para o esgoto, Ellie emergia dele. Já estava transformada, com os olhos brilhando no tom azulado e a forma macabra de seus dentes.

 

Após, um rugido titânico, Ellie se projetou contra as costas do Bestial e o "abraçou", suspendendo seus braços e incapacitando seus movimentos. Dylan bufou em fúria e cansaço. Com dificuldade, ficou com a coluna ereta e tirou os pés da Titã de Ataque do chão; em seguida usou a força superior para projetá-la longe, fazendo-na cair de costas numa das casas.

 

Lisa agiu rápido: correu em direção ao Bestial e puxou um de seus braços para trás, com tanta brutalidade ao ponto de quebrar. Os fios de carne que prendem sua mandíbula se descolaram, fazendo surgir uma macabra bocarra e, imediatamente, uma mordida foi feita contra a nuca de Dylan.

 

— Como eu esperava... — reclamou.

 

Dylan cristalizou a nuca.

 

O Bestial estava praticamente incapacitado, e não tinha mais forças para resistir à Lisa, tampouco para duas titãs simultaneamente. A Titã Fêmea não soltou seu braço, foi torcendo-o enquanto o inimigo continuava caminhando rumo à uma igreja. O braço foi arrancado, voando longe.

 

Ellie se ergueu dos detritos da casa que esmagou e avançou em direção à Dylan, desferindo um chute certeiro que torceu as frágeis pernas similares às de um equino. Arrastando-se, ele continuou seu caminho.

 

E dentro da bendita igreja, Azulon. Estava no início do tapete vermelho que se estendia por toda passarela, passando entre os bancos, tomados por crianças, idosas e adultos. Eram seus familiares, mortos injustamente pela traição de um Gestova.

 

Todos estavam inexpressivos, em silêncio, observando Azulon. Ele sabia, no fundo, que precisava fazer a coisa certa, destruir seu passado. Acabar com essa guerra.

 

Mas uma guerra só acaba com um vencedor.

 

Os fantasmas sumiram, e ao invés de crianças, barris de pólvora, explosivos, munição para mosquetes e muito mais. Não sua família, mas a reserva bélica de toda aliança.

 

Fechou os olhos. Sim... conseguiu ouvir o som dos passos titânicos se aproximando. É hora.

 

Em suas mãos havia um arco e uma flecha, sendo a segunda em chamas. Tinha que fazer o que devia ser feito.

 

Do lado de fora, Dylan caiu ajoelhado. O rosto estava deformado, sem mandíbula e um dos olhos. Sem braços, com ambas pernas fraturadas e com inúmeras mordidas espalhadas por seu corpo. Não tinha forças para mais nada, apenas para manter a cristalização da nuca.

 

— Acabou...? — indagou Ellie para si própria.

 

Lisa estava pensativa: o que Dylan queria com a igreja? Sua resposta veio com o balançar do fio do arco, quando a flecha foi disparada e os barris incendiados.

 

Efoi assim, numa poética explosão, que o sol foi surgindo aos poucos no horizonte. 


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